Passado algum tempo ela subiu para o quarto, não pode evitar sorrir ao ver a desordem que ele em poucos minutos podia fazer em um lugar.

Saiu recolhendo as roupas que ele havia deixado jogadas pelo quarto,entrou no banheiro após dar duas batidas de leve na porta, e colocou as roupas no cesto de roupas sujas,pois no dia seguinte as empregadas colocavam para lavar.

– Hey,me passa a toalha por favor. – Pediu Tom,colocando a cabeça pra fora da aréa do duche.
Ela pegou a toalha que estava pousada e entregou na mão dele,que agradeceu com um sorriso,que ela retribuiu antes de sair do banheiro.

Quando Tom saiu do banheiro,ela estava tirando aquele monte de almofadas de cima da cama, e preparando-a para poderem dormir,ele foi directo colocar uma boxer,antes de voltar para o quarto.

– Tom,fiz uma Carbonara pra você,quer comer ? – Perguntou ela,olhando-a brevemente antes de fechar as persianas do quarto.

– Não,Obrigado. Não tenho fome,comi algo antes de vir pra cá. - Respondeu jogando-se na cama, e pegando o telémovel que se encontrava sobre a mesa-de-cabeceira.

– Tem certeza que não quer comer? – Insistiu olhando atentamente para ele.

– Tenho! – Respondeu curto e grosso. Ela abaixou o olhar,ela já devia estar acostumada, eram raras as vezes que ele não era assim,seco,grosso,insensível.
Mais ela não conseguia evitar,ela nunca pensou que o seu marido, o homem que ela sempre sonhou , pudesse ser assim.

Não era isso,de certeza,não era isso que ela pedia a Deus.Ela juntou todas as forças que ela tinha e saiu do mesmo ar que ele,foi para o banheiro, um bom banho quente iria ajudar.

Ela ia relaxar, e se fosse preciso choraria até não poder mais,até não sentir mais vontade de chorar,se bem que era isso que na maior parte das vezes ela fazia,chorar,apenas chorar.

Quando entrou no banheiro, e fechou a porta não muito delicadamente Tom levou o olhar até a porta do banheiro,mas logo voltou a olhar para o aparelho em sua mão.
Ela despiu-se, e olhou para o espelho brevemente e pode ver o quão pálida que estava,estava com olheiras,os olhos um pouco inchados,pelas inúmeras vezes que andou chorando nas ultimas horas.
Ela balançou a cabeça negativamente, e ligou a água,esperou um pouco até estar na temperatura que ela desejava.

Entrou no banho, e mais uma vez chorou, chorou de tristeza, por não saber se um dia Tom poderia ser diferente com ela, por não saber se ele um dia podia ama-lá como ela desejava.

Depois do banho,ela foi trocar-se,colocou uma camisola longa de seda,tal como ela gostava, os seus cabelos ela não deu-se nem ao trabalho de seca-los,ninguém notaria a diferença mesmo.
Ela apenas secou os longos cabelos castanhos claro lisos, com a toalha.
Colocou um robe da mesma cor que a camisola de seda, e saiu do closet.

Mal ela entrou no quarto, o perfume dela já invadia todos os cantos do quarto, Tom levantou o olhar, e a viu, tão fresca, com os cabelos molhados,com as bochechas levemente vermelhas. Ele ficou a observando, sem dizer nada,somente observava. Ela foi ao banheiro, de certeza deixar a toalha, e logo voltou a aparecer no campo de visão de Tom,quando ele viu que ela ia olha-lo, ele abaixou o olhar e levou a atenção para o telémovel. Quando ele sentiu que ela já não olhava mais para ele, ele voltou a o procura-la com o olhar,quando ele olhou para o lado, la estava ela.

Ajoelhada no chão, apoiando o tronco nos cotovelos, e com as mão juntas,os olhos fechados,com o rosto calmo, e parecia ter paz, ela estava a orar.
Ele balançou a cabeça negativamente,ele achava aquilo uma completa estupidez,não é que ele não acreditasse em Deus,quer dizer...ele não sabia muito bem no que acreditar.

Mas como diz seu irmão querido,Bill ; " As pessoas têm que acreditar em algo.. " , Tom acreditava em si próprio,não precisava acreditar em outras coisas,religiosas ou não.
Ele acreditava em si mesmo. Isso bastava. Quando ele tentava falar com ela,mandar ela parar de orar, de fazer aquelas coisas de ir a igreja, e sei la mais o que, de ler a Bíblia, ela chateava-se com ele, e falava que não era por ele não acreditar, por ele não gostar, que ela tinha que fazer o mesmo.

Ela era cristã,ela acreditava em Deus,em Jesus Cristo, aquele que deu a vida por nos,na cruz do calvário.

Quando Tom saiu dos seus pensamentos,ele ouviu ela chorando,ele olhou na direcção em que ela estava,ela estava orando e chorando.

Será que ela estava contando para Deus, como ele era ruim com ela,como ele a tratava mal ? Que ele tinha passado a noite fora de casa, e não havia dado noticias sequer ? Como o casamento deles era falhado ? Como ele não tinha vontade de estar casado com ela ? Que só gostava dela quando ele estava de bom humor ? Quando ele estava afim de passar a noite nos "prazeres carnais", como ela mesmo dizia ? Claro que sim,de certeza, ela só chorava por causa dele, ele fazia ela derramar muitas, e muitas lágrimas diariamente.

Ela e Simone se davam bem,apesar do temperamento difícil de Simone,mas era normal Simone gostar dela,porque se ela não gostasse Tom não estaria casado com ela,afinal de contas foi a mãe dele que ficou por conta de lhe arranjar uma esposa,não que ele quisesse casar,não que ele quisesse ter um relacionamento serio.

Não,não era nada disto,só que a imagem dele tinha que mudar.

O mundo tinha de parar de vê-lo como um riquinho mimado, galinha, que foi acusado de ter agredido uma fã, que embebedava-se sempre que tinha oportunidade, que fazia marketing a torto e a direita.

Porque essa imagem estava acabando com a banda,ele estava quase levando a banda pro fundo do poço.

E a solução então,foi um casamento,todos iam levá-lo a sério,agora ele tinha que mostrar-se diferente,mostrar que tinha responsabilidade,que já não era o mesmo Tom. Que era uma melhor pessoa. Ele não havia pensado em como a situação podia ser difícil. Foi o próprio que escolheu Thalia entre cinco outras,ele tinha visto graça nela,na foto dela,tinha a achado bonita desde o primeiro momento.

Não que ele tenha mudado de opinião,ela era linda,encantadora...mas depois que ele conheceu ela,ele ficou sabendo sobre a religião dela,sobre ela ser evangélica...
E que ela só iria ter relações mais íntimas com ele depois do casamento. Ele enlouqueceu,ele quis voltar atrás,quis desistir,quis escolher outra,porque se ele procurasse melhor ele iria encontrar melhor que ela.
Claro que ele iria.
Mais sua mãe não deixou,pois eles já haviam marcado a data do casamento,ele já havia até pedido ela em casamento pro pai dela.Mais pronto agora ele não podia voltar atrás já estava casado com ela a dois meses e meio. E na maior parte das vezes os dois brigavam,ele falava coisas que a machucava,féria os seus sentimentos,criticava a religião dela, e acaba jogando a bomba,falando que o casamento foi o maior erro da vida dele, e que se arrependimento matasse ele já estaria mais que morto,mais que podre dentro do caixão,que os ossos dele já estariam mais que secos. Ela ouvia tudo calada,por vezes gritava,brigava com ele,mas sempre acabava igual,ela de joelhos,chorando,orando ao Senhor.

~ Thalia ~ POVS ON.

Quando acabei de orar levantei-me e pude ver que Tom me observava pensativo.
"O que foi? Estava me criticando interiormente? Estava falando mal da minha religião,das minhas crenças,do meu DEUS? Estava me chamando de louca?" Eu sei exactamente o que ele pensa sobre a minha religião,sei perfeitamente que ele acha tudo isso uma perda de tempo.
Sei que ele não gosta de quando eu vou a igreja,de quando eu nego as bebidas alcoólicas que me oferecem, de eu preferir saias e vestidos a calça,eu sei que ele se incomoda com muitas coisas,mas ele tem que entender que eu fui criada assim,que essa é a minha escolha,que eu sou assim.

Não sou estranha,sou normal,só não sou como as antigas "namoradas" dele,que tudo era motivo de expor o seu corpo para qualquer um,que bebia até cair dura,que adorava um barraco e qualquer coisinha já era motivo para falar palavrões e se for preciso até sair no braço com alguém,que adorava os glamorous que a vida perto dele podia trazer,festas,dinheiro,bebidas,fama...Eu pouco me importo com o estatuto social dele,pouco me importa quem ele é para o mundo.

Eu ficarei aqui,ao lado dele,não importa se esteja pobre ou mais rico ainda,eu ficarei aqui. Porque eu aprendi a ama-Lo,não pelo estatuto dele,mas por quem ele é quando está de bom humor,por quem ele era nas primeiras duas semanas de casamento.

Você deve se perguntar como eu me sinto,como eu aguento toda essa tribulação,toda essa luta,todo esse sofrimento. Porque que eu ainda não pedi o divórcio e já fui pra bem longe dele?

A resposta é fácil,o que não tem jeito pro homem tem jeito pra Deus,o homem não da nada pelo nosso casamento,mas Deus fez promessas de felicidade sobre a nossa união,eu creio que o sol vai aparecer...eu creio pois quem prometeu Não é homem para que minta,nem filho do homem para que se arrependa.

Eu sei que eu e Tom só estamos casados porque essa é a vontade de Deus,porque ele permitiu que essa união acontecesse.

~ POV OFF ~

Ela foi andando um pouco pra longe da cama e chegou no Divan que havia na frente da cama,tirou o robe de seda,sem nem sequer ligar para o olhar de seu esposo sobre ela,os olhos dele acompanhavam o caminho do robe que realizava sobre aquela pele tão sedosa,ou mais do que a própria pele,deixando primeiro os ombros,nem muito magros nem muito gordos apenas da forma certa a amostra.

Ele mal notou que ela já havia retirado todo o robe, e que ela agora já não estava de lado,mas sim de frente para ele,olhando-o. Ele apenas engoliu seco,aqueles olhos castanhos sobre ele,com uma cara totalmente inocente,sem nem sequer saber o tamanho do efeito que ela,que o corpo dela fazia sobre ele.
Não por ter um corpo extraordinário,como ele nunca tinha imaginado ver,não o corpo dela era normal. Claro que não tinha muitos seios como ele sempre havia imaginado casar-se com um mulher com bastante seios,seios,grandes seios, ele gostava daquilo. Mas não ela não tinha seios grandes,os seios dela eram pequenos,mas não um botão. Mais ela tinha um corpo,um corpo...delicado,lindo, e uma coisa que ele tinha que admitir e que ela tinha um belo "Compartimento traseiro". Quando ele tocava na cintura dela,era tão fina e tão delicada que ele por vezes tinha até medo de apertar demais e magoar.

Mais ele simplesmente não conseguia controlar,toda aquela inocência dela mexia com ele.
E o facto dele saber que ele era o único,que alguma vez viu,pode usufruir,tocar cada parte daquele corpo. Que ele tinha sido o primeiro e o único a vê-la como ela veio ao mundo,a fazê-la ter sensações deliciosas,fazia-o perder o controle. Mulher nenhuma antes foi tão dele quanto ela,nenhuma antes se entregava tanto nos toques dele,nenhuma antes precisava dele tanto quanto ela.

O olhar dos dois se encontrou,ela parou,parou de respirar,parou de se mexer ao ver aquele olhar,se perder no dela. Aquele olhar que sempre a hipnotizava.

Ela sentiu uma leve dor no peito,ela lembrou-se de todo o sofrimento que ela passava por ele,por causa dele. Ela desviou o olhar e foi novamente para o seu lado da cama,sentou-se com os pés no chão de costas para o lado do seu esposo, e fechou os olhos.

"Você não vai chorar,amanhã será um novo dia e você vai esquecer essa dor..." Pensou para si mesmo,mordendo o lábio inferior,contendo a vontade de chorar.

Respirou fundo,tentando fazer aquela vontade de chorar ir embora,sentiu umas mãos firmes na sua delicada cintura,uma respiração quente no seu ombro,logo em seguida,sentiu uma das mãos largando a sua cintura e tirando o cabelo de um lado,colocando-o inteiramente para o outro lado,deixando um lado do seu pescoço,do seu rosto exposto aquela respiração quente.
Ela estava pronta para abrir os olhos e afastar-se dele,quando sentiu uns lábios quentes com um pequeno objecto metálico gelado,quebrando o calor que emanava daqueles lábios. Ele beijava,sugava,e dava pequenas mordidas naquele pescoço tão delicado. Ele podia sentir que ela estava controlando todas as sensações que aquilo causava,a qualquer momento ela podia levantar-se e sair dali,deixando-o ali. Ele sugou aquela pele sedosa com mais violência,deixando ali a sua marca. Ele sentiu que todo o corpo dela havia estremecido,os seus pelos já estavam arrepiados.

Ele tirou as mãos da cintura dela, e passou as mãos pelos braços dela,parando no ombro dela pressionando um pouco,colou as costas dela,no corpo dele.