Um Milagre Do Céu. escrita por SweetGirl


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Hallo Queridas =')
Bom... Como no ultimo capitulo, a coisa tava meia morna...
Esse capitulo, acho que vai suprir todas as nécessidades de vocês, e vocês ainda vão ficar com a curiosidade aguçada pelo proximo capitulo, que vai ser também bastante... Hmn..
Quer saber ?!
Falamos disso depois, lá em baixo!
Agora...
Boa leitura, aproveitem o capitulo.
P.s : Espero que as leitoras apareçam todas nesse cap.



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Thalia suspirou, mordendo o lábio nervosamente, enquanto desviava o olhar de Tom, para um canto qualquer do quarto.
– É... Eu nem sei o que você quer saber, Tommy. - Falou Thalia, nervosa, mexendo nos dedos inquieta.
– Me conta desde o início... - Pediu Tom, sentando-se mais confortável na cama, e encostando as costas na cabeceira.
– Tom... Eu... Eu não me sinto nada confortável e afim de falar sobre tudo isso... - Ela olhava-o com os olhos pidões, querendo que aquele assunto não se prolongasse. Fosse encerrado por ali, sem mais ou menas explicações.
– Thalia! - Suspirou Tom. - Eu é que não me sinto confortável não sabendo nada sobre esse tal relacionamento que você teve com esse tal de Edgar, e sem saber se ele ainda significa algo para você! - Exclamou Tom, chateado, voltando a sentir o veneno letal dos ciúmes percorrerem-lhe as veias.Thalia abaixou a cabeça frustrada. Aquilo realmente a incomodava, e ao pensar que sê não fosse a enorme boca de seu pai, Tom não saberia de nada daquilo, e esta discussão, conversa, seja lá o que isso quer que fosse, estaria sendo desnecessária. – Anda Thalia! Fala... – Exigiu Tom, impaciente, fazendo-a levantar o rosto, e olha-lo.
– Tudo bem Tom. Você é que quer saber! – Advertiu ela, olhando-o nervosa, enquanto sentia um forte náusea. – Eu conheci o Edgar, quando eu tinha quinze anos... – Começou ela, suspirando pesado.
– Foi quando os meus pais decidiram ir para a igreja, e ficarem firmes. Ele tinha acabado de entrar naquela congregação... Mais já era cristão desde novinho, e quando eu entrei, eu só ia por pura obrigação, porque os meus pais queriam que eu fosse... E eu nunca sequer havia reparado nele, ele era extremamente invisível aos meus olhos. – Ela deu uma risada seca, e passou a mão no rosto, frustrada. – Mas teve um dia que enxerguei-o, ele era tão diferente dos outros rapazes... Eu era jovem, ingénua, e logo me apaixonei. Ou melhor... Não foi bem assim, porque ele era apaixonado por mim desde a primeira vez que ele me viu, passava os cultos babando em cima de mim. Um unico olhar meu bastava para deixa-lo constrangido. Mas eu esnobava-o, fingia que não via ele me olhando, me namorando nos cultos... – Tom riu sarcástico e não pode evitar de deixar transparecer o quanto ele estava odiando tudo aquilo. – Quando começei a gostar dele, eu era tão timida, e ele também... que nós ficamos bastante tempo só nos olhares, nos sorrisos timidos, nos “ A paz do Senhor “com a mão tremula e mais gelada do que o normal... – Thalia sorriu sem poder evitar ao lembrar-se das cenas, de como tudo era tão... Puro, tão diferente de algum tempo atrás. Tom virou o rosto, e encarou a parede, fechando os olhos com força, tentando controlar a raiva, que ele estava sentindo. A vontade de socar, de quebrar o quarto todo. Thalia olhou-o e sentiu-se mal, pior ainda por saber, que foi ele quem pediu para ela relembrar tudo aquilo. Que pediu para ela contar tudo.
– Mas passado um tempo, ele arranjou uma namorada, mais ele só estava com ela para me fazer ciúmes, para me deixar chateada...
– Nossa! Eu não sabia que na igreja também faziam isso! – Exclamou Tom interrompendo-a sarcástico.
– Não, não faziam e nem fazem.- Prosseguiu Thalia, não ligando para a interrupção do marido. - Mas ele era jovem, e queria tentar me esquecer ou sei lá... Mais as coisas portanto não mudaram por ele ter começado a namorar, continuava aquele amor aos olhos nu. Todos percebiam o quanto ele gostava de mim, e o quanto eu gostava dele pela forma dele olhar, de falar sobre mim ou de falar comigo. Começei a querer me afastar da igreja, por não conseguir conviver vendo-o com a namorada. – Ela levantou-se da cama, e começou a caminhar pelo quarto, de braços cruzados. – E todo culto, quando os meus pais desciam as escadas, e iam para sentar-se na igreja, antes eles tinham que passar pela bateria, onde o Edgar estava sentado... Porque ele tocava, e a primeira coisa que ele fazia quando via os meus pais era perguntar. “A Thalia? Ela não vem hoje? “ . – Ela não pode evitar de sorrir, ato que fez Tom serrar os punhos, enciumado. – Eu sempre ria, e me sentia tão importante quando a minha mãe chegava em casa me contando esses pequenos detalhes... Céus, eu me imaginava entrando na igreja com aquele homem! – Admitiu, dando uma risada seca. – É teve um certo dia que os meus pais desceram as escadas, e o mesmo episodio de sempre aconteceu, ele perguntou por mim... e antes dos meus pais poderem dar alguma resposta eu desci as escadas, sorrindo... Nossa, foi uma cena digna de filme, quando eu vi ele, as bochechas dele estavam tão coradas, e o sorriso tão radiante, que eu na hora morri de vergonha e fiquei com vontade de voltar para casa correndo! – Ela encostou-se na parede e levantou o olhar, que de divertido e brilhante agora estavam vazios. . – Eu fiz tantas campanhas, tantos propossitos de oração pedindo a Deus, para que ele permitisse o nosso relacionamento... Ai passado alguns meses, ele terminou com a namorada. Eu fiquei eufórica, pensei que aquela era a resposta de Deus para as minhas orações, que agora eu ia ver o presente de Deus! Mas não foi assim, aconteceram muitas coisas, que só me faziam mal... A mãe dele falou que não ia voltar a deixa-lo namorar, porque ele mudava totalmente quando estava com namorada, sê tornava agressivo dentro de casa, sê achava dono do próprio nariz... – Tom sorriu, afinal aquele homem ao qual ela sempre pensava que iria casar, não era melhor que ele,e até tinham coisas em comum. – Eu fiquei arrazada, afinal eu e ele não iamos finalmente ficar juntos... Era como sê fossemos namorados, sem ser de verdade. Aparentavamos ser namorados, com todos os sentimentos... mas não éramos. E passado quase um ano, ele começou a namorar com uma menina, que era a minha copia falhada! – Ela deu uma gargalhada sem humor balançando a cabeça negativamente. - Eu fiquei muito chateada. Eu não queria acreditar. Todos ficaram com medo da minha reacção.. Ficaram com medo de eu sair da igreja, de eu me afastar. Eu quis! E fiquei bastante tempo evitando ir na igreja, dando desculpas esfarrapadas. Culpei Deus, novamente pelo carrasco que tinha voltado a acontecer entre mim e ele. Culpei Deus, por ele não ter ouvido as minhas orações, por ele não ter me dado a única coisa que eu pedia, que não fosse dons espirituais. Senti-me desiludida, esquecida. Eu orava, eu fazia de tudo para estar na posição, como Deus queria, mais tudo o que eu recebia era ver as outras, ficarem com o que eu queria. As outras, receberem a minha benção! Eu odiava, aquela garota! E eu não deveria odiar ninguém... Ela era a minha irmã na fé, e eu a odiava com todas as minhas forças, eu evitava até ficar perto dela. Mas o Edgar continuava como sê fosse meu namorado... Esquecia-se que era ela, a namorada dele... Fomos o grupo da igreja, de jovens, para Bruxelas numa festa dos jovens de lá... E bom fomos em carros divididos afinal éramos muitos, e ele colocou ela em um carro bem longe, do carro que ele ia e que por incrível que pareça eu também ia! Naquela viagem de carro, acho que foi a melhor da minha vida naquela altura, era como sê só houvéssemos nós dois ali. Louvavamos, e... até as nossas vozes sê completavam. – Exclamou ela, levando a mão aos lábios, incrédula.
– Ele me amostrava louvores que ele gostava, e que eu também havia aprendido a gostar por causa dele... Céus, ali vi que éramos perfeitos, absolutamente perfeitos um para o outro! Chegamos em Bruxelas, participamos da festa de dia, e de noite tinha o culto, e na hora do culto íamos apresentar dois louvores, e uma peça, e na hora que era para ser a peça os outros jovens sê embolaram e começaram a cantar o louvor. Foi catastrófico!! Ele ficou tão nervoso, porque ninguém estava ouvindo as recomendações dele durante todo o dia. Que ele desabou, agachou-se ao meu lado, quando eu estava sentada no banco da igreja, pousou a cabeça no meu colo e começou a chorar de nervoso, de frustração. Porque os jovens estavam impossíveis nos últimos tempos e ele se controlava para não brigar, não chatear-se. Mas ali foi a gota d’agua! A namorada dele encontrava-se a dois bancos atrás de mim! E ele estava ali, chorando no meu colo, e eu idiota apaixonada com o coração na mão, enxugando as lagrimas dele. Todos ficaram espantados com aquilo. Ele estava ali, sem ligar para o que os outros pensavam, sê estavam achando aquilo correcto ou não, chorando e deixando-se consolar pela única pessoa que ele queria ver, e que o iria entender, e faze-lo sentir-se melhor naquele instante. – Tom engoliu seco... Thalia era para ele também o que ela foi para o tal do Edgar. A única pessoa capaz de não deixa-lo cair, não deixa-lo sê afogar. – A partir dali as coisas começaram a sê complicar, a minha mãe ficou sabendo disso, ela foi falar mãe dele, e falou que eu ia trocar de numero de telefone para que ele não pudesse mais mandar-me mensagens a disser que estava com saudades, nem ligar-me no meio da noite, só para perguntar sê estava tudo bem e ouvir a minha voz. Os meus pais já estavam cansados de me ver ficar triste com tudo o que estava ocorrendo, ele parecia gostar de mim, mas não admitia e namorava com outra. Proibiram ele de falar comigo, sobre coisas que não eram da igreja.... É no fim... eu continuei gostando dele, e ele fingindo não sentir tudo o que sentia por mim. Passado um tempo você apareceu. A minha mãe e o meu pai oraram durante semanas antes de eu ir aquele encontro com você, aquela selecção ou seja lá o que foi aquilo. Porque sê fosse de Deus, você iria me escolher, e não iria sequer olhar para as outras. E pronto.. Foi assim, de um momento para o outro, o vento veio e mudou tudo. – Finalizou ela, suspirando longamente, olhando para o esposo. Tom bateu na cama indicando-a a sê sentar. Ela caminhou até ao lado dele, e sentou-se.
– E você casou comigo gostando dele? – Questionou Tom, olhando-a serio. Ela mordeu o lábio inferior, e antes que saísse qualquer palavra da boca dela, ele interrompeu-a, indignado. – Não acredito!
- Tom! – Gritou Thalia, segurando a mão dele.
– Você não venha me julgar! Você casou comigo, e depois da lua de mel, você começou a me tratar como um nada! – Exclamou ela indignada.
– Você casou comigo, apaixonada por outro cara! É que só por um acaso, ainda gosta de você! – Ripostou Tom, exasperado, levantando-se da cama, mas sendo impedido por Thalia.
– Tom! Deixa de ser infantil. Eu casei gostando dele por insistência minha, porque eu não queria admitir que Deus tinha tirado ele do meu coração. – Falou nervosa, olhando nos olhos dele, e vendo toda a raiva que ele sentia.
– Ah! – Tom gargalhou seco, e incrédulo. – Por insistência sua? – Questionou, sem acreditar.
– Sim Tom! Porque eu não queria aceitar, que Deus tinha permitido que eu me cassasse com você, que eu não ficasse com o Edgar. Por Deus não ter me dado aquilo que eu queria! – Respondeu, nervosa sem poder se controlar, sentindo os seus olhos queimarem, e encherem-se de lagrimas.
– Então ELE é o que você queria?! – Exclamou mais incrédulo ainda, sentindo o seu peito doer, a uma vontade enorme de bater nela.
– Era Tom! Ele era o que eu queria! – Respondeu exaltada. – Mas como nem sempre o que a gente quer é o melhor para nós. Eu passei anos da minha vida pedindo errado, orando errado! Eu orava pedindo o Edgar. Quando eu deveria ter orado, pedindo a Deus preparar o homem que ele havia escolhido para mim! – Exclamou, deixando as lágrimas inundarem-lhe a face. Tom levantou-se da cama com raiva, frustrado, e sem acreditar em tudo o que os seus ouvidos haviam ouvido nos últimos minutos, deu um soco na parede, que fez Thalia estremecer.
– Thalia, Thalia.... – Sussurrou Tom, virando-se para ela, e olhando-a com os olhos vermelhos, e totalmente frios. – Eu não quero nem imaginar você perto deste homem! Eu não quero nem sonhar que você lembra dele, que o nome ou a imagem dele passa por sua mente... – Falou, aproximando-se dela, e segurando o braço dela com brutalidade. Ela olhava-o com medo, desconhecendo por instantes o Tom que sê encontrava diante dela. – Sê esse homem fui burro o bastante para te perder, e cachorro o bastante para te fazer sofrer, ele vai ser infeliz pelo resto da vida dele por não poder te ter... Felizmente que ele é idiota, porque caso contrario, eu não te teria!
– Tom! Ele nunca me teria! Porque isso não era da vontade de Deus! Me solta... Você ta me machucando. – Interrompeu-lhe ela, puxando o braço, tentando faze-lo solta-la.
– O que aquele imbecil falou quando te viu? Me fala Thalia! – Exigiu Tom, gritando, olhando-a totalmente descontrolado.
– Ele não me falou nada Tom. – Cuspiu ela, empurrando ele pelo peitoral, fazendo-o afastar-se dela, e tentando liberar o braço da mão dele.
– Me fala! – Gritou ele, apertando mais ainda o braço dela. – Ele falou o que? – Insistiu, totalmente transtornado. – Falou que você tá linda? Maravilhosa? – Supôs, fazendo-a balançar a cabeça negativamente, incrédula. – Ah... Falou o que? Que você ta gostosa? Que sê ele pudesse te jogava na primeira cama que visse pela frente dele? – Supôs novamente, segurando-a pelos dois braços e balançando-a.
– Tom, me solta! Você tá louco! – Gritou ela, tenta empurra-lo para longe dela. – Você não sabe o que você ta falan... – Ela foi interrompida, pelos lábios de Tom, agressivos e urgentes, tomando os dela avidamente. Ela virou o rosto, fugindo dos lábios dele, impedindo-o de aprofundar o beijo.
– Me fala Thalia! Me fala, ele te beija como eu te beijo? – Questionou nervoso. – Ele te faz se sentir como eu te faço? – Voltou a questionar, colando o corpo dos dois brutamente. Fazendo-a estremecer, não de desejo mas de medo. – Ele nunca seria capaz de te tocar como eu te toco, de te fazer estremecer com apenas um toque. – Sussurrou Tom rouco, contra o ouvido dela, fazendo-a arrepiar-se.
– Tom, eu juro, que sê você não parar com isso, agora, você vai se arrepender. – Exclamou Thalia firme, controlando-se para não ceder aos toques, as carícias dele.
– Thalia, porque? Porque você fez isso comigo? – Questionou Tom, soltando os braços dela, a abraçando possessivamente, escondendo o rosto, no pescoço dela fechando os olhos, e deixando as lágrimas que já lutavam para cair a algum tempo, começando a soluçar.
– Eu não fiz nada Tom! – Exclamou Thalia defendendo-se, e abraçando o corpo dele, sentindo-se amolecer, por sentir as lágrimas dele, molharem o pescoço dela.
– Você... Você... Casou comigo, apaixonada por outro... Me fez sentir tudo o que eu sinto por você, mas ainda continua... continua gostando dele. – Falou Tom, entre soluços, se sentindo o homem mais idiota, mais fraco e mais infeliz do mundo.
– Não Tom, sê eu ainda estou com você, sê eu ultrapassei todos os empecilhos, todas as provas para ficar contigo, ao teu lado, para não desistir do nosso casamento é porque eu te amo. – Explicou Thalia, afastando um pouco o corpo do dele, de modo que ela pudesse olhar para ele.
– Você continua comigo, porque na sua religião sê você casou, não é adequado você sê separar... E sê você o fizer você não vai poder ter nada com mais ninguém! – Exclamou Tom desviando o olhar do dela.
– Não Tom! É porque eu descobri que te amo, eu descobri o amor... O que eu pensava saber o que era quando gostava do Edgar! – Falou Thalia, segurando o rosto dele entre suas mãos, obrigando-o a olha-la nos olhos.
– Thalia, para! Eu já percebi que... – Falou Tom, nervoso. Mas foi interrompido.
– Não Tom! Para de ser idiota! – Exclamou Thalia. – Eu gostava do Edgar. Mas eu só descobri o que era amar, com você! E o sentimento de gostar, não é que chegue para construir uma relação ou um casamento abençoado. Não é. Amar, eu só te amo a ti, você é e sempre vai ser o único que eu amo. – Completou, acariciando o rosto dele, vendo o olhar dele, ficar mais manso.
– Porque você não quer ter um filho comigo, Thalia ? – Questionou Tom, mudando de assunto, e olhando-a seriamente.
– Não é que eu não queira ter um filho com você. Mas agora você não esta preparado para ser pai. E eu também não estou preparada para ser mãe. – Respondeu Thalia, segura de si, deixando Tom completamente encabulado e sem palavras.


~~


No dia seguinte Thalia, decidiu que já era hora de voltarem para casa, afinal o clima entre ela e Tom ainda estava um pouco estremecido. As coisas ainda estavam um pouco fora do lugar, ele continuava com um bico do tamanho do mundo, e ela um pouco chateada com a forma que ele a tratou. Os pais dela compreenderam, apesar de Louis ter ficado um pouco chateado por saber que aquela briga poderia ter sido evitada, sê ele não houvesse falado sobre o Edgar com Tom. Mas aquilo era algo que Tom deveria saber, porque sê ele decidisse não dar o valor que Thalia merecia, haviam outros que queriam dar. Aquilo ia servir para ele ficar sempre na posição, não dar uma de esperto.


O caminho já ia pela metade, e nenhum dos dois não haviam sequer trocado uma palavra, Tom ia super concentrado na estrada, olhava algumas vezes de soslaio para a esposa, mais nada que ela pudesse perceber. Thalia estava com os fones de ouvido, portanto estava excluindo-se do mesmo ambiente que Tom, mesmo que fosse indirectamente.
– Thalia... - Chamou Tom, olhando-a directamente pela primeira vez em mais de duas horas de trajecto. - Amor... - Insistiu, vendo que ela nem sequer havia a olhado. - Thalia! - Insistiu novamente, mas desta vez tocando no braço dela, ato que a fez surssutar e olha-lo assustada.
– O que foi, Tom? - Perguntou, sem paciência olhando-o severa.
– Tá tudo bem? - Ele perguntou, desviando os olhos para a estrada por instantes mas logo voltando a olha-la. Ela deu uma risada seca.
– Você acha que está tudo bem Tom? - Retrucou ela, cruzando os braços na frente dos seios chateada. Ele limitou-se a desviar o olhar. - Oh Tom! Está tudo óptimo meu amor... Tirando as marcas rochas que os teus dedos fizeram em meus braços, a dor muscular que eu estou sentindo, hãn?! Mais o que... - Citou ela irónica, olhando-o. - Ah, sem contar que você acabou invertendo os papéis... Porque quem era o traira entre nos dois, é ou era você! Eu nunca te dei razões para tal acto teu! - Completou ela, olhando-o severamente.
– Thalia, por favor, não torna essa briga maior e mais complicada do que ela já é! - Exclamou Tom, passando a mão no rosto exasperado, com um semblante de dor e angústia.
– Tom! Quem complicou as coisas e deixou-as maior foi você, não eu! - Resmungou Thalia, dando as costas para ele, e virando-se para a janela.
– Você já não é mais criança para virar as costas para os teus problemas, Thalia. Portanto por favor... - Falou Tom, olhando-a e batendo as mãos no volante nervoso. Thalia fechou os olhos, e respirou fundo, se controlando para não começar a xingar e a magoa-lo. Se ele soubesse a irá que ela estava desde a briga dos dois, por ele ter a machucado! Se ele soubesse que a vontade que ela tinha cada vez ela ela olhava ou sentia dor nos braços, nos punhos e nos ombros. Se ele soubesse... Com certeza ele não se aventuraria nem sequer a encher a paciência dela. Em questão de segundos, ela sentiu o carro travar brutamente, e Tom sair do carro, batendo forte a porta. Não tardou e ela viu ele rodeando o carro e abrindo a porta dela com a mesma força a brutalidade que ele havia fechado a dele, a instantes atrás.
– Sai do carro, Thalia! - Ordenou ele, a ponto de explodir tamanho ódio que corria por suas veias.
– Eu não vou sair do carro, seu louco! - Exclamou ela, aumentando o Tom de voz e olhando-o incrédula.
– Eu não pedi para você sair. Eu mandei você sair! - Voltou a ordenar ele, pegando-a pelo braço e a puxando para fora do carro sem paciência.
– Tom! - Gritou ela, tentando manter-se dentro do carro, olhando-o com ódio. - Seu louco! Se você tá pensando que vai me deixar aqui no meio do nada você tá muito enganado. - Exclamou ela, fazendo-o rir sem humor, ato que deixou-a mais nervosa do que antes.
– Thalia, se você não sair por bem, você vai sair por mal. - Falou Tom entre dentes, soltando o braço dela por breves segundos e voltando a segura-lo com mais firmeza.
– Tom me solta, você tá me machucando! - Pediu ela, desta vez com o tom de voz mais baixo.
– Sai, Thalia! - Ordenou ele pela terceira vez. - E entra para a porcaria do banco de trás! - Ela olhou-o incrédula, o que ele queria? Ele estava ficando louco. Ela fez cara de desentendida, de quem nem sequer havia ouvido o que ele havia dito, ignorando-o completamente. Ele sem aviso prévio, inclinou-se, puxando o corpo dela, e colocando-o sobre um dos ombros sem dificuldade. Tirando-a do carro sem prestar atenção nas protestações dela, dos tapas e dos gritos que ela insistia em dar. Agradeceu-se mentalmente por estar em uma estrada pouco frequentada, e por ter decidido cortar caminho, caso contrário se ele estivesse numa auto-estrada, os gritos e esperneações dela já teriam feito meio mundo ligar para a polícia, falando que uma jovem estava sendo sequestrada ou algo do género. Abriu a porta de trás do carro, e jogou-a como um saco de batatas sobre o banco e entrou também empurrando-a para o lado de travando as portas do carro. Sem demora ela começou a brigar, barafustar nervosa, coisas que ele simplesmente decidiu não ouvir.
– Deixa eu ver! - Pediu, ele aumentando a voz para ela ouvi-lo.
– ... seu idiota, você é mesmo, argh! - Continuou ela a brigar, hora ou outra batendo no braço dele, ou tentando abrir a porta, mas sem sucesso. - Você quer ver o que, seu... Seu... Arg! - Ela perguntou, mas sem finalizar dando um murro no braço dele nervosa.
– Quero ver... As marcas de ontem. - Respondeu ele, olhando o braço dela, e vendo-a cruzar os braços, birrenta.
– Você não vai ver nada! - Exclamou Thalia, rabugenta passando uma mão no cabelo, consertando-o.
– Se você não me deixar ver por bem, eu vou rasgar o teu casaquinho... - Advertiu ele, fazendo-a olha-lo mortalmente.
– Você é quem vai pagar outro mesmo! - Rebateu ela, dando de ombros, e revirando os olhos. Ele olhou-a desafiadoramente, e levou as mãos até a costura do casaquinho dela, afim de puxa-la até rasgar, mas ela desviou-se dele. - Tom! Para de coisa... Deixa de ser deficiente! - Pediu, nervosa.
– Então tira essa merda de casaco! - Ordenou ele, autoritário.
– Você hoje hein... Tá achando que pode! - Resmungou ela, olhando-o e vendo-o manter a mesma postura decidida. Ela bufou e revirou os olhos, frustrada e tirou o casaquinho ficando apenas com uma blusa regata, sem mangas e meia larguinha, e jogou o casaco na cara dele, com raiva e cruzou os braços pela milésima vez no dia. Ele levou a mão até ao punho dela, puxando-o até ele, fazendo-a gemer de dor, por ele ter exercido pressão sobre o hematoma. Ele observou o braço direito dela, atentamente e viu as marcas roxas que por culpa dele agora manchavam a pele branca como porcelana. Sentiu o seu coração partir-se, sentiu-se um monstro. Como ele foi capaz de fazer aquilo com ela? Com a única mulher que o fez amar, e dar valor ao amor. Ela surpreendeu-se e prendeu a respiração, ao sentir os lábios, quentes e macios dele beijarem o seu punho, e os beijos serem distribuídos amorosamente, sobre toda a pele exposta do braço dela, até ao ombro, beijando cada pequeno hematoma roxo, do mais pequeno até ao maior, como se ele pudesse sarar, fazê-los desaparecer com os beijos. Ela encostou-se na porta, jogando a cabeça para trás até a mesma encostar-se no vidro, fechou os olhos e suspirou prazerosa, sentindo os lábios dele sobre a sua pele.
" Thalia! Isso é joguinho sujo dele, ele só está fazendo isso porque sabe que você é fraca, quando o assunto é ele. Foco, Thalia! Foco! " Ela puxou o braço liberando-se das mãos dele, e sentindo-se aliviada por não tê-lo mais tocando-a. Um minuto não foi o bastante para ela voltar a sentir o toque dele, os lábios dele, mais desta vez, subiam pelo alvo pescoço, dando beijos calmos e cuidadosos, fazendo a respiração falhar.
– Tom! – Resmungou ela, tentando afasta-lo. – Porque você faz isso? Que saco! – Exclamou, olhando-o.
– Eu só quero que você me desculpar... – Respondeu ele, segurando o rosto dela, e olhando-a nos olhos. – Eu estou arrependido por ter agido como um louco! Eu estou mesmo arrependido... por ter perdido a cabeça. – Sussurrou ele baixinho, que sê eles não estivessem tão próximos um do outro, ela nem sequer teria ouvido.
– Mas... – Começou ela, mais ele passou o dedo sobre os lábios dela, fazendo-a calar.- Mas nada... Tudo o que você precisa fazer é me desculpar. Por favor meu amor. Por favor... Não vamos estragar esses ultimos meses por coisas tão bobas... – Pediu ele contra os lábios dela.
– Tom... sê todas as vezes... – Rebateu ela, sendo interrompida.
– Por favor... Isso não vai voltar a acontecer, esquece... Esquece esse infeliz acontecimento! – Insitiuu ele, antes de beija-la. - Tudo bem ? – Questionou entre um beijo e outro. Ela não respondeu nada. Ele voltou a beija-la. – E agora? Tá tudo bem? – Insistiu, roçando os lábios novamente nos dela, ela recebeu um aceno positivo da parte da esposa. Beijou-a mais algumas vezes, fazendo-a derreter-se mais do que chocolate em um dia de calor.
– Que isso não volte a acontecer, hein Tom! – Advertiu ela, apontando para o peito dele.
– Prometo, amor. – Prometeu ele, dando um beijo casto na testa dela.
– Vamos passar para o banco da frente? Ainda temos estrada pela frente... – Falou, pegando-a pela mão e destravando as portas do carro.
– Ah.. Só mais uma coisa Tom! - Exclamou ela, fazendo-o olhar para trás encarando-a. - Até o diabo pede desculpas! - Completou, piscando para ele.
– Tá, meu anjo! - Concordou ele, sorrindo. - Me perdoa. - Completou, beijando a mão dela, que sorriu.
– Quem tem que te perdoar é Deus! Porque ele é que é perdoador! - Falou ela, aproximando-se dele, e dando-lhe um selinho.

Após chegarem em casa, tomarem um longo banho, Thalia foi deitar-se, enquanto Tom foi ligar para o irmão. Os dois passaram alguns minutos no telefone mas Bill realmente não queria falar o motivo dele ter voltado para casa mais cedo, por telefone. Tom então chamou-o para ir até a casa dele, mas Bill disse que não dava, somente na manhã seguinte. Tom não insistiu, porém deixou bem claro que se Bill as dez da manhã não estivesse lá, ele iria atrás de Bill, para saber qual era o assunto urgente que o fez voltar para casa mais cedo. Bill prometeu que estaria lá as dez, afinal ele bem sabia que Tom era capaz de rodar a cidade toda atrás dele. Pelo simples facto dele odiar segredos, ainda mais segredos quais envolviam a família. Mal Tom desligou o telefone, logo adiantou-se para ir deitar-se ao lado de Thalia e dormir uma boa noite de sono. Antes de deitar-se pode notar que Thalia já havia adormecido, a viagem realmente havia sido cansativa e turbulenta. Deu um beijo casto e doce nos lábios da esposa, e deitou-se ao seu lado, puxando-a contra ele, ato qual ela inconscientemente aceitou, e aninhou-se mais a ele. Não precisou bastante para ele também cair no sono, e entrar no mundo dos sonhos.



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Notas finais do capítulo

É ai, Dolls :')
O que acharam?
O capitulo foi bom ou não?
Acham que o miau-miau do Tom pegou pesado? A forma dele agir foi certa, ou não ? A Thalia? Acham que ela fez bem de contar tudo para ele, tal como ele queria?
Hmn... Aguardo anciosa pelos vossas opiniões & espero ver-vos todas aqui @
Mereço Reviews?
P.s : Esse é o maior capitulo de toda a fic x)
XOXO Dolls ♥