Thalia, sentou-se se esforçando para normalizar a respiração, e deixar de pensar em como aquele momento estava maravilhoso e em como ele poderia ter acabado, se Bill não houvesse aparecido tão cedo. Passou as mãos nervosamente pelo rosto, ao ouvir o seu coração bater descompassado no peito, passou a língua sobre os lábios, e só conseguiu pensar que a alguns segundos atrás os lábios de Tom estavam sobre os seus, usando, abusando, puxando, lambendo, mordendo... Céus, fazendo-a perder noção do tempo, da hora, do lugar e fazendo-a esquecer-se até do seu nome... Ah aqueles lábios... Ela foi tirada dos seus pensamentos, ao sentir o corpo ser jogado para frente e uma buzina ensurdecedora.
– FILHO DA MÃE! SEU CEGO, OLHA POR ONDE ANDA VIADO! - Gritou Tom, pela janela nervoso, e dando um soco no volante.- Calma Tom! - Falou Bill, após o susto.- CARALHO BILL! O CARA QUASE FEZ A GENTE TER UM ACIDENTE!! - Gritou, olhando para o irmão chateado.
– Primeiro: Você para de gritar igual a um histérico. Segundo: A culpa foi sua, porque ele tinha prioridade de passar! - Enumerou Bill calmamente.
– Não! Não era ele que tinha prioridade! - Negou Tom, balançando a cabeça.
– Era sim! É se você não tivesse aéreo, pensando em como você e a Thalia podiam ter acabado o que vocês começaram, você teria visto! - Exclamou Bill, reprovando-o com o olhar. Thalia sentiu as bochechas voltarem a corar e ficarem quentes.
– Cala a boca, seu idiota! - Repreendeu-lhe Tom, olhando-o chateado. - Você tá deixando a Thalia constrangida, seu boi! - Completou, olhando sério para a estrada.
– Tá... Thalia, desculpa! Eu não... Não queria te deixar constrangida, eu só queria fazer o Tom, entender que ele não pode estar desconcentrado, enquanto dirige. - Desculpou-se Bill, virando-se para trás e olhando a cunhada, que estava mais vermelha do que uma pimenta. Ela acenou afirmativamente e abaixou o olhar. É verdade. Tom estava realmente com a cabeça na lua. Ou melhor na lua não, mas sim no posto de gasolina, quando ele e Thalia estavam tendo aquele momento quente. O volume entre as suas pernas estava deixando-o nervoso, e incomodado. As imagens dos dois a momentos atrás que vinham-lhe sempre a memória, os gemidos dela, o corpo dela contra o dele, as mãos delicadas dela apertando-o naquele posto contra ela, todas essas lembranças, estavam deixando-o pior ainda. Ele olhou-a pelo retrovisor e viu-a olhando a estrada com o pensamento longe, com certeza ela também estava pensando no acontecido do posto. Não pode evitar de sorrir, ele se encontrava necessitado mais ela também de certeza havia ficado frustrada pela interrupção.
As três horas de caminho passaram rápido, Thalia havia adormecido, e Bill estava sempre cochilando e deixando Tom falando sozinho.

Tom não pode evitar de dar Graças a Deus, quando finalmente viu a rua da casa dos seus sogros. Parecia que não mais três horas de estrada era realmente longo.
– Bill! Acorda, chegamos! - Anunciou Tom, estacionando o carro e desligando o motor. Viu que o irmão nem se mexeu, e bufou.
– Bill! Acorda! - Insistiu, balançando-o, algumas vezes até vê-lo resmungar e abrir os olhos.
Tom saiu do carro, esticou as pernas, alinhou os braços, e estralou os dedos, sorrindo, antes de dar a volta no carro, e abrir a porta de traz do passageiro.
– Meu Amor... - Sussurrou abaixando o corpo até ficar a altura dos lábios dela. Deu um selinho demorado e sorriu, ao sentir ela também sorrir no beijo. - Chegamos... - Informou, passando a mão no cabelo dela.
– Que bom! - Falou feliz, sentando-se no banco e se espreguiçando.
– Muitas saudades do seu pai e da sua mãe? - Perguntou ele, dando espaço para ela sair do carro.
– Muitas e do Philiphe também. - Afirmou, fora do carro, consertando a roupa.
– É... Ele deve ter crescido muito desde a última vez que o vimos. - Comentou, fechando a porta e indo até à porta malas, abrindo-o e tirando as malas lá de dentro, com a ajuda de Bill.– Precisam de ajuda? - Perguntou Thalia aproximando-se deles.
– Não,Tha... Não precisa não! Pode ir, indo... - Respondeu Bill, olhando-a ligeiramente, e voltando a atenção para as malas.

Thalia decidiu então, ir indo na frente. Atravessou a rua tranquila, calmamente e abriu o portão de ferro preto, entrando dentro do jardim, olhando ao redor, podendo ver o jardim arrumado, as flores impecáveis, e as pequenas luzes no caminho de pedra da garagem, até ao caminho da porta de entrada. Sorriu ao notar as luzes da casa avessas.
Chegou diante da porta e o seu sorriso aumentou. Iria ver a sua família, que já há alguns meses não via. Iria poder matar as saudades, e passar tempo de qualidade com eles. Tocou a campainha duas vezes seguidas e pode ouvir vozes animadas do lado de dentro, ao distingui-las sorriu mais ainda.
A porta abriu-se rapidamente desvendando um menino loiro com uns olhos vivos e brilhantes verdes claros, um pouco azulados, e com um sorriso sapeca nos lábios.
– Thalia! - Gritou o menininho antes de jogar-se contra ela, abraçando-a fortemente pela cintura.
– Meu amor! Como você está? - Sorriu, abaixando-se e beijando o topo da cabeça da criança.
– Bem! - Desvencilhou-se do abraço e pegou na mão dela, puxando-a.
– Vem! Vem ver meu quarto! - Falou animado olhando a brevemente e continuando a puxa-la.
– Calma bebê, o Tommy ainda está entrando eu ainda nem fui falar com a mamãe e com o pai. - Falou, sorrindo e puxando-o pela mão. O garotinho olhou para a porta de entrada que ainda estava aberta e viu Tom entrando por ela, imediatamente largou a mão de Thalia e correu abraçando-o enquanto Tom sorria e retribuía também o abraço, mas com um pouco de dificuldade por causa das duas malas.
– Hey Bonitão! - Olhou sorridente. - Calma! Deixa eu colocar as malas no lugar que eu já venho te dar um enorme abraço e brincar contigo. - Falou Tom, olhando ao redor e viu a sua sogra sair da cozinha sorridente. - Tom, pode levar lá para o quarto de Thalia. - Informou, antes de abraçar Thalia. - Minha filha! Que saudades que eu estava de vocês os dois! - Falou, abraçando a filha, e sorrindo.- Mãe, eu também estava com muitas saudades de vocês! - Concordou Thalia, afastando-se um pouco de sua mãe e seguindo-a, até chegarem a sala, e sentarem-se. – Cade Papai, Mãe?- Questionou olhando ao redor.
– Seu pai foi na casa da sua tia, buscar algo que os seus avós mandaram! - Respondeu Karoline, passando a mão no longo cabelo encaracolado. - Então, Filha... Como foi a viagem até aqui? _ Questionou, atenciosamente.
– Bem, Graças a Deus mãe... Apesar de ter sido longa, foi tranquila. - Respondeu sorrindo meigamente, e evitando qualquer tipo de pensamento sobre o ocorrido no posto de gasolina.
– Ah! Que bom. - Sorriu. - Tom deve estar cansado! - Supôs, olhando para o corredor. - Bill, veio mesmo ou enrolou vocês e não apareceu? - Perguntou divertida, e curiosa sorrindo.
– Haha... Não. Desta vez ele não passou a perna em ninguém! - Respondeu Thalia, dando uma gargalhada, ao lembrar-se das vezes em que Bill passava a perna e dava bolo em todo mundo. - Ele gosta de vocês! E principalmente ama as comidas vegetarianas que a Senhora faz! - Completou, Thalia fazendo a mãe sorrir.
– Ah que bom! Porque se ele contínua como da ultima vez que o vi, esses dias que ele vai passar aqui, vai ser óptimo. Ele vai voltar um novo Bill, gordinho e até com bunda! - Falou, Karoline sorrindo ao ver o genro e o irmão entrarem na sala.- Karol! Como a Senhora está? - Questionou Tom, abraçando-a forte e levantando-a do chão, dando uma gargalhada e fazendo-a dar um tapa no ombro dele, em reprovação.
– Tom! - Repreendeu, olhando-o. - Eu já te disse, eu não gosto nada desses abraços que me quebram toda e ainda me tiram no chão! - Falou, contendo um sorriso ao ver a cara fofa que o genro fez.
– Eu sei que gosta, sogrinha! - Contrariou-a Tom, voltando a dar um abraço de urso e a tira-la do chão. Fazendo-a finalmente dar uma gargalhada. Ele era um meninão. - Tá vendo! - Concluiu colocando-a novamente no chão.
– É Tom, você tá mais gordinho e fortinho. - Falou, Karoline apertando as bochechas dele.
– Arg! Você e a sua filha com essa mania de apertar as minhas bochechas! - Resmungou Tom, passando as mãos nas bochechas, massageando-as.Thalia limitou-se a sorrir, ela amava o jeito que Tom estava ultimamente, tão leve, tão simpático, tão o Tom com quem ela casou–se.
– Bill! - Exclamou sua mãe, indo abraçar o gémeo do genro.
– Nossa! Você também está mais fortinho.. Mais ainda está magrinho! - Falou, passando a mão no rosto dele, e dando uma apertadinha de leve na bochecha dele.
– Hmn... Acho que sou capaz de engordar mais um pouquinho enquanto eu estiver aqui. - Falou Bill, sorrindo.
– Concerteza! - Thalia concordou, ao ver Tom sentar-se ao seu lado, puxando-a para perto, passando a mão nas costas dela, enquanto olhava-a com um sorriso sapeca nos lábios.

~~

Não tardou muito o Pai de Thalia chegou, mimando a filha, e brincando com o genro e Bill, enquanto Philippe saltitava por todos os cantos da sala.- O jantar já está na mesa! - Anunciou Thalia, voltando a sala, após alguns minutos ausente.
– Vamos! - Falou, encostando-se nas costas da poltrona em que o seu pai estava sentado e acariciando os cabelos do mesmo. Os três, acompanhados por Philippe levantaram-se do sofá e da poltrona, e foram saindo da sala, indo em direcção a sala de jantar. Thalia foi atrás de seu pai, Bill e Philippe sorrindo divertida ao ouvir a conversa dos três.
Sentiu o seu corpo ser puxado para trás e imediatamente ser colado a um corpo firme e musculoso.- Eu ainda não esqueci do acontecido do posto... - Grunhiu baixinho no ouvido dela, roçando os lábios em seu pescoço, fazendo-a suspirar e tremer contra o corpo dele.
– Thalia! Tom! Andem logo! Só faltam vocês! - Gritou Louis, pai de Thalia.Foi só neste momento em que Thalia, deu-se conta que ela e Tom estavam parados, no meio do corredor vazio. As costas dela, coladas contra o corpo dele, fazendo-a sentir cada músculo e membro do corpo dele. O rosto dele, no pescoço dela, e os lábios beijando o mesmo. As mãos dele firmes e possessivas na cintura dela, mantendo-a colada contra ele.
– Sê você soubesse a vontade que eu estou de te levar para o q... - Começou rouco Tom, mas Thalia, virou-se instantaneamente, ficando de frente para ele ainda com o corpo colado contra o dele, e pousou o dedo sobre os lábios dele, fazendo-o calar-se.
– Shh.... - Pediu, ainda com o dedo sobre os lábios dele. - Eu sei, eu sei meu Amor. - Concordou ela, segurando o rosto dele com as duas mãos. - Agora.. - Beijou-lhe os lábios rapidamente.
– Agora, nos vamos para a sala de jantar, e jantar porque já estão todos nos esperando. - Completou, voltando a beija-lo. Tom aprofundou o beijo, levando uma das mãos aos cabelos dela, enquanto ela rodeava o pescoço dele com os braços, correspondendo ao beijo. Não tardou e o beijo teve fim.
– Vamos, amor. - Falou, puxando o marido pela mão e levando-o a sala de jantar.