– Que merda… - Resmungou a loira, ao abrir a porta toda descabelada, com cara de sono. – Tom? O que você ta fazendo aqui? – Perguntou confusa, esfregando os olhos, e consertando o robe de cetim que estava caindo-lhe dos ombros.
– Er.. Nathalie... - Tom limpou a garganta. - Será que eu posso, entrar e conversar com você? - Questionou olhando para dentro do apartamento.
– É... Pode. - Respondeu confusa e sonolenta, afastando-se um pouco da porta dando-lhe espaço para entrar, fechando a porta assim que ele entrou. - Tom, você sabe que horas são? - Perguntou ela, dando-lhe as costas e caminhando até a sala. - Já passa da uma da manhã e que eu saiba isso não é hora para bater na casa dos outros! -Completou ela, bocejando e se jogando sobre o sofá.

– Desculpa, mas eu realmente queria conversar e você é a pessoa mais sensata que eu conheço.... - Desculpou-se Tom, passando a mão no rosto.
– Nat, vem deitar! - Uma voz grossa e sonolenta fez Tom olhar para a porta que dava para o corredor do apartamento.
– BILL! - Tom falou alto, arregalando os olhos surpreendido. - O que você tá fazendo aqui? - Perguntou confuso, olhando o irmão com atenção, e constatando que ele só esta de boxer, e com os cabelos totalmente bagunçados. Tom vacilou o olhar entre Bill e Nathalie, desconfiado.
– Fui! - Falou Bill, assustado, dando as costas a Tom, e indo para o quarto, sem responder-lhe.
– Ei! Eu te fiz uma... - Tom insistiu, mas desistiu quando ouviu a porta do quarto bater. Ele olhou para Nathalie, espremendo os olhos. - O que o Bill tá fazendo aqui? E ainda mais de boxer, dormindo no seu quarto? - Perguntou, desconfiado mais com um sorriso sapeca nos lábios.
– Arg, Tom! Deixa de ser assim! Que saco. Fala logo o que você quer! - Nathalie resmungou, jogando uma almofada em Tom, chateada, e constrangida.
– Mas eu quero saber... - Instiu..
– Eu não vou responder, Tom! - Interrompeu-lhe ela, cruzando os braços.
– Argh... Vocês andam dormindo juntos! - Tom deduziu, sorrindo sapeca. Mais logo fechou o sorriso quando recebeu um olhar mortal da parte da loira. - Bom, eu quero conversar sobre mim, a Thalia e o nosso casamento! - Informou Tom, encostando-se no sofá, e colocando o pé sobre a mesa de centro.
– Poxa Tom, você não podia ter vindo outra hora?! - Perguntou mal-humorada, levantando-se do sofá e indo até a cozinha, que era ligada a sala. - Vou até fazer um café, porque a noite vai ser longa! – Tom não pode evitar de sorrir, Nathalie sempre foi assim, sempre que ele precisava desabafar ou pedir um conselho, ela podia estar morta, super cansada, mais mesmo assim ela deixava o descanso para depois, só para dar atenção a ele, e ajuda-lo.
– Vamos Tom, começe a me contar o que aconteceu, do início por favor, que é para eu compreender melhor a tua situação. – Falou Nathalie, enquanto sentava-se novamente ao lado de Tom, entregando-lhe uma taça de café, e ficando com a outra para si.
– Bom... Eu levei a Thalia no restaurante do Plantem und Blommen para jantarmos, depois de um passeio romântico pelo parque.... – Começou a contar Tom, com cuidado para não esquecer de nada. Contou sobre todo o ocorrido até chegarem em casa, e ele ir para o quarto, adormecer, e depois ele e Thalia trocarem pedidos de desculpa.
– O problema é... Eu não quero que aquela mulher estrague o meu casamento! – Finalizou Tom, após longos minutos de explicação.
– É, eu já percebi isso. Dá forma em que você ficou agressivo falando sobre ela ter estragado a sua saída romântica com a Thalia, e como você tem vontade de mata-la por ela ter feito sua “boneca” sê chatear com você! – Exclamou Nathalie, bebendo um pouco do café, mas sem poder evitar de sorrir. – Tom Kaulitz, sejamos sinceros : Você esta gostando da Thalia ou... Isso é só para não ficar brigando com ela, e para calar a boca de todo mundo? – Perguntou, erguendo a sobrancelha, de forma desconfiada.
– Nath, eu acho que eu gostava dela no início do casamento. – Respondeu após, alguns segundos de reflexão. Nathalie olhou-o confusa. – Agora eu acho que eu a amo. – Completou, com um sorriso idiota no rosto.
– Tom.. – Nathalie tentou recompor-se da crise de tosse que deu-lhe quando Tom falou que amava Thalia. – Você sabe que isso, é... Que a palavra “amor” e uma palavra forte, e que não deve ser dita quando não sê têm certeza disso, não é? – Questionou Nathalie, com o cenho franzido, preocupada.
– Nathalie, eu acho que... Eu tenho certeza. – Respondeu Tom, bebendo um grande gole de café. – Sabe, eu nunca senti isso antes, eu já gostei de várias mulheres, eu... Eu gostava da Ria. Mas quando eu to perto da Thalia... – Ele parou de falar, sorrindo. – Eu nem sei como explicar... – Admitiu com a cabeça baixa, balançando-a negativamente. – Tá vendo, só de falar dela, de lembrar de como eu me sinto perto dela, eu sinto que milhares de borboletas ficam voando no meu estômago, eu sinto as minhas mãos suarem, os meus joelhos ficarem fracos.... – Ele passou as mãos no rosto, nervoso. – Eu... Sabe o que é as palvras “Meu Amor “ saindo da boca daquela pessoa, te fazerem sê sentir a pessoa mais sortuda do mundo? – Questionou, olhando-a nervoso e com os olhos brilhantes. – Eu me sinto assim, todas as vezes que ela me chama de “Meu Amor “, todas as vezes que ela me chama de “Meu Tommy “. Eu nunca pertenci tanto a alguém como eu pertenço a ela. Eu nunca fiquei tão feliz por ser, e por ter alguém como eu fico por ser, e tê-la. – Ele continuava com aquele sorriso idiota nos lábios. – Cara, eu tenho a foto dela na tela do meu celular! – Falou sem acreditar na própria atitude, tirando o telefone do bolso e mostrando a Nathalie a foto da esposa, que ele tinha como papel de parede. – Eu sempre tive ou uma foto da banda, ou do Scoot no meu telefone! Nunca, de mulher nenhuma! E agora eu me vejo igual a um idiota, do nada, babando numa foto de telefone... Ou melhor, sempre que eu posso, eu fica olhando repetidamente, todas as fotos nossas, dela que eu tenho no meu telefone, e fico com aquela cara de Bill? – Explicou-se gesticulando nervosamente. – Sabe aquela cara de palerma? Com todos os dentes de fora!? – Ele riu, concertando a roupa pela décima vez em menos de cinco minutos. – Aquela cara que eu tanto, disse que era idiota, que era... Gay ?! – Mordeu o labio inferior com força, rindo seco. – Eu amo aquela mulher! Eu amo ela, e eu não sei o que fazer, porque eu não quero perde-la ! O tom de voz dele saiu tão amargurado que Nathalie pode notar o quanto, ele realmente havia mudado... Agora ele tinha medo de perder a esposa, e estava aterrorizado só de pensar na hipótese disto acontecer.
– É porque você acha que você vai perde-la? – Questionou a loira, olhando-o atentamente. – Por causa daquilo que aconteceu no parque? – Voltou a questionar. Tom, assentiu. – Por causa daquilo você não vai perde-la, caso contrario, ela não teria ido lá, e pedido desculpas, e vocês sê acertaram... Fica tranquilo, Tom. – Explicou calmamente, passando a mão no ombro dele, para tranquiliza-lo.
– Eu tive pensando em uma coisa, e eu queria saber sê... sê não estou ficando doído, ou indo ao extremo. – Começou Tom, rindo meio sem graça. – Mas eu acho que é o único jeito, de não estragarem o meu casamento com ela... – Completou, coçando a cabeça nervoso.
– Hmn... – Nathalie, riu desconfiada. – Tom, Tom, não sei não hein... – Balançou a cabeça negativamente, olhando-o desconfiada. – Mais tá... Me conta o que que você teve pensando... – Pediu, pousando a xícara de café vazia na mesa de centro.

Tom começou a explicar a Nathalie qual era a “solução” dos seus problemas, para que não tentassem acabar com o casamento dele, e claro não faze-lo perder Thalia.

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Dois dias sê passaram, a relação de Tom e Thalia, não teve alteração após o incidente no parque. Ambos haviam decidido esquecer aquele triste episódio, não iam deixar que pessoas invejosas ,e fantasmas do passado estragassem tudo de bom que os dois haviam construído. A relação deles era muito importante, para que pessoas tão sem importância, estragassem.

– Jost! Cheguei e a nossa conversa importante não vai ter que esperar você decidir voltar para Alemanha de novo daqui a vinte anos! – Falou Tom, entrando dentro do quarto de Jost.
– Hey, a educação que a sua mãe te deu? Cadê ela? Foi para onde? – Perguntou Jost, boquiaberto ao ver Tom invadir o quarto dele sem nem sequer bater na porta.
– Tá no mesmo lugar que a sua consideração comigo e com os meninos! – Tom respondeu ríspido, encostando-se na porta, fechada.
– Olha Jost, você já tá aqui a uma semana, e nos só ficamos sando disso ontem, é eu estava ligando para sua casa em L.A o tempo todo igual a um idiota e qual era a desculpa que eu tinha : Oh, O Senhor Jost esta trabalhando! – Falou exasperado, deixando transparecer a raiva que ele sentia no momento. – Merda Jost! Era difícil para você, avisar que você ia passar aqui uma semana? Porcaria, era difícil? Eu to correndo atrás de você há uma semana querendo falar com você sobre um assunto importante, e que precisa tomar medidas drásticas rapidamente. - Tom não pode evitar de aumentar o tom de voz totalmente nervoso.
– Tudo bem menininha! – Gozou Jost, batendo palmas. – O show da Diva, já acabou? – Perguntou, irónico, fazendo Tom serrar os punhos, e sê conter para não mostrar-lhe quem é a Diva. – O que foi Tom, fala logo, porque caso você não saiba eu tenho um avião para pegar, daqui a uma hora e meia. – Falou Jost ríspido.
– É o seguinte. Você vai dar um jeito, de calar a boca daquela desgraçada da Sommerfeld, você vai sei lá... Paga-la, processa-la, ameaça-la, faça o que você quiser. Mais eu não quero mais essa mulher perto de mim ou da Thalia, e principalmente tentando arruinar o nosso casamento! – Falou Tom, apontando o indicador para Jost.
– Simples como tudo, eu quero que ela desapareça! – Concluiu, encostando-se novamente na porta, cruzando os braços contra o peitoral.
– A Ria? Arruinar o seu casamento com a Thalia ? – Jost perguntou irónico e deu uma gargalhada. – Por favor, Tom! O casamento de vocês é arruinado desde antes de vocês casarem! Poupe-me o tempo! – Completou seco Jost, dando as costas a Tom, e acabando de fechar a mala.
– Jost, sê você não quiser ver o meu punho na tua cara, você vai deixar de ser imbecil, e vai parar de ficar fazendo comentariozinho de mal gosto, sobre o meu casamento. Que por sinal esta muito bem, obrigado! – Falou Tom, aproximando-se de Jost, que virou-se para encara-lo e deu de cara com o indicador de Tom no meio da sua cara.
– Tá bom, já que você insiste! – Concordou Jost, dando de ombros. – Eu vou tratar da Sommerfeld, e você trata de parar de me encher o saco, e de guardar esse seu pénis dentro da tua boxer, porque sinceramente... Eu não vou ficar livrando o teu coro sempre não! – Avisou, empurrando Tom para longe dele.
– Você é um idiota mesmo! – Cuspiu Tom, chateado. – Como sê você já tivesse feito isso muitas vezes. Todas outras vezes você que planejava os meus “namoros” ou “marketing” seja lá como você prefere que isso seja chamado... Portanto você tinha & tem a obrigação de tratar das merdas que fazes que envolvem o meu nome! – Completou, a ponto de estourar, e perder a simpatia com Jost.
– Hahaha, Tom! – Gargalhou Jost. – Faça-me rir! Esse seu “casamentinho” é puro marketing, é pura propaganda para a banda, para mostrar para todo mundo que você não é o idiota que faz parecer. Para não dar fim a banda! – Jogou-lhe na cara, irónico.
– Podia até ser no início Jost! – Concordou Tom. – Mas agora já não é portanto, eu exijo respeito, e que você pare com esse seu chilique! Você não vai fazer mais do que o seu trabalho, da mesma forma que você falou comigo quando você me apresentou a Ria, lembra Jost ? – Perguntou sínico. – Você falou que você só estava fazendo o seu trabalho, portanto agora faz o seu trabalho e honra o dinheiro que a banda gasta com você! Trata de se livrar dessa mulherzinha! Caso contrario... Eu vou me livrar de você e dela! – Ameaçou Tom, olhando-o uma ultima vez e saindo do quarto.

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P.s : Leiam as notas finais, Queridas =')