Forever You escrita por BieberSwagger


Capítulo 2
Recordações


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura babies!



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–Eu não sabia que gostava de tomar sol.- eu abri os olhos surpresa. Justin falando comigo?

–Am, sim. Algum problema? –perguntei sendo sarcástica.

–Nenhum! -ele disse e após se sentou ao meu lado. -Oque tava fazendo?

–Olha, estava relaxando, e tomando "um solzinho" até um garoto chamado Justin, me interromper.- disse sarcástica, e ele riu.

–Então me conte sobre você senhorita Anellize. Como se chama sua mãe?

Na hora eu gelei completamente, não gostava de falar sobre minha mãe. Ela avia falecido á algum tempo, mas eu ainda não havia esquecido completamente. Mas como meu querido pai falava “para esquecermos nossos problemas, temos que o compartilhá-lo”.

–Érr. Ela, ela se chamava Ana Lucia. –Olhei para Justin, e ele me fitava com o olhar de dúvida então continuei. – Ele morreu em um acidente de carro á 6 meses. –disse de cabeça baixa, segurando as lágrimas, que mesmo assim insistiam em cair.

–Nossa, me desculpa Anne, eu realmente não sabia. –ele disse levando meu queixo com o dedo indicador e limpando algumas lágrimas que ainda percorriam o meu rosto.

–Tudo bem Justin - respirei fundo. –E sua mãe, como ela se chama? –perguntei tentando mudar de assunto.

–Minha mãe se chama Pattie, Pattie Malette. –vi um imenso sorriso orgulhoso se formar em seu rosto. E meu Deus que sorriso é esse Jesus? [n/a: Parei] - Ele é a mulher mais linda, e batalhadora desse mundo, me criou sozinha desde seus 17 anos.

–Legal, minha mãe também era uma batalhadora. –disse fitando o chão e ouvi Justin bufar, logo segurando em minha mãe me dando um impulso para me levantar do chão junto com o mesmo.

–Vamos tentar esquecer os problemas nem que seja durante esse acampamento okay? –ele disse tentando me animar.

–Tudo bem, vamos tentar. –disse dando ênfase no ‘tentar’ e ele me abraçou de lado.

Justin voltou para seu grupo de garotos populares, e eu decidi voltar para o alojamento. Chegando lá, vi que as garotas ainda não haviam chegado então decidi tomar um banho para relaxar. Entrei no banheiro e me despi. Deixei aquela água escorregar sobre meu corpo trazendo certo calafrio. Sorri ao lembrar como Justin foi fofo comigo. Pra mim é estranho um garoto popular, lindo, gostoso, com o sorriso e olhos perfeito puxar papo comigo. Pena talvez... Deixei aqueles pensamentos de lado e sai do banheiro, me enrolando em uma toalha. Fui até meu armário e peguei uma roupa

 confortável, não iria mais sair do quarto mesmo. 

Voltei ao banheiro coloquei a roupa, e peteei meus cabelos.

Lembrei-me dela. Minha mãe, como ela era perfeita. Cabelos negros compridos iguais aos meus. Olhos castanhos escuros que mantinham um certo segredo escondidos nele. Ela se foi, por minha culpa...

Flashback On-

Para Marcos, ela é uma adolescente, não pode ficar trancada 24 horas por dia em casa! –dizia minha mãe, para meu pai aos prantos, enquanto o mesmo me batia.

–SAINDO PRA FESTAS COM ESSAS ROUPAS E AINDA POR CIMA, VOLTANDO BÊBADA E ESSE HORÁRIO? –ele disse saindo de perto de mim e se segurando para não me bater mais. Minha mãe correu até mim me abraçando enquanto eu chorava desesperadamente.

–MARCOS, DURANTE TODA SUA VIDA VOCÊ SAIU PRA FESTAS, BEBEU, SE DIVERTIU E COMEU MILHARES DE PROSTITUTAS, QUEM É VOCÊ PARA FALAR ASSIM DA MINHA FILHA?! –minha mãe gritava enquanto eu afundava meu rosto em seu pescoço, tentando me defender.

–AH, TA DEFENDENDO ELA PORQUE ELE ESTA SENDO IGUAL A VOCÊ QUANDO MAIS NOVA NÃO É? QUER QUE ELA SEJA UM PROSTITUTA IGUAL Á VOCÊ ANA LUCIA? UMA VADIA QUE VIVIA NAS ESQUINAS PRA PODER SE SEUSTENTAR! –fiquei chocada ao ouvir isso do meu pai. Minha mãe era mulher de programa?

–OLHA AQUI! - minha mãe disse se levantando e encarando meu pai. –EU NÃO ADMITO QUE VOCÊ FALE ASSIM, DE MIM SEU VAGABUNDO, DESGRAÇ... –meu pai não deixou que minha mãe terminasse de falar e lhe deu um tapa no rosto. Minha mãe passou a mão no rosto não acreditando que ele acabara de fazer isso. Meu pai mantinha um olhar de arrependimento. Ele nunca avia encostado um dedo se quer na minha mãe.

Eu? Eu estava sentada na cama, chorando e encarando os dois completamente arrependida de ter ido á tal festa.

–Não se preocupe Marcos, você nunca mais vai me ver na sua frente. –ela veio até mim, me deu um beijo longo no rosto. –Eu te amo tá? Nunca se esqueça disso minha princesa. A mãe vai ficar bem, eu juro. -Me deu um braço, e se foi...

–MÃE! MÃE VOLTA! –eu gritava, a observado ela sair do portão de casa e entrando em seu carro.

Ouvi uma buzina ensurdecer meus ouvidos e tapei meus olhos. Logo após os abrindo, e vendo o carro de minha mãe prensado entre o muro de nossa casa, e um caminhão.

Ela havia se ido... Para sempre!

Flashback Off-

Limpei as lacrimas que caiam e se formavam em meu rosto. Abri as minha maleta, pegando uma lamina. Sim eu faria isso. Sempre fiz, porque agora que eu estava nesse merda de acampamento e longe dela iria parar ?

Escorreguei minhas costas na parede do banheiro, e me sentei naquele chão de mármore frio. Arremanguei as magas da minha blusa e observei aquelas marcas ainda não cicatrizadas. Foda-se.

Posicionei aquela lamina na vertical de meu pulso e fechei meus olhos e forcei aquele objeto, fazendo um corte fundo. Doía? Sim, e muito, mas não me importo. Forcei ainda mais a lamina em meu pulso, me culpando por minha infelicidade. Fiz mais uns três cortes profundo e me levantei do chão, vendo o sangue que avia no meu pulso se alastrar sobre a pia do banheiro. Limpei a pia, e coloquei meu pulso sobre a torneira, gemi de dor ao sentir os cortes arderem ao entrarem em contanto com a água gelada.

Peguei um a toalha branca que avia ao lado da pia, e enrolei sobre meu pulso.

Bateram na porta...



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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!