Forever You escrita por BieberSwagger


Capítulo 10
Take You


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu deixo vocês me matarem, sério eu mereço.
Sorry, por ter demorado todo esse tempo, tava sem idéias, e sem tempo.
Espero que gostem, beijos e boa leitura!



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A semana inteira passou muito rápida, e eu nem ao menos havia me dado conta disso. Apeguei-me demais á Sarah, ele se tornou minha melhor amiga. Lembro-me como se fosse ontem quando ela descobriu que eu me cortava...

–Flashback On-

Estava andando pelo corredor vazio com um sorriso no rosto. Sim. Por increivel que pareça eu estava feliz. Avistei Stéfanny e sua trupe de vadias, elas me encaram com superioridade e se aproximaram. Não de novo não.

–Eai vadia. –Me encarou com nojo, e eu abaixei a cabeça. –Ainda não consigo acreditar que Chris conseguiu ficar com você sua escrota. –Senti lágrimas se formarem em meus olhos, e ouvi suas amigas vadias rirem. –Owm, não chorava sua ridícula. Quem sabe um dia você nasça de novo e o Bieber fique com você. Oque é muito difícil né... Sua coisa. Coitada da sua mãe, não soube fazer o trabalho direito e ai, você nasceu. Seu filhote de cruz credo. -Disse com repulsa, e eu senti meu sangue ferver.

Dei-lhe um tapa estalado no rosto, fazendo com que seu cabelos loiros percorrem o mesmo recurso que seu rosto.

–NUNCA MAIS FALE DA MINHA MÃE SUA VAGABUNDA! –Gritei e ela me olhou com raiva.

Não vou perder meu tempo com você Brooks. Pensa que você é a manda chuva daqui? Está muito enganada, você não passa de uma vadia, uma inútil, uma vaca que ninguém gosta, e o Justin nunca vai gostar de você, então trate de se afastar dele, por que ele é MEU! Sua vadia. – Disse empinando o nariz, e saiu rebolando com suas amigas vadias.

Baixei as mangas do meu moletom e saí correndo parao quarto, e nem ao menos me importei com o encontro que tinha marcado com Chris, eu precisava sumir, o mais rápido possível. Cheguei no quarto e fui entrando apressada ,.

–– EU ME ODEIO! – Gritei pegando a luminária em cima da minha cômoda e jogando com toda força que podia na parede. – EU ME ODEIO! – Berrei saindo de mim e pegando o tinha pela frente e jogando pelo quarto, me sentindo mais idiota ainda por isso.

Eu. Eu me odeio. – Disse agora sem forças, fechando minhas mãos em punho, arfando pela raiva que parecia crescer incontrolavelmente dentro de mim, caminhei em direção do banheiro e larguei minha blusa pelo caminho, caminhei apressada sentindo meu coração bater mais forte a cada passo que dava, eu estava farta.

De tudo.

Cheguei ao banheiro e me apoiei na bancada me encarando no espelho, eu estava pior que nunca, humilhada, cheia de olheiras e gorda.

Eu era um lixo de pessoa, e nem ao menos o cara mais escroto da escola me superava. Virei-me de lado e coloquei as mãos na barriga, puxando a pele exposta dali. Senti minhas lagrimas descerem. Todas aquelas cobranças, todos aqueles olhares de repulsa completamente reprovadores,

Passei as mãos pela minha pele, meus ossos já estavam começando a ficar visíveis, porém eu me via tão gorda, aquilo que eu via no espelho não era eu mesma, era uma imagem projetada, alguém que eu tinha raiva e nojo de ser, alguém que eu já fui um dia, e que era humilhada por isso.

Peguei a lâmina nas portinhas em baixo do armário e coloquei em cima da bancada, a encarei por um segundo e fechei meus olhos fortemente, lembrando o que Stéfanny havia me dito ainda hoje, horas atrás.

“-Não vou perder meu tempo com você Brooks. Pensa que você é a manda chuva daqui? Está muito enganada, você não passa de uma vadia, uma inútil, uma vaca que ninguém gosta, e o Justin nunca vai gostar de você, então trate de se afastar dele, por que ele é MEU! Sua vadia. “

– E você é um idiota, todos vocês são! – Disse entredentes passando a lâmina por minha barriga, fazendo um corte grande desde em cima do umbigo até o cós da minha calça, arfei sentindo o sangue vermelho escorrer por minha calça, fechei os olhos sentindo a dor ardente atingir meu corpo, me fazendo curvar para frente e morder os lábios fortemente.

– Idiota...só você é uma idiota...que eu odeio. – Sussurrei enquanto deslizava a lâmina nas laterais da minha barriga, fazendo pequenos cortes superficiais, um em cima do outro.

–IDIOTA! – Berrei caindo de joelhos no chão, fechando meus olhos fortemente enquanto minha roupa se encharcava de sangue, eu sentia meu coração estilhaçado em mil pedacinhos, e não importava o quanto eu me machucasse por fora, ele continuava doendo, ele continuava sangrando por dentro.

Arrastei-me até a beirada da banheira e liguei a torneira com as mãos tremendo, cheias de sangue. Me encostei em sua beirada enquanto esperava a mesma encher, fechei os olhos gemendo de dor, dos cortes que agora ardiam.

– Você é uma idiota Annelize! Uma idiota, burra, feia, gorda, escrota! Ninguém gosta de você! VOCÊ É UM LIXO! UM LIXO! – Gritei comigo mesma jogando a lâmina em minhas mãos com toda a força contra o vidro do Box, fazendo um barulho irritante.

Coloquei as mãos na cabeça puxando meus cabelos com força, sentindo meu coração se apertar cada vez mais enquanto a minha visão ficava embasada pelas lágrimas.

Suspirei tomando um impulso e me jogando dentro da banheira, fazendo a água instantaneamente ficar vermelha e meus cortes endurecerem se tornando uma dor insuportável, rosnei como se minha pele estivesse sendo queimada e afundei a cabeça na água, como se aquilo pudesse fazer tudo certo, tudo normal, outra vez.

[...]

A cena que eu me encontrava chegava a ser patética, um moletom confortavel, um calção e meus supras cinzas. Encolhida no canto do quarto e cheia de curativos pela barriga.

Que lindo Anne, a que ponto chegamos!

Funguei logo tentando limpar minhas lágrimas, porém era impossível parar de chorar, era como se eu estivesse vazando, transbordando emoções por muito tempo contidas, e que agora saiam por conta própria. Encostei a cabeça na parede pensando comigo mesma o que havia me tornado.

–Ah Anne, você está ai! Te procurei pelo alojamento inteiro. Chris está preocupado. Ele disse que vocês tinham marcado de se encontrar, não foi por quê? -Falou Sarah entrando no quarto, mas eu nem dei importância, e continuei a fitar o chão. –Anne, Anne oque aconteceu com você? – Ela disse se agachando na minha frente, enquanto me encarava confusa e espantada. Apenas dei um meio sorriso falso enquanto perdia meu olhar pelo quarto, pois sabia que se a encarasse iria vacilar de vez, por que se o encarasse eu perderia, eu seria fraca, estaria entregando os pontos de vez.

– O que aconteceu? – Perguntou novamente colocando a mão no meu queixo, me fazendo virar o rosto e encará-la pela primeira vez, mordi meu lábio inferior enquanto envolvia mais ainda minha cintura com meus braços, abraçando a mim mesma, tentando esconder meu segredo obscuro.

Seus olhos foram direto para a minha barriga, ela ergueu uma mão fazendo com que eu apertasse mais ainda meus braços, como se me defendesse, Sarah fechou os olhos, como se dissesse silenciosamente um “eu não acredito” para si mesmo, apenas desviei meus olhos tirando meus braços de volta da cintura, constatando que era inútil esconder o óbvio, inútil lutar contra o nítido, a realidade.

Sarah ergueu meu moletom até o meio da barriga e encarou os curativos brancos, quase transparentes, onde se podia ver os cortes com um pouco de sangue em volta, ela engoliu em seco e colocou delicadamente a ponta de seus dedos gelados na minha pele, me arrepiando, e logo deslizou seus dedos pelos curativos, fechando seus olhos com força, como se aquilo fosse algum tipo de tortura para ele, cuidadosamente tirei sua mão dali e abaixei meu moletom outra vez, erguendo meu rosto e o encarando.

Ela me encarou com ternura, fazendo um gesto com a cabeça como se esperasse que eu dissesse algo, porém apenas balancei a cabeça sentindo meu corpo amolecer, e então me joguei em seus baços em um abraço forte e enterrando meu rosto no seu pescoço, como se aquilo pudesse me confortar de alguma forma, eu só queria alguém que me abraçasse, alguém que estivesse ao meu lado por um segundo, que segurasse minha mão dizendo que tudo ia ficar bem, mesmo que o mundo estivesse desabando. Eu queria alguém que me dissesse o quão bonita sou para ele, alguém que me mostrasse as menores coisas, porém aquelas que podiam preencher todo o espaço vazio.

Sshh, v-vai ficar tudo bem, ta legal? Eu...eu estou aqui. Eu sempre vou estar aqui. – Ela disse apertando seus braços em volta de mim com cuidado, com medo de me machucar, porém devolvendo o abraço caloroso, sorri fraquinho me apertando mais a ele.


=Flashback of-

A partir desse dia Sarah me ajudou com esses problemas que eu tinha.

Chris e eu estávamos tendo um rolo, nada sério. Eu não o amava, mas sentia algo por ele.

Graças á Deus Stéfanny e sua trupe me deixaram em paz. Meu pai me ligava as vezes oque me deixava feliz, por saber que ele não havia me esquecido.

E bom o Bieber... Eu não falava mais com ele, e nem ao menos o olhava.. Ele até tentou algumas vezes puxar papo comigo, mas eu o ignorava. Tentava ao máximo nem se quer pensar nele...

Ouvi batidas na porta, oque me largar o livro que estava lendo.

Poderia ser Sarah, ou Julie batendo na porta, mas elas foram passar o fim de semana com suas famílias, e também ela tem as chaves. Estranho

Levantei-me com a maior preguiça da cama, me rastejei até a porta e girei a maçaneta, mas ela estava trancada. Merda.

Ouvi mais batidas na porta e gritei um “já vai” e fui á procura da chave, a encontrei-a encima da televisão.

Abri a porta e meu corpo gelou. Deparei-me com o ser que eu jurei a mim mesma nunca mais olhar na cara.

Sim era ele, Justin Bieber.



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Notas finais do capítulo

Posto o próximo com 5 reviews e 1 recomendação. Beijos