79th Edição dos Jogos Vorazes escrita por André Kun


Capítulo 13
Capítulo 13- Promessa Feita


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Estamos todos abalados com o que aconteceu ontem. Com nosso amigo Scott. Mas estou mais impressionado comigo. Do começo dos Jogos até agora, matei três pessoas. Não tive intenção de matar Teresa, matei Seraphina para salvar a vida de Scott. Mas Victória... Eu a matei de forma horrível! Eu estava fora de mim! Foi aí que pensei e concluí. Eu, Jonathan Tomphson, do Distrito 5, não matarei mais nenhum Tributo na septuagésima nona edição dos Jogos Vorazes a menos que tiver um motivo. Fiz Camila e Lea prometerem a mesma coisa. Elas resistiram no começo, mas aceitaram no final. Assamos um coelho que também estava muito bom. O dia parece “calmo” hoje. Não ouvi nenhum tiro de canhão. Pelo menos por enquanto.

- Não é melhor irmos caçar? – Pergunto.

- Boa ideia. – Conclui Lea.

Saímos para caçar em um horário que os animais costumam aparecer. Avistei um peru selvagem e Camila o abateu com facilidade. Mais na frente abatemos um esquilo aqui um coelho ali. Conseguimos caçar pelo menos sete animais, o que é uma boa quantidade. Continuamos andando mais a frente e damos de cara com um Patrick. Ele está segurando uma lança, pronto para atacar.

- Você matou Victória! – Grita Patrick furiosamente. – E agora eu vou matar você!

Tudo bem, não tem problema se eu mata-lo. Mas ele é um pouco maior que eu e muito forte para um Tributo do Distrito 12. Quando dou por mim, estou imobilizado e Patrick está em cima de mim.

- É hora de dar adeus Jonathan. – Disse Patrick debochando.

- Não! – Camila pega uma flecha, posiciona o arco e atira em Patrick. Que cai em cima de mim. Suspiro.

Escuto o canhão. Fiquei triste por Patrick ter morrido. Mais uma família que perdeu seu filho. E mais um distrito que pode dar adeus às chances de ganhar. Agora restam oito Tributos. Eu entendi a atitude de Camila. Eu estava em apuros e ela teve que me salvar. Foi como fizemos para salvar Scott de Seraphina. Eu retiro a flecha do corpo de Patrick e a lavo com um pouco de água. Entrego a Camila e continuamos nosso percurso de volta ao nosso esconderijo em silêncio. Quando chegamos, Lea pega a lenha e faz um fogo esfregando galhos uns nos outros. Ela é bem habilidosa com esse tipo de coisa. Retiramos as penas do peru e o limpamos para que Lea possa assa-lo. Terminando de ser assado, comemos o peru calmamente. Essa carne de peru é muito gostosa e suculenta, a mais gostosa que comi desde que cheguei à arena. O sol indica que estamos no final da tarde.

- E se no final sobrarmos nós três? – Pergunta Lea.

- Eu não mataria nenhum de vocês... – Disse Camila.

- Muito menos eu. – Digo.

Depois desse pequeno diálogo, voltamos ao nosso silencio sepulcral. Ficamos apenas deitados durante um bom tempo. Camila se deita em cima do meu peito. Ela parece confortável, e como gosto dela, a deixei ficar. Lea está dormindo em um canto da caverna.

- John, estou com medo. – Disse Camila choramingando.

- Não se preocupe, estou aqui. – Digo. – Vou te proteger.

- Obrigada. – Disse Camila me abraçando mais forte ainda.

Um recipiente com paraquedas surge rapidamente. Acho que é para mim. Pois Patrick me deu um corte bem fundo em meu braço esquerdo. Vou andando silenciosamente até o recipiente. Abro. É um tipo de unguento para ferimentos graves. Também veio com um recado:

Passe bastante até ficar bom.

Chelsea Hickman

Volto para a caverna e Camila está esperando curiosamente.

- O que é isso? – Pergunta Camila.

- Um unguento para o meu ferimento no braço. – Digo apontando para meu braço esquerdo.

Passo delicadamente em cima do ferimento. Arde um pouco, mas proporciona sensação de alívio. Do jeito que os produtos da Capital são, deve está cicatrizado amanhã. Ofereci um pouco para Camila, que está com um leve ferimento na perna direita, e também para Lea, que tem um ferimento no rosto. Ocasionado pelas facas de Josephine. Que agora queima no inferno junto de Cecelia. Escureceu rapidamente. O hino da Capital começa a ser executado e a insígnia surge. Não demorou muito, porque hoje tivemos apenas um morto. Patrick Madson do Distrito 12. Fiquei imóvel quando vi o rosto dele no céu e sumindo para sempre. Como Scott... Você sabe, terei que montar guarda sozinho enquanto Camila e Lea dormem. Fico observando a floresta de noite. Como ela é linda! Árvores vistosas, flores bonitas de diversas cores e tamanhos, animais correndo, borboletas voando para lá e cá. Aqui não parece um lugar que temos que matar para sobreviver, mas sim um local de calma, ternura, apreciação. Lembrei-me de uma coisa... Quando restam apenas oito Tributos na arena, entrevistadores vão aos distritos dos finalistas para entrevistarem seus, pais, irmãos, amigos, próximos... Tomara que não entrevistem Zooya Benneth, porque como já disse... Ela é insuportável. Se fosse entrevistada, ficaria mais insuportável ainda! Abandonei essa possibilidade de minha mente, pois ela não é minha amiga. Amanhã provavelmente teremos mais um encontro inesperado com os Carreiristas. Mas estou pronto para o que der e vier.


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Notas finais do capítulo

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