O Casamento e a Fuga de Mary escrita por OGuardiao


Capítulo 2
Capítulo 2 - A Surpresa e O Conselho


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo foi inspirado na música Until You're Mine, por Demi Lovato.



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Capítulo 2 – A Surpresa e o Conselho

                Era um fim de tarde nublado pela neve que caía, faltavam poucos dias para a Primavera, mas como sempre, Mineral Town ficaria gelada até o fim do Inverno. Para Basil, Anna e Adam, a situação transformou as margens de um Mothers Hill congelado, num piquenique tranqüilo no Mothers Hill líquido de Primavera. Para todos, menos para Mary. Ela estava estupefata, Adam sem saber do seu encontro com Gray, estava prestes a acabar com seus planos. Depois de ela decidir que, iria fugir com Gray, o único impedimento para ela tomar esta decisão, estava nas mãos de Adam. A pena azul. Em Mineral Town, e nas cidades vizinhas, a pena azul representa um anel de noivado. Mary sempre esperou recebê-la, mas nunca de Adam. O que teria feito Mary recusar a proposta de Gray aparece somente depois que ela aceita. Será que era o destino dela viver para todo o sempre com Gray? Fosse ou não, ela já havia dado sua palavra e seus sentimentos à Gray, mas, um casamento com alguém com quem ela tinha até certa atração, e ainda mais com a aprovação das regras de boa vivência, e principalmente, de sua mãe, parecia ser uma proposta melhor. Além de todas essas perguntas, ela tinha uma que Adam colocara dentro dela, e que, ela teria de responder agora:

-Basil e Anna, se Mary aceitar os senhores permitem que eu me case com ela?

                Anna sua mãe, estava extasiada, o rico fazendeiro produtor de mel, estava propondo casamento à sua única filha, e ainda mais, na segunda-feira, o dia em que a família toda sempre se reúne. Fosse como fosse, Anna e Basil abençoaram o matrimônio, porém, Mary já era de maioridade, sua mãe não poderia obrigá-la a casar-se. Mary então, disse por fim:

                -Eu preciso pensar um pouco. Pai, Mãe, os senhores podem ir para casa, e Adam, eu o encontro em sua casa às sete da noite hoje mesmo. Podem todos ir embora, eu gostaria de ficar sozinha.

                -Claro minha filha. Pense bem antes de responder...

                Todos se retiraram e deixaram Mary a pensar. Ela pensou, ela andou de um lado para o outro por cima do gelo fino que cobria o Mothers Hill. Quando percebeu, o gelo estava rachando, e ela caiu, quando percebeu, estava embaixo do rio, quando foi pega por alguma pessoa em baixo d’água. Era o Kappa. Kappa é uma espécie de peixe mágico, que anda e fala fora d’água, esse Kappa era considerado uma divindade em Mineral Town, por vezes ajuda pessoas com problemas. Todos conhecem a existência do Kappa, porém, o que a surpreendeu foi ele aparecer para ela. O último caso de alguém que viu o Kappa foi há cinqüenta anos. Depois de alguns segundos de silêncio, o Kappa falou:

                -Já faz cinquenta anos que não vejo alguém tão preocupada. Você não precisa dizer nada senhorita Mary. Procure Goddess, caso não saiba onde achá-la fale com o Padre e ele lhe dirá aonde e quando encontrá-la.

                O Kappa sumiu em meio ao gelo. Mary estava estupefata, além de todos os acontecimentos recentes em sua vida, o Kappa, o misterioso peixe de Mineral Town que só foi visto 50 anos atrás, apareceu para ela. Ela pensou no que ele disse, e ficou se perguntando quem deveria ser a pessoa que o viu pela última vez. Mary caminhou até a Igreja do outro lado da cidade pelo caminho da Poultry Farm, para evitar a Tyler Farm, fazenda de Adam.

                Ao chegar lá, ela encontrou o Padre lendo dentro da Igreja, estava sozinho. Mary aproximou-se dele e disse:

-Boa Tarde, Padre. O senhor está ocupado?

-Não Mary, claro que não. Do que se trata?

- Eu vi o Kappa.

-MARY! NÃO DIGA BLASFÊMIAS! NINGUÉM VÊ O KAPPA HÁ 50 ANOS!

-Mas eu vi Padre. Ele me disse para falar com você sobre um problema meu. Ele disse que o senhor poderia me dizer com quem falar.

-Não esperava que isso fosse acontecer no meu tempo aqui como Padre, mas, aconteceu.

-O que Padre?

- O homem que foi padre antes de mim, me orientou sobre o que fazer nessa situação, e o padre anterior a esse homem também o orientou. Procure a Goddess, deve ter lhe dito o Kappa, mas eu e o padre anterior a mim cremos que têm alguém melhor para lhe ajudar.

O Padre pegou um papel e anotou o endereço. Entregou o papel e a Mary, e lhe disse:

-Vá nesse endereço, a moradora dessa casa poderá lhe dizer o que fazer. Caso queira consultar a Goddess, tome isto.

O Padre pegou um pote de mel da Tyler Farm e entregou-o à Mary.

-Jogue isto no Mothers Hill da Hot Spring, a Goddess aparecerá para você.

-Obrigada Padre.

-Um conselho meu querida. Escolha o que lhe fizer feliz. Deixe que a luz do nosso senhor brilhe em você, em sua mente, e você vera o que lhe faz feliz.

-Certo Padre.

Mary saiu da igreja confusa. Não havia entendido perfeitamente, mas não poderia deixar de segui-lo estava só. Sem saída, precisava de ajuda. Se você já ficou sem saída ou sem alternativas, deve imaginar pelo o que Mary passou. Qualquer opção era válida. Mesmo uma pequena esperança parecia um prêmio digno de primeiro lugar.

Mary caminhou fervorosamente até o endereço. O lugar não era muito longe da Igreja, então logo Mary já estava lá. Mary parou na frente de uma casa pequena, e percebeu onde estava. Estava na casa vizinha a sua Biblioteca. Ela sabia quem morava naquela casa, e agora temia o que poderia acontecer. Ela deu três leves batidos na porta, num ritmo calmo,  o ritmo estava, ela não. Ela esperou até uma voz suave, e um pouco rouca dizer:

-Entre.

Mary atravessou a entrada e viu uma pessoa, alguém quem ela conhecia. Ellen. Uma doce senhora que vivia a se balançar lentamente em sua cadeira de balanço. Há 25 anos sofre de uma doença nas pernas, que não lhe permite andar. Para distraí-la, Mary chegava às nove e trinta da manhã de terça a domingo e passava meia hora lendo alguma coisa junto de Ellen, e só abria a sua Biblioteca as dez. Ellen viu rapidamente que era Mary e disse:

-Doçura! Meu anjo, o que a traz até aqui numa segunda feira no final da tarde?

-Olá senhora Ellen. Eu vim aqui, porque o Padre me mandou até aqui, depois que eu lhe contei que vi o Kappa.

-Ora, o Kappa ainda anda por aqui? Se pudesse andar iria até o Mothers Hill lhe cumprimentar. Bom, mas para ele ter aparecido para você, você provavelmente tem algum problema. Bom, no que posso ajudá-la meu anjo?

-Eu estou com uma dúvida.

-Qual é?

Mary estava atônita com a naturalidade de Ellen, tomou coragem, e disse:

-Ontem, Gray declarou-se para mim. Chamou-me para fugirmos de Mineral Town. Eu aceitei, logo em seguida, Adam Tyler, apareceu para mim e para meus pais, me pedindo em casamento. Eu vou dar a resposta a ele as sete da noite, na casa dele. Mas eu não sei o que fazer.

-O Padre deve ter lhe dito isso, mas eu repito, siga seu coração. Sabe, há 50 anos eu ia fugir com o jovem Saibara, porém, o jovem Barley  me pediu em casamento no dia seguinte a proposta de Saibara.

-E o que decidiu?

-Eu recusei as duas propostas. Meu verdadeiro amor, o avô de Elli e Stu, me pediu em namoro na mesma semana. Fosse qual fosse a proposta que ele me fizesse, eu aceitaria. Eu o amava de verdade. O que você deve fazer é: se imaginar daqui a vinte anos com o Gray, e daqui a vinte anos com o Adam. Tente imaginar com qual você será mais feliz, sua mente vai escolher aquele que você realmente amar.

-Obrigada senhora Ellen. A senhora me ajudou muito.

-Por nada meu anjo.

Mary saiu da casa de Ellen com pensamentos mais definidos. Ela fez o que Ellen mandou. Tentou se imaginar com Gray, e com Adam. O relógio da Igreja bateu às seis e meia. Estava para acabar seu tempo. Mary caminhou até a Tyler Farm. Quando chegou, pode ouvir ao longe batida das sete horas. Agora era hora de ela bater na porta de Adam. Ela assim o fez, Adam imaginou pela hora que fosse Mary, e então, abriu a porta. Ela entrou e ele disse:

-E então o que você decide Mary, casará comigo, ou não?

Mary usou seus últimos segundos para pensar. Ela podia ver claramente seu futuro. Podia ver como seria exatamente caso escolhesse Gray, e caso escolhesse Adam, e então, por fim disse:

- Adam, eu passei o resto do dia pensando em sua proposta.

-E então qual sua resposta?

-Eu aceito me casar com você.


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Notas finais do capítulo

Agradeço a todos que prestigiam a história, provavelmente o próximo capítulo será o final :'(



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