O Casamento e a Fuga de Mary escrita por OGuardiao


Capítulo 1
Capítulo 1 - O encontro e o pedido


Notas iniciais do capítulo

Esta fic é baseada no jogo Harvest Moon Friends of Mineral Town.



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Capítulo 1 – O encontro e o pedido

No dia 29 do inverno, uma segunda-feira, Mineral Town estava como sempre fria, por acaso estava nevando, todos na cidade estavam realizando suas atividades rotineiras, e todos muito ansiosos pelo fim do inverno, fim de mais um ano, e o começo de um novo ano, e uma nova estação. Mary estava na passeando com sua família pelas margens do Mothers Hill. Ela estava pensando na conversa que outrora tivera com Gray, seu amigo, que à um ano a visitava na biblioteca religiosamente às uma e quarenta da tarde.  Gray havia se declarado para Mary no dia anterior, ele disse à ela tudo que ele senti por ela. Mary ficou emocionada, e um pouco tímida, porém, Mary não pode deixar de lembrar-se de seu outro amigo, Adam Tyler, o novo fazendeiro da cidade, que havia se mudado há um ano. Ele era atencioso, apoiava suas idéias sobre livros, e sempre lhe dava belos presentes. Todos na cidade geralmente eram muito simpáticos com Adam pela sua fazenda ser a única que produzia mel em toda a área das cinco cidades vizinhas. A mãe de Mary inclusive era muito interessada no relacionamento dele com Mary, exatamente por isso, enquanto seu pai apoiava sempre a decisão que mantivesse Mary feliz, fosse escolher Adam, o fazendeiro rico, ou Gray, o neto e aprendiz do ferreiro.

Porém, não era sobre isso que Mary pensava, ela pensava sobre a proposta que Gray havia lhe feito no dia anterior. Gray propôs que, ele e Mary fugissem de Mineral Town quando o barco de Kai, um velho amigo de Gray que visita a cidade todo verão, que esse ano iria aparecer em Mineral Town mais cedo, exatamente no dia 3 da primavera, para uma pequena entrega para Zack, e partiria logo em seguida. Mary pensava se deveria contrariar a mãe, e partir da cidade junto de Gray, ou, se deveria ficar, e respeitar a vontade de sua mãe. Mary viu que as duas propostas eram muito atraentes. Partir para outra cidade, numa nova vida, e com um novo amor para viver novas aventuras, ou ficar e esperar que alguém a despose. Se ficasse viveria a espera de um pouco de compaixão de alguém na cidade e caso isso não acontecesse, teria de ouvir comentários, se partisse, nunca mais poderia retornar, e então se lembrou do caso de Aja, filha de sua tia Manna, que foi embora para a capital, para se tornar piloto de corridas, ou até então, de Joanna, sua outra tia, que há doze anos foi embora de Mineral Town, e dois anos depois voltou com sua filha May nos braços, e a abandonou com o avô.  Depois de analisar a situação, Mary viu que, ambas as escolhas tinham risco. Ficaria a cargo dela escolher qual a faria feliz.

Enquanto seus pais subiam montanha acima, Mary aproveitou e correu até a cidade, encontrou com Gray atrás da casa Gotz, onde haviam marcado. Mary pensou por alguns últimos segundos e disse:

-Eu aceito.

Gray, estupefato com a resposta disse:

-Então, prepare suas malas, pois, partimos nessa próxima sexta-feira.

-Certo.

Por um instante de segundos, seus olhos ficaram marejados com as lágrimas, e sem perceber deixou uma delas escorregar pelo seu rosto pálido. Gray à secou, e disse:

-Eu imagino que deve ter sido difícil fazer esta escolha. Eu estou lhe tirando de toda sua realidade, e lhe trazendo para outra totalmente diferente.

-Tudo bem.

-Apenas espero poder corresponder as suas expectativas, e fazê-la feliz, acima de tudo.

 Os dois se olharam por um instante, um abraçou o outro, lágrimas escorreram dos olhos de Gray, era a primeira vez que Mary o viu chorar, e então, ela perguntou o porquê, e ele disse:

-Estou feliz, por merecer sua confiança, só quero que possamos ser felizes, onde quer que seja. Mary, eu lhe declarei em várias palavras o que eu sinto por você, porém não disse às três que definem perfeitamente esse sentimento.

-Quais são?

-Eu te amo.

Mary olhou surpresa para ele, ela também nunca havia visto Gray proferindo essas três palavras. Ela percebeu, naquele instante, que seria feliz com Gray, e então, ela viu que pra que isso acontecesse, ela precisaria se mover, e tentar. Gray olhou para ela, e ela retribui o olhar, agora os dois estavam a chorar, um olhando para o outro, e então, sem nenhum sinal óbvio do que iriam fazer, os dois se beijaram. Ambos deram seu primeiro beijo, ao mesmo tempo, um com o outro, e então, os dois tiveram a certeza de que seriam felizes, acontecesse o que acontecesse. Por um instante ambos esqueceram completamente tudo o que poderia impedi-los de ser felizes, e se sentiram invencíveis. Mal sabiam eles que o impedimento estava mais perto do que esperavam.

Inesperadamente, os dois ouviram passos e alguns latidos, e depois uma voz dizendo: ”Costelinha! Não faz aí! Para casa agora Costelinha!”, esses passos, e essa voz, ambos reconheceram. Ambos sabiam o estrago que o dono dessa voz poderia causar caso os visse juntos, chorando. Os dois se abraçaram e se despediram rapidamente. Mary correu para alcançar os pais enquanto eles ainda saiam do topo da montanha. Sua mãe Anna, odiava aquela floresta, porém seu pai, Basil, um botânico, sempre achou fascinante. Sua mãe estava tão concentrada em criticar o lugar, que não percebeu a rápida escapada de Mary, já seu pai, percebeu que ela havia voltado só agora, e com o rosto um pouco vermelho. Mary havia lavado o rosto nas margens do Mothers Hill, porém a emoção de seu encontro com Gray ainda estava estampada em seu rosto. Quando Mary e sua família estavam saindo do topo do Mother Hill, e voltando as margens do mesmo, Mary viu uma figura, dona da voz que ela e Gray haviam ouvido. O dono dessa voz estava mais próximo deles cada vez mais. Sua mãe Anna, o cumprimentou fervorosamente:

-Adam! Meu querido, quanto tempo? Mary cumprimente o Sr. Tyler.

Mary olhou para Adam, e tentou ver pelo seu olhar se conseguia descobrir se ele havia descoberto o seu encontro com Gray. Não importava, não mais. Ela o cumprimentou dizendo um cordial:

-Boa tarde Sr. Tyler. Eu e papai vamos à frente, o senhor pode terminar seu assunto com mamãe, porém precisamos ir à frente, papai precisa armazenar suas ervas, e eu preciso verificar uns formulários da biblioteca.

-Ora Mary, o meu assunto não é com sua mãe, não só com ela, meu assunto é com sua família inteira, principalmente com você.

Neste momento, Mary estremeceu. Ele sabe. Foi o que ela pensou. Ela sentiu que sua fuga seria cancelada, e que seus planos nunca dariam certo. Porém Adam deu um sorriso cordial e sincero, não de triunfo, mas de clemência, e determinação. Vendo esse sorriso estampado em seu rosto, e sem medo do que ele diria, Mary tomou coragem disse, por fim:

-Do que se trata Adam?

Naquele momento ela percebeu, que uma pontinha azul de alguma coisa estava para fora da mochila de Adam, Mary estremeceu, porém, logo depois, ficou estática, era o que ela queria, porém agora temia, e quando Adam sacou esse objeto azul, Mary teve a certeza, Adam havia trazido a arma que poderia destruir todo o seu plano e de Gray. Adam sacou uma pena azul e disse:

-Sr. Basil, e Srª. Anna, eu Adam, creio que precisamos conversar...


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Notas finais do capítulo

A pena azul, é como se fosse um anel de noivado, porém o casamento é marcado para quatro dia depois que a pena azul é mostrada a noiva, ou noivo.



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