Ours Blood escrita por The Fallen Angel


Capítulo 26
Capítulo XXV - Nada é para sempre.


Notas iniciais do capítulo

E AI, GOSTARAM DA CAPA NOVA? U-U
Duas semanas depois... Olha eu aqui!
É, eu sei. Não precisam me xingar nem nada disso, mas eu passei por uma crise de falta de ideias. q Não conseguia escrever nada. :(
Então, hoje parei e com muita força de vontade e criatividade, consegui escrever. Outra coisa: Só falta mais um capítulo pra acabar. Acreditam nisso? (Ai que vocês falam: " Ah, ainda bem que esse praga vai terminar a fic", ou pelo menos os que curtem um Natch pensam assim) u_u Enfim, aproveitem o capítulo. :D



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Patch bufou e me colocou de pé no chão.

- O que está fazendo aqui? – Perguntou para Eric, num tom irritado.

O vampiro deu outro de seus sorrisos encantadores, mas logo se aproximou de nós dois com uma expressão mais séria. Agora ele olhava só para Patch.

- Parece que nosso querido Rei chamou reforços. – E apontou para a entrada da floresta, algumas luzes se aproximavam de lá, mas pouco iluminavam por causa das árvores.

- Tenho que avisar para Rixon. – Patch disse e meu coração quase saiu pela boca. Ele tinha mesmo chama Rixon para o meio disso tudo?

- Rixon está aqui? – Perguntei meio em pânico. Nenhum dos dois respondeu.

- Pam e mais alguns funcionários do bar acabaram de chegar, vão nos ajudar no que precisarmos. – Eu nunca tinha ouvido Eric falar com aquela voz preocupada antes, sua expressão estava severa e ele passava a mão compulsivamente em seu cabelo tentando arrumar alguns fios que estavam fora do lugar.

- Tudo bem, diga para eles ficarem na entrada da floresta. – Patch disse depois se alguns segundos em silêncio.

Eric deu um aceno, como se concordasse com o plano.

- Espera, vocês vão mesmo lutar contra eles? – Disse alterando um pouco o tom de minha voz. Mas nenhum dos dois respondeu.

- Melhor eu ir falar com Rixon, se eu conseguir desviar sua atenção da matança. – Meu namorado disse, dando alguns passos em direção de Eric, ficando de costas.

- Ei, eu estou aqui! – Gritei, jogando os braços para cima. Finalmente consegui chamar a atenção os dois, mas como um raio, Eric veio para o meu lado e tapou minha boca.

- Se quer chamar atenção, segure uma placa escrita “sangue á vontade”.

Fiz cara feia e tirei a mão dele de minha boca.

- Se vocês me respondessem não teria que gritar. - Olhei para os dois, Patch continuava de costas, olhando para o chão e Eric ao meu lado olhava em meus olhos. – Podem me responder alguma coisa?!

- Sim, nós vamos lutar contra eles.

Meu queixo caiu.

- Não podem! Eles estão em maior número, são mais fortes e... – Eric tapou minha boca de novo, mas dessa vez não deixou eu tirar sua mão de lá.

- Fale baixo. – Disse num rosnado. – E eu não ligo para isso, eles estão me incomodando á tempos. Vamos acabar com isso agora e sair daqui como se nada tivesse acontecendo. Outros virão atrás de nós, mas que seja. Já estou de cabeça cheia. – E tirou sua mão de minha boca, mas agora eu não tinha mais nada a dizer.

- Ele está certo. – Patch se virou para me olhar nos olhos. - O que tiver que ser, será. Mas agora estamos lutando pelas nossas vidas, não podemos fazer nada de nobre como levantar as cabeças e sair normalmente até o carro. Se eles querem mortes, vão ter. Eles querem te machucar, e eu não vou permitir isso.

Mais uma vez eu fiquei sem palavras, Eric estava ao meu lado olhando para o chão, como que para fingir que nem ouvia as palavras de Patch.

- Mas... mas... – Gaguejei – Não podem fazer isso, vão acabar se machucando. Pessoas que não tem nada a ver com isso vão acabar se machucando. – Minha voz agora estava firme e eu fechei os olhos, massageando minhas têmporas.

- Temos que ir, Patch. – Eric anunciou como se eu não tivesse dito nada. E era a primeira vez que dizia o nome “Patch” sem cuspir ou fazer cara feia.

- Certo. – Ouvi barulho de passos e quando abri os olhos eles já estavam á alguns metros de distância, eu corri atrás deles.

- Eu vou com vocês. – Não era uma pergunta, eu estava mesmo decidida.

- Sabe como é difícil lutar um vampiro quase quinhentos anos á mais que você? – Eric disse com sarcasmo. – Fica mais difícil ainda quando você ainda tem que proteger uma humana descabelada que está do seu lado gritando como uma doida. – Riu e puxou uma folha de meu cabelo.

- Ei! – Exclamei, já ia abrir a boca para xingá-lo quando Patch parou e eu quase bati nele. Avancei e parei entre os dois.

- Eric, leve Nora para aquele riacho mais ao sul da reserva. – Ele se virou para mim. – É um pouco afastado, não vamos deixar ninguém chegar até lá.

- Eu não recebo ordens. – Grunhiu Eric ao meu lado e levantou um pouquinho o lábio superior para que suas presas aumentassem de tamanho.

- É para o bem dela. E você é o mais rápido de nós dois. – Patch levantou uma sobrancelha, como num gesto desafiador. Mas Eric tinha os olhos em mim.

Deu um longo suspiro e virou-se para mim.

- Se me permite. – O vampiro disse como se fosse me tirar para dançar, mas ao invés disso me pegou com brutalidade e me jogou sobre seu ombro sem que eu tivesse escolha.

Me debati, e Eric só apertou mais minhas pernas, eu bati com o punho em suas costas.

- Patch, eu não quero ir! – Disse como uma criança sendo carregada para longe de seus pais.

- Vai ser melhor assim, vou buscá-la quando isso acabar. – Ele não me beijou, não me abraçou e nem me tocou, mas olhou bem no fundo de meus olhos e até um beijo teria sido menos intimo.

- Feche os olhos. – Eric mal acabou de falar e saiu correndo em disparada para o outro lado. Fechei os olhos com força e prendi a respiração. Minhas mãos se agarraram a jaqueta de Eric, o vento passava tão rápido e veloz á minha volta que eu tinha medo de ser levada com ele.

Até que Eric parou e me colocou no chão da mesma forma “carinhosa” que tinha me jogado em seu ombro. Ele já ia se virando quando segurei seu pulso e o puxei de volta, o mesmo olhou para mim de forma curiosa.

- Sookie me disse que você ia se juntar á eles. É verdade? – Soltei a pergunta de uma vez só, respirando fundo e tentando me recuperar.

Eric permaneceu quieto, me olhando, seu rosto não tinha expressão alguma.

- Só me diga se é verdade ou não. Ia mesmo se juntar á eles? Aquela seita do mal que, pelo o que eu entendi, mata sem dó nem piedade?

- Eu não sei o que eu ia fazer, Nora. Eu estava cheio de todos esses humanos, eu estava com raiva. Depois da história com a Sookie, da história com o Bill e todos os humanos, metamorfos, fadas, vampiros e lobisomens daquela cidade. Eu só queria sair dali, e como eles já queriam que eu me juntasse á eles á algum tempo, eu simplesmente pensei: Por que não? – Eu mordi minha língua para não soltar todos os motivos, mas ele continuou: - Então, eu mudei para cá, ainda pensando em me juntas á eles. Mas quando eu conheci você... Eu só conseguia pensar no seu sangue, no quanto eu queria descobrir o que você era e no seu corpo... – Disse meio que num sussurro e se aproximou mais de mim. – Por isso eu concordei em deixar você fazer aquelas perguntas, eu também queria me aproximar de você. E quando finalmente consegui todas as outras coisas desapareceram da minha cabeça, eu queria ficar ali. Com você.

Nunca tinha imaginado Eric falando aquelas coisas, num tom tão apaixonado e louco, ele que era sempre tão sério, na dele e nunca expressava sentimento nenhum. Senti-me quase lisonjeada. Abri a boca para responder, mesmo não sabendo o que, mas ele ergueu a mão, num gesto de “pare”.

- Por favor, não fale nada. – Ele me olhou de cima, e estava tão próximo de mim que achei que ia me beijar, mas não fez nada, só ficou ali me olhando por alguns segundos.

- Eric...

- É melhor eu ir. – Me cortou e suspirou alto, levantou meu rosto para me fazer olhá-lo. – Fique aqui e não tente ajudar. Sabe, geralmente não funciona.

Dei um sorriso, e Eric também não pode evitar abrir um. Fiquei na ponta dos pés, mas mesmo assim tive que puxá-lo para baixo para poder dar um beijo em sua bochecha, e num piscar de olhos, como sempre, ele se foi.

-v-



Fiquei ali sozinha pelo o que me pareceram horas, mas meu relógio me informava que foram apenas 15 minutos. Eu andava de um lado para o outro esperando ouvir algum barulho ou algo que pudesse indicar que estava tudo bem, e Patch já estava vindo me buscar. Mas tudo permanecia quieto e calmo.

Quando finalmente decidi me sentar em umas das pedras mais altas que tinham ao lado do rio, um farfalhar de folhas á minha frente me fez ficar de pé num pulo.

- Fique do meu lado. – Disse uma voz conhecida, e depois de mais alguns galhos quebrados, Bill saiu do meio das árvores com Sookie atrás, como um rabinho.

- Nora. – A vadia sorriu como se fossemos velhas amigas.

- Onde estão seus guarda-costas agora? – Bill perguntou e passou a mão pelo cabelo, o músculo de seu maxilar rígido.

- Devem ter se cansado de você e simplesmente deixado você aqui para morrer. Os lobos gostariam de jantar, principalmente Alcide.

Dei alguns passos parar trás, até bater com o pé nas rochas mais altas, que bloqueavam o acesso até o rio que corria. Não tinha para onde correr, Bill agora estava á no mínimo 5 metros de mim e Sookie um pouco mais atrás segurando sua faca de carne.

- Vocês não tinham motivos... – Murmurei. – Para começar tudo isso. Não tem um porquê.

Bill sorriu e arrumou seu terno, um broche que parecia ter o formato de uma aranha ou um morcego brilhou no tecido preto.

- Nós não precisamos de um motivo. – Sorriu e avançou contra mim, eu quase pude sentir a ponta de seus dedos em meu pescoço, mas antes que ele conseguisse, algo ou alguém, o jogou para o lado.

O rei caiu em cima de algumas pedras com uma expressão confusa, mas antes que eu pudesse raciocinar e clarear a visão para saber que tinha derrubado-o, Bill disse cuspindo:

- Eric Northman. – Ele se levantou do chão, para parar em frente de Eric, que o fitava com um ar superior. – Você, realmente, nunca desiste.

Eric estava com as roupas mais sujas de sangue que antes, o cabelo loiro um pouco despenteado, mas tinha agora um olhar desafiador.

- Agora está sozinho, Rei Bill. Vamos ver quem leva a melhor. – Os dois pularam na direção um do outro na mesma hora e caíram no chão socando, chutando e rolando no chão, tudo numa velocidade vampiresca que era difícil de acompanhar.

Olhei para Sookie á minha frente e ela tinha a mesma expressão assustada que eu. Sua boca estava aberta e os olhos acompanhando os movimentos de Eric contra Bill.

- Sookie! Pegue-a! – O rei gritou antes de ser sufocado por Eric, mas Sookie já tinha entendido o recado e corri em minha direção com a faca de carne em suas mãos. Corri para o lado esquerdo, agachei-me para pegar um pedaço de madeira do tamanho do meu antebraço e continuei correndo.

Duas mãos me puxaram para trás antes mesmo de eu conseguir chegar até as árvores. Cai de bunda no chão e Sookie me puxou pelos cabelos com as duas mãos, me arrastando para perto do rio. Eu esperneava e arranhava suas mãos e braços, mas isso só fez ela me puxar mais rápido para lá. O pedaço de madeira tinha ficado para trás e eu teria que usar as mãos.

Sookie me soltou e sentou em cima de minha barriga, ela segurou minha cabeça e bateu-a várias vezes contra uma pedra. Um liquido quente começou a escorrer por minha nuca quando eu consegui sentar-me, empurrei a loura para trás e comecei a estapear e socar seu rosto. Ela gritava, seu rosto começava a ficar vermelho e sua boca já sangrava quando eu me levantei com a intenção de sair correndo.

A mesma me puxou pelo tornozelo fazendo-me ir para o chão de novo e, antes que eu pudesse me virar senti alguma coisa perfurando minhas costas na altura dos rins. Eu berrei e senti-a ser retirada dali, eu não conseguia controlar os gritos e a dor começou a tomar conta de toda as minhas costas.

Com as mãos apoiadas no chão, empurrei-me para ficar de costas já que não podia levantar.

- Nora! – Eric gritou, eu ainda ouvia barulhos de luta, virei a cabeça para vê-lo. Bill não era forte o bastante para ele, mas sempre o jogava para o lado ou prendia-o antes que chegasse até mim.

A loira psicopata estava com os pés, cada um de um lado de minha cintura e segurava uma faca toda ensangüentada, antes que eu pudesse gritar ou pelo menos tentar dizer alguma coisa, ela enfiou-a em meu corpo, só que desta vez em meu tórax.

Gritei mais alto ainda e as lágrimas começaram á sair de meus olhos. Agarrei-me ao que estava ao meu redor, meus dedos arrancavam tufos de grama. Sookie tirou a faca de dentro de mim, ela tinha um brilho nos olhos e sua boca de contorceu num sorriso que mostrou seus dentes tortos.

O ar parecia não entrar mais, e eu puxava-o compulsivamente pela garganta. Lágrimas de dor e desespero começaram a brotar em meus olhos, a dor consumia meu corpo todo agora, até manter os olhos abertos era um esforço enorme.

Sookie de repente voou para trás e eu tentei manter meus olhos abertos por mais alguns instantes. Pam estava ali, ela se jogou em cima de Sookie e mordeu o pescoço dela.

- Ah! Eu queria fazer isso á muito tempo, sua vadia. – E voltou a tomar o sangue da loira. Virei a cabeça e vi Patch sair correndo de dentro da floresta e correr em minha direção, ao mesmo tempo, Eric jogava o corpo de Bill imóvel para o lado e corria também em minha direção.

Eu tinha vontade de levantar-me dali e ir abraçar os dois, mas sabia que não conseguiria, pois meu corpo já não respondia ás minhas vontades e minha garganta já tinha se fechado há tempos.

E eu olhei mais uma vez para os dois antes de fechar meus olhos.



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Notas finais do capítulo

Recomendações? Comentários? Puxões de orelha? Tapas na cara? Abraços? -q



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