Ours Blood escrita por The Fallen Angel


Capítulo 25
Capítulo XXIV - E o mundo para.


Notas iniciais do capítulo

Preparem-se para chorar litros nesse capítulo. Quem realmente chorar, deixa lá um comentário. Quero ver se eu tô boa pra escrever dramas. q
Tá meio pequeno, eu sei, mas eu queria focar esse capítulo só no nosso querido casal. Então, aproveitem. ;3



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O vento gélido se chocou contra meu rosto, meu cabelo e minhas roupas. Prendi a respiração porque eu sabia o que viria depois.

  Cai na piscina, exatamente onde eu queria. A água estava quente para o clima que fazia do lado de fora da casa, e as luzes roxas que ficavam no fundo da piscina lançavam sombras para a parede da casa, fazendo tudo ficar mais sombrio ainda. Respirei fundo algumas vezes e esfreguei meus olhos que ardiam pelo cloro da água, fui tateando até a borda da piscina, onde peguei impulso e subi, já ficando de pé.

   As pessoas gritavam e assoviavam, gritando: Belo salto! Alguns começaram a pular na piscina logo depois e outros correram para dentro da casa para tentar se jogar de uma das janelas.

   Sookie não estava mais na janela, concentrei-me em olhar para todos os lados tentando saber onde ela estava. Quando vi uma cabeça loura saindo da porta da frente da casa, corri para o lado da floresta que Patch e Eric tinham ido. Minhas roupas pingavam e deixavam um rastro quase visível atrás de mim, mas não me importei, só corri o máximo que pude para dentro da mata.

    A floresta tinha árvores altas e que tomavam quase todo o espaço, algumas plantas com espinhos estavam no caminho que fora aberto como uma estradinha e arranhavam meus braços e pernas enquanto eu entrava mais e mais na “selva”. Parei por um instante para observar e ouvir. Uma coruja piava, alguns galhos se quebrando naturalmente e algumas batidas na madeira. Nenhum som de luta, nenhum gemido. Nada que indicasse que tinha alguém brigando por ali.

   Uma corrente de ar passou por mim, e eu já sabia o que aquilo significava. Pulei para trás bem na hora em que uma estaca de madeira passou em alta velocidade bem na frente de meu rosto. Uma explosão de sangue e carne se seguiu e eu tive que me limpar pelar centésima vez no dia.

   Com meus olhos ainda fechados, senti uma mão em cima de minha boca, logo o dono dessa mão me arrastou por alguns centímetros até minhas costas estarem pressionadas contra o tronco de uma árvore. Limpei meus olhos e os abri.

   Patch estava todo sujo de sangue, seu cabelo em baixo do boné azul, estava ofegante e tinha algumas estacas de madeiras na outra mão. Pulei em seus braços procurando por alguma proteção, por um momento ele não correspondeu o abraço, mas em seguida, largou suas armas improvisadas no chão e passou os braços pelas minhas costas esmagando-me contra ele.

   Eu sentia tanta culpa. E eu realmente tinha culpa. Conhecer um vampiro, me envolver nesse mundo e acabar gostando desse vampiro. Minha culpa. Meu coração parecia doer, pesar e parecia estar sendo amassado quando pensava nisso. O choro veio, mas reprimi um soluço.

   Uma legião de vampiros, mais uma psicopata loura estavam tentando me matar, eu já tinha enganado a morte muitas vezes, e não sabia se ia conseguir mais uma. Eu só queria estar com Patch. Parar o tempo e ficar ali com ele para sempre. Mesmo eu tendo feito tantas idiotices e besteiras, ele me amava. E isso o fazia bem melhor que eu. Ele tinha tentado me proteger, tinha feito de tudo, e mesmo assim eu tinha sido burra o bastante para estragar isso. Mas eu me arrependia disso, eu voltaria no tempo, antes disso tudo acontecer, só para voltar a ser como era antes. Só eu e ele.

   Meu amor por ele. Minha paixão por ele era tão grande. Eu o amava tanto que chegava a doer.

   Só de ouvir o nome Patch, meu corpo já ficava alerta, seu toque fazia eu me perder, ficar sem fôlego. Sua voz era o único som capaz de me acalmar. Uma vida sem Patch, uma coisa que eu nunca mais ia querer. Na verdade, não sabia como tinha vivido 17 anos sem ele. Era como se aquele homem fosse meu mundo. Como se ele tivesse colorido minha vida, como se tivesse dado realmente algum motivo para eu querer vivê-la.

   Patch me fazia tão bem que eu sentia que poderia explodir de amor, felicidade e satisfação quando estava perto dele.

   - Eu sinto tanto. – Sussurrei com a boca em pescoço.

   Ele só me apertou mais ainda contra árvore, mantendo-me segura em seus braços.

   - Desculpe, Patch. Por tudo o que eu fiz com você, eu... – As lágrimas começaram a cair e eu escondi mais meu rosto na curva de seu pescoço. – Fiz tudo errado, sempre faço. 

    Silêncio. Patch só afagava meu cabelo molhado e mexia os lábios, que estavam perto da minha clavícula, como se quisesse dizer alguma coisa, mas estivesse mudo.  

    - Por favor, me perdoe. Diga que me perdoa. – Insisti. Soltei-me dele, para poder olhar em seus olhos. Sua expressão estava meio alarmada, ele fez um gesto negativo com a cabeça.

    - Você está falando como se essa fosse nossa última conversa. – Patch bufou, certamente com a intenção de deixar o clima menos tenso.

    - E se for? – Ele abriu a boca para me cortar, mas fui mais rápida. – Olhe para os lados, Patch. Estamos cercados de vampiros, e eles querem se vingar. Se me matarem tudo isso acabou.

    - Você está falando idiotices, Nora. Fique aqui, eu vou protegê-la. Não vai fazer o que bem entender dessa vez, e vamos ficar bem. Sempre ficamos. – Sussurrou e apertou os olhos com força. Eu voltei a passar meus braços pela sua nuca.

    - Diga que me perdoa. – Repeti e Patch puxou meu rosto para perto do seu, encostando nossas testas, ele ainda estava com os olhos fechados, e não os abriu enquanto falava.

    - Desculpar pelo o que, Nora? Eu te amo, sempre vou te perdoar. – Ele não queria ir para aquele assunto, mas eu tinha que discuti-lo com Patch, queria que tudo ficasse resolvido e bem, mesmo que eu não vivesse muito mais que alguns minutos depois daquilo.

    - Só porque me ama não quer dizer que tem que ignorar meus defeitos e meus erros. – Soltei, e foi minha vez de fechar os olhos, não queria ver a expressão dele.

    - Eu te perdôo, Nora Grey. Mesmo não achando que seja necessário. – Sua mão foi para meu cabelo e nossos rostos se aproximaram ainda mais. – Não te culpo por tudo o que tem acontecido.

   Confirmei com a cabeça. Meu coração pareceu parar de pesar um pouco e minha respiração finalmente saiu.

    - Como eu disse antes, vamos ficar bem. Isso não é uma despedida, então pare de falar essas besteiras. –Pela primeira vez vi Patch nervoso, ele balançava a cabeça e falava mais do que o normal. – Só fique aqui, eu vou te proteger, sempre irei. Eu te amo, anjo. E vamos ficar juntos. Nada nem ninguém vai nos impedir disso, eu prometo.

    Ele pegou minha mão esquerda e beijou meu dedo anular. Só ai me dei conta que ainda usava o anel de asas que o mesmo tinha me dado de presente de aniversário. Senti-me quase envergonhada de, mesmo amando Patch com a mesma intensidade, não poder corresponder com gestos e palavras parecidas com as dele.

    - Me beije. – Foi à única coisa que saiu pela minha garganta e ele atendeu o pedido quase imediatamente.   

    Patch me amassou contra o tronco da árvore, do jeito rude que eu amava, e juntou nossas bocas. Nossos dentes se chocaram e em seguida nossas línguas fizeram o mesmo, num ritmo do qual eu nunca ia me cansar. Puxei-o pelos cachos negros que escapavam do boné e juntei mais ainda nossos corpos. Suas mãos foram para as minhas costas e logo passaram para minhas coxas, então num movimento só, ele me levantou do chão e eu entrelacei minhas pernas ao redor da cintura dele.

    Todo o mundo pareceu parar, e mesmo agora a luta estando tão perto de nós dois, todos os barulhos, gritos e o resto pareceu parar. Até que uma voz de trás de Patch disse num tom sarcástico.

    - Enquanto alguns estão lutando, vocês ficam ai se comendo. Coisa feia. – Eric deu um sorriso maroto e passou a manga de sua jaqueta em sua testa para tirar um pouco de sangue.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pelos comentários do capítulo anterior. Deixem nesse também! -q Quem chorou levanta a mão, quem riu também. ~aloka Também aceitou recomendações, viu? u-u Bizu. ;3



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