Ours Blood escrita por The Fallen Angel


Capítulo 21
Capítulo XX - Chorar é bom, ás vezes. Part. 2


Notas iniciais do capítulo

Oi meus vampirinhos e anjinhos. :D
Demorou, mas saiu! Eu estava sem criatividade nenhuma (novidade, né?), trágico.
E a fic tá próxima de acabar. :(
Mas não se preocupem porque... TAM TAM TAM TAM... VAI TER CONTINUAÇÃO! AHSUHSUAHSUAHSU
Eu tô com uma vontade enorme de postar logo a outra fanfic, tenho certeza que vocês vão amar! Um novo começo para Nora, se querem saber... *SPOILER* -q
E não, ela não vai virar vampira, esse negócio tá muito manjado.
O próximo capítulo? Digamos a Pam vai se estressar um pouquinho...
Ah, só mais uma coisa. Não, a Nora na versão Becca nunca faria essas coisas, mas para os que ainda não perceberam, genteeeeee, é realidade alternativa!
Mas enfim, espero que gostem.



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O carro parou em frente ao bar Fangtasia com um guincho alto.

Eu tinha estacionado em frente á uma vaga que dizia: “Reservado“, mas pouco me importei. Bati a porta do carro ao sair, o que chamou a atenção de alguns motoqueiros que estavam parados ao lado de suas motos mais para o meio do estacionamento, eles assoviaram para mim e eu tentava tanto controlar as lágrimas que nem notei quando levantei a mão e mostrei o dedo do meio para eles.

Respirei fundo antes de abrir a porta de metal do bar, não queria desabar de tanto chorar na frente de tantas pessoas. Eu só tinha ido até ali para poder conversar, mas eu não sabia muito bem se a palavra “conversar” estava no dicionário de Eric. Tirando Patch, ele era o único que sabia de tudo o que estava acontecendo na minha vida. Nem Vee, nem Taltitha, nem Scoot, nenhum deles entenderia.

Ao entrar no bar, o cheiro da fumaça artificial encheu minhas narinas, as pessoas dançavam igual á doidos como sempre, latas e garrafas de cerveja por todo o lado, e pela primeira vez vi os postes de streppears sendo usados. Uma mulher que devia ter aproximadamente vinte e quatro anos estava só com uma calcinha que tinha uma aparência de couro. Ela dançava no poste bem á frente de Eric.

Ele estava sentado no trono vermelho que ficava num dos cantos do bar. Eric estava com uma expressão pensativa no rosto, olhando para o chão, enquanto á garota com os seios para fora tentava fazer de tudo para chamar sua atenção.

Quando dei um passo a mais para dentro do bar, Eric levantou a cabeça rapidamente e me fitou. Meus olhos ardiam e as lágrimas embaçaram minha visão, abri a boca para tentar mandar uma mensagem silenciosa á Eric, mas ele assentiu com a cabeça antes mesmo que eu começasse e fez um gesto com o queixo, indicando a porta de seu escritório.

Enquanto ia em disparada em direção á porta, vi Pam, que estava sentada no braço de trono de Eric, se levantar e olhar para mim com ódio enquanto seu criador levantava-se ás pressas.

Pam realmente me odiava? Eu não tinha feito nada á ela, nunca tinha nem trocado mais de cinco palavras com a mesma. Mas aquele olhar dela era de quem queria me matar depois de um longo processo de tortura.

Entrei no escritório e me encostei na parede mais próxima, escorreguei por ela até estar sentada no chão. Abracei minhas pernas e abaixei minha cabeça.

Afinal, o que diabos eu estava fazendo ali? Estava tão desesperada á esse ponto? Ao ponto de correr em direção aos braços de Eric para ver se alguém concordava com meu ponto de vista, eu parecia uma criança. Uma criança mimada que não conseguiu o brinquedo que queria. Mas eu não me importei, não estava chorando por aquele motivo, estava chorando por tudo o que tinha acontecido nesses dias.

Mas todos os meus pensamentos pareceram sumir quando ele entrou na sala, ele tinha esse dom, me fazer esquecer das coisas importantes por um tempo. Eric ficou de pé na minha frente com cara de quem estava tentando entender o motivo de tudo aquilo.

– Por que você está chorando? – Ele tentava fazer sua voz soar fria, mas seu olhar o denunciou, ele estava preocupado.

Não consegui responder, em vez disso fiquei soluçando enquanto olhava para ele. Eric usava uma calça jeans apertada, uma camisa rosa claro com gola V e uma jaqueta preta por cima de tudo. Não sabia o que meu interior queria que ele fizesse. Talvez um remédio, ou um copo de água com açúcar? Eu sabia muito bem que Eric não era esse tipo de homem, mas só um ombro para chorar já estaria bom demais.

– Nora, o que aconteceu? – Ele se agachou á minha frente e tirou uns fios de cabelo que tinham grudado no meu rosto.

Mais uma vez, não respondi. Só desatei a chorar e novamente, abaixei a cabeça para que ele não visse aquilo.

Eric com toda sua superioridade se sentou no chão ao meu lado e jogou a cabeça para trás, mirando o teto enquanto fingia que estava ignorando meu estado deplorável.

– Se você não me contar, não vou poder ajudar. – Disse e deu um sorrisinho sarcástico.

Limpei a garganta, a fim de conseguir pelo menos falar com ele.

– Quem disse que eu quero sua ajuda? – Retruquei, virando meu rosto para poder focalizar seu olhar. Nossos ombros estavam roçando de leve e sua mão estava no chão, bem próxima a minha coxa.

– Se não quisesse, não teria vindo até aqui.

Congelei com essa, mas era verdade. Se eu não quisesse a companhia de Eric, nem sua ajuda, nem seu calor - por mais fria que sua pele seja -, eu simplesmente não teria ido até ali.

O vampiro ao meu lado sorriu com satisfação e olhou para mim, seus olhos estudaram casa centímetro do meu rosto antes de sussurrar:

– O que aconteceu?

Seria egoísmo demais eu contar o que tinha acontecido comigo e com Patch? Eric tinha deixado mais do que claro que sentia alguma coisa por mim, e eu a idiota, o procurei para contar sobre os altos e baixos de meu namoro. Muito bem, Nora Grey. Pensei com sarcasmo.

Respirei fundo antes de abrir a boca. Algumas lágrimas escorriam por minhas bochechas.

– Eu... Briguei com Patch. – Falei baixinho, já que ele estava tão próximo á mim.

Eric pareceu parar para pensar sobre o que eu tinha dito. Passou a mão no queixo, de modo pensativo e depois deu os ombros.

– Cá entre nós, pode arrumar alguém melhor.

Sem ter percebido, abri a boca num ‘o’ de surpresa. Recuperei-me rapidamente e por impulso dei um soco no ombro de Eric, o que para ele foi muito engraçado.

– Cala a boca. – Murmurei. Ele parou de rir e sua mão que estava perto de minha perna se aproximou mais um pouco, para poder afagar gentilmente minha mão.

– Vai me contar o que o Anjinho fez?

Ergui uma sobrancelha, e abafei um riso.

– Anjinho? Sério, Eric?

– Apelido carinhoso. – Disse normalmente e deu os ombros mais uma vez. – E aí, o que ele fez?

Ele não tinha feito nada. Pensei. Eu tinha errado, eu tinha sido infantil. Só tinha sido orgulhosa demais para assumir meu erro e voltar para casa, junto de Patch. Mas ele também tinha culpa, eu queria estar com ele para a eternidade e faria qualquer coisa para isso, só queria que ele tivesse o mesmo “entusiasmo” que eu.

– Não foi bem o que “ele fez”. – Sussurrei e tirei minha mão de baixo da dele para voltar a abraçar minhas pernas. Lembrar disso fez meu coração apertar e logo as lagrimas estavam de novo descendo por meu rosto. – Tenho que perguntar uma coisa.

Eric esperou. Aproximei-me mais dele, até que nossas pernas estivessem coladas.

– Me transformaria em vampira? – Perguntei diminuindo o tom de voz o máximo de pude.

Os olhos dele ligeiramente de arregalaram e antes que ele pudesse falar qualquer coisa eu tentei me explicar.

– Eu não estou pedindo. Só me responda.

– Não.

Prendi a respiração por alguns segundos. Eu causei tanto caos por uma coisa que eu não teria. Como pude pensar que Eric me transformaria? Qualquer um que, mesmo que sentisse o menor afeto por mim, não faria isso. Virar uma vampira era um peso maior que eu podia agüentar.

– Por isso brigou com o Anjinho? – Ele estava tentando fazer com que saíssemos daquele clima tenso, mas eu o censurei:

– Eric...

– Tudo bem. Patch, então. Esse foi o motivo da briga?

Apoiei minha cabeça no joelho. Como eu ia explicar isso para ele?

– Eu só não... Acho justo. – Disse olhando para frente, não queria que ele visse toda essa fraqueza em mim. – Essa história de envelhecer é uma droga.

A risada rouca de Eric pareceu estremecer a sala, já que o barulho da música não era mais tão alta assim.

– Ninguém acha justo. Mas ser vampiro é uma droga maior ainda.

– Por ter que machucar pessoas? – Murmurei. Essa era a parte ruim na visão de Patch, mas já que Eric sempre me surpreendia...

– Essa é a melhor parte. – Sussurrou em meu ouvido e eu me afastei um pouco incomodada.

– Não vejo como pode ser a melhor parte. – Disse acabando com sua alegria.

– Quando aquele sangue quente entra pela sua boca... – Eric disse com um certo tom de admiração. – Você se esquece de tudo.

– Não tenho certeza do que eu quero... – Limpei as últimas lágrimas que rolavam pela minha bochecha com a manga do moletom. Agora a dor de cabeça tomava conta de mim.

– Nem se você quisesse se transformar em vampira eu faria isso. – Eric me puxou pelo ombro até que eu encostasse as costas na parede, para ele poder me fitar. – Mas você é forte Nora, não ficaria desse jeito só porque está indecisa com isso.

– Ele disse uma coisa... – Bati com minha cabeça na parede diversas vezes antes de continuar: - Que se fosse assim preferiria não viver comigo para sempre.

– Bem, azar dele. – Eric disse e revirou os olhos.

– Eric!

– Deslize meu. – Justificou-se jogando os braços para cima. – Bem, se você quer saber o que eu diria...

Silêncio. Eu não tinha certeza de que queria saber ou não o que ele diria, podia complicar as coisas, e nesse momento a única pessoa com quem eu podia contar que entendesse – nem se fosse um pouco – o meu ponto de vista, era ele.

– Se eu fosse seu namorado, e você estivesse disposta a virar um monstro por mim... Eu diria que faria o possível e o impossível para achar uma outra forma de ficarmos juntos.

Abri a boca, mas tornei a fechá-la quase que no mesmo instante. Senti a pele de meu rosto arder. Eu não sabia o que responder, eu queria mais era enfiar minha cabeça em um buraco.

– Não precisa responder, eu sei que você é louca por mim.

Agora eu sabia que estava parecendo um pimentão, mas soltei uma gargalhada e escondi meu rosto nas palmas de minha mão.

– Não seja convencido. – Murmurei e senti uma mão fria passar lentamente pela minha barriga para depois apertar minha cintura.

Eric me puxava contra ele, sua respiração era normal e ele tinha um sorriso malicioso no rosto. Eu sabia o que ele queria fazer, na verdade, o que ele ia fazer se eu não reagisse. Mas eu não queria afastá-lo. Então, antes que ele fizesse qualquer coisa, eu segurei sua nuca e dei um beijo em sua bochecha.

Não queria decepcioná-lo, mas também não queria que ele criasse expectativas demais.

– Obrigada, por me animar com suas piadinhas, nem que tenha sido só um pouco.

O vampiro olhou para mim, surpreso, mas logo ele recuperou-se e para meu espanto, deu um beijo em minha testa.

– Vá lavar seu rosto. Você não fica tão bonita com ele todo inchado e vermelho. – Disse ele levantando-se num pulo e parando á minha frente. Eric estendeu a mão.

– Idiota. – Disse, mas peguei forte em sua mão.



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Notas finais do capítulo

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