Ours Blood escrita por The Fallen Angel
Notas iniciais do capítulo
Nora narrando. c:
Espero que gostem e comentem, tô muito empolgada com essa nova fic. *-*
Boa leitura.
Acordei com alguém me jogando um travesseiro no rosto.
Vee estava de pé ao lado da cama com cara de impaciente. Estava com uma calça jeans, salto alto, e uma blusa azul bem leve.
- Vamos, acorda logo!
Continuei deitada com o travesseiro no rosto. Vee abrira a janela e agora o sol queimava minha pele.
- O que você quer? – Joguei de volta o travesseiro e sentei-me. Devia estar com o rosto todo inchado e meus cachos mais parecendo uma juba.
- Hoje é seu aniversário! Vamos, levante-se! – Meu olhar parou no despertador em cima do criado mudo, eram 09:00h do dia 18 de outubro.
- É, e daí?
- E daí, que eu não vou deixar você usar seus shorts e all star’s na festa de hoje! – Ela foi jogando roupas em cima de mim, e finalmente minha toalha. – Vai, vai!
Tomei um banho rápido, pois Vee batia de 5 em 5 segundos na porta do banheiro.
- Nora! – Ela deu mais três batidas e eu saio com a cara mais mal humorada que conseguira fazer.
- As roupas não vão sair correndo da loja, Vee! – Ela resmungou o tempo todo em que estava virada para a parede em quanto eu me vestia. Coloquei roupas normais, short, regata e um coturno velho.
Saímos em silêncio da casa e se seguiu até Vee parar em frente da loja de roupa mais “cocota” da cidade.
- Sério? – Ergui uma sobrancelha com cara de indignada e ela só revirou os olhos.
- Sim, sério. – Entramos na loja, e eu senti vontade de vomitar na mesma hora.
O lugar era todo pintado de rosa e cheio de corações para toda parte. Dei meia volta, mas Vee me puxou pelo braço indo mais para o fundo da loja. Uma atendente veio em nossa direção, usava um terninho rosa com botões pretos.
- Como posso ajudá-las?
- Hoje é aniversário dela e estamos procurando um vestido “eu sou atrevida”.
- Vee! – Protestei enquanto a mulher dava risinhos tímidos.
- Feliz aniversário. Bom, se puderem me acompanhar... – A atendente seguiu até outro canto da loja e tirou um vestido vermelho, tomara que caia, bem curto. Ao estilo Marcie Millar, eu diria.
- O que acha desse, Nora? – Vee pegou o vestido como que para dar uma olhada melhor na peça.
- Se você quiser que eu sair fantasiada de Marcie...
Vee bufou e devolveu o vestido á mulher, que parecia estar tentando descobrir como era a tal “Marcie”.
- E que tal esse? – A mesma perguntou enquanto puxava um vestido verde com rendas.
- Não... – Minha melhor amiga respondeu com uma cara de quem queria o vestido para ela.
- E esse? – Eu mesma puxei um vestido da arara. Era preto, bem simples de um ombro só.
- Preto, Nora?!
- Sim, qual é o problema?
- OK, esse então! Vamos aos sapatos. – Ela se virou para a moça, que deu um aceno de cabeça e seguiu a outro canto da loja.
- Alguma preferência?
- Salto. – Vee respondeu ao mesmo tempo em que eu disse:
- All star.
- Tsk, tsk, nem pensar. – Ela se dirigiu a mim como se estivesse negando um doce á uma criança. Minha amiga andou pelas fileiras de sapatos e parou na frente de um branco, simples, com o salto mais do que ela usava.
Vee apontou para ele e mordeu o lábio. Eu abri a boca, mas ela acabou sendo mais rápida.
- Por favor! – Implorou e deu um pulinho.
- OK. Desde que eu saia logo daqui.
A atendente pegou o vestido e a caixa de sapatos e saiu em direção ao caixa. Passei o cartão que minha mãe me dera e saímos da loja.
- Pronto, foi tão difícil assim? Agora vamos para sua casa e eu vou arrumar a decoração.
- Vee... Por curiosidade, quantas pessoas você convidou?
- Só umas 30, ou talvez... Mais de 100.
Quase pulei no banco do carro.
- O que?!
- Fica calma... Vai dar tudo certo. Hoje é seu aniversário, tem que relaxar.
Paramos em frente a minha casa e Vee me empurrou para meu quarto, só me deixando sair na hora do almoço.
Nayara, Eduarda e Scott também estavam ajudando. Eu ouvia o som de móveis sendo arrastados pela sala o tempo todo e só fiquei imaginando o que eles estariam fazendo.
Ás 19:00h, Vee foi até meu quarto empurrando as sacolas de compras e mandando eu me vestir aos gritos, pois sua voz estava sendo abafada pelo som da música que já tocava.
Vesti-me com a maior calma do mundo. O vestido ficou na metade de minhas coxas. E o sapato, um pouco alto de mais. Fui para o espelho e passei maquiagem, algo leve.
Alguém bateu na porta e eu me levantei indo até ela. Abri e vi Patch, estava com uma camisa preta de botões, calça jeans bem preta e um all star de couro. Mesmo estando de salto, eu ainda perdia feio na questão de altura.
- Gostei do vestido. – Ele disse entrando no quarto e pegando minha mão, fazendo-me dar uma voltinha. – Fácil de tirar...
- Patch! – Dei um tapa no braço dele, que só riu e me seguiu até o espelho. Soltei meu cabelo, coisa que eu fazia poucas vezes.
- Você está linda, anjo. – Patch me abraçou por trás e nós dois olhávamos nossos reflexos no espelho de corpo inteiro.
- E você lindo. – Um sorriso surgiu em meu rosto, eu estava tão... Feliz. Ele me virou e ficou frente a frente comigo.
- Tenho uma coisa para você. – E puxou alguma coisa do bolso da calça, uma caixinha preta forrada agora estava em sua mão e ele a colocou entre de nós dois.
- Vai me pedir em casamento? – Perguntei erguendo uma sobrancelha.
Com um sorriso no rosto, ele respondeu:
- Ainda não.
Corei com sua resposta e cruzei os braços. Patch abriu a caixinha e eu tive que me controlar para não ficar boquiaberta.
Um lindo anel estava dentro da caixa, tinha duas asas, como as de um anjo e um tom meio preto, parecia ter um monte de pequenos diamantes por cima. Ele pegou minha mão e colocou o anel em meu dedo anular.
- Patch... Eu... Eu não posso aceitar.
- Claro que pode. – Puxou minha mão para seus lábios e deu um leve beijo.
- Obrigada. – Sussurrei, eu estava preste a chorar.
Ele sorriu e me beijou, desta vez nos lábios. Sua língua pediu passagem e eu cedi. Ficamos nos beijando intensamente até que alguém bateu na porta.
Vee a escancarou e entrou já batendo o pé.
- Patch! Você prometeu que não ia atrasá-la. Vamos, vamos! Saiam! – Vi que ela tinha mudado de roupa, agora usava um vestido vermelho, com alças e um salto vermelho também.
Passamos por ela de mãos dadas e descemos as escadas. Tive vontade de jogar Vee delas quando vi a festa que estava acontecendo lá em baixo.
Os móveis tinha sido tirados e tudo que poderia ser quebrado. Luzes piscavam para todo o lado, a música tocava alto, The time – Black Eyed Peas, reconheci.
Com a batida, as pessoas pulavam e dançavam feitos doidos. Patch riu e puxou-me para baixo me levando direto para a mesa de bebidas onde abriu uma cerveja.
- Vee! Meu Deus, eu vou te matar!
- E blá blá blá, divirta-se!
- Onde arrumou cerveja? – Eu perguntei vendo Patch dar o primeiro gole em sua garrafa.
- Rixon. Ele é de maior, esqueceu?
Revirei os olhos e cruzei os braços. A porta da sala se abriu e mais 15 pessoas entraram, junto com elas, Talitha. Correu em nossa direção e me deu um abraço.
- Parabéns! – Seu cabelo tinha crescido e ela estava usando várias pulseiras ao estilo da Índia.
- Obrigada. – Disse quase sufocada com seu abraço.
Outra música começou a tocar e Vee deu um gritinho.
- Tenho que dançar essa! – E saiu em direção à “pista”, com Talitha á seus calcanhares.
Patch passou o braço pela minha cintura e começou uma dança sexy e ousada de mais com o ritmo da música, que agora era My medicine.
Eu tentei acompanhá-lo, mas tive um ataque de risos pensando em como eu estava ridícula tentando parecer sexy.
- Tá, eu desisto. – Ele riu e se encostou à parede com a garrafa de cerveja na mão. Peguei dele e tomei um gole, ele pareceu surpreso.
- Anjo?
- Vou precisar disso se quiser agüentar a noite toda.
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