Ours Blood escrita por The Fallen Angel


Capítulo 19
Capítulo XVIII - Meu sonho? Um mundo normal.


Notas iniciais do capítulo

Tenho várias coisas para falar. -q
1° Desculpem não ter postado, eu estava fazendo um "trailer" para a fanfic.
2° O link do trailer: http://www.youtube.com/watch?v=1UfkBA2San4&feature=youtu.be LEIAM A DESCRIÇÃO.
3° O capítulo não tem muita coisa, é só para esclarecer algumas coisas. O próximo vai ter muita emoção, prometo.
4° Obrigada pelos reviews, agradeço tanto os meus leitores antigos quanto os novos.
5° Amanhã tem um novo capítulo, e não querendo dar spoiler, mas dando... Vocês vão pirar. q
6° A primeira parte é narrada pelo Eric, e depois segue com a Nora, como sempre.



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                                          Eric

    Já podia sentir o cheiro de um dia ensolarado do lado de fora. Mil anos e um detector de sol embutido em minha cabeça.

   Eu e Nora ainda estávamos em cima da mesa, ela tinha colocado de volta seu vestido e agora dormia tranqüilamente com sua cabeça em meu ombro. Cada vez que eu tentava me levantar, sair dali antes que fosse tarde demais, antes que ela acordasse e pensasse logo em um estupro, meu corpo se travava.  

   Ela era tão linda dormindo, ou talvez fosse só pelo fato de que ela não poderia me socar ou me xingar só por eu passar a mão em seus cachos, por sua pele. Reunindo muita força de vontade, levantei-me da mesa de meu escritório e coloquei a cabeça de Nora delicadamente em cima de minha camisa.

   Ainda estava nu, descabelado e pela primeira vez em muito tempo, alguma parte de minha pele estava quente, Nora emitia calor por onde passasse e eu achava aquilo ótimo.

   Noite passada tive que segurar Pam para que ela não matasse Nora ali mesmo, eu não sabia o motivo daquilo, não que ver seu criador transando com uma humana em cima da mesa do escritório não fosse motivo para tal reação, mas eu não ia deixar ninguém encostar nem sequer em um fio de cabelo de Nora, a não ser o namorado da pessoa em questão, nisso eu já não podia fazer nada. Era a escolha dela.

    - Me desculpe. – Murmurei enquanto puxava Nora pelo ombro.

   Ela resmungou alguma coisa e tentou lutar contra minha mão que agora apertava seus ombros para mantê-la sentada.

    - Me deixe dormir. – Nora disse abrindo os olhos lentamente.

    - Olhe para mim, Nora. – Finalmente consegui sua atenção, ela arregalou os olhos e olhou meu corpo, seus olhos quase saltaram das órbitas quando chegaram ao meu pênis.

    - Eric! A meu Deus! – A garota fechou os olhos de novo, dessa vez com força. – Vista alguma coisa!

   Se você se lembrasse de tudo o que fez na noite passada... Pensei.

    - Nora... – Apertei meu aperto em seus ombros e ela abriu os olhos. – Olhe nos meus olhos.

   Nora ainda olhava para um ponto bem abaixo de meu rosto, mordeu os lábios e lentamente subiu o olhar.

    - Eric... Nós...? – A interrompi colocando o dedo em sua boca, ela olhou em meus olhos e eu nos dela.

    - Nora... Não vai se lembrar de nada da noite passada. – Minha voz quase não saiu, mas eu precisava fazer aquilo, para o bem dela. – Só vai se lembrar que veio para cá depois que saiu da casa de sua amiga e passou a noite aqui.

     O olhar dela agora parecia distante, estava funcionando.

     - Não vai se lembrar de nada que eu disse. – Resolvi falar isso também, não seria uma boa Idéia que ela se lembrasse de como eu gritei que a amava.

    Minhas presas aumentaram de tamanho e eu espetei a ponta de meu dedo. Passei meu sangue no pescoço de Nora e o ferimento que estava ali sumiu no mesmo instante.

    Soltei seus ombros e, antes que ela despertasse de seu transe, eu corri escada a baixo e me deitei em meu caixão, já aberto, não me incomodei de vestir alguma roupa.

                                         Nora

    Pisquei algumas vezes para ter certeza que não era um sonho.

    Minha cabeça latejava e doía, eu conhecia muito bem aquela sensação, eu estava de ressaca. Ótimo. Agradeci á Deus por estar em um estabelecimento de vampiros, o que em outras palavras quer dizer: sem janelas.

    O vestido que eu usava estava desabotoado e amassado, meu cabelo parecendo palha e eu me sentia estranhamente... Bem. Como eu me sentia depois de uma noite de amor com Patch. Ignorei a sensação e pulei da mesa em que eu estava sentada. Eric devia ter me deixado ali já que o lugar mais confortável que tinha no bar era seu caixão.

    Estiquei meus braços, mas quase me arqueei de dor, minhas costas também estavam doloridas e ao dar um passo minha visão se embaçou por um minuto. Esfreguei meus olhos e continuei a andar, a vertigem passou segundos depois.

    O bar estava quase vazio, uma música tocava baixinho e a mesma mulher que me deixou entrar da outra vez cantarolava o refrão enquanto limpava as mesas.

    - Ah, você acordou! – Ela disse e abriu um sorriso enorme mostrando todos os seus dentes.

    - Hum... Oi. – Andei até a mulher, mas antes de chegar ela se dirigiu até o outro lado do balcão e colocou um prato sobre ele.

    - Eric me deixou ordens bem especificas. – Sentei-me no banco alto e olhei para o prato á minha frente. – Quando ela acordar, a sirva do que ela quiser e depois chame um táxi para levá-la para casa. – Ela disse tudo isso tentando imitar a voz grossa de Eric.

    Eu ri e dei uma mordida em meu sanduíche.

    - A propósito, meu nome é Britney.

   - Sou Nora. - Disse entre uma mordida e outra.

   - É, eu sei bem disso. Não sabe em quantas discussões seu nome aparece.

  Terminei o que restava de meu sanduíche e limpei minha boca que um guardanapo que Britney acabara de colocar na mesa.

   - Como assim?

   - Eu não deveria falar sobre isso... – Ela estava com os lábios apertados, mas jogou as mãos para cima e se sentou no banco ao meu lado. – Pam definitivamente está com ciúmes de você.

   - O que? Pam? Por que ela estaria?

   - Não é obvio? Ela gosta de Eric, e com você no caminho dela... Ela também ficava desse jeito com a Sookie.

   - Não tem nada entre mim e o Eric. – Coloquei uma mecha de meu cabelo atrás da orelha e senti meu rosto esquentar.

   - Sei, sei. E aqueles gritos e gemidos de ontem á noite? – Senti meus olhos se arregalarem.

  Gritos e gemidos? Tudo o que eu me lembro é de ter vindo da casa de Vee e dormido.

   - Pam quase foi á loucura, ela quase arrancou você de cima de Eric.

   - Não aconteceu nada entre mim e Eric, OK? E nunca vai acontecer. – Levantei-me e ajeitei meu vestido.

   Me recusava a pensar naquilo. Eu nunca faria sexo com Eric Northman, não porque não me sentia atraída por ele, mas pelo fato de que eu amava Patch.

   - Se puder chamar aquele táxi... – Não terminei a frase, fui interrompida pelo toque de meu celular.

   Fiz uma rápida busca para saber onde ele estava, mas Britney o tirou de seu bolso.

   - Guardei para você.

   - Obrigada.

  A ligação era de Patch, atendi as pressas.

   - Nora, eu estou ligando desde ontem á noite. – Sua voz soava irritada.

   - Desculpe, eu dormi e...

   - Onde você está?

   - Fangtasia, eu passei a noite aqui.

   Patch não respondeu, e eu achei melhor assim, a resposta que ele daria seria á Eric e não ia ser nada educada.

   - Vá para sua casa, eu te encontro lá. – Foi a única coisa que disse antes de desligar.

  Suspirei e olhei para Britney.

   - O táxi já está vindo.

  Ele realmente não demorou para chegar, me despedi de Britney e entrei no carro com um odor de cigarro no ar. O motorista ficou quieto o caminho todo e eu também não puxei assunto. 

  Logo eu estava em frente á casa da fazenda, o carro de Patch já estava estacionado ali e eu sai do carro entregando ao taxista o dinheiro que Britney tinha me dado. Revirei os olhos, Eric pensava mesmo em tudo.

  Patch saiu do carro antes que eu chegasse até ele. Vestia uma camisa de botões preta, uma calça jeans preta e uma bota de motoqueiro. Só ai percebi o quanto eu estava ridícula descalça, com o cabelo esparramado e as roupas amassadas. O taxista devia ter tido medo de mim. 

   - Anjo. – Patch me deu um beijo na testa, outro no nariz e finalmente parou em minha boca.

 Não que eu não gostasse disso, mas ele não estava bravo comigo? Suas mudanças de humor ás vezes me deixava tonta.

   - Fiquei quase um dia sem você, estava com saudades. – Ele sussurrou em meu ouvido e eu puxei seu pulso. O relógio de Patch marcava 16:00, eu realmente tinha dormido todo aquele tempo? Numa mesa, no escritório de Eric? Eu devia ter bebido noite passada, eu não faria isso por livre e espontânea vontade.

   - Também senti saudades. – Falei e abracei Patch, forte como se eu quisesse me unir á ele, ficar ali em seus braços para sempre. A sensação era boa, de amor, calor, de paixão.

   - Pegue algumas roupas, depois vamos para minha casa. – Ele apontou para casa e de repente eu senti medo.

   Minha mãe morreu naquela casa, não que eu estivesse com medo de fantasmas, mas as lembranças sim me davam medo. Relembrar aquela cena de novo era tudo o que eu temia.

   Obriguei meus pés a se moverem, abri a porta e encontrei minha sala no mesmo estado em que sempre esteve, cheirava á alvejante, parecia que alguém tinha derramado litros e litros de desinfetante na casa. Eric, ele ficou de limpar a casa, só não pensei que seria ela toda. 

   - Tenho que tomar um banho. – Queria que aquilo soasse alto e claro, mas acabou soando como uma pergunta. Antes que ele me respondesse subi as escadas, meus pés se arrastando. Eu estava cansada e exausta, podia ter dormido por quase 12 horas, mas aquilo não tinha adiantado nada.

    O mundo podia parar por algumas horas, um tempo fora desse mundo louco que eu acreditava ser normal até poucos meses atrás.


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Notas finais do capítulo

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