Hermione Granger - Reencontrando os Pais escrita por ro1000son


Capítulo 13
Capítulo 13: Sem Opção


Notas iniciais do capítulo

* Os personagens principais pertencem a J. K. Rowling.



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Escuridão e medo; um cheiro de poeira e madeira podre se apoderou do ar quando a porta se fechou abruptamente, sem dar chance alguma de alguém tomar qualquer atitude, fazendo aquele lugar cair sombriamente em trevas. Não parecia resistente, porém nada que Hermione, Harry e Rony tentassem surtia efeito na madeira daquela porta que, perceberam eles, nem fresta parecia ter visível. Quando eles entraram, houve alguma coisa naquela porta que a fez parecer algo desenhado na parede. Nenhum feitiço que conheciam estava servindo e do outro lado podiam-se ouvir os baques das tentativas dos gêmeos de fazerem o mesmo. Entre uma tentativa ou outra, Eric chamava pelos nomes deles e, por mais que eles respondessem, dava para notar que ele não ouvia, pois continuava chamando, até que em um momento desistiu e fez-se silêncio do outro lado.

— Eric! Eric? - Hermione tentava chamar, cada vez mais alto, enquanto Harry e Rony vasculharam por uma brecha na porta e na parede em volta dela, também chamando o nome do rapaz. A cada instante em que Eric não respondia, ela ficava mais apreensiva, pensando ter acontecido algo a eles.

— Que aconteceu com eles? - Rony perguntou como se esperasse que a namorada tivesse a resposta.

Ela nada respondeu - nem Harry -, só percebeu que a própria respiração começou a ficar mais rápida e mais forte, o coração tinha acelerado bastante. Engoliu a seco e de repente, começou a dar passos de costas, se distanciando dos garotos, olhando fixamente para a direção da porta sem ter certeza de que estava vendo alguma coisa.

— Mione? - perguntou Rony. Harry, que ainda vasculhava o local da porta, parou para olhar na direção dos amigos, mas percebeu mesmo que algo estava errado quando Hermione deixou a varinha cair, e se ajoelhar em um choro desesperado.

— É culpa minha, é tudo culpa minha! – exclamou envolvendo a própria cabeleira entre as mãos. Rony correu para tentar confortá-la em um abraço e Harry se pôs logo ao lado dos dois.

— Não, Hermione, calma! – tentou dizer Rony.

— Vamos sair dessa, juntos! – disse Harry, também se ajoelhando e pegando a varinha da garota, que ainda mostrava o ponto de luz do feitiço “lumus”. Ela não pareceu ouvir e continuou dizendo com mais aflição.

— Eu trouxe vocês para uma armadilha, foi um erro. Eu devia ter planejado melhor, ter vindo antes, assim que terminamos lá em Hogwarts. Agora estamos em apuros e não sabemos de nada, como posso ter sido tão burra?

Antes que Rony ou Harry dissessem algo para Hermione parar de dizer aquelas palavras, a atenção deles foi desviada para o chamado de Eric, através da porta fechada. A voz parecia distante e urgente, mas eles podiam entender perfeitamente.

— Harry, Rony, Hermione! Se puderem me ouvir, vou buscar ajuda! Vou atrás de Chease e voltaremos logo. Téo vai ficar aqui e tentar achar alguma brecha para entrar. – e repentinamente teve uma breve pausa, onde logo depois o ouviram dizer ao irmão – Não adianta se até agora não ouvimos nada deles... Eles devem estar batendo na porta neste momento, mas não ouvimos nada... É... Eu sei, também não entendo... Estava fechada quando vi. Hermione, Harry, Rony...

O rapaz repetiu o aviso mais três vezes, imaginando que fosse necessário para ser ouvido ou compreendido. Contudo, houve um silêncio entre os três, um momento de indecisão enquanto ouviam, onde Hermione continuava em lágrimas, Rony ainda a afagava e Harry andava de um lado para outro perto deles, certamente pensando em alguma solução. Após alguns minutos, em que não se ouviam mais os gêmeos, Harry quebrou o silêncio.

— A porta estava fechada quando os gêmeos olharam... Não tinha reparado nisso. Algo realmente está acontecendo por nossa causa. Não temos alternativa, precisamos seguir. Tem alguma coisa nesse casarão e acho que não vai acontecer nada se a gente ficar aqui. Ou pelo menos precisamos tentar achar algo pra sair desse lugar. Se eu estiver certo, até feitiço contra aparatação deve haver aqui.

— Ele tem razão, Mione. – disse Rony, ainda afagando uma Hermione chorosa, que precisou reunir disposição para se recompor. 

— É, vocês estão certos, precisamos ir em frente – disse ela, ainda chorosa – Mas se algo der errado, ou melhor, mais errado ainda?

— Mione, você fez o que podia, não esperávamos que algo assim fosse acontecer. – respondeu Harry, se ajoelhando para olhar nos olhos da garota. – Acho que, por hora, está nas nossas mãos procurar pelas respostas do que está havendo.

— Harry está certo, Mione. Vamos, estamos juntos. É isso que importa – respondeu Rony, tendo Harry concordando. O ruivo a ajudou a se recompor e ambos seguiram Harry por um corredor sombrio, com algumas frestas de luz aparentando vir de salas vazias com janelas antigas muito sujas com cortinas rasgadas e móveis em ruínas, com os pedaços espalhados pelo chão. Na primeira sala que viram, Harry tentou um feitiço para quebrar uma das janelas, mas o feitiço ricocheteou em algo, provavelmente outro feitiço de proteção, e nada aconteceu na sala. Logo, eles concluíram que não seria tão fácil sair daquele lugar; os feitiços foram muito bem preparados.

Os três tiveram que andar bem devagar e prestar muita atenção para não tropeçar pelos restos de móveis ou nos buracos que hora apareciam no chão de pedra que outrora devia ter sido magnífico, mas que parecia ter se estragado e lascado durante os anos de abandono. Não se viam quadros nas paredes; ou foram retirados, ou os moradores não os tinham na época em que aquele casarão era ocupado. Depois de algum tempo, viraram à esquerda, em outro corredor mais sombrio ainda.

— Sem aranhas, por favor, sem aranhas... – repetia Rony consigo mesmo, como um mantra pra tentar ficar calmo. 

Parecia ser um corredor longo demais para o casarão que viram do lado de fora. Ou o tamanho dele enganava ou ainda havia feitiços que ainda atuavam na estrutura dele. De repente, como um estalo na cabeça, ainda ouvindo o namorado repetir o desejo de não ter aranhas no recinto, Hermione lembrou, e olhando rapidamente pelo local mal iluminado percebeu que não havia vida alguma no ambiente. Nem ratos, nem baratas, nem moscas... Das aranhas que Rony não gostaria de ver naquele corredor só se viam algumas teias esparsas, algo da sujeira que ninguém limpava.

— Harry, espera. – disse ela, parando a si e ao Rony. O garoto se virou e chegou mais perto dos dois, esperando por alguma ideia que os retirasse daquele lugar. – Precisamos fazer silêncio.

— Mas não falamos nada por pelo menos meia hora – disse Rony, um pouco alto demais. Hermione fez um sinal para ele falar mais baixo.

— Lembram daquele animal que contei? – Os dois assentiram e Hermione repassou a eles o que ouviu sobre o bunyip que os gêmeos ajudaram a capturar. Repassou também o sonho e disse estar desconfiada que haja mais deles, possivelmente em algum lugar desse casarão. Ela terminou dizendo ao Rony: - E é provável que não encontremos outros animais por aqui, nem mesmo aranhas, pois todos fogem desse bicho.

— Isso foi pra me sentir aliviado? – perguntou ele, confuso. Ela até abriu a boca para argumentar, mas as palavras lhe falharam diante da incerteza. Foi Harry quem cortou o instante de silêncio.

— Se for verdade, não é muito inteligente então, colocar um bicho desses numa casa como esta. 

— Talvez, mas com os feitiços certos, podem ter encontrado uma maneira de controlar o monstro – respondeu Rony, meio incerto. Harry olhou para ele pensativo, e por fim, Hermione concordou com o namorado.

— Você pode estar certo, Ron – respondeu ela sem pensar muito, pois aquela parecia ser a única verdade aceitável no meio da confusão, mas sem dizer o que realmente estava pensando, fazendo Rony se sentir mais em dúvida do que pensar a respeito. Parecia ser absurdo demais, até pra aquele momento, e não gostaria de dividir com Rony e Harry algo que nem ela tinha certeza.

— Então, precisamos seguir com mais cuidado, procurando não fazer barulho – disse Harry.

— Exato, e ao menor sinal de um bicho andando por aí, é melhor correr e ficar longe dele – respondeu a garota.

— Bom, só espero que a gente tenha pra onde correr... Não temos nem como sair daqui – disse Rony, não muito contente com a conversa. Os três, porém, se acertaram e continuaram a seguir pelo corredor estranho.

Passado um tempo que pareceu longo demais, depois de virarem em mais um corredor e passarem por uma sala que lembrava aquelas salões de recitais, porém muito suja e abandonada, os três já haviam se acostumado à estranheza do lugar que nada parecia informar do que estava para acontecer a eles, pelo tanto que procuraram na sala em que passaram. Por fim, estavam em mais um corredor e até o momento não apareceu uma viva alma. Era desconfortante para os três o fato de que alguém, e certamente que havia alguém, estivesse escondido, vendo todos os passos deles sem dar chance de serem identificados, somente aguardando o momento certo. Harry estava mais atento do que Hermione se acostumou em ver do amigo e Rony segurava firmemente a varinha dele pronto para lançar qualquer feitiço a qualquer momento em que alguém mais apareça. Ela sabia que tinha que se manter atenta também, mas a cabeça trabalhava a mil, quase era possível ouvir as engrenagens do cérebro dela num tom cadenciado e contínuo, pois, se fosse mesmo possível, seria o único som que ouviria em muito tempo. Porque até aquele momento os três estavam se comunicando apenas por sinais; quando pensavam ter encontrado algo, chamavam com a mão livre, ou faziam movimentos com os olhos ou a cabeça para indicar algo que parecia importante, mas até então não era nada válido. Eles estavam andando bem devagar e cuidadosamente, a espera de alguém ou algo que esteja à espreita, nos cantos imundos dos corredores por onde passavam e, entrementes, Hermione se lembrava das conversas que teve nos últimos dias com as pessoas que conheceu e com os estranhos por onde estiveram pela Austrália. Enquanto caminhava, lembrava do que aconteceu no porto em Sydney e das incertezas de pensar que eram apenas informações desencontradas que estavam conseguindo. Pensou no horror que sentiu quando a vidraça do banco perto do restaurante explodiu perto deles, atingindo tantos trouxas estivessem perto, pensando ser aquele o momento em que fossem enfrentar alguém que estivesse por trás do que estivesse acontecendo. Lembrou-se também do dia da chegada em Canberra, onde, logo depois de conhecerem os gêmeos, houve um acidente estranho envolvendo trouxas. Lembrou também dos ratos que apareceram do nada na marina, aquilo sim, era uma distração grosseira. Hermione só teve uma certeza, de que havia quem estivesse vigiando os passos deles. Ou estavam em pontos estratégicos pela cidade, esperando que eles três aparecessem. Pensou também no fato de os gêmeos terem esse poder de ler a mente das pessoas e no tanto que isso pudesse ser um problema para alguém que está justamente tentando esconder algo, ou querendo fazer algo às escondidas. Outra vez expôs o que pensava, quando eles pararam.

— Acho que essas pessoas sabiam dos gêmeos.

— Faz sentido – respondeu Harry.

— Saber disso não ajuda a gente a sair daqui – retrucou Rony.

— Talvez não, mas gostaria de pensar no que eles podem fazer para evitar que os gêmeos saibam o que fazem - respondeu ela. 

— Então você está dizendo que esse pessoal… - Harry começou dizendo.

— Eles fizeram tudo com a máxima discrição por causa dos gêmeos, não exatamente por nossa causa - completou ela. - E isso põe dúvidas do que vamos ter pela frente.

— Também estava achando estranho, mas confesso que achei que, mais cedo ou mais tarde, os gêmeos nos diriam o que acontecia - informou Rony.

— Mas eles também não sabiam, não é? - Hermione respondeu.

— Concordo, Mione - disse Harry. - Vamos em frente, precisamos achar um jeito de sair daqui...

Continuaram a seguir pelo corredor, mas, a cada passo, percebiam que ficava mais escuro; não seria possível prosseguir se não fossem as varinhas, portanto, Hermione imaginou que estivessem chegando ao centro da casa, ou o local planejado por alguém.

— Seria bom ter alguma coisa pra comer agora… - disse Rony, em voz baixa. Harry deu uma risadinha, mas respondeu concordando. Hermione só disse que toda comida ficou com os gêmeos, mesmo não sendo a hora certa para pensar nisso, enquanto Harry verificava mais uma porta aberta, indicando que nada havia naquela sala.

Restaram mais três portas para serem verificadas naquele corredor – Hermione já imaginava em qual delas haveria alguma coisa. Continuaram com a travessia, Harry verificou a porta da direita, constatando mais móveis velhos e quebrados. Quando chegaram à porta da esquerda, Rony avisou que só havia as mesmas coisas vistas antes.  Quanto à última, que era composta por duas para abrir de cada lado, tomando todo o espaço do corredor, o coração de Hermione acelerou quando Harry empurrou silenciosamente com o ombro esquerdo uma delas, com a varinha em mãos, atento a qualquer movimento do que quer que fosse. Como nada ocorreu, passou pela porta, dando passagem à Hermione e Rony. A garota passou, com muito cuidado; Rony, guardando a retaguarda, caminhou com o mesmo cuidado.

Apesar da escuridão, dava para notar que se tratava de um enorme saguão. A certa distância, dava para se perceber duas escadas, dispostas de cada lado do salão, que fazia a ligação com o pavimento superior, acima deles. Também podia-se ver duas estruturas abobadadas, que estavam cobertas com panos enormes e se mantinham suspensas por algo que as prendiam ao teto. Até o momento, não sabiam o que era; Hermione até pensou se tratar de candelabros, mas estavam muito próximos ao chão para isto. Do restante do salão não se dava para perceber muito, pois estava imerso em escuridão. Porém, algo aconteceu quando Rony terminou de atravessar a porta, rápido demais, certeiro demais. Hermione só conseguiu apreender do momento - e provavelmente foi o mesmo para Harry e Rony - o seguinte: No alto, com um som característico de vidro se partindo, algo se quebrou, ou foi no teto, ou uma janela alta, jogando um facho de luz em um espelho, refletindo diretamente para onde os três estavam. Houve mais três vidros se partindo, fazendo a mesma coisa, em pouquíssimos segundos, o que ofuscou qualquer visão que eles teriam de quem fizesse isso, não deixando chance de reação ou defesa para o feitiço conjurado, certamente, por mais de três pessoas ao mesmo tempo contra eles:

— Estupefaça!





Não faz muito tempo, Hermione era acordada com um sacolejo, mas para ver algo belo: vários cangurus acompanhavam a caminhonete na qual ela viajava como uma mensagem de boas vindas dos animais australianos. Só que desta vez não havia nada de bom do que esperar; o amigo dela, Harry Potter, buscava meios de acordar a garota como podia, pois os três estavam juntos amarrados, em posição nada confortável.

— Hermione, ei, acorda aí - sussurrava ele, às costas da garota. Quando ela finalmente estava desperta para o que ocorreu foi que esboçou uma resposta.

— Harry… o que houve?

— Fomos estuporados. Rony ainda está desacordado.

— Faz quanto tempo? - perguntou ela.

— Não sei, hã, meia hora, uma hora, talvez. Esse pessoal não diz nada. Olha lá na frente, você deve ter uma posição melhor.

Agora que o moreno chamou a atenção para o fato que Hermione reparou no que acontecia. Havia um homem, mais próximo deles, que mantinha uma varinha apontada na direção dos três, mas a atenção dele estava nos outros que voltavam de um outro canto daquele salão. Eles foram verificar uma fumaça branca que apareceu sem motivo. Entrementes, percebia que alguns deles foram investigar, mas o restante precisava ficar na vigília e esperar por alguém. Soube disso pelas reações dos homens, todos eles com capas pretas e botas para caminhar em terrenos arenosos, pelo motivo de nenhum deles estar falando; todos traziam os ouvidos tapados por fones de ouvidos, e as bocas tapadas com lenços cobrindo até o nariz deles. 

— Harry, eles estão usando fones de ouvido. - ela quis informar ao amigo.

— Reparei nisso. Talvez estejam usando por causa do bicho que você disse.

— Só se estiverem usando alguma magia, porque, pelo que o senhor Donnwal disse, é provável que artefatos de trouxas não sejam uma proteção contra bunyips - respondeu ela, mantendo a atenção na movimentação dos homens que vigiavam o salão.

— Então, se houver mesmo um animal desses aqui, não teremos chance alguma.

— Depende de pra quê eles precisam de um.

— Ora essa, Mione. Pra nos matar.

— Hum… - um frio percorreu a espinha da garota, e ela podia sentir Harry e Rony, amarrados às costas dela. Mas ela não estava bem certa se esse era o motivo para guardarem um monstro perigoso em algum canto desse casarão. Havia algum plano, isso ela tinha certeza, e, ao que parece, Harry deve ter pensado o mesmo.

— A não ser que eles não estejam querendo entregar a nós para os bichos… 

Hermione não respondeu, pois antes mesmo de o amigo chegar a esta conclusão, ela já tinha algo na cabeça. Olhando para as duas estruturas suspensas e cobertas com enormes panos, veio à mente dela grades, gaiolas, pessoas… O medo cresceu dentro dela.

— Harry, vamos acordar o Rony.

Ela não viu, mas o rapaz já chamava pelo amigo em voz baixa, roçando os ombros nas costas do outro. Ela também começou a fazer o mesmo, o mais discretamente possível. Demorou um pouco, mas enfim ele acordou, muito desnorteado. 

— Hã… O que foi?

— Fala baixo, Ron. Como está se sentindo? - perguntou a moça.

— Bem, acho… Hum, só uma dor na cabeça. Estamos amarrados? 

— Sim, estamos. E nossas varinhas devem estar com um deles. - Hermione notou que o namorado tentava se virar para olhar para ela e Harry, porém era difícil na posição que estavam. Os três estavam em um canto escuro do salão, mas somente Hermione tinha uma visão melhor, pois os dois estavam virados para a parede. Mas o movimento de Rony não passou despercebido.

— Silêncio! - falou o homem que estava próximo, enquanto os outros se movimentavam procurando o motivo daquela névoa. Os três ficaram quietos, ambos em silêncio, mas, a garota estava pensando em algumas ideias para sair daquela situação. Contudo, algo na movimentação daqueles bruxos chamou a atenção dela.

— Parece que um deles sumiu.

— Como assim? - perguntou Harry.

— Não sei. Eles só falam ao pé do ouvido uns com os outros - disse ela, notando que um deles fez uma careta como se estivesse praguejando contra algum infortúnio. - Mas todos estão agindo como se tivessem de reforçar a segurança...

— Enquanto a gente espera… - completou Harry.

— Isso mesmo.

— Acho que bati a cabeça - informou Rony.





Passado algum tempo, mais um bruxo, vestido com capa e botas, tal como os outros, desceu uma das escadas para informar algo a alguns deles. Houve uma breve reunião, e depois eles se deslocaram para onde os três estavam amarrados. Aquele que estava de vigia para Harry, Rony e Hermione, deu espaço ao estranho que vinha à frente dos outros, enquanto que alguns deles permaneciam em lugares estratégicos, mantendo a segurança. Entrementes, Hermione contou doze bruxos que permaneciam com as metades dos rostos coberta por lenços; alguns deles usavam chapéus que lembravam os de cowboys, certamente para quando se misturavam aos trouxas da região.

O bruxo da frente deu um floreio com a varinha, soltando assim as cordas que amarravam os três. 

— De pé - disse ele, e os garotos e Hermione levantaram, sentindo as dores de estarem amarrados e sentados em más condições. Lembrando que o namorado reclamou de dor na cabeça, Hermione chegou mais perto dele, e passou a mão na cabeleira ruiva dele; sentiu um pequeno galo, mas nada que pudesse ser preocupante no momento. Ele agradeceu com um olhar.

— A espera terminou - voltou a dizer o mesmo bruxo que os desamarrou.

— Por quê? Quem vocês estão esperando? - Harry começou a protestar. Conhecendo o amigo como Hermione conhecia, já devia saber que ele estava de cabeça quente, querendo logo resolver o problema - A quem vocês estavam esperando?

Nesse momento, vários bruxos qie estavam perto levantaram a varinhas na direção do moreno, alguns deles fazendo o sinal para ele silenciar.

— Eu mesma, senhor Potter - alguém descendo a escada mais próxima deles ouviu a pergunta, a voz dela fez a espinha de Hermione gelar. Também viu a surpresa por trás dos óculos do amigo. A velha coruja, cara de sapo, que tanto infernizou a vida deles no quinto ano, bem sabendo que devia ter muito colaborado com Voldemort de dentro do Ministério estava lá, descendo as escadas na companhia de mais quatro homens, um deles Hermione reconheceu como Alberto Runcorn. Não demorou muito, e ela estava perto deles para mostrar o sorriso amarelo e aquela risadinha que tanto irritava a todos.

— Finalmente, chegou a hora de vocês serem punidos.


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Notas finais do capítulo

Só tenho que pedir desculpas pela demora. Sei que decepcionei alguns leitores, pois tenho visto que um certo número de pessoas acompanha essa fic. Os motivos pela demora não são importantes, mas acho que podem notar que nunca esqueci essa história - nem a outra, A Face do Fauno, que pretendo retomar logo, logo. Mais especificamente, sobre este capítulo, eu o tinha quase pronto, mas um problema com meu notebook me fez perder o disco rígido; talvez um dia eu recupere, então tive que reescrever de memória quase tudo. Outros elementos fui acrescentando assim que as ideias surgiam. No final, acho que ficou bom e espero que gostem.
Obrigado a todos que ainda acompanham e aqueles que comentaram. Prometo não demorar com o próximo capítulo.



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