Because Of You escrita por Firefly Anne


Capítulo 9
IX: Forçando Uma Convivência


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores! Voltei! o/ Demorei um pouco, mas eu sempre volto. Preparem-se para entrarmos em uma fase "agridoce", o que acontecerá depois, bem, não será nada agradável. Então suguem o máximo que puderem da doçura desse e dos próximos capítulos.
Enjoy!



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Capítulo IX: Forçando uma convivência.

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— Eu o odeio! Definitivamente o odeio! Quem ele pensa que é, ora essa! — bramiu Isabella Swan logo ao sentar-se em sua carteira de costume na aula de Política. Rosalie se encolheu no assento, assustada com a fúria que chegava a ser palpável.

— De quem você está falando? — Rosalie estava surpresa e confusa; um misto entre as duas emoções.

Sorvendo de oxigênio por alguns instantes, a adolescente tentava encontrar as palavras "certas" para narrar à loira sobre a prepotência de Edward em querer forçar uma convivência entre os dois. Era preciso lembrar ao Cullen que eles eram heterogêneos — como a água e o óleo; não se misturam.

— Edward! O imbecil do Edward Cullen — a garota levou as mãos ao alto sem dar-se conta de que era observada atentamente por alunos curiosos que assistiam ao espetáculo que ela estava lhes oferecendo sem saber.

— Eu não estou entendendo, Bella — sorriu. — Não seria mais fácil contar do começo? O que Edward aprontou dessa vez?

— Aquele... — apertou os dedos na madeira da mesa. — Aquele... Eu simplesmente o odeio! Sem começo, meio ou final. Há apenas um fato e este é que eu o odeio!

Rosalie não pôde conter a gargalhada que escapou, segundos depois. Isabella encarou-a com uma expressão assassina em seu rosto, e Rosalie tentou pedir desculpas com o olhar; no entanto, para Rose, a fúria de Isabella parecia ter outro significado, mas não ousaria verbalizar — não se quisesse manter a sua amizade com a Swan.

— Você não acha que está sendo radical demais com o Cullen? — inquiriu logo após estar mais contida.

— Se você soubesse... — colocou os cotovelos em cima da mesa, apoiando o queixo nas mãos.

— Ele... — tentou explicar resumidamente o objetivo de Edward para o fim da aula naquele dia, mas foi interrompida com a chegada da professora.

Rosalie deu-lhe um olhar que dizia claramente "essa conversa ainda não acabou".

Durante toda a aula em que não prestou atenção, Bella tentava formar opções de fuga. Tudo para não ter que ficar ao lado de Edward Cullen, sozinhos, no carro dele por mais de uma hora.

Tinha a opção de cabular as aulas restantes, mas ela não era corajosa o suficiente para mentir uma enfermidade, e seja qual fosse o motivo da saída antecipada, Renée de algum modo tomaria conhecimento e lhe perguntaria o motivo. E seu breve envolvimento com o Cullen ainda era algo restrito apenas para os dois. Ninguém de fora sabia que eles haviam transado. Supôs a menina.

No final da aula de Política, todos os alunos estavam guardando seus materiais dentro das bolsas, preparando-se para o próximo período do dia. Bella prolongou a sua saída o máximo que pôde. Rosalie estava na porta apenas esperando-a para ter o "papo de garotas". Quando havia apenas ela na sala, e Rosalie prostrada na ombreira da porta, suspirando longamente ela se levantou. Cabisbaixa, caminhou até a saída sendo interceptada por braços fortes. Estes não pertenciam à delicadeza de Rosalie. Primeiramente seus olhos encararam o sapato negro, a calça jeansescura e uma camisa de linho cor de areia; subindo lentamente passou pela garganta à mostra pelo decote em formato de um "V", o maxilar firme, os lábios retos, finos e rosados, o nariz e por último os olhos.

— Acho que... Acho que tenho aula? — Rosalie embolou-se nas palavras, correndo apressadamente para o seu corredor, deixando Isabella e Edward completamente sozinhos.

Edward largou os ombros dela, enfiando as mãos dentro dos bolsos da calça jeans.

— Sai da minha frente, Cullen — disse ríspida.

— Vou acompanhá-la até a sua próxima aula — avisou.

— Eu não preciso de nenhum cão-guia — cortou com mordacidade.

— Bella — Cullen bufou.

— Eu não preciso de companhia! — silvou. — Muito menos da sua!

Edward rolou os olhos para a recusa de Isabella. Quando decidiu que iria buscá-la para acompanhá-la até a sua próxima aula, tinha uma breve desconfiança de que não seria uma tarefa fácil convencê-la. Por sorte, Edward era persistente e não desistiria. Não quando ele estava obstinado a ter um relacionamento, ao menos agradável, com Bella.

— Você realmente tem que complicar as coisas? — perguntou com decepção em sua voz.

— E o que você esperava? Não é porque aconteceu... "aquilo", que no dia seguinte eu tenha por obrigação tratá-lo bem, ou usar apelidos toscos quando estiver me referindo a você. Isso realmente, realmente é impossível para nós. Apenas você nunca entendeu isso, Cullen — explicou Bella. Não havia nenhuma raiva em sua voz, muito menos ironia. Assustando-a, ela estava calma.

— Então nada do que aconteceu significou algo para você? — quis saber. Edward avançou alguns passos ficando agora à frente de Isabella.

— Não. — admitiu. Edward não podia estar mais decepcionado. No entanto, algo dentro de si o alertava de que talvez ela estivesse dizendo tais coisas com o intuito de afetá-lo.

Ele tirou a sua virgindade. Foi o primeiro a tocá-la intimamente, isso devia criar alguma "marca" na garota. Ao menos era isso o que ele esperava.

— Mas... Mas, você... — nervoso, ele puxou os fios acobreados. — Você, cacete Isabella! Você está me confundindo!

— Nos poupe de mais sofrimento, Edward, e simplesmente finja que nada aconteceu. Que aquele dia nunca existiu; que foi algo da sua imaginação. Não deve ser tão complicado assim, principalmente para você — olhou-o com escárnio. — Eu sou apenas Bella Swan, uma garota comum.

— Não há como esquecer o aconteceu, cacete! — aumentou o timbre da voz.

— Faça um esforço que você consegue — ela sabia de forma magnífica ocultar as suas emoções. Agia com um desprezo que assustava o rapaz.

— Essa conversa não termina aqui — disse com determinação. — Estou esperando por você. Sei que sua última aula é justamente Biologia — sorriu, mostrando todos os dentes perfeitos e brancos como a neve. — Você irá comigo até Port Angeles, e lá nós conversaremos.

— Não há o que ser discutido! — sibilou, indignada com a persistência de Edward Cullen.

— Então arranjaremos um assunto — balançou os ombros.

Bella bufou, indignada. Mudou a mochila de ombro, descansando o peso do corpo no outro pé.

— Isso não é um encontro, é? — a forma como ela proferiu "encontro" deixava claro a sua aversão à "coisa".

— Talvez — pegando-a de surpresa, Edward a puxou pelas mãos aproximando-os até que pudesse beijar a testa de Isabella. Constrangida, ela deu alguns socos no ombro do Cullen que apenas sorria divertido com toda aquela situação.

Mesmo sendo tão arisca, em alguns momentos ela deixava à mostra que a "fera" que possuía diariamente alimentada dentro de si, podia ser "domada".

A próxima aula ministrada naquele dia passou de modo monótono. Os professores notavam o quanto a Swan estava dispersa, ela apenas parecia com os demais estudantes; apenas um ouvinte. Não perguntou ou questionou, fitava hipnotizada ao quadro negro, às vezes riscava algo no caderno, rasgava alguma folha e, para não se levantar até a lixeira, guardava o papel amassado dentro da bolsa.

— A senhorita está se sentindo bem? — perguntou o professor de ciências.

Bella demorou algum tempo até perceber que o professor estava falando com ela. Tomou conhecimento apenas quando Leah — a garota ao seu lado — lhe cutucou, indicando o professor prostrado em frente à mesa compartilhada.

Corando, ao ser pega em flagrante, ela respondeu em forma de murmúrio.

— O que o senhor disse?

— Perguntei se a senhorita está se sentindo bem. Notei que está pálida, distraída, a senhorita Clearwater pode acompanhá-la até a enfermaria... — propôs o professor, apertando a ponta do nariz.

— Não, não precisa se incomodar — engoliu em seco. — Eu estou bem — ao perceber que o professor não acreditava em suas palavras, ela acrescentou: — Estou bem. De verdade.

Vencido, ele desistiu de "interrogá-la" e voltou a sua atenção a ministrar a aula. Leah ao seu lado também não mais a incomodou, deixando-a ficar inserida em seu mundo das distrações. Com pouco espaço de tempo ela encarava o relógio em seu pulso, contanto as horas que restavam para as 15 horas — o fim das aulas. Não estava ansiosa para encontrar o Cullen, ela tentava se convencer em cinco em cinco minutos.

Faltando dez minutos para o sino tocar, ela recolheu os materiais espalhados pela mesa, colocou a bolsa sobre os ombros e quando o sinal tocou, escorregou rapidamente para fora da turma, sendo a primeira a deixar o ambiente. Não teve outra oportunidade de conversar com Rosalie, e tirando a última aula, Biologia, não veria Edward por algumas horas.

A próxima aula que teria o professor estava de licença médica por ter sofrido um grave acidente há poucos dias. Um professor substituído ainda não havia sido enviado, então, correu para o refeitório a fim de comprar alguma coisa para comer, levando em consideração que seu almoço havia sido surrupiado por Edward. A atendente lhe deu uma bandeja com suco de laranja e um pedaço de pizza. O refeitório estava vazio, mas conseguiu avistar uma mesa no centro que estava sendo ocupada por algumas garotas do terceiro ano. Entre as mulheres, a única que conhecia era Rosalie.

— Ei, Bella Swan! — cantou uma garota com os cabelos tingidos artificialmente de vermelho. Bella podia apostar que a pintura era advinda de pedaços de papel crepom.

Forçando uma casualidade, ela se sentou o mais próximo de Rosalie — a única que ela conhecia naquele círculo —, colocou a bandeja com os alimentos em sua direção e, lançando um sorriso, ela respondeu ao cumprimento da desconhecida.

— Oi. — desviou os olhos em direção a Rosalie.

Notando o desconforto da amiga, a loira tratou de apresentá-las.

— Bella, essas são Tanya McQueen, Jane Adams e Kate e Irina Denali. Meninas, essa é Bella Swan.

As quatro cumprimentaram Bella com um sorriso — que parecia forçado — e Bella apenas repetiu o gesto.

— Estávamos aqui falando sobre os irmãos Cullen! — começou Jane, enviando um olhar malicioso para Bella.

— Sobre apenas um, Jane. E o foco da nossa discussão está justamente aqui! Qual o melhor lugar para obter informações que não a fonte?

Bella rasgou a embalagem de papel que protegia o canudo, enfiando-o em seguida em uma abertura no centro da tampa do copo de plástico do suco de laranja. Quando se preparava para colocar o canudo à boca e sorver do líquido cítrico, ela ouviu seu nome ser citado.

— É de conhecimento geral a "queda" que Edward Cullen tem por... por você Bella — começou Irina. Mesmo distraída, Bella percebeu que seu nome foi citado com desdém. Não as recriminava, achava um absurdo o Cullen nutrir sentimentos por ela. Como disse anteriormente a ele: ela era comum demais.

— Um "tombo" você quer dizer, Irina — consertou Kate. — Sempre me perguntei o que você fez ao Cullen que o deixou tão enfeitiçado. Conte-nos o seu segredo, menina!

Naquele instante Bella havia atingido o máximo do constrangimento.

— Eu... Hum... Eu não fiz nada? — respondeu com uma pergunta.

As demais garotas gargalharam com o embaraço da Swan.

— Vocês já ficaram ou algo do tipo? — inquiriu Irina, ansiosa com a resposta.

— Algo do tipo? — repetiu confusa.

— Um beijo? Uma transa? Qualquer coisa!

— Eu nunca tive nada com Edward Cullen — respondeu, constrangida.

— Você tem certeza? — insistiu Irina. — Pelo que eu soube vocês estavam conversando animadamente no refeitório.

— Eu preciso ir embora — levantou-se, irritada, pegando a bandeja com as duas mãos, e descartando o lanche intocado completamente dentro do saco de lixo.

Saiu apressadamente do refeitório em busca de um local na Forks High School em que pudesse apenas arejar a mente. Depois de alguns minutos de corrida, encontrou finalmente um local abandonado nos fundos do colégio. Havia uma enorme árvore e todo o chão era coberto por uma grama recentemente aparada. Estava um pouco úmida por causa da chuva que cessou há poucas horas. Sentou-se em um galho caído ao chão. Fechou seus olhos para esquecer-se do constrangimento anterior, mas a sua mente estúpida tratou de rememorar tudo o que aconteceu entre ela e o Cullen. Aquele dia estava tão normal que se alguém lhe contasse que no final deste transaria com o Cullen, ela provavelmente teria rido até não poder mais da cara da pessoa. Era um absurdo, mas que aconteceu.

Inconscientemente levou as mãos em direção à lateral do pescoço no local exato em que Edward deixou a sua marca — como se ela fosse algum animal que precisava de identificação do dono para a venda.

Por breves segundos, ela ousou considerar as chances de ir por vontade própria ao "encontro" com Edward, em Port Angeles. Exatamente todos pareciam ter a certeza de que ele a amava — até mesmo a sem cérebro da Stanley. No entanto, para Bella, era impossível confiar plenamente nas boas intenções de Edward, e, querendo ou não, levaria algum tempo para não associá-lo a Liam.

— Aquelas meninas são tão idiotas! — suspirou Rosalie sentando-se ao seu lado.

Bella virou-se apenas para encará-la fitando algum ponto à sua frente.

— Como você sabia que eu estava aqui? — perguntou com curiosidade.

— Esse é um bom lugar para se pensar — respondeu. — Eu sempre venho aqui quando estou estressada com algo.

— Você não parece ser o tipo de pessoa que se estressa com alguma coisa. Digo, você pode ter o que deseja, Rose.

— Não tudo — ela corrigiu com pesar em sua voz.

— Há algo que você quer, mas não tem?

— Sim, há — confirmou. — Ele é um Cullen.

O corpo de Bella rapidamente tornou-se uma pedra de granito. Seus olhos perderam o foco, apenas com a possibilidade de Rosalie estar apaixonada por Edward.

— Fique tranquila — bateu seus ombros nos de Isabella. — Não é o seu Cullen.

— Ele não é meu — corrigiu, suspirando aliviada.

— Porque você nunca disse que "sim" — balançou os ombros.

— Rose...

— Você estava para me contar, perguntar algo na aula de Política. Há apenas nós duas aqui e você sabe que pode confiar em mim, não sabe?

— Sei — confirmou.

— Então você vai me contar o que está acontecendo?

— Edward quer que eu o siga até Port Angeles, no fim das aulas.

— Isso é uma coisa boa! Vocês vão poder conversar...! — disse animada.

— A gente transou — interrompeu.

Rosalie engoliu em seco com a revelação de Isabella.

— C-Como? — questionou apenas para ter certeza de que seus ouvidos não estavam lhe pregando peças.

— Você entendeu certo, Rose.

— Bem, isso explica o modo possessivo que ele estava com você no refeitório.

— Ele disse que me amava. Não apenas uma. Mas várias vezes.

— E você obviamente não acreditou — não era uma pergunta.

— Não, — respondeu culpada.

— Você é uma idiota! — resmungou Rosalie ao seu lado.

— Rosalie!

— Não, eu estou falando sério! Você é uma idiota, Swan. Edward disse que te ama e você o afasta, não apenas uma vez. O que você espera que ele faça para você finalmente acreditar nos sentimentos dele?

— A Angela... Você sabe o que aconteceu com Angela!

— James, Bella. James! — aumentou o volume da voz.

— Eles fazem parte do mesmo grupo, "gangue".

— E por isso você assume que eles são iguais?

— Sim, se são amigos devem ter algo em comum. Eu não sei. Eu estou confusa. Além disso, é complicado.

— Você que está complicando as coisas, Bella. Você tem um garoto que é loucamente apaixonado por você, e tudo o que você faz é afastá-lo.

— Eu não o amo.

— Claro que você não irá amá-lo da noite para o dia. Há toda uma evolução por trás disso, mas enquanto você se deixar fechada para ele, nada mudará. E você pode estar desperdiçando uma oportunidade para ser feliz.

— Eu estou confusa, ok? — replicou, inclinando a cabeça para baixo.

— Ainda continuo achando você uma idiota! — cruzou os braços.

— Quem é ele? — mudou de assunto.

Rosalie respirou cansada.

— Emmett. Emmett Cullen — confidenciou encarando os pés cobertos por um oxford shoes. — Entre os grupos dos garotos, você sabe como eu sou conhecida? "A Princesinha de Forks" seria um título de me orgulhar se eu ligasse para essas coisas. Eu não gosto quando as coisas giram em torno da minha aparência. Aquelas garotas, que estavam sentadas à mesa comigo são um bando de interesseiras. Elas acham que, sentando ao meu lado, os garotos virão até elas.

— E isso acontece com frequência? — Bella interrompeu.

— Geralmente, sim. Mas quem eu quero... É frustrante, sabe?

— Hum... Não. — riram em sintonia com a resposta de Bella.

— Bem, acho melhor voltarmos. Em breve o sino tocará e teremos que ir às aulas.

— Você está certa — assentiu Isabella levantando-se.

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— Nunca conheci uma pessoa tão cabeça dura quanto Isabella! — murmurou Edward, completamente irritado com a resistência da menina Swan.

— Você tinha mesmo a ilusão de que ela cairia em seus braços apenas porque lhe ofereceu uma foda?

— Não, mas ao menos que parasse de ser tão arisca.

— Tente um novo método de aproximação. Forçá-la não os ajudará a seguir para rumo algum.

— O que você sugere? — derrotado, Edward quase implorou ao irmão.

Se, se ela realmente concordar em ir até Port Angeles, não aja como um completo idiota. Vá a casa dela, peça a sua mãe a permissão de levá-la a um cinema, eu não sei. Ela precisa confiar em você, Edward. Bella não é como as outras garotas.

— Eu sei — murmurou, bagunçando mais uma vez os fios desgrenhados.

— Ela não quer estar com você para conseguir uma foda — Emmett lembrou. — Você tem que conquistá-la. Deixá-la confiar em você, seu Mané!

— Obrigado — agradeceu ao irmão.

O sino indicando que a última aula do dia começaria soou ressoando aquele som irritante por toda a FHS. Levantou-se e seguiu em direção à sua última aula. Biologia. Teria essa aula ao lado de Isabella, tendo-a ao seu lado por cinquenta minutos. A quantidade de tempo necessária para ele conseguir a proeza de convencê-la ir até Port Angeles por sua vontade, e não ameaçada a ser carregada como um saco de batatas.

Bella já estava acomodada em sua carteira — a mesma que Edward costumava se sentar desde o início das aulas.

— Posso me sentar ao seu lado? — ele perguntou assim que parou em frente à mesa da menina. Ela estava rabiscando um desenho nas últimas folhas do caderno. Parou o desenho para fitar Edward, com confusão.

— Essa é a sua mesa — olhou-o sob os cílios.

— Mas você está sentada... — coçou a nuca sem entender a mudança repentina no comportamento da Swan.

— Você quer que eu levante? — ela fechou o caderno.

— Não, você entendeu errado — retirou a mochila de cima dos ombros, colocando-a em cima da mesa encostada à parede. Bella estava assentada no corredor. — Posso me sentar ao seu lado?

— Essa é a sua mesa, não é? — apontou para o espaço vazio ao seu lado.

Edward sorriu, antes de fazer a volta ao redor da mesa e a acomodar-se na cadeira.

— Então você será permanentemente a minha dupla?

— Acredito que não. É o meu primeiro dia sentando nesse lugar e nem posso concluir um mísero desenho! — exclamou, apesar de não estar verdadeiramente irritada.

— Sou bom em desenho, se precisar posso ser o seu professor particular.

— Não, obrigada.

— As aulas seriam gratuitas — arrastou a cadeira de modo que ficasse mais próximo à menina.

— Há uma razão para haver duas mesas, Edward — olhou-o de soslaio. — Não precisamos compartilhar a mesma mesa.

— Quero apenas observar a sua obra de arte. Há quanto tempo você desenha?

— Eu não... eu não desenho — assumiu um olhar triste. — Isso é apenas algo que... foi necessário em um determinado momento.

— Quando o seu pai faleceu — presumiu.

— Tem a ver com a morte do meu pai, mas não foi exatamente por isso que... fui "obrigada" a desenhar.

— E qual a razão?

— Você tem que ser tão intrometido?

— Quero saber tudo sobre você.

— Aposto que sabe de tudo. Ao menos eu presumo que saiba; você é um ótimo stalker.

— Agora eu sou um perseguidor? — pôs a mão no peito, simulando uma falsa dor.

— Constantemente — desviou a atenção novamente para o seu desenho. Rabiscou com o lápis mais alguns traços, mas era difícil se concentrar quando sentia um par de olhos a observando milimetricamente, analisando todos os seus movimentos. — Vai ficar me olhando? — perguntou ríspida, mas não se arrependia.

— Hum. Seria realmente interessante vê-la manusear o lápis com tanta precisão. Mas, não quero atrapalhar você, Bella — afastou-se, voltando à cadeira ao local anterior.

Havia cerca de 30 centímetros os separando. Bella estava confusa com a atitude de Edward; pelo pouco que conhecia do Cullen, a reação esperada era que ele fosse continuar a sua observação não se importando se ela estava ou não desconfortável. Em seguida, constrangida, ela fecharia o caderno e ele forçaria um diálogo com algum assunto qualquer.

— Você está falando sério? — os olhos dela estavam como duas bolas de ping pong.

— Sim, — confirmou, cobrindo as mãos de Isabella com as suas. Com o movimento inesperado, ela se afastou.

Bella voltou a sua atenção para os rabiscos em seu caderno. Edward pouco conseguia ver de seu rosto, pois os longos cabelos castanhos dela formavam uma cortina sobre a face. Assim, ele não podia notar que, mesmo ela estando aparentemente concentrada na "pintura", suas bochechas estavam em uma tonalidade semelhante a um tomate maduro e os traços que fazia com o lápis não era premeditado; estava improvisando.

Edward, no entanto, não cessou a sua espionagem. Às vezes tentava olhar por cima dos ombros dela para saber o que tanto rabiscava. Por fim, notando que não teria sucesso, ele bufou recostando-se de volta na carteira. Pegou da mochila uma apostila de Biologia e começou a responder as atividades propostas. Não percebeu quando Isabella cessou o rabiscar no caderno e o observava ler e reler o mesmo enunciado várias vezes sem entender o que era proposto na questão.

"Era boa em biologia, poderia ajudá-lo", pensou. Cogitou negar a ajuda ao Cullen, mas se sentiria mal se ele fosse mau nas provas que começariam em algumas semanas.

Lembrou-se então que seu aniversário estava próximo demais. Quatro semanas para o dia. Não estava animada com essa perspectiva.

— Problemas com biologia? — tocou os ombros de Edward com o dedo indicador.

Ele se virou rapidamente para fitá-la. Era quase automático o modo ao qual ele respondia ao seu chamado.

— Um pouco — confessou,

— Posso ajudá-lo, se quiser — ofereceu. Constrangida com o rumo da conversa, Bella pôs uma mecha do cabelo por trás da orelha.

— Bem, essa é uma oferta ao qual eu não posso negar — os cantos dos lábios dele ergueram-se formando um sorriso. — Quando começamos?

— Na biblioteca — informou.

— A partir de quando, professora Swan? — brincou.

— Você escolhe — não mostrou divertimento com a brincadeira.

— Começando a partir de hoje seria ótimo, mas eu já tenho planos.

— Tem? — Bella murchou.

— Sim. Nós temos planos para hoje — frisou o "nós".

— Não me lembro de ter concordado — lembrou.

— Bem, você também não negou.

— E muito menos confirmei!

— Tanto faz — balançou os ombros. — Se não negou eu automaticamente entendo como uma confirmação.

— Se, hipoteticamente, eu aceitasse ir com você à Port Angeles, o que nós faríamos?

— Tenho vários planos em mente — piscou os olhos. — Mas, se você quiser escolher...

— Lembre-se que é apenas uma hipótese. Não estou dizendo que irei com você à Port Angeles. Renée ficaria louca se chegar em casa e eu não estiver.

— Se o problema é esse, eu converso com Renée. Problema resolvido. Vai para Port Angeles comigo?

— Vou — assentiu.

— Vai? — repetiu, realmente não acreditando que ela havia aceitado o encontro.

— Vou — repetiu.

— Isso é alguma espécie de brincadeira?

— Estou fantasiada de palhaço, por acaso?

— Não foi isso o que eu quis dizer...

—... Formem duplas para o teste que faremos hoje — complementou a professora, chamando enfim a atenção da dupla que conversava tão compenetradamente naquela bolha impermeável. Nenhum dos dois havia visto a entrada da professora há mais de quinze minutos, ministrando a aula do dia e instruindo aos alunos sobre o teste de logo mais.

— Merda! — resmungou Bella.

— Ao menos sei que não tirarei um gigantesco "F".

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Quarenta minutos depois, Bella entregou à professora o teste em dupla que fez com Edward. Regressou para o seu assento apenas para recolher os materiais espalhados pela mesa e guardá-los na mochila. Ao sair da sala, metade dos alunos ainda estava fazendo o teste. Provavelmente encontrando vários problemas, que ela certamente teria se no verão não tivesse feito um curso complementar da matéria.

Edward estava esperando a saída de Bella encostado na parede. Logo que a garota passou pela entrada, ele tentou capturar os dedos dela para prendê-los aos seus como uma garantia de que ela não iria fugir assim que eles saíssem dos portões da Forks High School. Gentilmente ela desfez o contato. Edward queria contestar, mas preferiu não criar nenhum conflito. Não quando as coisas pareciam estar dando certo. E ele logicamente não queria ser o determinante do estrago que causaria se contestasse a recusa de Bella em andarem de mãos dadas.

"Vocês ainda não estão em um relacionamento, seu idiota!", gritou o seu subconsciente. Com um sorriso de escárnio dirigido a ele mesmo, respondeu: "Por pouco tempo. Muito pouco tempo, Mané".

Seguiram lado a lado — quase com os ombros se tocando, às vezes. Havia vários estudantes descendo as escadas em direção ao pátio em que era o estacionamento, e sobre todos os presentes um sentimento se sobressaia: o espanto em ver Edward e Isabella saindo juntos. Eles olhavam em choque para o casal que, parecendo não perceber o foco sobre eles, continuaram o seu percurso. Bella tinha um destino em mente: alcançar rapidamente a sua velha Chevy laranja e sumir do estacionamento. Mesmo que não olhasse para trás, conseguia sentir a alvejada de olhares em suas costas.

Notando a direção que a Swan estava seguindo, Edward apressou o passo, segurando-a pelo cotovelo e impedindo a sua "fuga".

— Para onde você vai? Nós temos um... "encontro" esqueceu? — havia desespero nos olhos cor de esmeralda.

— E eu vou, mas no meu carro — avisou, tentando se desvencilhar da prisão que eram os dedos do Cullen.

— Por quê? — inquiriu.

— Porque eu sei dirigir, porque eu ficaria mais confortável em meu carro, porque há dezenas de estudantes olhando esse nosso pequeno show, Cullen. Há outras centenas de milhares de razões, mas não temos tempo para enumerá-los. Port Angeles fica daqui à uma hora e temos que voltar para Forks antes das dez horas da noite — bebeu de uma grande quantidade de oxigênio.

— Você vai comigo — ele finalizou.

— E quem cuidaria do meu carro? Você? — olhou-o com desdém.

— Alice pode fazer isso — esticou as mãos.

— O quê? — seu tom de voz exalava irritação.

— A chave desta... lata velha — apontou para a lataria que era chamada de carro.

— Ei! — bateu-lhe no peito. — Não magoe os sentimentos de "Birdie"!

— Birdie? — repetiu.

Bella corou. Não precisava contar ao Cullen que tudo, exatamente tudo o que possuía tinha um nome. Com certeza ele riria de sua cara se algum dia contasse sobre Kenzy. Se ele estava tão incrédulo ao saber que seu carro foi batizado, quem sabe o que ele pensaria ao saber sobre o leão de pelúcia.

— Bella, você nomeou... "isso" de Passarinho? — não desviou as vistas da picape laranja.

— Sim, o carro é meu, não? Então posso batizá-lo do que eu quiser! — irritou-se.

— Tudo bem — rendeu-se. — Vamos comigo no meu carro. Alice leva... "Birdie" para casa.

— Alice sabe... sobre... — deixou a frase solta, ele compreenderia.

— Não, ninguém sabe — tocou o maxilar dela com o polegar e o indicador em uma carícia singela.

— Isso é bom. Eu o caçaria até o inferno se mais alguém soubesse do que fizemos.

Edward estremeceu.

— Vamos? — esticou a mão, esperando que ela a pegasse, mas isso nunca aconteceu. Bella passou pela mão esticada do Cullen, seguindo solitária em direção ao Volvo estacionado do outro lado do estacionamento ao lado de um Porsche canário e um Jipe.

— Cada um vem em um carro? — indagou incrédula, com a tentativa dos filhos de Esme e Carlisle em chamarem atenção com aqueles carros dignos de um desfile de automóveis em concessionárias.

— Bem, eu não gosto de deixar outra pessoa dirigir o meu carro. Alice e Jasper geralmente ficam inseridos em uma bolha e é quase um pecado estar de intruso no mesmo espaço que eles.

— E Emmett?

— Ele geralmente ocupa espaço demais — abriu a porta do carona para que Isabella pudesse se sentar.

Edward fez a volta em torno do carro, ajustando-se ao banco do motorista.

— Se eu pedisse para dirigir o Volvo o que você faria?

— Bem, essa é uma resposta complicada. Mas, acho que deixaria que você dirigisse... Por, digamos que sessenta segundos.

O carro começou a estar em movimento. Bella encarou a paisagem do outro lado da janela fechada, assustando-se em enxergar apenas um borrão no que seriam as árvores tão comuns daquela região. Quando encarou o velocímetro do Volvo quase teve uma sincope ao notar a quanta estava à velocidade.

— Diminui a velocidade, merda! — ela gritou, agora apavorada com perspectiva em baterem em algo.

Edward gargalhou com o medo de Isabella. Obedeceu ao pedido da garota ao seu lado. O trânsito estava calmo, então chegaram por volta das 16 horas à cidade vizinha.

— Chegamos — avisou, apontando para Isabella uma placa que dizia "Bem-vindos à Port Angeles".

— E qual o destino?

— Estou pensando em um restaurante, o que acha? Você não almoçou muito bem.

— Eu não estou com fome — mentiu. — E se eu não almocei a culpa é sua que o roubou! — disse em tom de acusação.

— Hum. Você sabe que não há muitas opções de diversões aqui em Port Angeles...

— Mas você que insistiu para que viéssemos.

— Você precisa colaborar, Bella — lamentou.

— Tudo bem. Acho que eu gostaria de uma pizza — comunicou.

— Ótimo. Conheço um lugar aqui perto.

Ligou o Volvo novamente, levando-os em direção a essa pizzaria.

Quinze minutos depois pararam em frente a um prédio com uma placa reluzente em vermelho logo no centro. "Bella Itália".

— Tem certeza que é aqui? — perguntou, temerosa em sair do carro.

— Claro — abriu a porta do motorista, fazendo a curva no carro para poder abrir a de Isabella. Ajudou-a descer, aproveitando-se que segurava a sua mão não a soltou quando subiram a escada do requintado restaurante italiano. Bella não mostrou nenhum intuito em querer encerrar aquele contato de mãos.

Entraram no restaurante, àquele horário da tarde havia poucas pessoas em mesas individuais. Cerca de duas pessoas liam apenas um jornal enquanto bebericava uma xícara com café, outras estavam saboreando um cheesecake. Uma mulher em torno dos vinte e cinco anos usando um uniforme vermelho os acompanhou até uma ala reservada do salão onde existia uma mesa apropriada para casais. Sentaram-se e esperaram que a moça voltasse com o cardápio em mãos para anotar os pedidos. Edward e Isabella se encaravam sem nada falarem. Às vezes ela desviava os olhos antes de lhe enviar um sorriso, outras ela apenas lhe mostrava a língua. Edward se sentia cada vez mais apaixonado por aquela criatura de gênio forte e completamente intrigante.

Alcançou as mãos dela que estavam apoiadas sobre a mesa, e passou os próximos dez minutos apenas fazendo afagos nos nós dos dedos dela, massageando-os, às vezes levava aos lábios para beijá-los e em nenhum momento Bella fez menção a um protesto. Como estavam próximos um do outro, testou a resistência dela quando se aproximou para tomar os lábios dela, mas foi gentilmente afastado.

— Eu quero te beijar — franziu as sobrancelhas.

— Pois você ficará querendo! — separou as mãos, cruzando-as ao peito.

— Eu sempre consigo o que eu quero, Bella — informou com aquele sorriso presunçoso que estava em seus lábios desde quando toda aquela "brincadeira", provocação começou. — Exatamente tudo — piscou para ela, fazendo menção ao dia em que ela se entregou a ele.

— Temo que isso seja a primeira coisa que ficará apenas em sua "lista de desejos" como não cumprida.

— Se você se recusa a me dar um beijo, não se esqueça de que eu posso roubar.

— Você não se atreveria — cerrou os olhos para ele.

Quando Edward fez menção a responder, a atendente voltou com os dois cardápios em mãos, oferecendo um a cada. Bella e Edward leram todos os pratos que eram servidos no restaurante, até por fim cada um fazer a sua escolha.

— Eu quero um Ravióli de Cogumelos — disse à atendente que anotou o pedido dela em um bloquinho de anotações.

Virou-se para Edward para saber o que ele gostaria.

— Fettuccini Alfredo parece bom para mim — informou.

— E para beber? — a atendente perguntou a ambos.

— Coca-Cola? — perguntou Edward à Isabella.

— Coca parece boa — consentiu.

— Vamos querer Coca-Cola, por favor — disse à atendente.

Depois de anotar os pedidos, ela sumiu para o balcão no final do restaurante, voltando em seguida para atender mais pessoas que haviam chegado.

Bella se encontrava absorta quando Edward sacou do bolso da jaqueta o seu iphone, tirando uma fotografia da menina distraída. Bella a princípio não se atentou ao que havia acabado de acontecer. Edward salvou a foto em uma pasta recentemente criada para esses fins.

— O meu carro, Edward... — Bella se manifestou pela primeira vez.

— Alice provavelmente já o levou até a sua casa.

— E se não levou?

— Ela não seria louca.

— Renée... Minha mãe ficará louca...

Nem bem as palavras saíram da boca de Isabella quando seu celular começou a apitar, indicando que havia uma nova mensagem recebida. Antes de tentar ligações, Renée sempre apelava para mensagens de texto.

Cheguei em casa, mas não a encontrei. Onde você está?

Dizia a mensagem preocupada de Renée.

— Sua mãe? — Edward esticou-se para tentar ler a mensagem.

— Sim. Ela quer saber onde eu estou — olhou brevemente para Edward. — E eu contarei exatamente a verdade.

Oi, mãe. Desculpe não ter avisado, mas foi algo repentino. Estou em Port Angeles com o Edward, precisamos comprar alguns materiais para Biologia. Volto em breve! Beijos, te amo.

— Ela não ficará... Exaltada?

— Não quando eu contei apenas meia verdade. Os detalhes sórdidos sobre você me obrigando a vir a esse lugar podia ser poupado de minha pobre mãe.

Edward gargalhou.

— Tecnicamente, você está aqui por que quer. Eu estava disposto a liberá-la desse "sacrifício", mas como sempre você me surpreendeu e aceitou estar aqui.

— Isso é mentira! — exaltou-se, estapeando os dedos de Edward que estavam em cima da mesa.

A discussão se estenderia por vários minutos a fio se não fosse pela intromissão da atendente com os pedidos do casal. Após colocar todos os pratos em cima da mesa rústica, eles começaram a comer em silêncio. Algumas vezes Bella interrompia a sua alimentação para observar Edward praticamente ao seu lado.

Quando terminaram, pediram a sobremesa, mas comeriam apenas no carro no caminho de volta para Forks. Bella pediu que embalassem um pouco do Fettuccini Alfredo para levar para a mãe, porque sabia que ela era apaixonada por esse prato. Só não o fazia com grande frequência, pois não possuía mais tanto tempo livre.

Seguiram de volta ao carro, com Bella segurando uma marmita em mãos. Ainda estava quente então ela tentava ao máximo não tocar no lugar quente. Colocou a marmita no banco traseiro do Volvo, enquanto se refrescava com o vento gélido que adentrava pela janela aberta do carro. Edward estava em algum lugar qualquer, não se atentou muito bem para as coordenadas. Estava tão distraída que não percebeu a chegada de uma segunda pessoa no carro. Ele chegou por trás dela, prendendo ambas as mãos. Tentou gritar, mas seu grito foi impedido por lábios macios que tentavam lhe roubar um beijo.

"Roubar um beijo" lembrou-se das palavras de Edward e imediatamente relaxou ao sentir o perfume familiar e os lábios macios e quentes que ela sabia reconhecer a quilômetros de distância.

Correspondeu ao beijo faminto de Edward, enfiando suas mãos por dentro dos cabelos sedosos do rapaz. Escorregou uma delas perambulando pelo peito dele, e fazendo o caminho inverso pousando-a em seu ombro. Edward a mantinha firme pela cintura, colocando a menina totalmente sobre o seu colo. Beijou-a nos lábios, às vezes descia para o pescoço, ombro, e seguiria a trilha de beijos se o som estridente do celular de Isabella não cortasse totalmente o clima.

Desvencilhou-se das pernas do Cullen, procurando seu celular. Abriu-o e leu a última mensagem recebida. Era de Renée.

Tudo bem, amor. Só não chegue muito tarde. Bom passeio!

— É melhor irmos embora — guardou o celular dentro da bolsa. — Renée já está cobrando a minha presença.

Edward fez um bico com os lábios não muito satisfeito com a separação. Puxou-a pela cintura, fazendo-a se sentar novamente sobre as suas pernas. Beijou-a novamente nos lábios. Quando a aura de fogo passou por eles, Edward recostou a testa na de Isabella e ainda arfante, ele murmurou:

— Namora comigo?

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Notas finais do capítulo

*se esconde para as futuras pedras que vocês irão querer jogar em mim* hahaha O próximo prometo que virá até o próximo fim de semana. :) Então deixem nas reviews muito amor para mim que assim eu fico mais incentivada ♥ Obrigada por todos os comentários. Estou tentando respondê-los em sua totalidade. Amo cada um que recebo! Sintam-se beijadas e abraçadas *aperta* *beija*
Beijos, beijos e beijos.
Annie.