Because Of You escrita por Firefly Anne


Capítulo 17
XVII: Os Nossos Erros e o Nosso Destino


Notas iniciais do capítulo

Oie, meus amores! Não consegui tempo/inspiração para escrever esse capítulo em dois dias, por isso o atraso de uma semana! Ainda não estou preparada psicologicamente para dar um adeus a BOY, afinal foram 8 meses escrevendo-a e a gente acaba se apegando a história e aos personagens. Mas infelizmente tudo tem um começo, meio e fim; e BOY está chegando ao seu final. Tentei não deixar o capítulo muito dramático; está bem leve em comparação ao anterior. E por mais que estejamos odiando o Edward até a alma, ele também merece perdão. Claro que não será possível para a Bella perdoá-lo no ponto em que estamos por isso... É melhor deixá-las com o capítulo. Voltamos a conversar na nota final.
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Que todos tenham uma penúltima divertida leitura! :3



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XVII: Os Nossos Erros e o Nosso Destino

◘◘◘

Amar você foi fácil...

...e ser verdadeiro foi difícil.


Bella estava quase beirando a impaciência enquanto aguardava Renée retornar do posto de saúde, com um papel que definiria completamente o seu futuro. Nunca se imaginou grávida antes de concluir o ensino médio; na verdade nunca idealizou uma gravidez em momento algum da sua vida, pois nunca criara nenhuma perspectiva de vida. Isabella não era o tipo de garota interessante como às outras da escola; não era autoconfiante e não acreditava que um rapaz pudesse desenvolver sentimentos por alguém tão simples e comum como ela. Sem nenhum atrativo físico ou algo que chamasse a atenção dos rapazes. Alguém como Rosalie, ela pensou. Porém, naquele instante enquanto estava sozinha — tendo a companhia apenas de alguns filhotes de cachorrinhos da vizinha que atravessaram a cerca que dividia os jardins, e corriam e rolavam na grama há alguns metros de distância —, ela avaliava essa possibilidade.


Isabella definitivamente não se sentia como uma grávida; continuava normal e a ausência de menstruação não era tão alarmante, visto que nunca teve um ciclo regular. O caderno de desenho com os primeiros rabiscos estava jogado na cadeira ao lado; não se sentia inspirada para desenhar mesmo que a tarefa lhe fizesse bem. Tão distraída em seus pensamentos não percebeu que a mãe estava se aproximando, e tendo em mãos o que decidiria a sua vida. Se estivesse mesmo grávida, teria que retornar à Forks e deixar Edward ciente de seu estado. Afinal de contas o principal responsável daquele ato inconsequente era ele.

— Novamente submersa nesse seu mundinho particular, anjinho?

Assustou-se com a chegada da mãe; Renée assentou-se na cadeira ao lado da sua e pôs o caderno de desenho sobre as pernas. Não havia passado despercebido a Bella que a mãe passara a adotar apelidos carinhosos após o ocorrido: “filhinha”, “anjinho”, “bebê” eram alguns deles; e justamente aquele cuidado da mãe que a mantinha firme para não derrapar novamente na autoflagelação. Ainda que fosse difícil, mas ela estava se esforçando para continuar o seu tratamento. Uma vez que não podia usar a mão esquerda, encontrava-se quase incapacitada aos cortes. Mesmo que certa vez o pensamento de ferir a perna ou a barriga tivesse surgido, afastou-as rapidamente ao concentrar-se nos desenhos.

— Eu estava pensando no amanhã — objetou sinceramente. Em cima do caderno de desenho estava o seu futuro.

— E o que você via nele?

— Não cheguei tão além... só o que eu faria caso o resultado seja positivo.

— Independente de positivo ou negativo você tem escolhas, sabe disso.

— Eu não me transformaria em uma assassina matando... um bebê. Ele não teria culpa se a mãe era uma burra que acreditou nas mentiras de um “colecionador”; muito menos se um pai era um idiota!

— Você nunca me contou direito a história.

— Não há o que contar, mamãe. E não me faz bem lembrar o que aconteceu.

— Está bem. Eu não quero pressioná-la, mas acima de tudo eu sou a sua amiga.

— Eu sei, mamãe. Mas eu não quero vê-lo... nunca mais.

— Você terá que repensar sobre isso caso estiver grávida.

— Eu estou grávida? — o coração de Bella estava batendo freneticamente no peito com o prenúncio de uma gravidez.

— Você não está grávida — Renée informou abrindo o envelope para estender a folha com o resultado para a filha. — Deu negativo.

A menina sentiu-se aliviada após a mãe lhe entregar o resultado que fora buscar no laboratório próximo; horas atrás. Bella estava sentada confortavelmente em uma cadeira de vime na varanda da casa alugada apreciando o sol da tarde de quinta-feira. Duas semanas depois de sua partida de Forks. Incrivelmente ela se sentia feliz em estar longe da minúscula cidade, das decepções ali vividas e as pessoas de línguas venenosas que cruzou o seu caminho em quase duas décadas morando ali.

Principalmente conseguia por seus pensamentos em ordem e com as aulas de desenho distraía a mente de pensar em um garoto de olhos verdes e cabelos cor de bronze. Limitava seu pensamento a ele quando ponderava as possibilidades de uma futura gravidez — que estava completamente extinta naquele momento. Iria à faculdade em alguns meses — porque combinou com a mãe que gostaria de ser como os outros estudantes que frequentavam a escola até o último dia. Discando para a escola de Forks, Renée explicou a situação ao diretor e este lhe informou que um conhecido seu regia uma escola secundária em Nova Jersey. Bella começaria a frequentar os últimos seis meses de aulas na próxima segunda-feira.

Em Forks poucos sabiam que Renée e Isabella haviam partido. Sem deixar nenhum endereço do destino ou telefone para contato, elas estavam incomunicáveis a qualquer cidadão do condado. Nem gostaria que as encontrassem. Um dia após o ocorrido — em Forks High School — todos estavam sabendo da aposta que fora espalhada a todos os cantos do colégio por James e Jessica. Alguns companheiros de basquete de Edward ao cruzarem o seu caminho lhe paravam a fim de saber mais detalhes sobre a aposta.

— Então você comeu a sonsa da Swan? — Não ficou surpreso ao encontrar James; ele passava uma bola de basquete de uma mão à outra. — De algum modo todo mundo ia saber, Edward.

Edward não tinha “sangue de barata” para ouvir as provocações de James e permanecer em silêncio. Já bastava ser recusado por Isabella que não lhe dava nenhuma chance para se explicar e lhe contar a sua versão daquela história fodida que a cada minuto ganhava uma nota mentirosa.

Agindo tão somente por impulso, apenas percebeu que desferiu um soco contra a face de James quando este quase perdeu o equilíbrio, dando dois passos para trás. Acariciando o canto dos lábios e notando um filete de sangue no dedo, devolveu o golpe. A sequência de socos que se sucedeu pegou James de surpresa. Dando assim a vantagem a Edward para vencê-lo.

Com o aviso sobre a briga que acontecia no corredor próximo ao vestiário masculino, formou-se um círculo para assistir a confusão, mas ninguém apartava os dois garotos que se socavam e chutavam-se simultaneamente. Apenas Emmett e Andrew conseguiram separar a briga; Edward foi levado pelo irmão para casa, pois caso ficasse mais um minuto na escola seria capaz de matar o estudante que se encontrava no corredor da escola, desacordado e com a face banhada com o próprio sangue. No caminho para casa, Emmett não passou um sermão a Edward porque aquilo não iria resolver; não quando o “leite já havia sido derramado”.

Esme Cullen lia uma revista quando a porta foi aberta e por ela passava um Edward sendo amparado por Emmett.

— Que diabo aconteceu com você, Edward?

— Briguei com um filho da puta, na escola.

— Brigar como um desvairado não o fará ter Isabella de volta.

— A minha vontade era de matá-lo! — exclamou ainda nervoso. Andando de um lado a outro, o garoto bagunçava o cabelo com os dedos.

— E ser preso? Edward, não seja tão irresponsável! — a mãe lhe repreendeu novamente. Iria rebater, mas calou-se ao perceber a sua falha. Jogou-se no sofá para tentar acalmar-se um pouco.

A tormenta de Edward não teve fim quando soube o que havia ocorrido com Isabella. Podia perceber o olhar de decepção dos pais e irmãos ao saber que Bella estava hospitalizada por ter voltado a se cortar. Tentou visitá-la no hospital, mas Renée impediu a sua entrada. Ficou de longe recebendo as migalhas das informações que o pai lhe dava de hora em hora. Do corredor ele podia ouvir os gritos estrangulados da menina quando estava acordada e a movimentação das enfermeiras em direção ao seu quarto para sedá-la.

— Ela perdeu o movimento de uma mão — o pai lhe disse com pesar.

A barba de uma semana estava incomodando Edward, mas o rapaz nada fez para mudar a sua situação. Higienizava-se no banheiro do hospital e trocava de roupa quando a mãe lhe trazia. Estava mais magro por renunciar enfaticamente uma ida até a lanchonete para se alimentar. Indiretamente ele se sentia culpado embora o pai o incitasse a não se sentir daquela forma. Não era culpa de Edward se Isabella havia retrocedido em seu tratamento contra a automutilação e ainda mais: não era culpa do filho que ela tinha perdido os movimentos da mão esquerda.

— Não é para sempre, filho — tocou gentilmente o ombro de Edward. — Bella poderá fazer fisioterapia... ela vai melhorar.

— A culpa é minha — sentenciou uma vez mais antes de abraçar o pai.

Quando soube por intermédio de Carlisle que Isabella teria alta, encaminhou-se diretamente à sua casa para esperá-la. Porém, ela nunca chegou.

— Elas foram embora — Alice disse. — Billy acabou de voltar de Port Angeles... Elas partiram.

— Para onde?

— Billy não contou. Renée não o autorizou a divulgar o local.

As semanas seguintes se passaram como uma espécie de borrão. Cortou toda e qualquer amizade que existia com o grupo. James não estava mais em Forks, e ele poderia estar no inferno que Edward não se importaria. Com o passar dos meses percebeu uma repentina aproximação de Jessica Stanley, mas conhecia o veneno da serpente e cortou as suas esperanças na primeira vez que ela o cercou pedindo por uma carona e alegando que seu carro não queria ligar. Deixou-a padecer na chuva forte que caía em Forks não se arrependendo pelo feito. Porém, a moça era insistente. Tentou insinuar-se aparecendo no vestiário dos rapazes usando absolutamente nada e oferecendo o seu corpo para que ele usasse como achasse melhor. Deixou-a sozinha no vestiário. Na saída, encontrou Patrick Lewis um estudante do primeiro ano com o rosto completamente tomado por acne. Dando um fraco tapa em seu ombro, disparou:

— Tem alguém esperando por você. Divirta-se.

Três meses já havia se passado desde que Isabella partira de Forks. Perguntava-se onde ela estava; sobre a sua recuperação, o tratamento e, principalmente, se a suspeita antes de sua partida tinha ou não fundamento — se ele seria ou não pai. Enquanto fazia uma limpeza na caixa de entrada do e-mail, encontrou um que endereçou a Bella antes de tudo acontecer. Era uma simples mensagem lhe desejando feliz aniversário. No tempo em questão não havia nenhuma aposta ou virgindade em jogo.

“Talvez ela ainda tenha acesso a sua conta”, pensou.

Demorou mais uma semana até que o rapaz decidir que lhe escreveria um e-mail. Mesmo que ela nunca o lesse, serviria como um desabafo.


Bella,


Por uma semana eu venho criando coragem de lhe escrever. Se você estiver lendo, por favor, não apague essa mensagem antes de ler até o final. Eu estou implorando. Sei que o que eu fiz foi imperdoável, eu sei, e pago todos os dias com a culpa que eu sinto. Eu nunca tive a oportunidade de lhe explicar a minha versão, você nunca me deu a oportunidade. As pessoas elas são traiçoeiras e eu creio que você não tenha sabido da verdade. Houve sim uma aposta. Em nenhum momento eu a escolhi. Você foi a “escolhida” e eu não tive a opção de negar. Ou eu até mesmo pudesse negar, mas naquele tempo eu não estava agindo de forma racional, talvez eu quisesse mesmo transar com você e vi na aposta um meio de conseguir o que queria, com mais facilidade. Soo cruel, eu sei, mas imploro o seu perdão.

Eu queria saber como você está; se está feliz? E a sua mão? Carlisle me disse que ainda havia uma forma de reverter essa sua paralisia. Não volte nunca mais a se cortar, Bella. Nunca mais. Não por mim ou por sua mãe; mas por você.

É isso. Não tenho a ilusão que vou receber uma resposta sua, mas... Eu ainda amo você. Nunca deixei de amar.

E mesmo que não seja ao meu lado, eu desejo a sua felicidade.

Eu ainda amo você.

Edward.

Bella estava diferente de quando chegou. Pediu a mãe para acompanhá-la a um salão de beleza, pois gostaria de cortar os longos fios castanhos escuros e talvez tingi-los de uma cor que não a lembrasse do seu passado. No final, voltou para casa com os cabelos na altura no ombro e na cor castanho claro. Sentia-se diferente e mais autoconfiante com a mudança. Toda quarta-feira tinha consultas com um terapeuta e aos sábados frequentava a fisioterapia. Já conseguia suspender um ou dois dedos, mas a evolução era aos poucos. Após o susto, prometera a mãe, ao seu terapeuta e a si mesma que nunca mais iria tocar em um objeto perfurador com a intenção de machucar-se. Era uma segunda chance para viver, e deveria aproveitá-la. Aos domingos a mãe a acompanhava a um cinema, museu, galerias de arte ou teatro. Caminhavam pelo gramado do jardim da casa alugada e até mesmo nadavam na piscina. Bella não gostaria de pensar muito sobre o assunto, mas quando ficava sozinha em raros momentos percebia que a quantidade de tarefas para ocupar o seu dia era para justamente não sucumbir e pensar em Edward.

Como agora vivia em uma cidade litorânea, as camisas de mangas longas e todos os grossos casacos foram doados a uma instituição de caridade. Mesmo que não gostasse de exibir as suas pernas, aderiu a shorts, saias e vestidos. Mas estavam na primavera. E diferentemente do que seria a meses atrás, não queria ser diferente dos demais. Queria ser como todos. Não agir como estranha e esquisita.

— Você ainda pretende voltar à Washington? — Renée perguntou a filha que estava sentada na cadeira de praia ao seu lado.

— Não pretendo.

— E a universidade? Você não disse que iria estudar na WU?

— Desisti, mamãe. Estou pensando em possibilidades aqui mesmo em Nova Jersey.

— Talvez Princeton?

Bella engoliu em seco com a menção àquela universidade. Definitivamente não escolheria por Princeton. Mesmo que existisse uma chance quase mínima, não gostaria de esbarrar por acaso em Edward. Uma vez que se lembrava de uma conversa há um tempo quando eles estavam em La Push em que Edward expressou a sua preferência por aquela instituição.

— Não Princeton.

— Então qual? — Renée tirou os óculos de sol para mirar a filha com curiosidade.

— Ainda estou pensando.

(...)

Com o passar dos meses, a recordação do ocorrido em Forks estava quase extinta. Apenas o que não conseguia esquecer, definitivamente, era Edward. Seria possível ter se apaixonado por ele durante o curto período que ficaram juntos? Parecia que havia “namorado” por anos e não por curtas semanas. Mas ele estragou tudo. Nos três meses que antecederam a universidade não seguiu o conselho de Renée em interagir mais com pessoas do sexo masculino. Estava receosa de acontecer o mesmo que houve com Edward ou Liam. Entregar-se e depois ser machucada sem dó ou piedade. Ter novamente o seu coração lacerado em centenas de pedaços diferentes.

No final decidiu por Princeton, pois era a única universidade na região que oferecia o curso de sua escolha. E não estava preparada para outra mudança brusca e ter que adaptar novamente a outro estado — ou cidade.

Mudou-se para o dormitório estudantil do campus. Era um apartamento pequeno que dividiria com uma garota chamada Sarah Mills. No dia da mudança ela não estava então não se intimidou em escolher por conta própria a cama de sua preferência. Para o seu azar o espaço era pequeno e contava apenas com um beliche e um colchão; duas cômodas e uma pequena mesa para estudos. No hall um sofá velho e uma estante empoeirada. Com a ajuda de Renée desfez as malas e arrumou o dormitório deixando-o um lugar habitável.

— Estarei sempre por perto, anjinho. — A mãe lhe prometeu antes de afastar-se. A casa que alugou ficava a quarenta minutos do departamento de artes de Princeton, mas assim que Renée conseguisse outra casa mais próxima ao campus Bella desistiria do quartinho alugado temporariamente.

— Eu vou sentir sua falta. — Abraçou a mãe uma última vez.

— Não se esqueça da fisioterapia, as aulas de desenho... Faça novos amigos! E quem sabe... encontrar alguém para ocupar esse coraçãozinho...?

— Por favor, mãe...

— Está bem, está bem! Eu já entendi; você não quer namorar, por enquanto. Mas você é jovem, amor. Nem todos os garotos são iguais, meu anjinho.

— Estou muito bem assim.

— Leve o tempo que precisar para se “curar”; você vai deixar de amar esse garoto.

— Eu não o amo!

— Você está querendo me enganar ou enganar a si mesma?

— Mãe... — desconfortável com o tópico, desconversou. — você não precisa passar no ateliê da Senhora Bentley?

A mãe conseguira um trabalho como costureira no ateliê de uma senhorinha que confeccionava roupas. Era o que a mãe gostava de fazer, mesmo que a remuneração fosse pouca. Mas não precisava realmente do emprego, mas seria algo para manter a mente ocupada durante um período do dia.

— E já estou atrasada! — beijou a testa da filha. — Ligue para mim a cada trinta minutos, está bem? Eu amo você, bebê.

(...)

Edward estava há dois dias, instalado em seu dormitório. Seu colega de quarto era um rapaz chamado Caleb Jones; enquanto aguardava o início das aulas aproveitava para sair com o colega de quarto a um bar que ficava a cinco minutos do dormitório. Seu sentimento por Isabella continuava o mesmo, a amava como há um ano, mas entendia que tinha que continuar a sua vida uma vez que não havia mais esperança para os dois. Saia com algumas garotas, mas era casos de apenas uma noite e em seguida as dispensaria. Com isso conseguiu uma fama de mulherengo — merecida — por causa da variedade de mulheres que saía durante a semana. Sarah — a namorada de Caleb — sempre o recriminava acerca de suas escapadas, e o aconselhava a encontrar uma namorada.

— A mulher que eu quero não quer nem me ver pintado de ouro.

Estavam os três em um bar; era fim de semana. Duas garrafas de cerveja estavam sobre a mesa. Apenas ele bebia, pois Sarah consumia apenas uma água tônica e o namorado, um refrigerante.

— O que você fez de tão terrível?

— É uma história complicada... — bebeu mais um gole da cerveja. — Uma história fodida. Nada como o conto de fadas que é o namoro de vocês.

— Não é um conto de fadas, Edward — Sarah contrariou. — Somos como qualquer casal comum; brigamos, sim, mas nós nos comunicamos e isso faz a diferença em um relacionamento. O diálogo. E claro a base de tudo: confiança.

— Exatamente isso — pousou o copo de vidro na mesa com muita força, trincando o vidro. — A porra da confiança não existia. Aliás, como ter confiança em uma merda fodida e cheia de mentiras?

— Você está me deixando confusa, Edward — disse Sarah. — Mas é claro que eu vou entender se você não quiser contar. A minha colega de quarto, Bell, também passou por algo difícil.

— Provavelmente por não conseguir encontrar a porra de uma maquiagem para esconder as espinhas... não é por coisas assim que vocês, garotas, se preocupam?

Bell não é assim! — ofendida, deu um tapa no ombro do amigo. — E ao contrário do que você disse, ela não está preocupada com maquiagem ou essas futilidades de “meninas”.

— Blá, blá, blá. Acho que vou pedir outra cerveja.

— Se eu não soubesse que vocês não têm nada em comum até pensaria em apresentá-los.

— E quem disse que não combinamos?

— Realmente — Caleb que estava em silêncio pronunciou-se. — Eu devo concordar com Sarah. Isabella não faz o seu tipo, Edward.

Isabella.

Ouvir aquele nome depois de tantos meses fê-lo estremecer. Por meros cinco segundos tentou associar a “Isabella” colega de dormitório de Sarah à sua “Isabella”; mas não conservou a tese por muito tempo, pois não queria gerar falsas expectativas. Era quase impossível que Bella estivesse em Princeton; ela disse que escolheria por Washington.

— Todas fazem o meu tipo, Caleb.

— Por isso mesmo! — acentuou Sarah. — Bell não interessaria por um cara que sai com várias mulheres em uma semana!

— Quem eu quero eu não posso ter, Sarah.

— E até agora você não me disse o que fez de tal mal à... Como é mesmo o nome dela?

Bella.

— Bella! Oh! Bella de Anabella?

— De Isabella. Como a sua amiga.

Sarah franziu o cenho.

— De onde você é mesmo, Edward?

— Qual o motivo da curiosidade?

— Nenhum. Pode me dizer, por favor?

— Washington.

Puta que pariu! Expressou Sarah em pensamentos ao fazer a ligação entre as duas coisas. Sua colega de quarto era a Isabella que o amigo tanto se culpava por ter feito algo que a magoou; Edward era o rapaz que Isabella comentava ter quebrado o seu coração em mil pedacinhos. Mas não podia fazer nada a respeito, uma vez que a colega de quarto expressava o seu desejo de nunca mais vê-lo. Poderia colaborar fazendo com que nunca se encontrassem.

(...)

O campus da universidade de Princeton com quase 3km² e cerca de 8 mil estudantes contribuía para que Edward e Isabella não se esbarrassem em nenhum ponto da universidade. Com cursos distintos, também ficava impossível de um encontro acontecer. Nos quatro anos em que estudava, Bella seguiu o conselho de Renée — teve um encontro com um rapaz do seu curso que demonstrava interesse desde que começaram a estudar juntos. O curto relacionamento durou apenas um mês, e Bella não se permitiu nenhum avanço com o sonhador Nathan. Terminaram após um mês de “namoro”. Não iria novamente confiar em um rapaz. Desde então se dedicava mais ainda aos estudos. O movimento da mão esquerda estava completamente recuperado; aos sábados permanecia com a fisioterapia e continuava com os encontros com seu terapeuta.

— Eu sempre sonhei em vê-la assim, meu amorzinho.

Renée lhe disse sinceramente; sentia-se feliz quando notava a filha feliz em suas escolhas. Continuava sem conservar os cabelos longos demais e sempre que estes começam a crescer, cortava. Sarah tentou inúmeras vezes convencê-la a tingir os fios de louro, mas Bella recusava veemente a drástica mudança.

— Seu pai ficaria orgulhoso.

Estranhamente, Bella não sentia mais aquele aperto no peito quando se lembrava do pai; continuava amando-o, mas não definhava por sua morte. Como acontecera por um longo tempo enquanto era adolescente.

— Você se formará em alguns meses... Já tem planos para o futuro?

— Seria estranho dizer “eu não sei”? Mas eu realmente não sei. Estive pensando em viajar pelo mundo, sabe, conhecer os lugares. Depois de Forks eu só conheço Nova Jersey.

— E por onde você começaria?

— Eu sempre quis conhecer o Museu de Arte Moderna.

— Então Nova Iorque será a primeira parada?

— Não. — Bella assumiu ares sonhadores. — Começarei por Detroit. Depois NY.

— E nenhum namoradinho. Vinte e três anos, Bella.

— Não precisa esfregar a minha idade sempre na minha cara.

— Só acho que...

— Estou bem sozinha!

A discussão não perduraria por muito tempo. Aquele assunto em específico era o mais discutido entre ambas. Em quase cinco anos Bella se relacionou apenas com um rapaz, durante um mês. Não gostaria de vê-la para sempre solitária. Renée ficaria plenamente feliz apenas quando a vida sentimental da filha estivesse nos eixos.

(...)

Edward terminava de arrumar as últimas caixas com os seus pertences; preparava-se antecipadamente para a viagem que faria até Forks para visitar os pais. Alice estava na França fazendo um intercâmbio e Emmett, residência em um hospital infantil em Nova York. Quando lacrou a última caixa seu celular tocou.

— Diga.

— Olá para você também, Edward. — reconheceu a voz feminina de Rosalie Hale. Há muitos anos não se encontrava com a loura, mas reconhecia ainda assim a sua voz.

— Ei, Rosalie — coçou a nuca, constrangido.

— Emmett pediu para que eu ligasse para você — começou. — Ele mesmo faria a ligação, mas eu me adiantei. Eu e o seu irmão vamos nos casar.

Edward engasgou com a própria saliva.

— Vocês vão o quê?!

— Casar. Sabe, tem vestido de noiva, um juiz, alianças...

— Eu sei o que seria um casamento, Rosalie.

— Isso é bom! Isso será daqui a três meses. Um mês após a sua formatura.

— Uau... isso é... — limpou a garganta. — E onde será?

— Southfield. Michigan. Você deve chegar duas semanas antes. Ensaios...

— Eu sei... Rosalie...

— Não me pergunte por Bella — cuspiu antes que ele perguntasse. Cullen esmoreceu. — Eu não tenho notícias dela desde... desde aquele dia. Ela nunca me ligou.

— Eu preciso desligar — tossiu novamente. — Felicidade aos noivos!

(...)

Bella tinha pavor a alturas. Não teria a sua mãe na viagem para segurar a sua mão enquanto estivesse no ar. A comissária de bordo passara com um carrinho com guloseimas há poucos instantes e pegou para si o máximo que podia; tudo para manter-se distraída durante a curta viagem até Detroit. O assento ao seu lado continuava vazio, mas havia chances de ter alguém ao seu lado visto que as pessoas continuam a subir e a procurar seus lugares. Buscou dentro da bolsa um livro para distrair a mente. Prendeu os cabelos em um rabo de cavalo e apoiou a cabeça contra um macio travesseiro; ao encontrar a posição perfeita, trouxe o livro para cima do rosto e tentou ler o primeiro parágrafo do capítulo dezoito do livro em questão.

Quem passava não podia ver o seu rosto por causa do livro que a mantinha escondida. Distraída, não percebeu quando alguém se sentou ao seu lado. Tirando um notebook de dentro da bolsa de mão, levou-o para sobre as pernas, porque precisava trabalhar em um projeto antes de desembarcar em Detroit e alugar um carro para levá-lo a cidade que desejava seguir.

Enquanto conectava o USB esbarrou sem querer o braço na pessoa ao seu lado. Virou-se minimamente para a sua companhia.

— Me desculpe — ele disse.

Bella travou. Era impossível. Mas reconheceria aquela voz até mesmo no inferno — onde ela esteve por muito tempo por culpa dele.

Edward.

E constatou a sua suspeita ao repousar o livro sobre a perna e fitá-lo. Nos olhos verdes havia um misto de felicidade e surpresa, mescladas à culpa que brilhava naquelas íris. Separou os lábios para lhe dizer algo, mas optou por fechar os olhos e tentar entender se tudo não passava de um sonho. Mas ela continuava ali. Isabella. Depois de quase cinco anos. Estava obviamente diferente; madura e mulher. Os cabelos estavam mais curtos e mais claros — ela parecia feliz. Confiante.

— Bella?

— Edward? — repetiu com igual incredulidade.

O desejo do formado em bioquímica era puxar a sua amada em um abraço, envolvê-la em seus braços e mais uma vez confessar o seu amor a ela. Mas lembrou-se que já não era mais nenhum adolescente; era um homem de vinte e quatro anos. Não poderia agir no impulso e afastá-la novamente. Porque mesmo que estivesse mais autoconfiante, aquela Bella a sua frente continuava sendo a menina arisca que conheceu há muitos anos.

— Passeando por Nova Jersey? — perguntou-lhe casualmente como se fossem velhos amigos que se reencontraram após anos; quando na realidade havia segredos e mentiras entre eles. Bella não conseguia encontrar a própria voz, tão compenetrada estava com o “Edward-homem-adulto” e não o adolescente. Se aos dezoito anos o rapaz era dono de uma beleza que arrematava corações por onde andava... Quase aos vinte e cinco seria de “deixar as calcinhas no chão” como dizia Sarah sobre o melhor amigo do seu namorado.

— Me formei há poucos dias... meu passeio começa agora. — Não entendia porque estava lhe contando fatos de sua vida, mas continuava. — Me formei em Arte.

— Isso é... interessante — limpou a garganta, de repente suando em bicas. — Em Princeton?

— Em Princeton. — confirmou.

— Nunca nos esbarramos por lá... — disse pesaroso.

— Cursos diferentes; não frequentamos os mesmos lugares... Justificável!

— Bella... — Edward tentou tocar a sua mão, mas ela a recolheu com medo das sensações que poderia sentir caso as peles se tocassem. — Eu senti tanto a sua falta. Tantos anos sem nenhuma notícia sua... e agora eu descubro que você estava tão perto, mas ao mesmo tempo, longe.

Bella então desviou seus olhos da face de Edward. Juntou as mãos para apertá-las tentando controlar o nervosismo. Em nenhum momento se preparou psicologicamente para um reencontro com ele, principalmente depois de tanto tempo. Estava quase convicta que nunca mais o veria.

— Nós precisamos conversar, Bella.

— Não. Nós não precisamos.

— Você nunca me deixou explicar.

— Eu não quero ouvir.

— Toda história tem dois lados, Bella. Deixe-me mostrar o meu.

— Por favor... — murmurou. — Não me peça para lembrar o que aconteceu... em Forks. Você não sabe o quanto eu trabalhei para apagar da minha memória tudo o que eu vivi naquela infame cidadezinha.

— Tudo? Exatamente tudo? Ou apenas os momentos tristes? Nós dois...

— Principalmente. — concordou rapidamente. — Sobretudo aquele namorico. Nós éramos adolescentes, Edward. Acabou. Há muitos anos.

— Para mim ainda não acabou. Mesmo que você insista em colocar um ponto final em nossa história, insistirei com as vírgulas.

— Digamos que eu aceite conversar com você. O que conversaríamos? Você irá me contar como foi divertido apostar que transaria comigo? Que faria eu me apaixonar por você?

— Você se apaixonou por mim?

— Isso não importa! — queria gritar, mas em razão do local que estavam, calou-se.

— Importa. Eu tenho um casamento para ir daqui a duas semanas. Em Southfield. Onde você ficará?

— Em Detroit. Vou conhecer uma galeria de arte.

— Tanta coisa que eu quero lhe dizer... — ele esticou a mão para tocá-la com os dedos na bochecha. Ela não se afastou como era o esperado; recebendo a carícia terna que Edward lhe oferecia. Foram novamente reduzidos a dois estranhos, mas seu corpo parecia reconhecer a familiaridade naquele toque, pois desejava mais. — Diga que ao desembarcarmos você irá conversar comigo... Por favor?

Até então Bella não tinha se atentado a pouca distância entre eles. O hálito quente de Edward batia contra a sua face, e ela desejava reconhecer novamente aqueles lábios que tanto a beijaram há cinco anos. Por isso não impediu quando ele extinguiu a distância que havia entre eles para colar seus lábios aos dela.

Era um beijo cheio de saudade, ressentimento, mágoa, amor, raiva, reconhecimento e perdão. E quando se separaram alguns minutos mais tarde, ele colou a testa com a dela e mantiveram os olhos fechados apreciando a calmaria entre eles.

Por mais que quisesse negar, ela havia se apaixonado.

— Eu... — queria afirmar que a amava, mas temia assustá-la. — Eu senti saudade, muita, de você.

— Mas eu precisava sair de Forks. Reencontrar-me uma vez que eu estava perdida.

— E você se reencontrou?

— Sim.

Edward não perdeu a oportunidade de beijá-la novamente; dessa vez sem pressa, demasiadamente lento para reconhecer outra vez a maciez dos lábios de Bella; o formigamento que sentia quando a beijava e que não encontrou em nenhuma das mulheres que passaram por sua vida nos últimos anos.

Quando desembarcaram no aeroporto de Detroit, seguiram para o hotel onde Bella ficaria hospedada para que ela pudesse tomar um banho, trocar de roupa e encontrar-se com Edward para conversarem sobre o passado, como decidiram ainda no avião.

Optaram pelo restaurante do hotel; após o banho, vestiu um vestido de estampas azuis e prendeu o cabelo em um rabo de cavalo e desceu para encontrá-lo. Ele já estava esperando-a em uma mesa num canto afastado.

— Seu cabelo está menor — ele comentou assim que ela se sentou.

— Eu cortei algumas semanas depois que cheguei à New Jersey.

— A cor também está diferente — apontou os fios mais claros.

— E pintei também.

— Você mudou — constatou Edward.

— Não tenho mais dezoito anos e há muito tempo não sonho com um príncipe encantado.

— Você fez fisioterapia?

— Ainda faço. Todos os sábados.

— Sinto muito por isso... Eu tentei visitá-la no hospital, mas...

— Renée me contou.

— Eu me senti tão culpado quando descobri... Eu tentei ir vê-la, logo que você teve alta no hospital. Fui até a sua casa, pois lá a sua mãe não poderia me impedir de conversar ou ao menos vê-la. Mas você já tinha partido.

— Esse desligamento de Forks foi bom para mim. Eu contei a você, Edward. Contei sobre o que eu tinha passado com Liam, os meus medos e mesmo assim você prometeu que não era como ele; era diferente. Quando na verdade você era pior que Liam... Ao menos ele não fez nenhuma aposta para transar comigo e depois tirar vantagem contando aos seus amigos.

— Eu não contei a ninguém! — defendeu-se.

— Não foi isso que Jessica Stanley me contou. Eu ainda posso ouvir claramente ela esfregar na minha cara o quão fácil foi para você transar comigo...

— Jessica mentiu. Eu nunca contei sobre nós a nenhum deles. O único que sabia do nosso envolvimento era Emmett, e meu irmão não faria algo assim.

— Mas Jessica fez. E eu me senti pior do que o ocorrido com Liam. Eu não fui humilhada diante de toda uma escola; era só entre eu, Liam e as suas duas “amigas”.

— Justamente para não ter esse mal entendido que eu implorei tanto para que você me ouvisse por um minuto ao menos.

— Eu estava machucada, Edward.

— Eu sei, amor. Eu me apaixonei por você desde aquele dia no enterro do seu pai; eu a observava de longe, talvez a seguisse para zelar por sua proteção. Eu te amava mesmo a distância e nunca almejei receber nada em troca. Mas depois tudo mudou. Eu queria que você me correspondesse sem ao menos deixá-la ciente do quanto eu a amava. Desde os quinze anos fazíamos esses jogos estúpidos de selecionar uma garota aleatória; virgem ou não para levar para a cama. Algumas vezes tinha dinheiro em jogo, como uma vez que James transou com a zeladora da escola. Mas com você... nenhum dólar estava em jogo. Eu não escolhi você e nem a escolheria por vontade própria porque eu amava você. Mas James... aquele filho de uma puta, a escolheu. Ele e Jessica. E eu não tinha o direito de recusar uma vez que não escolhi por conta própria a vítima. Eu quis contar a você, muitas vezes; mas em todas fiquei com medo de perdê-la para sempre. Então meu plano era sermos discretos até o final do ano letivo e depois, longe de Forks, sermos o casal que éramos. Era assim que eu planejei tudo. Mas estava tão cego de paixão que tudo foi por água abaixo uma vez que eu não conseguia tirar as minhas mãos de sua pele. E o restante da história você já conhece.

— Então você não transou comigo para zombar de mim?

— Claro que não! Fiz porque amava você.

— Amava?

Amo. No presente. Eu ainda amo você com a mesma intensidade daquele adolescente filho da puta que te machucou. Eu quero consertar isso, Bella. Se você me der uma segunda chance, podemos reescrever essa história. Criar o nosso final feliz.

— Já se passaram quase cinco anos, Edward...

— O que importa o tempo? Que vá à merda o tempo. Ele foi necessários para nós dois. Nós nunca poderíamos ter essa conversa naquele tempo; com raiva, ressentimento e mágoa. Mas agora somos adultos, amor. E somos apenas eu e você.

— Renée me matriculou em um curso de desenho; no começo eu achei uma insanidade esse curso, pois nunca soube nem mesmo desenhar um coração que não fosse com lados oblíquos. Mas Renée sempre dizia que eu deveria arriscar; eu arrisquei. E o desenho se tornou a melhor coisa que me aconteceu. O que eu quero dizer é: eu deixei para trás aquela menina medrosa que tinha medo de tudo, até mesmo de respirar. Arriscar é bom; se der certo, há a certeza que o risco valeu à pena. Se não der certo, apenas teremos a certeza de que tentamos.

— Estou ficando ansioso, Bella. Direto ao ponto.

— Eu quero arriscar. Com você. Naquelas breves semanas que passamos juntos você me encurralou e me vi presa em sentimentos que não queria me permitir sentir, então eu os engoli para mim. Só que estou com ânsia de vômito e quero colocá-los para fora de uma vez por todas.

— Bella... — A moça levantou-se e estendeu a mão a Edward. O rapaz estava confuso com a audácia. A mulher a sua frente... se antes acreditava que Bella continuava arisca como na adolescência, ele não poderia estar mais enganado. — Para onde você pretende ir?

— Temos uma história para reescrever. Agora!







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Notas finais do capítulo

N/A: Ainda não é definitivamente o final. Começarei a escrever um pequeno epílogo para encerrar completamente este ciclo. Espero que o final tenha sido como vocês esperavam; claro que tenho consciência que muitos não irão gostar, afinal é impossível agradar a gregos e troianos, mas dei o meu máximo e esse era o final que eu planejava para a fanfic desde o início. Bella não estava grávida; mesmo que isso parecesse uma ótima solução para que ela o perdoasse e eles vivessem felizes para sempre, não era! A mágoa iria continuar ali e não existiria espaço para um "amor" quando todo o espaço seria dominado pelo ressentimento e raiva. A única coisa que resolveria era justamente o tempo; e eles tiveram quase cinco anos para isso. Agora, juntos, eles irão reescrever a história que começou de uma forma tão não convencional.
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Mas Annie o final ficou vago! Teremos ainda um epílogo. Muita calma!
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É isso. Eu gostaria de agradecer a quem esteve aqui, comentando, cobrando, opinando durante todos esses 8 meses; àqueles que nunca desistiram mesmo quando a autora demorava um ou dois meses sem aparecer com um novo capítulo; àqueles que surtaram com nova postagem; e até mesmo àqueles fantasminhas que nunca comentaram, mas estão lendo. Deixo aqui o meu muitíssimo obrigada por embarcarem comigo nesse mundinho dramático de BOY.
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Os devidos agradecimentos serão feitos no epílogo.
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Enquanto ele não chega, deixe o seu comentário e faça uma autora nostálgica mega feliz!
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Beijinhos.
A.