As Memórias De Meminger escrita por LondonNW8
Notas iniciais do capítulo
Decidi continuar a história do ponto em que Liesel é adotada, ainda gosto muito de Rudy Steiner e da visão da morte sobre as coisas (que eu mantive na fic). Por favor, digam o que acham.
Liesel acordou de um sonho, sentiu as pálpebras queimando como sentiu naquele dia em que acordou em meio a destroços. Queimar de seco. Seco de poeira. Mas naquele dia ela estava numa cama macia na casa daqueles que não eram os Hubermann, e ouviu os passos no assoalho que não eram de Rosa, aquela era a casa dos Hermann e era Ilsa Hermann que vinha até seu quarto sentar na cama e dar um beijo na testa da mocinha loira e atordoada que acabara de acordar.
-Uma pequena observação da amiga morte-
Aquele sonho parecia tão real que me segurei para não ir atrás
da menina, carregá-la em meus braços e descobrir
a cor que o céu me proporcionaria naquela morte.
8 de Maio de 1946, Liesel tinha agora 16 anos e fazia um ano desde o fim do Nazismo, felizes, os judeus e outros homens que discordavam do regime se juntavam para fazer uma grande fogueira e queimar os exemplares do Mein Kampf . Liesel queria ver, Ilsa poderia levá-la e o prefeito poderia olhar de perto as comemorações. Ilsa disse que a levaria contanto que permanecesse longe o bastante, mas naquela noite Liesel se lembrou do livro que roubara da fogueira anos antes, sentiu saudade, amor, calor no peito como o calor da fogueira e se aproximou.
- Um fato sobre Liesel Meminger-
Fazia um ano que não roubava, tinha uma biblioteca ao seu dispor,
mas para ter com gosto precisava não poder ter,
precisava fazer como nos velhos tempos.
Liesel agachou e estendeu a mão magrela para roubar um Mein Kampf bem na base da pilha, estava para recuar achando que o desejo não poderia ser saciado roubando um livro igual a todos da pilha, foi quando outra mão também magrela passou por baixo de sua própria e agarrou o Mein Kampf que a menina pegaria, era o braço de um menino magricelo de uns 14 ou 15 anos, tinha os olhos azuis de um alemão puro, mas o cabelo negro de um judeu.
“Nada como meu Rudy” pensou a menina.
Ele a encarou por alguns segundos e correu com o livro abraçado no peito por baixo daqueles braços de vareta, correu quase como um Jesse Owens, mas não o Owens de Liesel.
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Já tenho todo desenvolvimento da fic na cabeça mas aceito sugestões, obrigada.