Sorte Na Dança escrita por Jessica Batista


Capítulo 3
Longe de todo sofrimento


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora estava com alguns probleminhas ;s



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/232596/chapter/3

Acordei de manha toda dolorida e com uma terrível dor de cabeça. Começo a bater a mão no criado à procura do meu celular, pego ele e olho que já são dez e meia, e tinha duas mensagens da Lari, me chamando para ir almoçar na casa dela, deixei o celular na cama e fui ao banheiro que estava imundo, eu teria que limpar tudo isso antes que alguém entrasse aqui, tinha sangue, o chão manchado em algumas partes pelo fato deu ter saído molhada de lá.

Tomei coragem e me olhei no espelho, estava com a cara horrível, a marca da mão do meu pai já não estava mais lá. Eu tinha os olhos inchados, provando que passei a noite chorando. Tomei um banho, e os hematomas ainda estavam, lá, os do meu pulso estavam muito vermelhos, comecei a chorar, não quero sair daqui nunca mais, pensei comigo mesma.

Tomei coragem e sai do banheiro, me maquiei para disfarça e troquei de roupa e fui para casa da Lari. Apenas deixei um bilhete na geladeira.

“Fui almoçar na casa da Larissa, mais tarde eu volto
Lola”

Subi correndo, pois tinha esquecido o celular e aproveitei para trancar o quarto. Coloquei uma musica para tocar, Demon Hunter, as musicas deles era ótima.

A Lari não morava muito longe de mim então logo cheguei à casa dela, toquei a campainha e a mãe dela atendeu.

–Oi Lola, a Lari ta no quarto dela pode subir.

–Bom dia. – Falei e subi para o quarto da Lari sem delongas.

No meio da escada já ouvia o som vindo do quarto dela provavelmente, era one thing, tinha que ser!

Fiquei na porta do quarto dela a vendoela dançar que nem doida enquanto cantava e arrumava o quarto, quando ela me viu parou na hora e eu comecei a rir.

–Cala a boca. – Ela falou e eu continuei rindo e pulei na cama dela.

Ela entrou no banheiro com umas roupas na mão e peguei meu celular e entrei no twitter.

Não é que o Harry tinha me seguido mesmo e ainda me chamando de a louca do avião, tive que rir.

Postei algumas coisas lá, mencionei que ontem foi o melhor e o pior dia da minha vida, e que como meu pai conseguiu praticamente destruir ele.

–Ai a água estava muito quente- A Lari menciona quando sai do banheiro enxugando os cabelos, mas eu apenas sorrio de lado.

–O que foi Lola? Você ta estranha.

Ai meu Deus, falo, não falo, falo, falo, não falo, falo , falo, não falo, falo, falo, não falo, falo, falo, não falo, falo.

–Lola? – Sai da pequena discussão na minha cabeça, e neguei com a cabeça.

Ela deixou por isso mesmo, então fomos jogar vídeo game, ok somos duas meninas muito sem nada para fazer da vida.

Depois de algumas horas a mãe dela chamou a gente para almoçar.

–Então Lola quando você vai viajar de novo? Estamos muito felizes por você.

Pelo menos alguém se importa comigo.

–Amanha a noite.

–Mas já? – A mãe dela perguntou assustada.

–Também achei bem rápido, mas estou super animada.

–A mãe a senhora vai me deixareu ir visitar ela ne?- A Lari falou se metendo na conversa.

–Veremos. – a mãe dela falou.

O resto do almoço foi bem normal, depois que terminamos e eu e a Lari fomos arrumar a cozinha e depois fizemos uma maratona de filmes.

Já eram sete horas quando eu resolvi ir embora.

Cheguei em casa, minha mãe que estava no telefone desligou e começou a me encarar.

–Finalmente resolveu dar as caras não é mesmo? Você acha que eu não fiquei preocupada?

–Eu deixei um recado. – Falei dando ombros.

–A e você acha isso certo? Pois digo que isso é muito errado eu devia te proibir de ir morar em Londres, você irresponsável do jeito que é, já para o seu quarto mocinha.

Subi sem falar nada, não podia deixar de ir para Londres eu precisava sair daqui e essa era minha única saída.

Fui para o quarto e coloquei um pijama fresco, pois estava muito calor e eu já não agüentava mais aquele casaco.

Peguei minhas sapatilhas e resolvi treinar um pouco, comecei me alongar ate que começo a ouvir gritos vindo lá de baixo, vou correndo e vejo meu pai e minha mãe brigando, começo a espiar do canto da escada, ate que ele levanta a mão para bater na minha mãe.

–NÃO- Eu gritei – Você não vai bater nela.

–Cala a boca e vai para o seu quarto que eu já me resolvo com você.

–Não. –Falei ríspida.

–Quando foi que você ficou respondona? – Ele falou se aproximando de mim, tirando o cinto.

–Você não vai bater nela. – Minha mãe falou e tentou impedir ele, mas ele deu uma bofetada nela, deixando ela cair longe.

Comecei a chorar estava com medo, então corri para o meu quarto, mas ele me puxou pelo o braço e começou a apertar meu maxilar.

As lagrimas eram inevitáveis, e alem do mais estava doendo.

–Peça desculpas.

Eu não falei nada, ate que ele apertou com mais força e me jogou contra a parede. E me bateu com seu sinto, eu não conseguia falar nada a minha mãe apenas olhava chorando e eu implorando ajuda com os olhos.

Ele me pegou pelos braços de novo e falou.

–Acho melhor você começar a me respeitar.

Ele me soltou e eu fui para o meu quarto correndo.

Sentei na cama e eu estava toda vermelha, meu machucado na barriga volta a sangrar e estava pior assim como o da perna, minha perna estava tão vermelha. Dormi daquele jeito mesmo, hoje seria meu ultimo dia aqui.

Acordei era meio dia, minha cama estava com de manchas de sangue. Fui mancando ate o banheiro meu rosto ainda vermelho. Tomei um banho e passei bastante base e pó na cara para esconder os vermelhos, continuei de pijama mesmo e conferi as malas.

Comecei a colocar maquiagem, perfume e coisas pessoais na minha ultima mala, peguei minha toalhinha com as laminas, dei uma olhada e resolvi fazer um corte para ver se me aliviava um pouco.

Eu estava sentindo a dor ir embora, estava sentindo um alivio imenso, era como se nada tivesse acontecido ontem, me sentia forte, confiante, o sangue me fortalecia de um jeito muito bom, mas eu tinha que parar, eu precisava, mas só mais um, agora eu paro, mas só mais um pouco.

–Merda. –Falei quando percebi que tinha ido longe demais, corri para o banheiro e não parava de sangrar, pressionei a toalha no meu braço e aos poucos ia parando.

Já eram duas horas, coloquei um, sobretudo meio improvisado e vê que não tinha ninguém em casa.

Fui à geladeira pegar algo para comer e tinha um bilhete pregado lá.

“Volto para te levar para o aeroporto.”

Ótimo pensei comigo mesma, abri a geladeira e peguei uma pizza e esquentei no microondas.

Subi para o meu quarto e comecei a comer a pizza com uma latinha de coca.

Terminei fui fechar as ultimas malas. Tomei meu banho e troquei de roupa.

Comecei a descer com as malas, a campainha tocou só podia ser a Lari.

Abri a porta e já estava sendo sufocada por um abraço.

– Eu vou sentir muita saudade de você viu.

–Calma, eu vou voltar e nossa amizade é forte vai sobreviver. – Falei tentando parecer forte.

Ouvi barulho de carro lá de fora, eram meus pais, a Lari me ajudou com as malas e nos fomos para o aeroporto. Meu pai não quis nem descer quando chegamos lá minha mãe foi e acho que só por educação.

Já estava tudo resolvido eu só precisava ir para sala de embarque.

–Vou sentir saudades- A Lari falou em meio de lagrimas, demos um longo abraço.

–Te amo muito viu? – Falei ainda no abraço.

–Também.

–Ate mais mãe. –Falei e ela fez o que eu menos esperava, me deu um abraço, e ela olhou bem no fundo dos meus olhos.

–Boa sorte. – Ela falou e eu sorri, esperava algo mais, mas não podia culpá-la não eu nem ela éramos boa em expressar sentimentos.

Peguei minha bolsa e fui deixando tudo para trás, uma vida nova me espera. Tomara que de tudo certo.

–Vai da- Falei comigo mesma- Eu posso e ainda vou dar a volta por cima.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews para deixar uma autora feliz ? beijos ;*