Sorte Na Dança escrita por Jessica Batista


Capítulo 2
Não acredito.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo gente, espero que gostem



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Acordei e recebi mensagem das meninas falando que tinham cancelado o café, pois o vôo delas iria sair hoje cedo, seria melhor assim.

Tomei café no hotel mesmo, comi super rápido e fui tomar banho e coloquei uma roupa e desci com as malas.

Meu taxi já me esperava lá em baixo, cheguei ao aeroporto até que bem rapidinho reparei que tinha um monte de meninas lá e alguns fotógrafos, quem será que estava lá? Fiquei me perguntando. Fui fazer o check in e eles me deram o meu Ticket que era amarelo, e fui para sala de embarque, descobri que meu vôo já tinha sido anunciado uma vez, merda, eu estava atrasada, fui lá entreguei a passagem e fui para o avião, era de primeira classe, nossa eu estava louca para contar para todo mundo lá no Brasil toda essa semana que eu passei aqui, quando digo todo mundo é só a Larissa mesmo.

Olhei o numero da poltrona, numero 35, o avião estava meio vazio, devia ser pela época do ano. Era de trio as poltronas quem será que alguém sentaria comigo, quando eu parei de frente para o numero 35 em cima da cadeira eu não acreditei, tinha dois caras lindos rindo um de cada lado e o espaço no meio deles vazio, eu olhei mais uma vez para conferi, nossa só podia ser mentira.

–Então linda você que vai fazer companhia para a gente? – Um deles falou o da ponta.

Eu saio da minha pequena transe e concordei.

Sentei no meio dos dois ainda sem acreditar eu estava viajando com o Harry Styles e Louis Tomlinson!

–Vocês vão viajar para o Brasil? – Eu perguntei em um inglês meio embolado.

–Não, nós vamos para Paris, os outros meninos já foram e nos vamos hoje. - O Louis me explicou, com um sorriso de lado.

–Você conhece a gente? – Harry me perguntou.

–A sim, acho que já vê vocês em algumas revistas. –Falei disfarçando.

–A e você é de francesa?

–Ai quem me dera, sou do Brasil.

–Serio? Nossa estamos muito ir conhecer as fãs brasileiras- Harry disse rindo.

–Acho que vocês deveriam tomar cuidado, elas são meio doidas- Eu disse rindo, lembrando do show da Avril Lavigne em Belo Horizonte que um fã invadiu o palco.

Ficamos conversando sobre as fãs do Brasil ate finalmente pegamos o vôo, eles eram super engraçados, conversamos sobre varias coisas no Brasil, principalmente o carnaval. Eles eram muito engraçados ficavam os dois um tirando com a cara do outro.

Contei para eles do teste de Balé que eu vim fazer e eles falaram que a namorada do Niall também, eles falaram que ela era loira, com os cabelos enormes e olhos claros, mas eu falei que não tinha visto ela não.

O avião parou em paris e eles desceram.

–Quem sabe a gente não se vê ai. – O Harry falou, e o Louis concordou, eu passei meu twitter para eles, mas eles nem precisavam me passar o deles né?

Era estranho esse vôo fazer escala em Paris, não era uma coisa muito inteligente eu acho, peguei meus fones e comecei a ouvir musica, eu não acredito que eu tinha conhecido eles.

Comecei a cochilar, acordo com a aeromoça me cutucando levemente.

–Chegamos querida- ela me disse em português, eu corei ai que vergonha, levantei bem rápido e sai do avião.

Fui pegar minha mala, era só uma já que eu só tinha passado uma semana lá.

Cheguei lá e estava minha mãe e a Larissa, não esperava mesmo que meu pai viesse.

–Vamos filha, seu pai espera no carro. –Minha mãe falou quando eu me aproximei, sem nem um abraço, mas em compensação a Lari já estava me esmagando.

Minha mãe estava levando as malas, eu e a Lari demos uma corridinha para alcançar ela.

–Você não acredita quem estava no avião comigo, e ainda do meu lado. – Falei sorrindo, não conseguindo esconder a animação, ela arqueou uma sobrancelha, sem muito interesse.

– Harry Edward Styles e Louis Tomlinson. - Falei baixo e ela paro de andar na mesma hora.

–O que?- Eu comecei a sorri, ela também era super fã deles, então nos começamos a gritar, e a dar meu ataque de fã que eu estava querendo há muito tempo.

Minha mãe olhou para trás, fez uma careta e fingiu que não conhecia a gente. Contei tudo para ela, tudo e que o Harry era simplesmente perfeito, como eu previa.

Entramos no carro, minha mãe já tinha guardado as malas e meu pai já estava reclamando.

–Ate que em fim, achei que teria que ir atrás de vocês, nunca vê cadê o respeito? Me deixaram aqui esperando que nem um trouxa.- Ele falou completamente estressado como sempre.

–Ta bom, da próxima vez eu venho de taxi. - Falei

–Ainda vem atiradinha? Me respondendo? A patricinha quer um taxi? Vem de ônibus e começa a ver a vida difícil que eu passei e ver se começa a dar valor, sua vagabundinha.

Ele falou achei melhor não falar nada e a Lari também não já que uma vez ela enfrentou meu pai e ele proibiu ela de ir lá em casa por um bom tempo.

Minha mãe não fala nada, ela é completamente manipulada por ele. Vê que tinha uma latinha de cerveja que ele estava tomando, ele nunca esta ai para regras.

–E quando você volta para lá? – Minha mãe perguntou.

–Já vai voltar?- Meu pai perguntou indignado.

–Eu te falei querido, ela passou nos testes. – Minha mãe falou

–A pelo menos algo que preste, uma vez na vida, só decepção. – Ele falou e meus olhos estavam cheios de água, eu sempre fui uma ótima aluna, mas nada estava bom para ele.

Chegamos finalmente em casa, fui ver minha cachorra, ela se chama menina, eu sem criatividade, imagina?

Eu e a Lari subimos, eu comecei a tirar as coisas da minha mala, colocar aquelas roupas para lavar.

Vamos às compras?- Perguntei para ela.

–Sim sim, mas seu pai vai te dar dinheiro?-Ela perguntou preocupada.

–Não preciso dele, eu trabalhei deste os 15 anos e tem o dinheiro de competições que eu ganhei. - Falei e ela sorriu. Mas espera que eu vou tomar banho e trocar de roupa.

Fomos ao shopping e comprei algumas saias, vestidos, shorts, alguns sapatos, algumas meias calças e uma sapatilha de balé nova.

Precisava de algumas blusas, comprei algumas regatas, e um umas blusas de frio, claro, essas marcas no meu braço às vezes me incomodavam, mas era a única saída.

Voltamos para casa já era de noite, cheia de sacolas, a Lari achou melhor ir para casa já estava tarde, subi direto para o meu quarto para evitar sermão, e já comecei a arrumar as malas.

Estava levando quase todo o meu guarda-roupa, fechei a ultima mala, cansada coloquei meu pijama quando meu pai entra no quarto completamente bêbado.

–Você não vê a hora de ir embora daqui né mocinha? – Ele falou.

Eu não falei nada, seria melhor assim.

–Você engana a sua mãe, mas a mim não, eu sou esperto você não me engana não, sua putinha, você nem talento tem e acha mesmo que eu cai nessa historinha? – Ele falou e eu estava com imensa vontade de chorar, mas não, não podia.

Ele foi e me deu um tapa e eu cai no chão. E não agüentei tive que chorar, ele começou a me bater, com tudo, a maioria dos tapas, melhor socos foi na minha barriga, eu estava chorando, me arrependi de esta de short, pois ele me dava tapas muito fortes, estava segurando o choro ao Maximo, mas já caia algumas lagrimas.

Ele cansou de me bater, parece e ficou me olhando depois de cuspir em mim, me deu um chute e saiu e assim que ele fechou a porta desabei a chorar.

Fui ao banheiro, me olhei no espelho e comecei a me analisar, a marca da mão dele na minha cara ainda era visível, tomei coragem e tirei minha blusa, que na verdade era um moletom, meu ombro estava todo marcado, minha barriga tinha três hematomas horríveis, eu não conseguia parar de chorar, minha perna estava com outro hematoma e também estava marcado onde ele me chutou.

Coloquei a banheira para encher, quando terminou entrei e meus machucados arderam muito, estava sozinha então pude chorar, os da barriga começaram a sair sangue, levantei da banheira e fui ate o armário, sem me importa que estava molhando o banheiro todo, ele era só meu mesmo, peguei uma toalha que ficava no fundo, com algumas manchas de sangue, abri ela onde tinha duas laminas, peguei uma delas e voltei para a banheira, mergulhei lá molhando meus cabelos, voltei a superfície, sem fôlego e fiz uma nova cicatriz nos meus pulsos. A dor realmente tinha sido maior que os tapas do meu pai, eu estava fazendo corte bem profundos, eu só teria que ficar mais três dias naquele inferno.

Tomei coragem em sair dela, a água estava uma cor estranha já. Deixei a água ir para o ralo e dessa vez coloquei um pijama de frio.

Deitei na cama e resolvi que não contaria a ninguém, nem para a Lari, era muita humilhação eu não queria chorar na frente dela, mesmo porque eu era forte, não queria parecer fraca.

Dormi rápido estava muito cansada e dolorida, meu pulso tinha parado de sangrar a pouco tempo e estava enrolado na minha toalhinha que eu não poderia deixar para trás, só esperava não ter motivos para fazer isso na Inglaterra.



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Notas finais do capítulo

reviews? oq acharam? ficou muito pesado ou seila?