The Vocaloid Story escrita por Sayumi Yagami


Capítulo 9
Capítulo 9 | Miku Hatsune | Melt




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Como em toda a escola, chegam a época das provas e a tensão aumenta.

Muitos grupos de estudos eram formados com a seguinte missão: estudar e conversar com os amigos.

A maioria desses grupos eram formados pelas classes sociais (panelinhas) como: os populares, os normais, os nerds, os esportistas e os excluídos.

Porém, para quebrar a norma, existia um grupo com integrantes desses outros, tendo Luka Megurine como a nerd, Kaito como o popular, Gakupo como o esportista, Rin e Len como os normais, e ainda havia uma garota, uma garota que classificariam como excluída, já que ela não se classificaria em nenhuma das categorias acima. Seu nome era Miku Hatsune.

Além das provas, havia também trabalhos para ajudar na média, ou simplesmente porque os professores queriam mandar os alunos fazerem outra coisa.

Dentre esses professores podemos citar o de álgebra...

Miku tinha ido para a aula como sempre fazia. Chegava, falava com seus amigos, fazia o dever, voltava para casa, fazia o dever, cantava... A rotina continuava.

Álgebra era a única aula que Miku não gostava. O professor baixinho, de trezentos anos, chato, ficava parado na frente da turma, tratando os como burros.

Miku detestava isso. Ela queria gritar com o professor, falar que tinha entendido a matéria, ou apenas cala-lo para poder escutar música direito.

O professor falava algo muito entediante e Miku colocou o volume no máximo. Não queria escutar absolutamente nada do que aquele cara falava.

Kaito a olhava algumas vezes, ele perguntava algo para Miku, mas Miku o ignorou. Devia, provavelmente, ser algo sobre alguma prova, ou como ela não ficava surda, e Miku não queria ouvir outro sermão.

O professor parou de falar e Miku achou que devia ser o sinal que tinha tocado, já que era quase impossível fazer aquele homem se calar.

Miku tirou os fones quando saiu da sala e Kaito lhe estendeu um bilhete.

Ela o pegou, achando estranho o jeito como Kaito estava hoje.

“Quer fazer o trabalho comigo?”

“Que trabalho?” – respondeu.

Kaito olhou para Miku quase rindo e negou com a cabeça.

“Quando vai parar de querer estourar seus tímpanos?”

Miku pegou o papel e jogou nele.

Luka surgiu sabe-se lá da onde e olhou com certa reprovação para Kaito.

- Miku, quer fazer o trabalho comigo e com a Rin? O professor disse que são no máximo três pessoas. – falou ela, tentando atingir Kaito.

- Hum... Brigaria comigo se eu dissesse que outra pessoa já me convidou? – perguntou Miku.

Ela olhou para Kaito e ele sorriu.

Luka suspirou.

- Nossa! Não sei como não se casaram ainda. – murmurou voltando para a carteira.

Miku olhou para Kaito, corada, mas pelo jeito ele não tinha escutado nada.

- Hum... Quem vai na casa de quem? – Kaito perguntou na ultima aula.

Miku deu de ombros. Não importava que lugar fosse, para ela estava de bom tamanho.

- Que tal na minha? Hoje? – perguntou.

- E quanto a seus pais? – perguntou Kaito.

Miku deu de ombros novamente.

- Eles não dão a mínima. Pode ir lá hoje. Aproveita e me fala sobre o que é o trabalho. – disse Miku, assim que o sino tocou.

Ela saiu correndo da sala. Precisava arrumar sua casa. Precisava cozinhar. Precisava se arrumar. Precisava fazer um monte de coisas.

Miku correu, passando apenas na padaria. Ficou em dúvida e decidiu levar um pote de sorvete napolitano.

Ela gostava de sorvete, mas sabia que Kaito tinha adoração.

Miku chegou em casa, e seus pais não estavam. Ela limpou a casa meio por cima, já que ela já estava arrumada, e foi fazer um bolo.

Ela não era super craque na cozinha, mas dava conta do recado. Pegou os ingredientes e colocou o bolo no forno.

Decidiu então se arrumar.

A maior dificuldade de Miku foi decidir uma roupa. Ela tentou um conjunto cinza que tinha e que amava, um vestido branco e um conjunto rosa. Optou pelo conjunto.

Miku se lavou, se vestiu e se arrumou. Ignorou a maquiagem, pois detestava usar maquiagem. Aquilo realmente a incomodava.

Miku foi até a janela. Viu um vulto em meio a chuva que não estava na previsão. Ela pegou uma sombrinha e saiu correndo na chuva.

- Kaito, Kaito! – gritava.

Kaito correu até ela. Estava ensopado.

- Oi Miku. – disse ele. – Ahn, o clima está meio imprevisível, não é?

Miku assentiu. Ela sorriu para ele. Mesmo levando um caldo, Kaito era mesmo lindo. Ele usava vestes normais de adolescente.

Eles caminharam juntos até a casa de Miku.

Quando chegaram até a entrada, Miku correu até o quarto de seus pais e pegou uma veste do pai. Ela entregou a Kaito.

- Bem, sei que não é lindo, e nem da sua medida, mas pelo menos você não vai pegar um resfriado.

Kaito assentiu e foi ao banheiro se trocar. Miku ficou esperando na sala.

Quando voltou, Miku deu risadas. Era estranho para ela ver o garoto que gostava usando as vestes de seu pai.

- Ficou tão ruim assim? – perguntou, dando voltinhas. Isso fazia com que Miku gargalhasse mais.

- Ficou estranho, mas você está bem apresentável. – falou Miku.

Kaito riu da piadinha sem graça de Miku.

Eles começaram a fazer o trabalho. Lê-se Kaito começou. Miku estava procurando algo em meio à suas coisas.

- O que foi? – perguntou Kaito.

- Nada! Eu só estou, só estou procurando algo para te mostrar. – disse Miku.

Kaito terminou o trabalho enquanto Miku ainda procurava, dessa vez pela casa toda, a letra.

- Miku, posso te ajudar? – perguntou Kaito. Miku sentou no chão, com as mãos no rosto.

- Não precisa Kaito, obrigada, tenho certeza que não está aqui. – disse Miku.

Kaito assentiu, passando a mão no cabelo da Miku. Ela parecia mesmo desesperada.

- Miku, se você quiser que eu... – começou, mas foi interrompido.

- O BOLO! – gritou Miku, correndo até a cozinha. Um bolo preto estava no forno. Miku o desligou rapidamente.

- Suponho que o bolo seja de chocolate, certo? – perguntou.

- Não, era de baunilha. – disse Miku, tirando o bolo e espalhando o cheiro de queimado pela casa.

- Nossa! Seu bolo tomou muito sol! – disse ele. Miku riu.

- Agora só temos sorvete. – disse ela.

- Para mim não faz diferença. – disse.

Miku serviu duas taças e eles acabaram com o pote na mesma tarde.

A tarde dos dois se resumiu em canto, sorvete e piadas sem-graça que fazia com que ambos rissem.

O celular de Kaito tocou alertando uma mensagem.

- Miku, tenho que ir. – disse ele. A chuva tinha parado então era fácil para Kaito ir embora.

- Ah, já? – perguntou Miku, triste.

Kaito assentiu, se levantando e encaminhando até a porta. Miku o seguiu.

- Tchau Kaito. – disse ela, estendendo a mão. Kaito deu um abraço fazendo Miku corar.

- Tchau Miku, obrigado. – disse ele. Miku se ergueu na ponta dos pés e deu, ou tentou, dar um beijo na bochecha de Kaito, mas este se virou e o beijo acabou sendo na boca.

Os dois atingiram um tom de vermelho sangue.

Kaito foi embora, enquanto Miku ficava com a mão na boca.

Miku fechou a porta, e ficou sentada, apoiada na mesma.

Seu celular a fez recuperar o sentido.

Ela pegou e discou um numero rapidamente.

- Alô? Eu sei que você está com ela. E a quero de volta. – disse ao telefone.


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