Amor À Toda Prova escrita por Mereço Um Castelo


Capítulo 14
Capítulo 14 - Encontro Duplo


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo novinho e no final um desafio! :)



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Finalmente o turno de Bella acabava naquele momento. Seus pés doíam, sua cabeça latejava e ela tinha certeza que aqueles dias estavam chegando, pois se sentia irritada e triste ao mesmo tempo, sem motivo aparente.

Ela, junto de sua amiga e companheira de sofrimento, Luiza, deixavam a lanchonete e seguiam juntas até o ponto de ônibus em uma conversa sobre o como eram exploradas.

- Acho que deveríamos ganhar mais – Luiza disse convicta.

- Bem, lanchonetes sempre são conhecidas por pagarem pouco mesmo – Bella deu de ombros.

Claro que ela concordava que deveriam receber mais pelo que faziam, mas ela estava conformada somente por trabalhar e ter como pagar suas contas, mesmo que sempre vivesse no aperto.

- Eu sei, mas é que não ganhamos o suficiente para aturar o Aro oito horas por dia, isso é fato!

- De certa forma, é verdade, deveríamos reclamar no Sindicato! – Bella disse antes de elas começarem a rir.

- E se eles disserem que não podem fazer nada, nós deixamos eles trabalharem uma semana com o Aro na cola deles!

- Eu aprovo!

Elas pararam no ponto e Luiza lembrou que precisava fazer uma ligação.

- Opa! Estava quase me esquecendo! Tenho que ligar para minha mãe e avisar que o pedreiro vai começar a trabalhar amanhã cedo na casa dela.

- Ixi, obras?

- É, uma parte do telhado da casa do vizinho decidiu criar asas com a última ventania e quase acabou com tudo nas casas do lado. Minha mãe tem que vir hoje para casa se não quiser acordar com marteladas na orelha amanhã.

- Gente, que perigo.

- É, o cara ainda não queria pagar!

- Que folgado!

- Mas ele viu que brigar com meu pai não dava certo.

- Acho que ele foi esperto, ninguém quer brigar com o delegado.

- É, não mesmo! – elas voltaram a rir, enquanto Luiza caçava seu celular na bolsa, que era tão grande quanto a do gato Felix e tinha tantas coisas como o saco de presentes do papai Noel.

Bella também decidiu pegar seu celular e foi assim que constatou que estava sem bateria.

- Ixi... Espero que a Alice não tenha tentado falar comigo.

- Sem bateria?

- Sim.

- Se bem que – ela disse ao finalmente achar seu próprio celular, – ela deve estar bem ocupada com o namorado uma hora dessas.

- Eu não quero nem pensar nisso!

- Sabe, nem eu... – ela riu.

- Aliás, você o conhece?

- Não, mas como ela fala dele tanto quando vai na lanchonete, eu acho que ele deve ser tipo um deus grego na Terra.

- Meu Deus, o fã clube do Rafael está aumentando! Alice que se cuide! – Bella brincou. – E olha que ele conquista até quem não conhece, que perigo!

- Quem manda ela fazer propaganda positiva, não é mesmo? O certo é fazer negativa, para ninguém querer roubá-lo!

- Tem fundamento...

- Mãaae! – Luiza fez um sinal com a mão para Bella, quando sua mãe finalmente atendeu o telefone.

Bella passou a observar a rua, torcendo para que o ônibus viesse o quanto antes para que pudesse chegar em casa, tomar um banho e aproveitar as maravilhas de um pote de sorvete em frente a televisão até tarde.

Tudo que ela podia pensar é que torcia para que Esme não aprontasse nada demais e que Alice não topasse com a amiga. Mas logo ela espantou esse pensamento, pois a Esme que ela conhecia nunca iria a nada que não fosse uma balada ou um barzinho badalado, ela sabia que Alice não daria a mancada de levar Rafael em um lugar desses.

* * * * *

Esme já quase furava o chão de tanto andar de um lado para o outro quando Carlisle apareceu a sua frente. Ele estava perfeito, impecável e totalmente cheiroso para ela. Ela olhou brevemente no relógio quando lembrou que precisava respirar e viu que ele não havia demorado quase nada.

- Bem, e então? Para onde pretende me arrastar? – ele brincou ao ver que ela não dizia nada.

- Na verdade, bem eu vou deixá-lo escolher, afinal, eu já escolhi a companhia, não?

Ele sorriu para ela. É claro que imaginava que o grande plano dela possuía alguma falha, e viu que ela não havia pensado na possibilidade de um “sim” da parte dele.

- Ok, acho que posso pensar em algo.

Mas ela teve um estalo, não podia encontrar a cunhada com o irmão e decidiu fazer um pedido.

- Poderia ser algo não tão movimentado, não é? Não queria um lugar onde a música estivesse tão alta que não pudéssemos conversar – ela sorriu ao imaginar que Alice arrastaria Rafael para alguma baladinha de sábado.

- Sim, claro. Afinal eu quero conhecer mais sobre você – ele disse.

Ela pegou a bolsa e deu a mão para ele. E foi assim, bem juntinhos, que deixaram o hospital com enormes sorrisos no rosto.

Mesmo que não soubessem, um estava mais que maravilhado com o fato de poder sair com o outro naquele instante. Sem contar que torciam imensamente para o encontro se repetir várias vezes, mesmo que ele não tivesse começado de fato ainda.

* * * * *

Edward levou Lucy e as crianças para a casa de Jasper após o lanche. Enquanto ela foi fazer as crianças tomarem banho e se prepararem para dormir. Edward foi ver o estado do amigo e confirmar se ele havia, ou não, comido algo.

Ele procurou por toda parte, e antes que o encontrasse, topou com a governanta, Gertrudes, uma senhora idosa que trabalhava para a família de Maria há anos. Ela havia voltado do velório um pouco antes do enterro, pois havia passado mal.

- Olá, senhor.

- Olá, Gertrudes. Está melhor?

- Sim, senhor. Foi apenas uma queda de pressão.

- Mas você foi ver isso, não?

- Harrison me levou ao hospital, realmente foi só isso.

- Bem, eu nem esperava encontrá-la aqui hoje, para ser sincero...

- Não podia deixa essa família sozinha, não na ausência da minha menina... – ela respondeu com lágrimas nos olhos.

Edward sabia o quanto a governanta amava sua prima e o quanto estava sendo sincera naquelas palavras.

- Mesmo assim, se me lembro bem, a Maria lhe aposentou faz alguns dias, não?

- Sim, mas eu havia prometido ficar até que encontrassem outra pessoa. Mas não tenho mais certeza se realmente vou poder deixá-los agora.

Edward foi até ela e tocou seu ombro.

- Eu fico realmente feliz por você ser uma pessoa tão boa, eles realmente precisam da senhora. Mas, se realmente for ficar, então é justo que seja registrada de novo, viu? A Maria não apoiaria que ficasse sem garantias.

- Eu sei querido, mas é que realmente não me sinto pronta para deixá-los.

- Mas, e sua filha? Você não iria visitá-la por um tempo?

- Eu iria, mas liguei avisando o ocorrido e ela apoiou minha decisão.

- Bem, então...

Edward viu que tudo estava impecavelmente limpo, até demais para que Jasper tivesse se aventurado em fazer algo antes de Gertrudes chegar.

- A senhora, por acaso, viu o Jasper?

- Vi sim, querido, ele está trancado em seu escritório desde que chegou. A propósito, eu estou tão preocupada, ele não comeu nada.

- Eu suspeitava isso.

- Acredita que nem a sopinha que eu fiz, ele quis tomar? Ele vai ficar doente assim...

- Não se preocupe – ele tentou sorrir para ela, – me dê a sopa que eu vou fazê-lo comer um pouco.

- Não vai brigar com ele, não?

- Claro que não, Jasper está sofrendo. Mas vou fazê-lo ver que, se até os filhos dele comeram, ele tem que fazer o mesmo. Pois, cá entre nós, ele já chegou nos trinta e não tem desculpa para se comportar pior do que seus filhos de treze, não?

A senhora sorriu e foi pegar o que Edward pediu. Ela queria levar até lá, mas ele disse que embora não tivesse habilidades extremas com uma bandeja, prometia não deixar cair e só sair do escritório quando Jasper comece.

* * * * *

Alice e Rafael chegaram à exposição que ela havia escolhido. Ele sabia que a namorada sempre escolhia os locais mais inusitados para ir, e não era realmente fácil de se adivinhar o que ela tinha em mente para fazer. Porém, ficou feliz por estarem ali.

Ele beijou o topo de sua cabeça e sussurrou.

- Você é adivinha, minha linda?

Ela sorriu, aliviada internamente por ele ter gostado do programinha a dois e feliz por pensar que poderia entretê-lo ali sem problemas. Pelo menos até que Esme ou Bella dessem sinal de vida.

Aliás, ela estava revoltadíssima por Bella não responder a suas mensagens. Ela sabia que iria pedir boas explicações depois. Mas torcia para que ela não tivesse respondido apenas por saber que Esme iria a outro lugar.

Se apegando àquela ideia, Alice saiu do carro após Rafael abrir a porta para ela, e lhe deu a mão para seguirem até a entrada.

Na verdade, ela achava o programa tão chique de se fazer que não imaginava Esme passando por ali. Não que a cunhada não fosse refinada, mas ela sabia que o espírito interior de Esme não havia chego nem aos 15 anos ainda, mesmo que seus documentos dissessem que ela tinha 22 anos.

* * * * *

Jane estava tomando banho, enquanto seu irmão conversava com a tia em seu quarto.

- A senhora acha que mamãe sentiu muita dor?

Lucy engoliu em seco, mas tentou sorrir e demonstrar mais leveza ao tratar daquele assunto. Ela não queria o sobrinho tendo pesadelos à noite por conta de um comentário seu. Ele não merecia sofrer mais do que já estava sofrendo.

- Meu anjo – ela o cobriu e se sentou ao seu lado, pegando sua mão, – sua mãe era uma pessoa boa, e eu tenho certeza de que as pessoas boas não sofrem na hora da morte. Deus não faria isso, ela era um anjo.

Ele olhou para baixo, tentando não chorar na frente da tia. Mas ela acabou se abraçando a ele e beijando sua cabeça para que ela mesma não chorasse em sua frente. Afinal, Edward havia dito que ela precisava ser forte e ela estava tentando não decepcionar mais.

- Eu sinto tanta falta dela... – ele disse entre soluços, ainda em seus braços.

- Eu também, meu lindo, eu também... Mas eu tenho certeza de que ela estará olhando por você e Jane, ok? E, bem, eu estarei aqui para o que precisar também.

- Você promete? – ele se livrou de seus braços para olhá-la.

- Prometo, meu lindo, eu estarei aqui, ok?

Ele concordou com a cabeça e ela lhe colocou na cama de novo.

- Agora, durma – ela beijou sua testa. – Pois eu também tenho que colocar sua irmã na cama. Qualquer coisa me chame, ok? Eu estarei no quarto de hóspedes.

Ele concordou com a cabeça e se virou de lado. Lucy apagou a luz, fechou a porta e se dirigiu ao quarto da frente, o de sua sobrinha. Mas, tentou segurar suas lágrimas antes de entrar e repetiu para si que devia ser forte. Mesmo que fosse extremamente difícil.


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Notas finais do capítulo

Oi gente!! Então, o desafio é o seguinte, temos 27 leitores, se pelo menos a metade deles comentarem eu posto outro ainda essa semana, ok?
Ou, temos um outro modo de termos novos capítulo que é: se pelo menos 8 comentarem em comentários bem grandinhos eu postarei outro capítulo ainda essa semana, ok?
Conto com vocês!!! :D