Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 9
Apenas se entregando


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente quero agrdecer a lyah pela recomendação, não sei nem como fazer isto. Muito obrigada mesmo!
Este capítulo tem uma revelação muito fofa do Damon e finalmente todas as pontas estão amarradas e poderemos ter muito delena pela frente. Boa leitura!



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(Elena)

Damon nos afastou aos poucos, umas poucas lágrimas ainda encharcavam meu rosto. Eu o olhei confusa, mesmo tendo me sentido extremamente bem com aquele beijo, ele veio em um momento extremamente tenso, tudo piorou quando ele se soltou e me deu as costas.

-O que você fez? Porque fez isso? –Eu perguntei exigente.

Ele então se virou para mim. Me olhou profundamente e disse:

-Preciso falar com você, mas não aqui, não agora. Temos que conversar Elena. Isto não devia ter acontecido assim.

O que era aquilo? Ele já estava arrependido?

-Você quer conversar depois pra que? Se você vai me dizer algo do tipo, foi um erro, não deveria ter acontecido. Eu dispenso. 

Lhe dei as costas e segui andando, logo ele me acompanhou, me puxando de novo contra si. Ele tinha que parar com aquilo, me deixava totalmente tonta e sem forças, sentia que eu não resistiria a nada.

-Não é isso. Para! Apenas, não foi do jeito certo, estamos alterados, Precisamos conversar com calma. Vamos nos encontrar. Amanhã, na sua casa. Vamos sair um pouco, cavalgar. O que acha?

Ele estava com um riso torto no rosto. Porque ele tinha que ser assim? Quer dizer, a poucos instantes estávamos nos machucando com palavras fortes e agora, estávamos marcando um encontro? Era isso?

-Está me chamando para um encontro? É sério? – eu não pude deixar de rir com a ideia.

-Mais ou menos – Ele riu sem jeito – basicamente estou propondo uma trégua.

Eu dei um riso concordando. Daí lembrei de algo que não queria lembrar. Rebekah. Eu tinha ido avisá-lo dela afinal, ao perceber minha expressão mudar bruscamente Damon me olhou curioso:

-O que foi?

Eu suspirei pesadamente eu tinha que contar.

-Eu estava procurando você porque a Rebekah sentiu-se mal, Stefan levou ela, eles iam procurar Klaus. Seu irmão pediu que você ligasse pra ele assim que pudesse.

Damon pegou imediatamente o celular. Eu não me agradava daquilo, vê-lo tão preocupado com ela, mas eu entendia, Damon sentia um carinho muito forte por Rebekah, eu tinha que admitir, ela sabia ser uma vaca quando queria,mas tinha seus encantos.

Um pouco antes, na saída do clube...

(Stefan)

Eu estava ficando realmente incomodado com o que estava acontecendo com Rebekah. Eu estava procurando Klaus, até liguei para ele, mas não conseguia achá-lo, visto que Damon ainda não me ligara deduzi que Elena também não teve êxito em sua busca.

-Como se sente Rebekah? –Eu olhei para ela, que estava largada no banco de meu carro. Pálida, totalmente fadigada.

-Só quero ir para casa. Não achou o Klaus?

Ela me perguntou sem ao menos abrir os olhos. O que estava havendo com ela?

-Não atende o celular. Nem notícias de meu irmão também.

-Me leve para casa, por favor, preciso descansar.

Ela me pedia num tom doce. Mesmo agora, sentindo-se mal e visivelmente abatida, Rebekah possuía uma beleza muito envolvente. Eu toque sua testa com minha mão. Ela pareceu gostar da sensação.

-Você está tão fria.

Eu falei pra ela, já lhe cobrindo com um agasalho que eu trazia no banco de trás de meu carro.

-Vou tirar você daqui, vou colocar o cinto em você.

O gesto seria muito simples, eu só tinha que me inclinar e puxar o cinto. Foi mais complicado do que julguei. A proximidade estava me causando arrepios, eu sempre me senti envolvido por Rebekah, Elena sentia um certo ciúme dela no início, ela tinha razão, Rebekah me atraia muito. Ainda atrai.Eu não resisti, depositei em sues lábios um beijo singelo e muito rápido, foi quase um susto. Ela abriu seus olhos e me encarou confusa. Eu não pensei em Damon eu não pensei em ninguém, apenas queria beijá-la. Eu repeti meu gesto, ela não resistiu, o beijo se intensificou. Meu celular tocou interrompendo aquele momento. Era Damon. Droga! Isso parecia até um aviso.

(Autora)

Aquele final de tarde estava cheio de revelações. Damon assumindo enfim o que sentia por Elena e agora Stefan se rendendo a atração por Rebekah. Longo dia.

Stefan atendeu o irmão. Pouco tempo depois Damon chegou acompanhado por Elena. Ele se aproximou do carro. Stefan saiu e foi ao encontro de no lado do carona. Rebekah continuava largada quase imóvel.

-Qual o problema loira? –Damon perguntou a ela. Elena revirou os olhos desaprovando aquilo. Ela odiava esses apelidos carinhosos.

-Só me senti cansada demais e um tanto tonta, a sensação ainda não passou.

-Bem, seu pulso está um pouco fraco. – Damon observou com seriedade. – Não vi você comer nada a tarde inteira. Sabe que não pode ficar sem se alimentar Rebekah. Você sente muita necessidade de açúcar no sangue. Não pode deixar a taxa cair.

-Apenas me leve pra casa Damon. - Ela gemeu.

-Tudo bem.

Damon não quis tirar Rebekah do carro, então levaria a loira pra casa no carro do irmão. Antes de ir ele foi até Elena.

-Não esquece de amanhã, eu estarei lá.

Elena riu e respondeu:

-Eu moro lá gênio. Quem não deve esquecer é você.

Damon sorriu largamente. Stefan também se despediu de Rebekah.

-Espero que você fique bem logo. Me liga quando se sentir um pouco melhor. Ficarei feliz em ir te visitar.

Ela apenas deu um sorriso fraco. Damon entrou no carro, num último gesto olhou para Elena e Stefan e acenou. Elena mal podia esperar por amanhã. Eles realmente tinham que conversar, principalmente sobre Rebekah. Já Stefan só conseguia pensar no que havia acontecido. Só tinha uma coisa que ele sabia. Ele queria repetir. Mas tinha um problema. Damon. Ele esperaria o irmão voltar. Ele iria conversar seriamente. Ele não tinha nenhum segredo com Damon. Ele contaria tudo ao irmão.

(Damon)

Eu voltei para casa após deixar Rebekah bem assistida pelo irmão. Chegando em casa, Stefan me esperava na sala, bastante ansioso por sinal. Ele me perguntou sobre Rebekah, logo depois pediu que eu o acompanhasse até o  escritório, ele tinha uma expressão séria e
eu estava curioso.

-Qual o problema? –Eu perguntei quebrando o silêncio.

Ele me olhou totalmente desconcertado e começou sem jeito:

-Bem, eu nunca tive problemas pra falar com você sobre nada, mas agora confesso que nem faço ideia de por onde começar.

Stefan estava realmente nervoso. Eu tive que quebrar o gelo.

-Deixe-me adivinhar... Você não é mais virgem?

Ele revirou os olhos e não conseguiu conter um riso.

-Só você Damon. – Finalmente ele relaxou.

-Me fala o que está te perturbando irmão. –Eu pedi.

Ele respirou fundo, então encarou o chão e depois meio que fugiu do meu olhar. Eu fiz uma expressão de impaciência e ele disparou:

-Você ficaria muito bravo se eu dissesse que minutos antes de você ir ao encontro de Rebekah mais cedo, no meu carro, eu a beijei?

Tá bem, aquilo um meia surpresa. Eu fiquei meio lerdo. Stefan beijou Rebekah? Não era estranho, apenas coincidência. Ele estava me encarando agora, a agonia crescia em seu rosto. Eu ri finalmente pensando na ironia daquele momento. Ele me repreendeu:

-Não era a reação que eu esperava Damon. –Ele disse irritado.

Eu continuei irônico:

-Bem... sua culpa diminuiria se eu falasse que talvez, no mesmo instante, eu estava beijando ferozmente Elena?

Ele me encarou totalmente indignado.

-Como é que é? – Finalmente ele conseguiu dizer.

-O que você ouviu. Eu não consigo mais me afastar do que sinto, eu fugi muito de tudo, desde o começo, eu não me permitia sentir. Foi um erro. Um erro que hoje eu decidi concertar. Ou quase isso, vou tentar consertar.

Ele me olhava incrédulo. Ele sentou na cadeira da mesa e eu o segui, sentando a sua frente. Eu o olhei e ele me olhava interrogativo.

-Descreva “desde o começo”. –Ele frisou a frase e continuou- isso vem de quando?

Eu respirei fundo. A história seria longa.

-Ouça Stefan. Primeiro de tudo. O que aconteceu hoje, não havia acontecido antes, nunca. Então você pode descartar que eu influenciei diretamente a decisão da Elena. O que ela decidiu envolve muito mais, e foi só ela. Sozinha. Decidindo sobre o que seria melhor pra ela.

Ele só me encarava, ouvia tudo com atenção, não me interrompeu.

-Segundo – eu continuei – você sempre me falava que Elena e eu tínhamos muita finidade, porque ela tinha muito da Katherine e não é bem assim. Eu demorei muito pra admitir isso pra mim mesmo. Não era Elena que parecia com a Kath, era a Kath que parecia com a Elena. Eu vi a Elena crescer, toda aquela bondade, aquele altruísmo, a meiguice. Elena era uma pessoa tão singular no nosso meio, ela era tão diferente das outras garotas, ela simplesmente me cativava a cada ano, a
cada mudança, a cada decisão bondosa. Ela cresceu perfeita pra mim, mas seu único problema era ser sua noiva e não minha. Uma moça como Elena não é comum no nosso meio social, isso explica o fato de eu conhecer alguém que me lembrava tanto ela em uma classe menos esnobe que a nossa. É aí que entra a Katherine. Ela tinha tudo o que a Elena tinha e ainda mais, era forte, uma mulher de fibra, admirável. Eu fui muito feliz ao lado dela. Eu aprendi tanto, mas no fundo meu irmão. Ela sempre foi meu plano b.

Stefan estava paralisado. Ele não conseguia falar nada, apenas me encarava. Visto que o choque era demorado eu continuei.

-E terceiro... Você e Rebekah tem um rolo perceptível. Ela nunca escondeu que sente-se atraída por você e depois do que você me falou, acho que você não fica atrás nisso tudo.

Ele levantou foi em direção a janela e finalmente falou.

-Isso tudo é loucura Damon. Você e Elena? Eu nunca imaginaria, eu simplesmente não acredito. Você ia mesmo me deixar casar com ela Afinal você sabe, eu nunca quis muito isso.

-Como eu te disse Stefan eu demorei a admitir isto. Estou me ouvindo falar toda essa história hoje. Ela estava no meu inconsciente, eu me recusava a ouvir ela, a ouvir meus próprios sentimentos, mas agora não mais, quero estar com Elena. E você com Rebekah, admita logo!

-Isto tudo é tão surreal. Sério, estamos loucos. Só pode.- Ele falava totalmente agoniado, levando uma das mãos ao cabelo.

-Não irmão, não estamos loucos, apenas estamos nos entregando a nossos sentimentos, de verdade, pela primeira vez. E acredito que se nos entregarmos cada vez mais a felicidade será pouco pra descrever o que sentiremos.

Eu fui ao encontro dele, depositando um abraço forte. Ele no principio não reagiu, mas depois não só retribuiu como sorriu feito um bobo. Eu parecia ter libertado ele de algo.

-Vá atrás de sua paixão. –Eu disse a ele – porque amanhã eu vou atrás da minha. Perdi tempo demais e não te aconselho a fazer o mesmo.

Eu falei isso ainda o abraçando, só então o larguei e fui em direção a saída.

-Obrigado irmão! – Ele me disse.

-Sempre que precisar. – Eu pisquei pra ele. Tudo estava certo afinal. Onde deveria estar.


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Notas finais do capítulo

Muito delena no próximo capítulo. Ansiosa!