Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 10
A hora certa, o lugar certo


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada quero agradecer a Tielly Gleyce pela recomendação da fic. Obrigada!
Eu tentei postar hoje o dia inteiro, mas meu moldem estava de greve, só consegui agora.
Eu terei uma semana corrida o que significa que vou demorar mais do que costumo para postar o próximo capítulo. Considerem um leve hiato. Espero que gostem deste. Eu tentei caprichar, mas sem exageros. O melhor está por vir.... Beijos! Boa leitura!



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(Elena)

Eu estava tão nervosa, parecia que eu não tinha nenhuma roupa pra vestir. “Vamos lá Elena!”, eu disse a mim mesma. Era o Damon. Ele não ligava pra estas coisas e desde quando eu ligava também? Eu não conseguia me conter de tanta ansiedade. Quando ele me ligou hoje cedo, confirmando que ele vinha pela tarde, para sairmos a cavalo, meu riso foi contagiante. Ele me falou que antes iria passar na casa de Rebekah e que Stefan ia com ele, me falou isso dando uma risada meio maléfica que eu não entendi.

Eram cinco pras quatro da tarde quando decidi descer até a sala. Damon me falou que chegaria as quatro em ponto, eu achei que seria o horário apropriado pra descer, também não aguentava mais a ansiedade. Nossa! Esse relógio não anda? Minha mãe me observava da sala, ao lado dela Caroline, que não parava de soltar risinhos, ela sabia bem porque eu estava assim. Dois pras quatro... Um... Não já era pra eu ver o carro dele chegando? Ele iria se atrasar? Porque não ligou avisando então? De repente eu avisto duas figuras vindas da direção do escritório de meu pai, a familiaridade da voz me fez tremer. Damon e meu pai vinham em direção à sala onde eu estava. Eles trocavam risos.

-Olá minha filha! – Meu pai me falou com um sorriso largo - Sua companhia apareceu afinal Damon. –Damon sorriu para ele e me encarou enfim, vindo em minha direção.

-Eu cheguei um pouco mais cedo. – Ele falou pegando uma de minhas mãos e depositando um beijo nela – Eu não pedi pra chamá-la porque a Caroline me falou que não estava pronta ainda.

Eu virei pra encarar a Caroline, só agora eu entendia os risinhos. Como assim não estava pronta? Eu já estava desde as três e meia. Eu ia matar ela.

-Bem... Está pronta? – Ele me direcionou um riso irresistível. Uau!

-Claro! – Eu quase gaguejei.

-Então vamos?

-Sim, vamos.

-Senhora Gilbert, Caroline, senhor Gilbert. Voltaremos no final da tarde. – Damon se despediu.

-Bom passeio crianças. – Minha mãe falou entre um riso com malícia. Caroline a seguiu no gesto.

-Não vão tão longe, as estradas depois do pomar estão ruins. – Meu pai sugeriu.

-Pode ficar tranquilo papai. Não iremos além do pomar. – Eu tranquilizei.

Damon estendeu seu braço, para que eu pudesse envolver o meu nele. Acenei para todos na sala e saímos. Eu estava radiante.

Fomos em direção aos estábulos. Eu já tinha dado ordens para selarem ‘nossos cavalos’, Damon sempre montava no puro sangue que papai tinha orgulho de exibir. Um garanhão negro, lindo demais e bastante arredio também. E eu montava o cavalo do meu pai. Um corcel, também maravilhoso, menos arredio que o outro.

-Corrida até o pomar? – Eu perguntei com uma expressão presunçosa.

-Não acho uma boa ideia – ele falou entre um riso – da última vez além de estar perdendo, você não se sentiu muito bem. Não aguenta a pressão. –Deu um riso torto ainda mais irresistível.

-Ah! É assim? Pelo o que eu sei eu estava ganhando e a única pressão que me afetou foi a arterial. – Eu respondi fazendo cara de irritada. – Agora se você está com medo de perder... – Eu provoquei.

-Mas olhe só isto! Tudo bem então, vamos lá! Ele começou já disparando o cavalo.

-Ei! Assim não vale! – Eu gritei. Que trapaceiro!

-Deixa de chorar e me acompanhe!

Cavalgamos entre risos e provocações. Logo nos vimos no local daquela mesma tarde, aquela tarde cheia de emoções que eu tive com Damon anos atrás. Eu parei o cavalo e desci. Ele me seguiu.

-Lembra desse lugar? – Eu lhe perguntei.

-Lembro! Lembro principalmente de você caindo bem aqui. – Ele apontou para perto da grande árvore próxima a nós.

-Bem... Sorte minha ter um amigo médico pra me socorrer não é? – Eu provoquei.

Ele veio em minha direção, me pressionando junto à árvore. Seu olhar era intenso, se revezava entre meus olhos e minha boca, eu comecei a fazer o mesmo, estávamos próximos demais. Ele quebrou o silêncio:

-Bem, se você se sentir mal agora, terá mais que um amigo para lhe socorrer.

-Ah é? Mais que um amigo... Defina mais que um amigo!

Eu o provoquei e ele veio mais junto a mim, nossos rostos a centímetros.

-Eu prefiro mostrar o porquê. - Então num gesto extremamente doce, ele envolveu suas mãos em meu rosto e depositou um beijo singelo em meus lábios.

Damon se afastou rápido demais, ele me encarava como se esperando que eu demonstrasse se gostei. Resolvi mostrar o quanto gostei envolvendo minhas mãos em sua nunca e lhe dando um beijo mais intenso, ousado. Ele me seguiu. Eu não sei descrever o que estava sentindo, era tanta coisa, um emaranhado de emoções, físicas e sentimentais: calor, arrepios, ânsia de choro, ânsia de riso, doçura... As mãos de Damon percorriam meu corpo, ele estava ofegante assim como eu. Eu o senti vibrar cada vez que minhas mãos se movimentavam entre sua nuca e suas costas. Um gemido escapou de minha garganta quando ele afastou-se dos meus lábios depositando os dele em meu pescoço e descendo até meu colo. Eu parei seu movimento o trazendo de volta a meus lábios e dando outro beijo intenso. Separamos-nos e ele me deu um selinho finalizando aquele momento mais que prazeroso.

-Uau! – ele falou recuperando o fôlego. – Isso foi... Nossa!

Suas frases estavam soltas e eu o vi corar. Que homem mais perfeito.

-Isso foi...? – Eu quis saber.

-Incrível! Você é incrível. Como pude ficar tanto tempo longe de você?

-Eu posso perguntar o mesmo. Mas eu tinha noivo e você ainda tem noiva. O que torna tudo isso errado.  – Me afastei lhe dando as costas. Ele veio por trás depositando seu rosto em meu ombro e me falando ao pé do ouvido:

-Não mais...

Aquilo me fez virar pra encará-lo. Eu tinha ouvido direito? Ele tinha terminado o noivado com Rebekah? Só consegui o encarar confusa. Tive medo de perguntar.

-Eu falei com Rebekah pela manhã. Ela se irritou a princípio, mas eu levei um prêmio de consolação. –Ele estava me deixando mais confusa.

-Certo é uma longa história... Basicamente eu terminei meu noivado hoje pela manhã. E não quero estar com mais ninguém além de você. Além do mais, acredito que Rebekah queria estar com outra pessoa, desde o início.

Ele revirava os olhos e sorria atraentemente. Eu ainda mantinha a mesma expressão, eu não entendia nada do que ele falava. Ao perceber minha expressão inabalada ele continuou:

-Terei tempo pra te falar, tempo que não quero perder agora.

Ele veio a mim, me envolvendo em um abraço e beijando meu rosto. Que delícia! Não queria estar en outro lugar. Ele continuou acariciando meu cabelo sem me soltar, eu me afastei dele e o encarei falando:

-Quero ir a um lugar com você.

Ele me encarou curioso.

-Onde?

-Me segue! – Eu convidei indo em direção ao meu cavalo e já montada continuei – Acho que vai gostar.

Ele deu um riso interrogativo e me seguiu. Eu o levei até a cabana, a mesma daquela tarde. Damon pareceu surpreso, ele me encarava cheio de curiosidade. Eu desci do cavalo e falei:

-Vem! Entra comigo.

Ele desceu do dele e me seguiu. Ao entrar naquela cabana ele pareceu assustado. Ela com certeza não era mais a mesma, mas só porque eu havia pedido a Caroline que arrumasse o local para um encontro, ela era boa nisso. Damon observava tudo. Ele me encarou totalmente atordoado:

-O que é tudo isso?

Eu o olhei, estava sentindo minha face queimar. Respirei fundo e falei:

-Eu sei, parece estranho, mas foi aqui onde pela primeira vez, descobri que não podia controlar meus sentimentos por você. Foi aqui a primeira vez que me senti exposta, fora de controle. Aqui foi onde inconscientemente descobri que estava loucamente apaixonada por você.

Ele me olhava docemente, um riso sem jeito saiu de seus lábios. Eu continuei, indo pra cima dele, diminuindo a distância entre nós:

-Eu não quero estar em outro lugar com você. Foi aqui que tudo se acendeu em mim. É o lugar perfeito para começar.

E realmente era. Aquela cabana me trazia sentimentos incontroláveis, uma intensidade imensa de emoções. E agora, tão bem arrumada por Caroline, fazia daquele momento algo extremamente envolvente e mágico. Eu encarava Damon como se quisesse desenhá-lo em meu coração. Como se quisesse eternizar sua face, sua expressão, não só em minha mente, em minha alma também. Eu o amava demais. Ele
se aproximou de mim. A emoção era nítida nele.

-Você é a pessoa mais linda que já tive a oportunidade de conhecer Elena. – Ele me disse envolvendo meu rosto com suas mãos – Eu me sinto muito feliz, por enfim poder dizer que você é minha. Você é minha Elena. E agora não há nada que possa me afastar de você, nada nem ninguém.

Então ele me beijou novamente e eu não conseguia sentir mais nada, não havia mais nada, só havia Damon e eu, nossos sentimentos a flor da pele, nossos lábios juntos. Eu poderia passar o resto da minha vida naquele lugar, com ele, naquele beijo. Não ambicionava nada mais. Apenas nosso amor. Apenas ser dele.

(Damon)

Eu não sabia o que eu estava sentindo. Eu sabia, mas não saberia como descrever. Elena era simplesmente perfeita. O gosto dos seus lábios aos meus, seu romantismo, sua doçura, a intensidade de suas palavras, a força esmagadora de seu olhar. Absolutamente tudo nela era majestoso. Eu era o homem mais feliz no mundo, sem dúvida. Eu intensifiquei nosso beijo, a levei até a coluna de umas das paredes, ousando em carícias, fazendo-a gemer. Ela estava ofegante agora, assim como eu. Instintivamente levei minhas mãos até a sua cintura, sem parar o beijo, levantando um pouco sua camiseta, para então sentir sua pele se arrepiar ao meu toque. Ela parou-me afastou meus lábios dos seus. Então eu a encarei confuso:

-Qual o problema? – eu perguntei.

-Podemos ir com calma? – ela falou trêmula, ofegante e corada. Corada demais.

-O que foi? Você não gostou?

-Não é isso Damon. – ela se afastou de mim colocando a sua camiseta de volta no lugar. Aquilo me deixou confuso. O que eu fiz afinal?

-O que é então Elena?

Ela se virou um pouco, ela encarava o chão, aos poucos ela encontrou o meu olhar, para logo depois desviar dele outra vez. Totalmente sem jeito. Eu franzi a testa. Ela percebendo minha expressão me encarou e finalmente disse:

-É que eu não... Quer dizer eu nunca... – ela fez uma expressão que sugeria que eu deduzisse algo. Eu estava realmente lento agora.

-Você nunca... – repeti a expressão que ela usou pra mim. Ela pareceu irritada, cruzou os braços e me deu as costas falando:

-Por favor Damon, não vai me fazer dizer em voz alta vai?

Daí caiu a ficha. Deus, não era sério. Elena era... Oh minha nossa!

-Está me dizendo que você é virgem?

-Exatamente. – ela não me encarou, continuava de costas.

- Como você... Quer dizer, você e o Stefan nunca... Depois de todos estes anos juntos... Qual o problema do meu irmão? – eu estava perplexo.

-Nenhum Damon. – ela agora encarava o chão – apenas ele respeitou meu pedido, não estava pronta. E agora você me acha uma boba e certamente está decpcionado.

Eu me aproximei dela agora, eu estava sendo muito idiota.

-Me desculpe, eu não tinha como saber. Não quis te ofender. Sinto muito. E você não é boba, pelo contrário, não acreditava que isto era possível, mas isto só te faz mais perfeita. Eu vou respeitar sua decisão também, acontecerá no lugar certo, na hora certa.

Então ela finalmente me encarou, sua face ainda ruborizada pela vergonha. Ela me falou no tom mais doce que já ouvi, parecia um anjo. Se é que anjos possuíam tão doce voz. Eu duvidava.

-Você não me entendeu Damon. Eu já te falei, não quero estar em nenhum outro lugar, com nenhuma outra pessoa. É o lugar certo, é a hora certa. Eu te quero, quero ser sua. Nunca desejei tanto algo como agora. Só peço que tente ir com calma. Eu não sei o que fazer.

Eu sorri com a sua fala, um sorriso de euforia. Ela queria estar ali comigo, queria que eu fosse o primeiro, eu queria ser o último também, eu serei o último. O único. Eu envolvi meus braços em sua cintura, ela me encarava emocionada. Então eu perguntei:

-Tem certeza? – que pergunta Damon... Deixa de ser idiota.

-Absoluta! – ela me encarava com uma força e vigor irresistíveis.

Eu ergui ela com meus braços e fui a guiando até o quarto, nossos olhares não se desviavam, eu absorvia cada segundo daquele contato, daquela tarde. Aquele seria o dia mais pleno de minha vida. Eu estaria com a mulher que amo. Ela seria minha. Eu não podia descrever tamanha emoção. Eu queria tornar aquela tarde inesquecível para Elena. Eu iria prendê-la a mim para sempre, de uma forma que nem ela nem ninguém conseguiria desvincular.






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Notas finais do capítulo

E então... ? Mereço que vocês comentem? kkk adoro os comentérios. Beijinhos e até breve. ;)