Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 40
Parabéns!


Notas iniciais do capítulo

Agradecendo a Nian Forever pela recomendação; Obrigada! ;)
Como eu prometi gente aí vai o segundo eu acabei estendendo um pouco, ficou o maior de todos até hoje, fiz porque estou muito feliz com minhas dez recomendações *_* Então obrigada mesmo, e também pelos comentários.
Boa leitura!Espero que curtam o capítulo e que eu tenha conseguido alcançar as expectativas de vocês.
p.s.: leiam as notas finais ^^



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Damon estava acabando de voltar da sala de ginástica, perto da área da piscina com Rose, ela o fez adquirir nestes últimos dias esse hábito, de se exercitar, Damon se convencia cada vez mais que era daí que a modesta simpatia entre sua mãe e Rose havia surgido. Ela estava fazendo bem a Damon, de uma forma surpreendente e em tempo recorde. Ajudava com os horários e alimentação dele, com um pouco de rigidez, estava sendo bom ter ela por perto.

Ao voltarem para dentro da mansão, encontraram com Stefan.

-Au! Meu braço, eu ainda quero ele. – falou Damon após Stefan esbarrar com força contra ele.

-Desculpa, eu estou um pouco agitado hoje.

-Vinte e dois anos. Como você cresceu tão rápido? – Perguntou Damon ao irmão mais novo e Rose olhava para os dois divertida.

-Eu vou subir e tomar uma ducha. Vemos-nos depois. – Rose falou se despedindo dos dois e indo em direção as escadas.

-Vem comigo, quero te dar uma coisa. – Damon falou pro irmão que revirou os olhos.

-Sabe que não gosto que me dê presentes. – foi a vez de Damon revirar os olhos.

-Vem logo!

Damon foi pro seu quarto, levando Stefan com ele, ele entrou dentro de seu closet e voltou de lá com algumas pastas nas mãos. Stefan o encarou confuso.

-Dê uma olhada. – Damon pediu.

-Isto é sério? Por um momento pensei que fosse me dar um presente. – Stefan fingiu desapontamento.

-Deixa de ser palhaço e leia cabeção. – Damon riu com o que disse e Stefan o fuzilou meio irritado, ele odiava esse apelido.

Stefan começou a ler atentamente os papéis nas suas mãos,quando Damon percebeu que ele estava começando a notar o que era ele falou:

-Lembra quando você me falou a um tempo atrás que queria construir alguma coisa? Que a fortuna do papai não construía nada, que os negócios da família não eram muito prazerosos. Eu sei que você se dá bem no que faz nas empresas, mas sei que aquilo lá não é bem o que você quer, digamos que eu estou começando a te apoiar nisso.

Damon falava e Stefan corria os olhos pela papelada eufórico. Os Salvatore construíram uma verdadeira fortuna comprando empresas com problemas financeiros, as fragmentando e vendendo seus pedaços. Damon nunca gostou disso, por isso não pensou duas vezes antes de decidir não trabalhar com o pai, Stefan começou empolgado, mas logo quis construir algo só para ele, algo que realmente pudesse tocar e chamar de seu, Joseph Salvatore sabia como ganhar dinheiro e apenas isso.

-Como você conseguiu essa compra? – Stefan perguntou perplexo.

-Eu tenho alguns contatos, eu sei que você sempre quis ser dono de algo assim, minha pergunta é: Quer ser meu sócio nessa?

Stefan o olhou com olhos brilhando. – Isso é sério? – Damon assentiu.

-Considere meu presente, você já está bem grandinho. – Riu torto pro irmão.

-Nossa! Quero dizer... Uau! Eu quero óbvio. Quero muito. Uma rede de hotéis. Nossa!

-Bem não é muita coisa. O dono é um amigo antigo, ele estava querendo vender, teve alguns problemas, queria passar seu negócio pra alguém de confiança, me ligou perguntando se eu conhecia alguém interessado eu disse que sim, que eu mesmo estava e depois foi fácil. Na verdade eu comprei mais pra você. Quer tanto estar a frente de algo. Acho que é bom pra começar não?

Stefan ficou sem palavras, ele encarou Damon e depois lhe deu um abraço bem forte.

-Obrigado, por confiar em mim. Eu aceito ser seu sócio. Com certeza.

-Ótimo! Você entra com o trabalho, depois nós vemos como você vai me pagar sua parte na compra. – Damon falou divertido inda abraçado ao irmão.

Eles se encararam. – Agora chega de momento gay isso ficou muito intenso. – Falou Damon sorrindo.

-Seu idiota! – Stefan falou socando o ombro do irmão – Obrigado! Por confiar em mim.

-Disponha. – Damon piscou – Agora vai lá cinderela, a fada madrinha já deve estar te esperando, você precisa de mágica pra ficar bonito pra seu baile real.

Stefan revirou os olhos. Seu irmão sabia mesmo como fugir de momentos assim, sempre tentando manter sua postura de durão. Ele se foi do quarto de Damon sorrindo.

O resto do dia correu bem depressa. Logo a noite chegou e Damon e Rose estavam recepcionando os primeiros convidados, já que parecia não ter mais ninguém da família disponível pra isto ainda. Stefan ainda não descera de seu quarto, e Maria e Joseph muito menos. Sobrou para o casal que estava sendo alvo de comentários.

-Estou começando a ficar sem jeito. – disse Rose forçando um sorriso para disfarçar.

-Relaxa a noite está apenas começando. – Falou Damon piscando divertido e tentando esconder sua tensão a cada carro que ele ouvia cruzar o portão seu coração acelerava, podia ser Elena.

...

Eu estava terminando de me arrumar, como a festa de Stefan era um pouco informal, apenas para familiares e amigos mais íntimos eu optei por um vestido discreto, um pouco acima de meus joelhos, que marcava a linha abaixo de meus seios e destacava o meu decote muito mais avantajado pela gravidez, depois ele descia soltinho, possuía alças largas, prendi meu cabelo num coque despojado, coloquei meus brincos de rubi e meu anel que combinava, era um conjunto de pedras vermelhas lindo, presente de meu pai, o melhor era que combinava com as pedras que tinham no meu colar, o colar que Damon me deu e que eu fiz questão de usar esta noite. Eu não usava o meu anel de compromisso mais e eu tinha um motivo forte para ir aquela festa usando aquele colar.

Eu encaminhei o presente de Stefan logo pela manhã, um livro de um de seus escritores favoritos, Jack London, era um dos favoritos de Damon também. Eu achei que ele iria adorar, sabia que ele não tinha aquele exemplar, me empenhei para encontrar, com certeza ele ficaria satisfeito com o presente. Coloquei uma sandália de salto razoável, bastante discreta e peguei uma bolsa preta. Fiquei esperando por Jeremy apenas uns minutos depois que desci para a sala, acompanhada por Caroline, que ficaria em casa cuidando de minha mãe que não estava muito bem disposta, meu pai estava fazendo companhia a ela. Ouvi um carro chegar.

-Deve ser ele! – Caroline me olhou assentindo.

-Tem certeza Elena? – ela perguntou hesitante.

-É claro que sim, vai ficar tudo bem Carol, eu volto bem cedo. – sorri para ela e encarei a porta Jeremy acabara de entrar.

-Boa noite! – ele nos cumprimentou. – Nossa! Você está linda Elena!

-Obrigada! Vamos? – ele me olhava meio embasbacado. Depois de uns segundos ele assentiu.

-Divirtam-se! – Caroline falou. Eu agradeci e aceitei o braço que Jeremy me ofereceu e fomos embora.

Embora a festa fosse para uns poucos amigos, havia muita gente lá e bastantes carros, Jeremy demorou um pouco para estacionar. Ao descer do carro ele me ofereceu o braço outra vez, após ele ter aberto a porta pra mim, muito cavalheiro, mas eu já estava acostumada, Stefan e Damon sempre fizeram o mesmo, de forma até melhor. Quando nos aproximamos da chegada da casa um casal chamou minha atenção logo na entrada, eu forcei a vista e gelei instantaneamente com o que vi. Damon e Rose, lado a lado recepcionando os convidados. Meus passos vacilaram, mas eu me mantive firme. Ela estava usando um vestido vermelho que realçava bem as curvas de seu corpo, tinha apenas uma alça e também estava acima de seus joelhos o que deixava suas pernas bem destacadas, brincos em argola, uma maquiagem marcante nos olhos, eu podia perceber mais e mais coisas cada vez que chegava mais perto. Seus cabelos estavam longos, bem diferentes da última vez que a vi, ela usava um corte curto e bastante moderno, hoje ela estava usando eles levemente presos e alguns fios caiam na lateral de seu rosto, ela cacheou as pontas, definitivamente estava muito bonita. Ela sorria satisfeita ao lado de Damon enquanto recebia os convidados. Damon vestia um terno cinza extremamente elegante, com uma camiseta preta por dentro assim como o seu sapato, estava uma verdadeira tentação. Ele olhou na minha direção, ao me ver ao lado de Jeremy, de braços entrelaçados eu o notei tremer. Ele meio que levantou o pescoço e travou o maxilar, com certeza ele não gostou nada da cena. Que se dane. Também não gostei do que vi e mesmo assim, não somos mais nada.

-Boa noite! – eu falei bastante segura, estava até estranhando isso.

Boa noite! – os dois responderam juntos.

-A quanto tempo Rose. – eu falei olhando para a mulher ao lado de Damon, podia sentir o olhar dele sobre mim.

-Sim Elena, faz muito tempo. Você está linda! – eu sorri sem graça.

-Obrigada, você também!

-Como tem passado Damon? – Jeremy perguntou a Damon e neste instante eu o encarei, ele estava me olhando paralisado, demorou uns segundos para responder, eu o encarava firmemente, sem muita expressão.

-Bem Jeremy, obrigada! – ele falou mal olhando para Jeremy, seus olhos estavam em cima de mim e eu não desviava. – Perdão! – ele falou voltando a si e encarando Rose – Rose este é Jeremy, amigo de Elena. Jeremy, esta é uma amiga minha, Rose Delamarick.

-É um prazer. – Jeremy falou sorrindo pra Rose, Damon estava olhando para ela agora e eu resolvi desviar meu olhar.

-Por favor, entrem e fiquem a vontade o aniversariante ainda está tentando dar um jeito no topete dele então...  – Damon falou fazendo piada e Jeremy caiu na risada, eu soltei um riso fraco, não resisti, foi engraçado, realmente Stefan morria de vaidade pelo cabelo - Você é de casa Elena! – ele olhou pra mim novamente, era incrível como meu corpo reagia ao seu olhar encontrar com o meu.

-Obrigada! – respondi rindo fraco ele curvou um pouco a cabeça pra frente. – Vamos? – me virei para Jeremy, ele assentiu e nós entramos. Sentia o olhar de Damon em nós. A noite estava começando e ficar interessante.

...

Eu quase morri ao ver Elena chegar com o Fell. Ela estava muito linda, sua aparência estava diferente, ela parecia mais viva, tinha uma luz em seus olhos, algo diferente, um fogo que eu nunca vi antes. Eu realmente estava certo e minha decisão foi o melhor pra ela. Ela estava mais corada sua pele mais linda, e seu corpo... Bem ela estava bastante diferente, e só havia se passado uma semana que terminamos. Estava linda! Eu a senti meio nervosa ao me ver com Rose, mas ela soube disfarçar bem suas emoções, eu estava fazendo o mesmo, não foi muito bom vê-la chegar com o Fell, mas eu a mandei seguir sua vida e procurar sua felicidade, talvez fosse exatamente isto que ela estivesse fazendo agora, com ele.

Eu e Rose ficamos mais um tempo na recepção, depois fomos substituídos por meus pais, o que eu agradeci, estava ficando meio cansado. Encaminhei-me com Rose para perto de Alaric e Andie que também deram um jeito de estar presentes. Depois de uns instantes Andie acenou para Elena, que retribuiu o aceno sorrindo, em seguida Andie pediu licença e foi falar com ela, eu estava estranhando tudo aquilo, não era como se Elena fosse a melhor amiga de Andie ou vice versa, elas sorriam enquanto coversavam e eu por conhecer Elena sabia que eram sorrisos sinceros o que me deixava mais confuso ainda. Elena mudou tanto assim em apenas uma semana?

Eu vi Rebekah chegar, Klaus não estava com ela o que eu agradeci, menos um traste pra aturar aqui hoje. Ela veio direto em minha direção depois de correr os olhos pelo salão e não encontrar seu namorado.

-Olá delícia! – Ela falou risonha e Rose meio que travou ao meu lado, ela não conhecia Rebekah e estranhou sua forma de falar.

-Olá Loira, esta é minha amiga Rose. – Rebekah e Rose trocaram olhares se comendo com os olhos, eu me diverti um pouco entre as duas.

-Stefan me falou de você. Está hospedada aqui. – Rose assentiu sorrindo fraco.- Muito prazer, Rebekah Mikaelson, namorada do aniversariante. – falou sorrindo.

-Prazer, Rose Delamarick.

As duas ficaram se encarando por mais uns segundos, depois eu avistei meu irmão finalmente descer as escadas. Rebekah voou em sua direção o que eu agradeci, havia muita tensão ali. Rose continuou ao meu lado e ficamos observando Stefan percorrer o salão conversando com seus convidados inclusive com Elena, eu sempre estava olhando para ela. Eu sentia a sua falta. Vez ou outra me batia uma vontade de falar com ela, mas eu a via tão descontraída com seu acompanhante, não queria estragar seu humor ela estava bem assim. A festa estava bastante agradável. Eu estava conseguindo me divertir um pouco com meus colegas e amigos do trabalho e também com Rose, começou a tocar umas músicas um pouco mais animadas, o DJ da festa foi a convite de Rebekah, então as coisas tinham mesmo que se agitar em algum momento, eu procurei logo um canto pra fugir da agitação, não fazia o meu estilo. Correndo os olhos pelo salão eu vi Elena, ele estava dançando com seu acompanhante, soltando risadas descontraídas, parecia se divertir. Certo, eu admito que estava começando a ficar incomodado, ela estava começando a forçar demais. Eu já havia entendido o recado, ela estava bem com o fim de nosso namoro e estava superando isso, mas já estava passando dos limites tentando demonstrar. Eu comecei a beber um pouco mais, Rose ainda estava do meu lado, mas ela parecia distraída. Eu notei o olhar de Elena em minha direção e nossos olhares se encontraram brevemente, como se para me provocar, como não, ela estava me provocando, ela virou-se ficando de costas para o Fell que envolveu a cintura dela enquanto ela rebolava diante dele, senti meu rosto ferver. Respire Damon! Eu engoli de uma só vez a bebida em meu copo e virei para outra direção, Rose aceitou dançar com um dos amigos de Stefan, eu me afastei um pouco daquela agitação indo pro jardim, precisava de ar fresco.

Poucos minutos depois eu notei passos vindo em minha direção, eu estava num lugar bastante afastado me virei pra olhar e gelei, era Elena, ela teve a mesma reação ao me ver e foi logo virando para voltar de onde veio.

-Espera! – eu falei e ela paralisou, fui em sua direção e me coloquei a sua frente, ela me encarou com uma dureza estranha no olhar. – Eu queria saber como você está. – falei engolindo seco e olhando para seus olhos e sua boca. Céus! Daria tudo para tocar seus lábios neste instante.

-Não entendi! – ela disse dando de ombros – Quer saber como estou após você me enxotar da sua vida? – ela falou cruzando os braços e com uma ironia assombrosa. – Muito bem, obrigada!

-Elena, eu realmente não quero que depois de tudo o que passamos só exista mágoa entre nós. – eu falei em tom vencido.

-Sabe eu quis vir e esta festa hoje usando este colar por um motivo. – ela falou segurando o pingente da joia em seu pescoço – Para poder me lembrar que sentisse o que sentisse eu estava para lidar com um amor que tinha que ser superado, pois não deu certo. E mesmo depois de sua promessa, mais uma que você não cumpriu, o colar obteve êxito em sua função. Ele é apenas uma lembrança de um amor que fracassou. – Suas palavras eram duras e firmes. Eu não queria rebater nada, na verdade ela estava certa, quanto a eu voltar atrás nas promessas, ela apenas ainda não conseguia entender meus motivos. Talvez fosse cedo demais para ter esta conversa. Eu encarei o chão vencido, eu sentia o olhar firme dela em mim. Aos poucos voltei a encará-la.

-Pelo menos eu te vejo com uma aparência um pouco melhor, esta mais vívida, corada. Este tempo longe de mim te fez bem. – ela soltou um riso irônico.

-Você nem imagina.

-Bem, acho que é o que importa. Espero sinceramente que daqui a algum tempo possamos pelo menos tentar refazer nossa amizade. – ela parecia impaciente, batia compulsivamente o seu pé direito.

-Certamente, seria algo muito bom. Se me der licença.

-Tem toda.

Ela então voltou para a festa, eu fiquei mais uns minutos ali, pensando, com certeza Elena estava mais que magoada comigo, ela me passava certo ódio com o olhar. Eu tremi com o pensamento, não queria isto dela. Voltei para dentro da mansão para outra vez encontrar ela e Fell em um momento leve e descontraído, eles estavam sentados e sorriam enquanto bebiam. Tive uma vontade horrenda de subir para meu quarto e não voltar mais, mas eu tinha que estar ali, com minha família e meu irmão. Era a noite dele.

Logo Rebekah anunciou o momento do bolo. Os amigos se colocaram ao redor da pequena mesa que invadira a sala com um bolo enorme nela, Rose estava ao meu lado e eu bem ao lado de meu irmão, Rebekah ao lado Stefan e depois dela meus pais e Elena com seu acompanhante. Depois dos parabéns Stefan se dirigiu ao microfone para dizer algumas palavras.

-Nossa! Mais um ano de vida que eu posso festejar ao lado de meus queridos amigos e minha família. Eu estou realmente feliz em recebê-los aqui hoje. Quero agradecer a meus pais, a minha namorada. Bekah, você foi incrível, está tudo muito lindo, então obrigada, você e minha mãe fizeram o melhor pra isto dar certo. Damon meu irmão, você me fez muito feliz hoje e é muito bom ter você comigo e tenho certeza de que desfrutaremos de muitos outros aniversários como este juntos. – eu assenti sorrindo. – Enfim, só tenho a agradecer a todos. Muito obrigado mesmo.

Aplausos eram ouvidos, Rebekah se pôs ao lado de Stefan e o beijou, em seguida tomou o microfone de sua mão.

-Bem, agora vamos continuar com a festa por que a noite está apenas no início. Querido amigo DJ, é com você! – ela falou sorrindo e ouvi vários gritos e risos. Céus! Eu queria apenas ir dormir.

...

A conversa no jardim com Damon me deixou muito abalada, por um momento tive vontade de agarrar o pescoço dele. Ele realmente tinha na cabeça a estúpida ideia de que tudo o que fez era o melhor pra mim? Mesmo assim eu não queria transparecer o contrário, eu tinha que me mostrar bem. Eu o vi quase toda a noite acompanhado de sua amiga, embora ele não estivesse fazendo nada de mal, parecia que ele estava se sentindo muito bem ao lado dela. Eu não suportava a Rose, desde a única vez que eu a vi, o que fazia muito tempo, logo depois do enterro de Katherine quando fui com Stefan e sua mãe, que ela simplesmente não me agradava. Ela se sentia a dona da casa do Damon em Paris, muito esnobe com os outros empregados, sem falar que era notável para mim uma certa tensão dela com Damon, era como se ela rezasse para que ele percebesse tudo o que ela fazia por ele e ela ficava extasiada quando ele reconhecia e a agradecia docemente. Totalmente carente de atenção. Depois disso eu sempre ouvia a senhora Salvatore queixando-se dela para mim e Stefan sempre me contava uma coisa ou outra que sua mãe falava sobre ela. Enfim a sujeita não me descia.

Eu estava começando a ficar cansada e percebi que era a hora de ir embora, já tinha dado o que tinha que dar. Ao começar a procurar por Stefan para me despedir eu encontrei Damon primeiro, Rose outra vez ao seu lado. A música estava agitada, mas do nada começou a tocar uma lenta, o DJ anunciou que o horário e o clima estavam pedindo algo do tipo, Jeremy estava ao meu lado e me chamou pra dançar mais uma vez com ele, eu estava me sentindo um pouco culpada, pois eu o larguei sozinho no meio da festa num momento, mesmo assim eu ainda pensava em declinar do convite, mas eu descrevi certo o verbo, eu pensava, tudo mudou ao ver a Rose arrastar o Damon para o meio da pista de dança, ele recusava-se com a cabeça, mas ela insistiu e ele foi meio que vencido, ela envolveu suas patas de aranha ao redor de Damon e depois, vendo que ele estava relutando levou ela mesma as mão dele até sua cintura. Argh! Que oferecida! Senti meu corpo inteiro tremer, minha face queimava. Não pensei mais nenhum minuto e aceitei o convite de Jeremy.

(Gosto de imaginar neste momento a música Someone like you, da Adele)

Nos dirigimos para a pista de dança, Damon aparentemente não notou que eu também estava dançando, ele tinha os olhos presos nos da aranha e volta e meia soltava um sorriso, eu não parava de olhar para os dois, eu ficava ainda mais agitada quando ele ficava todo culpado após pisar nos pés dela  - o que aconteceu mais de uma vez – e tentava soltar-se dela e ela insistia para que ele continuasse. Eu notei que ela começou a fazer carinho nos cabelos dele, aquele era tipo o ponto fraco de Damon, ele sempre se arrepiava quando eu mexia no cabelo na parte de sua nuca, eu o via fechar e abrir os olhos com o toque dela. Meu sangue estava fervendo, eu pisei sem querer no pé de Jeremy neste instante. Ele soltou um grito de dor e eu me desculpei, ele não tinha culpa de nada.

Continuamos a dançar, assim como Damon e a outra nojenta. Ai! Que ódio dessa mulher, eu também notei Rebekah e Stefan na pista, mas não era como se eu focasse neles no memento. Foi então que a vaca mor assinou sua sentença, ela desceu um de seus braços através do peito de Damon e encostou sua cabeça, descansando-a no ombro dele. Damon pareceu um tanto desconfortável com o movimento dela, ele meio que tentava desvencilhar-se do abraço daquela aranha maldita, mas estava meio complicado. Ao notar um garçom passar carregando uma bandeja cheia de taças com champanha eu agarrei uma, deixando Jeremy meio confuso, pedi que ele esperasse um segundo e ele assim fez, me soltando totalmente, eu estava cega de ódio, mas eu enxergava o meu alvo perfeitamente bem. Damon me viu se aproximar dos dois e me dirigiu um olhar surpreso e confuso, eu nada falei, a outra estava simplesmente sonhando no colo do meu Damon, ela estava de olhos fechados. Perfeito! Assim o susto seria maior. Sem esperar mais virei todo o líquido da taça da cabeça dela, fazendo ela se encolher com o susto e soltar um grito de surpresa. Damon me olhou perplexo.

-Elena?! – ele meio que gritou, a aranha virou pra me encarar neste instante eu pude notar a fúria em seus olhos e me senti satisfeitíssima.

-Você é maluca garota? – ela me perguntou transtornada.

-Ah! Desculpe querida, só achei que alguém precisava baixar esse seu fogo. – eu falei com o tom mais irônico e debochado possível, ela deu um passo em minha direção, seu cabelo totalmente encharcado, seu vestido manchado. Bem feito! Damon segurou o braço dela.

-Não Rose! – ele disse num tom firme – Elena por que fez isso? – ele me perguntou enquanto retirava o seu terno e a cobria. – a cena me causou enjoo, ele provavelmente estava adorando tudo aquilo, ela se esfregando nele e agora eu como uma idiota dando este shoow.

Stefan ao notar o pequeno confronto veio em nossa direção, acompanhado de Rebekah.

-O que foi? – ele perguntou confuso com a cena.

-Essa maluca jogou champanha em mim. –Rose respondeu indignada e tanto Stefan como Rebekah soltaram uma gargalhada involuntária, ou talvez nem tanto assim.

-Olha como você fala comigo sua ordinária. Eu apenas não sou obrigada a ver seu shoowzinho barato e desfrutável. Ninguém aqui é.

-Elena para com isso. Você já fez demais não acha? – Damon me repreendeu e eu não pude crer, ele ainda a defendia? Elena sua idiota o que você ainda faz aqui?

-É melhor você subir. – ele falou para Rose, que assentiu e saiu me encarando feio. Eu retribuí o gesto. – E você. - ele falou pegando no meu braço com força, eu tentei me soltar – Vem comigo! – foi em vão, ele me arrastou para fora da pista de dança, me levando até a cozinha da casa, alguns convidados notaram o acontecido, mas nada que fosse muito alarmante.

-Me solta! – eu falei firme ao chegarmos à cozinha e com um gesto bruto me livrei de sua mão.

-Qual é o seu problema?  - ele me perguntou irritado – Bebeu demais por acaso?

Eu fingia que não estava ouvindo nada, cruzei meus braços e fiz birra.

-Elena não tem graça. Por que fez aquilo? – ele me perguntou totalmente aborrecido e isto me deixava cada vez mais nervosa.

-Você ainda me pergunta? – ele deu de ombros – Aquela mulher estava dando em cima de você descaradamente Damon e você estava deixando. – ele franziu a testa incrédulo.

-Você só pode estar ficando louca. – ele falou esfregando o cabelo, sinal de nervosismo.

-Claro, você vai dizer que não estava.

-Escuta aqui Elena, eu te vi a noite inteira dançando, ou melhor se esfregando no seu amiguinho, e mesmo assim a roupa dele está intacta. – ele falou olhando fundo nos meus olhos, se inclinando um pouco pra ficar na altura do meu olhar.

-Mas um sinal de que você está pouco se lixando pra isso. – ele bufou na minha frente.

-O que você queria que eu fizesse? Que eu desce um shoow, como o seu agora pouco? Que eu fizesse uma cena? Desculpe Elena, mas eu não tenho esse direito. Assim como você também não tinha.

-Ah! Entendi, sinto muito, desculpe-me você se a desequilibrada sem noção da história sou eu. – eu falei alterando a minha voz que saiu um pouco trêmula eu já sentia um choro na minha garganta. Eu respirei fundo, não podia chorar. Não mesmo.

-Você precisa aprender a controlar melhor estes seus impulsos. Primeiro foi com a Rebekah, atirou ela na piscina aqui de casa e agora isso? Elena isto só me prova o quanto imatura você é.

-Ah! Claro, falou o senhor maturidade. Você sempre está certo, nunca faz nada de errado e também é sempre muito justo e altruísta. Realmente não sei o que alguém assim estava fazendo com uma desequilibrada feito eu. – eu cuspi aquelas palavras com tanto ódio mais tanto. Será que era tão difícil assim ele entender que eu ainda o amo? Que idiota Elena! Você é muito burra. Meu coração estava muito acelerado, eu sentia um calor muito forte, e uma fraqueza tomou conta de minhas pernas, eu perdi totalmente o controle delas e quase caí, senti as mãos de Damon segurarem com força minha cintura.

-O que foi? – ele me perguntou num tom urgente. Eu estava com os olhos, fechados parecia que estavam me girando eu sentia tudo dessa forma, piorou tudo quando algum cheiro ruim penetrou em meu ser. Que droga! Eu estava na cozinha e com certeza ali haveria algo que me faria sentir-se assim. – Elena?! – Damon meio que me sacudiu impaciente, eu abri meus olhos e encontrei os dele aflitos, sua testa franzida.

-Me tira dessa cozinha! – eu pedi fazendo careta ao sentir meu estômago embrulhar.

-Tudo bem, fica calma! – ele falou me guiando pra fora dali, senti um leve alívio ao respirar o ar que vinha da área dos fundos da mansão. – Está melhor? – Damon me perguntou ainda com as mãos em minha cintura, eu levantei o olhar e ele estava tão próximo de mim, sua respiração inebriava meus sentidos, seu hálito tão quente. Meu Deus! Como queria beijá-lo, talvez isso acontecesse, mas eu ouvi a voz de Jeremy atrás de nós.

-Elena? O que aconteceu? – Damon se afastou de mim e o deixou se aproximar olhando para o outro lado.

-Eu não sei, eu não estou me sentindo bem, vamos embora? – eu pedi para Jeremy.

-Claro, eu vou pegar o carro e volto em seguida. – eu assenti. Jeremy se foi me deixando sozinha com Damon outra vez.

-Você tem que procurar um médico, não é a primeira vez que se sente mal, isto está ficando estranho. – Travei com a fala dele, ele era médico, poderia desconfiar de algo.

-Foi apenas a raiva que eu tive, que fez minha pressão descer, acontece. – eu o cortei.

-Mesmo assim Elena, não é normal. Você quase desmaiou lá na cozinha.

Ele falava se reaproximando de mim, estava frente a frente comigo outra vez.

-Não há nada entre mim e Rose. Ela é apenas uma amiga, que eu estou ajudando. Ela não tem ninguém por ela e...

-Tadinha, ela é tão vulnerável. Não vejo porque tem que ser você a ajudá-la. De qualquer forma, você é livre pra fazer o que quer e não me deve explicação de nada. – eu falei o olhando com ironia ele envolveu suas mãos em meu rosto.

-Mesmo assim eu quero que saiba. Não existe absolutamente nada entre nós dois.

Eu engoli seco, nossa proximidade outra vez me tentava demais, ele encarava minha boca e meus olhos com tanta intensidade, eu tentava acompanhar seu olhar com o meu. Eu me arrepiei ao sentir outra vez seu sopro em minha face, junto com a sensação de arrepio veio outro enjoo, um pouco mais forte que o primeiro, seguido de uma súbita cólica que fez eu soltar um gemido de desagrado.

-Elena?! – Damon falou aflito enquanto tentava me fazer encará-lo outra vez, eu estava me sentindo muito mal agora e estava comeando a ficar assustada. Outra pontada no meu baixo ventre me fez inclinar meu corpo pra frente.

-Ai! – eu soltei me segurando com firmeza nos braços de Damon. – Me leva pra casa, por favor.

-O que você está sentindo?

-Damon... - eu gemi seu nome e ele se desesperou.

-Onde está o Fell agora, ele foi fabricar o carro?

-Me leva você, me tira daqui. Ai! – ele estava tremendo, eu podia sentir, ele me pegou nos braços, eu estava muito assustada.

-Calma, eu vou te levar. Respira! Me fala o que você tem, eu vou te levar pro hospital.

-Não! – eu gritei, se ele me levasse pro hospital logo ficaria sabendo o porque da minha crise eu não queria isso, não assim.

-Elena você está se contorcendo de dor em meus braços. Eu vou levar você pro hospital.

-Não Damon. – eu falei num tom totalmente abalado – Apenas me leve pra casa, eu quero ir pra casa, por favor.

-Isso é loucura!

-Damon! Pelo menos uma vez na sua vida, me escuta sem rebater! – eu gritei me agarrando a ele e o olhando no fundo do olho – Eu quero ir pra minha casa, agora!

-Tudo bem, eu levo você, mas com uma condição! –eu esperei ele falar enquanto o olhava – Você vai me deixar te examinar assim que chegarmos lá. – Travei com aquilo, mas sabia que já estava exigindo demais dele, então eu assenti.

Ele me levou em direção ao seu carro e me sentou no bando do carona, logo prendeu o cinto em mim e foi tomar seu lugar.

-Acho bom você avisar pro Fell. -  ele me disse passando pra mim seu celular.

-Tem razão! – eu peguei e disquei o número. Jeremy atendeu no terceiro toque.

-Elena, desculpa estou com o carro preso aqui o manobrista está tirando pra mim.

-Jer, Damon está me levando pra casa, eu não me sinto muito bem, então não vou poder te esperar. Me desculpe.

-Não tudo bem, se você não se sente bem, é melhor ir logo de uma vez, eu vou esperar aqui e depois eu volto sozinho. Só me ligue quando estiver em casa.

-Claro, desculpe Jer. Sinto muito.

-Que é isso Elena, é uma questão de saúde, está tudo bem, me ligue quando chegar.

-Certo. Obrigada!

Eu desliguei e devolvi o celular para Damon.

-Como se sente? Ainda com dor? – ele me perguntou revezando seu olhar entre a estrada e eu.

-Eram cólicas na verdade, um pouco fortes. – respondi me acomodando melhor no banco.

-Quer que eu deite mais o banco? – ele ofereceu notando meu gesto de desconforto e eu aceitei acenando com a cabeça, ele se inclinou um pouco em minha direção e baixou mais o banco.

-Você está... ? – ele meio que me perguntou com um tom sugestivo apontando para a minha região do baixo ventre meio sem jeito.

-Eu estou...? – eu o incentivei.

-Você sabe Elena, se está sentindo cólicas. – então eu entendi meio que deu vontade de rir com o seu jeito, ele estava vermelho, olhei pra frente sem nada dizer. – Desculpe sei que isso é meio indiscreto.

-Meio? – eu o encarei novamente, ele me olhava sem jeito.

-Ok, muito indiscreto. Só estou tentando entender. – ele me olhava erguendo a sobrancelha.

-Não, eu não estou.

-Então você deve procurar um ginecologista, quero dizer não é normal. Você alguma vez fez alguma consulta de prevenção ou algo assim?

-Damon! – eu o encarei perplexa.

-O que foi? – ele deu de ombros.

-Porque estamos falando disso mesmo?

-Bem Elena, nós tivemos – ele fazia gestos com uma das mãos – relações juntos e... Bem, você sabe, mulher deve tomar certos cuidados após iniciar uma vida sexual ativa, ainda mais você que...

-Damon, é melhor falar de outra coisa.

-Mas acho que estamos falando de algo muito coerente. Olha, eu conheço bons profissionais, você precisa mesmo ver um o quanto antes.

-Obrigada pela preocupação, mas eu já tenho um ginecologista. – eu falei seca para tentar encerrar o assunto.

-Certo. – ele falou voltando a encarar a estrada.

-Você pode, por favor, substituir o aquecedor pelo ar condicionado? Está quente demais aqui. – eu pedi e ele assentiu e ligou o ar, me senti um pouco melhor, quase não estava mais enjoada, apenas um pouco zonza e cansada. Ficamos em silêncio por um tempo até que ele começou a tagarelar outra vez.

-Você e o Jeremy... Vocês...

-Ele é apenas meu amigo Damon. – eu o cortei de primeira e ele se calou.

-Como estão todos em sua casa?

-Bem, obrigada! Minha mãe está de cama, por conta de um resfriado, mas já está se recuperando.

-Que bom! Você está melhor?

 –Um pouco zonza apenas. – ele me encarou com cautela – Quanto tempo sua amiga vai ficar na sua casa?

-Uns meses apenas, até ela conseguir um lugar par ficar. – ele estava focando na estrada e eu focada nele, por um momento eu queria esquecer tudo e apenas dizer o quanto ele me fazia falta e compartilhar com ele sobre o nosso filho, mas eu não conseguia, algo sempre me fazia desconsiderar isto.

Permanecemos calados depois disso, pouco a pouco senti um cansaço enorme me invadir e acabei adormecendo.

...

Ver Elena ali, tão perto, tão linda dormindo ao meu lado. Eu sentia uma paz inexplicável, sua presença me causava isto. Eu estava sentindo muito a falta dela. Tinha ganas de parar aquele carro acordá-la e a encher de beijos e carinhos, provavelmente ela faria um escândalo em objeção, isso era o que me segurava. Elena estava muito mudada, e eu apenas fiquei longe dela por uma semana. Certo medo me consumia, imagine o quanto eu não estranharia em um mês de separação, ou dois. Não a foi a primeira vez que ficamos separados, mas essa era diferente, pois não tinha volta possível. Eu tinha que me resignar. Uma tristeza me abateu quando enxerguei os portões da mansão Gilbert, foi muito rápido. Suspirei pesadamente ao parar o carro na frente da casa e então desci indo pro lado de Elena e abrindo a porta para acordá-la.

-Elena?- eu acariciei seu rosto angelical, ela dormia tão serena, um sono tão profundo e contagiante. – Meu amor acorde! Chegamos. – ela se mexeu contra o meu toque relutando. Então a peguei em meus braços, ela veio rendida.

Caroline surgiu na porta da casa e imediatamente veio ao meu encontro eufórica.

-O que aconteceu? – ela perguntava aflita.

-Ela passou mal e me pediu pra trazer ela pra casa, tentei levar no médico, mas ela se recusou. – Caroline estava agoniada, ela abriu as portas da mansão para eu entrar com Elena, eu a deitei no sofá da sala. – Vou até o carro pegar minha maleta, vou checar a pressão dela, ver como ela está. Fique com ela.

-Claro! – eu deixei Caroline com ela e fui até o carro.

...

Caroline tentava acordar Elena aflita, enquanto Damon não voltava.

-Elena, abre os olhos – ela dava batidas na face de Elena – Elena pelo amor de Deus acorda!

Elena foi aos poucos abrindo seus olhos e encarou Caroline interrogativa.

-Carol?! – ela perguntou meio tonta de sono.

-Sim sou eu. O que houve com você?

-Eu senti um mal estar muito forte, depois de uma crise sem noção.

-Eu sabia que era uma má ideia você ir nessa festa hoje.

-Onde está o Damon?

-Ele foi até o carro, já volta, disse que vai te examinar.

-Carol me ajuda, ele queria me levar pro hospital.

-Claro não é Elena, era o que ele deveria ter feito.

-Não. Ele poderia descobrir tudo.

-Ótimo, já está na hora mesmo.

-Carol... Por favor, me ajuda a tranquilizar ele. Damon é médico, ele estava começando a me fazer umas perguntas sobre minha saúde, não quero que ele descubra assim.

-E você acha que vai conseguir esconder dele até quando? – Caroline praticamente gritava agora.

-Por favor, só me ajude! – Carol bufou rendida.

-Tudo bem, mas se ele disser que você deve ir pro hospital você vai. – Elena assentiu.

Alguns segundos depois Damon voltou com sua maleta.

-Está acordada, que bom. Se sente melhor?

-Sim, bem melhor. – Elena falou com firmeza e Damon a encarou hesitante.

-Vou medir sua pressão. – Elena assentiu. Damon colocou o aparelho nela. – Está normal.

-Viu só, eu falei. – Elena sorriu vitoriosa.

-Mesmo assim você me deu um susto e tanto. Caroline, quero que leve esta moça amanhã mesmo pro hospital, eu não estarei por lá talvez isto a incentive. – ele encarou Elena de lado e continuou – Leve ela pra fazer uns exames, eu vou prescrever agora pra você e depois você encaminha pro ginecologista que ela disse que tem. Era verdade? – Caroline assentiu. Damon falava enquanto escrevia a prescrição. – Ótimo! Então leve isto pra ele. – ele estendeu o papel para Caroline que o guardou em seu bolso.

-Porque está falando com ela como se eu não estivesse aqui? – Elena perguntou encarando Damon que a olhou por baixo, enquanto fechava a sua maleta.

-Porque você não está aqui! – ele disse seco e Elena sorriu irônica. – Isso é sério Elena, você me deu um baita susto hoje. Quero saber de todos os resultados depois. – ele falou encarando Caroline, Elena bufou.

-Eu creio que isso não seja da sua conta doutor Salvatore, não temos nada um com o outro.

-Isso não é desculpa, estou te tratando como uma paciente pode encarar assim se quiser, de qualquer forma é da minha conta sim.

-Você é muito inconveniente.

-E você é teimosa.

-Olha só quem fala.

-Dá para os dois pararem! – Caroline gritou assustando os dois – Você parecem duas crianças. Credo! Cresçam por favor! – A moça saiu da sala irritada e Elena se desesperou.

-Caroline? Pra onde você vai? Espera! – Elena foi se levantar se supetão do sofá e o que conseguiu foi se desequilibrar de novo e quase cair, isso aconteceria é claro se Damon não estivesse lá.

-Cuidado Elena! – ele falou enquanto a segurava forte pela cintura, depois de levantar tão rápido quanto ela.

Os dois se olharam outra vez, era a terceira vez naquela noite que Elena estava diante dele daquela forma. Como todos sabem três é demais e ao se encararem tão firmes e próximos um beijo dessa vez foi inevitável. Elena entrelaçou os dedos nos cabelos de Damon e o puxou mais para si, Damon apertava a cintura de Elena de maneira visceral, ele não conseguia entender como pode tomar tamanha decisão. Terminar com Elena. Um filme estava passando na cabeça de ambos agora, aquele beijo trouxe de volta todos os outros, cada sensação, cada força de sentimento. Caroline que não havia se afastado tanto da sala, estava escondida e vibrava com a cena. Damon deitou Elena no sofá, suas mãos estavam urgentes nas pernas dela, com apertos desconexos. Elena começou a desabotoar a camiseta dele, eles não paravam de se beijar, selinhos, beijos mais quentes, mordidas nos lábios, estavam ensandecidos. Antes que Elena abrisse o quarto botão da camisa de Damon surgiu em sua mente vislumbres da conversa que os dois tiveram no dia que Damon resolveu terminar tudo entre eles e junto com elas sugiram alguns momentos dele acompanhado de horas antes. Ela tremeu com os pensamentos e afastou Damon o empurrando.

-Não! – ela flou totalmente alterada. Damon levou as mãos a cabeça e tentou se aproximar dela outra vez. – Vai embora Damon! – ela falou deixando escaparem lágrimas de seus olhos.

-Elena, escuta eu...

-Sai Damon! – ela gritava e chorava – Apenas vai embora daqui.

Damon estendeu a mão em sua direção e Elena se afastou olhando pro outro lado. Damon se rendeu vencido.

-Tudo bem, eu sinto muito. De verdade, me desculpa Elena. – Damon se levantou do sofá abotoando sua camisa. – Eu vou embora, mas, por favor, faça o que eu pedi e ligue pro seu amigo também. – Elena não voltou a encará-lo – Descanse, por favor.

Lágrimas escorriam do rosto de Elena, ela não se moveu novamente, não até ouvir a porta da frente bater, então ela se entregou a um choro desesperado. Caroline surgiu imediatamente na sala amparando a amiga.

-Carol... – Elena não sabia o que dizer, ela apenas chorava – Doi tanto.

-Shh! Calma Elena, não pode ficar assim, pensa do bebê, Calma! – Caroline tentava consolar, ela estava muito alterada. – Porque você fez isso Elena, porque recuou?

-Não está certo assim, ele me disse muita coisa e agora do nada... Eu não quero assim, não quero. – ela chorava ainda mais.

-Tudo bem, fica calma, ele já foi.

...

Damon seu idiota! Como pode ser tão fraco assim? Deus! Eu não devia ter feito aquilo, eu fiz uma escolha certo? Mas eu a amo tanto. Que droga, droga e droga. Seu fraco, idiota.


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Notas finais do capítulo

Algumas meninas estão querendo me matar porque eles estão demorando para terem momentos felizes de novo e voltarem, quero dizer a todas vocês que isto acaba neste capítulo o/
No próximo, que eu vou postar amanhã :D Nosso casal vai perder um este clima tenso e ruim e as coisas vão voltar aos eixos, é claro que não com força total, pois a Elena é meio, como dizer... Chata kkkk e Damon rancoroso, mas eles se amam demais e eles tem muitos motivos para estarem juntos, ainda mais agora (baby). Sem mais conversa...
Beijos!
obs.:Meninas só precisou de um bombeiro pra apagar o fogo kkk Elena e a sua taça com champanha kkkkkk Tenso!