Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 39
Novas coisas


Notas iniciais do capítulo

Como eu prometi aqui está o primeiro de hoje. Espero que gostem.
Boa leitura!



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Eu acabara de chegar em casa e Caroline ficava  todo o tempo agindo como se eu fosse tropeçar e cair, o caminho do carro até a entrada foi bem longo.

-Carol, não fique agindo como se eu estivesse inválida ou doente, ainda consigo andar e muito bem. – ela riu divertida com a minha fala.

-Ah! Elena eu quero mimar meu sobrinho desde, já então... Mimo você!

Quando eu entrei em casa só estava a minha mãe, eu fui direto pro meu quarto, precisava dormir, antes a Caroline me fez comer, eu nem reclamei estava com muita fome. Eu falaria com meus pais no jantar.  Dormi a tarde toda, quando acordei tomei um banho e desci até a sala, minha mãe estava com Carol, eu pensei em contar pros dois juntos, mas minha mãe estava bem ansiosa com os resultados do exame e também achei que ela me ajudaria com meu pai.

-Como é que é? – ela me falou de boca aberta.

-Eu estou esperando um filho do Damon. – eu falei dando de ombros. Minha mãe me encarava perplexa.

-Ele já sabe? – me perguntou ansiosa.

-Não!

-Você não vai contar Elena?

 – Claro que eu vou, só não agora.

-E o que você está esperando? Seu filho nascer? – ela me perguntou irônica.

-Foi o que eu estava tentando dizer. – falou Caroline, eu a fuzilei com o olhar e ela deu de ombros sem jeito.

-Mãe, entenda, não é o melhor momento. Damon terminou comigo ontem e eu não estou a fim de aparecer hoje diante dele dizendo que estou grávida, ele provavelmente vai voltar atrás.

-Exatamente! - Caroline e ela gritaram ao mesmo tempo erguendo as mãos pra cima.

-Só que eu não quero isso, não quero que ele volte atrás só por conta do bebê.

-Você ama aquele homem Elena, ele tem que saber disso. – disse minha mãe alterada.

-Eu vou contar, mas não agora.

-Elena...

-Mãe me escuta, vai ter que me deixar fazer as coisas do meu jeito, se eu me der mal a culpa é só minha, mas terá que me deixar escolher. Se você ou o papai tentarem decidir por mim ou tomar as rédeas de tudo eu sumo e vocês nunca mais vão me ver.

-Elena Samantha Gilbert, não ouse me ameaçar assim! – ela falou apontando o dedo pra mim e Caroline nos ouvia com os olhos arregalados. – Sabe que desde a ideia do seu casamento com Stefan não ter surtido efeito que seu pai e eu não nos metemos mais na sua vida, porém se você está pensando em fazer besteira não custa nada alertar. Damon é o pai e ele merece saber, você sabe o que pode acontecer se ele descobrir de outra forma.

-Não vai. As únicas pessoas que sabem disso estão nessa sala e tem mais uma no hospital que me deve sigilo profissional, então é impossível, a menos que uma de vocês se meta.

Miranda encarou Caroline perplexa a moça deu de ombros, ela sabia tanto quanto Miranda o quanto Elena podia ser teimosa.

-Vocês dois irão pagar os pecados com este bebê, principalmente se ele puxar a teimosia dos dois. – Miranda falou estendendo os braços pra filha que se aninhou em seu peito.- Tudo bem querida, eu vou confiar em você, mas se as coisas não derem certo assim pode ter certeza de que vamos ter uma conversa bem séria. – Elena assentiu com a cabeça ela estava começando a se emocionar.

-Eu esperando um filho, nem acredito. – Elena falou abraçando a mãe mais forte.

-Eu já serei avó, Grayson vai ter um troço, vocês poderiam ter se cuidado um pouco mais não é? – Caroline caiu na risada.

-Aconteceu apenas umas duas vezes sem proteção mãe, quando voltamos depois do acidente e a outra eu não lembro bem, só sei que estávamos muito apressados pra lembrar-se de prevenção.

-Essa é a desculpa de todos os jovens afoitos minha filha. – Novamente Caroline gargalhou.

Ficamos assim esperando a hora do jantar, conversando sobre a gravidez. Minha mãe e Caroline faziam mil planos de compras e mimos. Eu estava me sentindo muito bem, eu sabia que com minha mãe seria fácil. Meu pai era o problema.

Ele chegou em casa então foi se preparar pra jantar, comemos sem muita conversa, minha mãe fazia a ele as perguntas de sempre, sobre como tinha sido seu dia e coisas do tipo. Um pouco depois do fim do jantar, ainda estávamos na mesa tomando um café e ele me perguntou:

-E então minha filha, Damon está melhor? – eu engoli seco. – Sua mãe me falou que você fez uns exames também, está tudo bem com você?

-Eu não encontrei com o Damon, mas Stefan disse que ele está melhorando, acabei esbarrando com ele no hospital quando fui ver meus exames.

-Hum! Isso é bom, pelo menos ele está melhor. E seus exames? – minha mãe me encarou e meu pai seguiu meu movimento ao olhar pra ela, Caroline estava calada. –O que foi que eu perdi? – ele me perguntou enquanto revezava olhares entre minha mãe e eu.

-Pai eu sei que provavelmente o senhor vai pirar, mas...

-Não enrole Elena, isso não funciona com seu pai. – minha mãe preveniu e ele me encarou ainda mais inquieto e ansioso.

-Eu estou grávida! – falei afoita pela fala de minha mãe.

-O que disse meu bem? – meu pai me perguntou, não sei se com ironia ou se ele apenas não havia ouvido direito, eu não necessariamente “falei”.

-Eu estou grávida! – ele arregalou os olhos e olhou pra minha mãe que o olhava apreensiva.

-De quem? – ele perguntou me encarando num tom meio desesperado.

-Grayson, que espécie de pergunta é essa? – minha mãe o repreendeu incrédula.

Eu estava totalmente sem jeito, eu tinha muita marra diante da minha mãe, mas com meu pai eu só podia ficar bem quietinha e esperar que ele não pirasse. Ele me olhou em silêncio meio atordoado.

-Damon sabe disso? – ele me perguntou um tanto sério, eu vacilei um pouco antes de responder. – Ele sabe disso Elena? Por que se ele sabe eu vou agora mesmo naquele hospital e não me importo com o fato dele estar doente ou não, eu faço ele  assumir o que fez. – eu arregalei os olhos na mesma hora, minha mãe estava com a cabeça apoiada na sua mão e ela a balançava num gesto de impaciência.

-Por favor, Grayson, não fale asneiras. Acha mesmo que se Damon soubesse de algo assim teria rompido com nossa filha? – ela o perguntou nervosa. – Elena descobriu hoje de manhã, ao receber seus exames, ela nem cogitava a possibilidade.

-Bem, agora ela pode cogitar a possibilidade de avisar ao pai de seu filho não? Vamos falar com ele agora. – meu pai se ergueu da mesa e eu me apavorei.

-Não pai, ele deve estar em casa agora, cansado eu não acho que seja uma boa...

-Nem se atreva a completar a frase. Você estava compromissada com ele e é só vocês romperem que você se descobre grávida. Elena, minha filha, vai falar com ele e já.

Neste momento eu levantei, ele não estava me ouvindo e eu tinha que tentar me impor.

-Pai me escuta – eu bati na mesa – Eu não vou falar nada para o Damon agora, não quero, não acho que seja o momento certo e como eu disse a minha mãe hoje cedo, não quero que se metam nisso, eu vou contar na hora que eu achar ser a certa e se qualquer um de vocês intervir eu sumo entendeu. Sumo! – eu saí da mesa neste momento, chorando desesperadamente e correndo pro meu quarto pra me trancar lá.

...

-Isso só pode ser um pesadelo! – disse Grayson voltando a se sentar. Miranda fez sinal para que Caroline subisse e checasse Elena, ela logo obedeceu.

-Sabe que ela falou sério, não sabe? – Miranda perguntou a seu marido.

-Eu sei sim, mas está errado, ele é o pai.

-Eu sei querido, mas aconteceu tudo muito rápido. Ela está magoada com ele, por terminar com ela sem um motivo que ela considerasse coerente. Daí no outro dia ela descobre que está grávida. Ela precisa de um tempo. Ela está nervosa, assustada, precisa de nós, temos que apoiá-la. Ela vai falar. Dê um tempo a ela, confie em nossa pequena.

Grayson olhava pra sua esposa tentando ser o mais compreensivo possível, ele sabia que era o mais sensato a se fazer, Elena era muito teimosa, era melhor não forçar nada, acima de tudo ele amava sua filha e jamais iria querer vê-la sofrer.

...

Eu estava no meu quarto encarando o teto e tentando por a cabeça em ordem. Impossível! Elena não saía de minha mente. Como ela estava, se havia entendido meus motivos, se algum dia iria conseguir me olhar outra vez. Pra completar toda a minha semana de cão, vem agora Rose resurgindo como uma fênix. Minha mãe detestou a ideia, ela tentou me convencer a pagar uma estadia para ela em algum outro lugar, isso era um absurdo, eu não queria que ela se sentisse indesejada, logo Rose que foi tão compreensiva comigo, mesmo depois do que eu fiz.

A semana se passou bem devagar, eu estava em uma nova onda de paparicos, a única coisa boa era o fato de Alaric me falar que eu poderia continuar com o tratamento sem maiores complicações, ele estava ansioso com os resultados da última sessão que estava marcada para a próxima semana. Hoje era sexta e Stefan ficou de pegar Rose no aeroporto pra mim. Este fim de semana era o aniversário dele, havia uma reunião marcada aqui em casa no domingo, para uns poucos amigos apenas, a família da Rebekah e alguns de nossos sócios. Ele me falou que convidou Elena, os Gilbert’s, eu sabia que ela não viria, mas de certa forma ansiava que estivesse errado e pudesse vê-la outra vez, mesmo que não pudesse falar com ela, eu a conhecia bem demais pra saber que ela ficaria o mais distante o possível de mim e é claro eu iria respeitar.

No final da tarde Stefan chegou com a nossa hóspede, eu e minha mãe estávamos na sala e meu pai trancado no escritório. Escutamos um carro chegar e segundos depois eles estavam diante de nós.

-Rose! – me levantei e fui cumprimentá-la com um abraço. – A quanto tempo...

-Dois anos Damon. Senhora Salvatore... – ela acenou para a minha mãe.

-Seja bem vinda Rose! – seu tom foi cortês o suficiente.

-Obrigada por ir me pegar Stefan. – ela falou pro meu irmão.

-Disponha! Eu vou me preparar pro jantar. – ele falou indo em direção as escadas. – Fique a vontade! – falou para Rose enquanto começava a subir.

-Vou com você meu amor. – disse minha mãe se levantando para acompanhá-lo, eu sabia que ela estava doida pra sair dali. A convivência seria difícil. Os dois se foram me deixando a sós com Rose. Perfeito!

-Bem, suas malas serão levadas direto pro seu quarto, acredito que já fizeram isto. – eu falei apontando o sofá para que ela sentasse. – Fez boa viagem?

– Sim, obrigada! – ela ficou um pouco sem jeito baixou a cabeça e falou: -Eu seu que está sendo um pouco constrangedor pra você, uma situação um pouco complicada. Eu agradeço de verdade ter aceitado me receber. Eu juro que será até eu encontrar um lugar para ficar.

-Você vai morar aqui de vez? Digo em Londres?

-Ainda não sei, existem algumas propostas, mas eu quero focar em meus estudos. Por agora só sei que ficarei por uns meses.

Eu assenti. Não era como se tivesse muitos assuntos com ela. Na verdade não tinha nenhum assunto com ela. O silêncio estava reinando até que ela puxou assunto.

-Então senhor Salvatore- ela disse num tom descontraído – Me fale o que lhe aconteceu nestes dois anos.

-Nossa! Muita coisa. Voltei a exercer medicina. Eu namorei algumas garotas, noivei com uma que hoje é namorada do meu irmão e...

- Espera, o quê? – ela falou erguendo as mãos para que eu parasse e me explicasse, eram informações demais de fato. – Stefan não é tipo o noivo oficial da Elena?

-Eles decidiram não se casar. E digamos que depois disso eu namorei Elena. – ela arregalou os olhos.

-Como é que é? Você e Elena? – ela parecia perplexa.

-É, mas já acabou. A uma semana atrás na verdade. Mais ou menos isso.

Ela me molhava totalmente desnorteada. Ela não entendia nada muito bem, quer dizer, entendia, mas era muita loucura e novidades demais.

-Nossa! Aconteceu várias coisas mesmo hein?! Parece coisa de novela. – rimos juntos com essa fala. Na verdade havia esquecido de como era bom conversar com ela, tínhamos coisas em comum.

-E você? – ela me olhou franzindo a testa.

-Não tive anos tão agitados quanto os seus. – eu a olhei de lado – Bem, eu trabalhei em alguns outros lugares. Você me deu ótimas referências, conseguir emprego não foi problema. Tive alguns casos problemáticos. – rimos outra vez- Mas nada que durasse mais que um fim de semana ou um feriado. – eu assenti. Rose era muito reservada quanto a isso. – Você está mais magro. Um pouco abatido também. Está doente?

Eu hesitei um pouco. – Na verdade sim, mas já estou me recuperando.

-O que foi? – eu estava hesitando outra vez e ela insistiu. – Fala!

-Leucemia. – a boca dela abriu.

-Co-como? – ela gaguejou.

-É, mas como eu disse, já estou me recuperando. – ela ficou perplexa.

Ficamos conversando um pouco mais sobre o assunto e outras coisas, o tempo passou até que bem rápido, logo Stefan veio nos fazer companhia, tínhamos combinado que sempre que ele pudesse, ficaria perto de mim e dela. Ele sabia que eu podia precisar de sua ajuda se caso algum clima chato surgisse. Estava funcionando bem.

Logo chegou a hora do jantar, estávamos todos em casa, aos poucos minha mãe ia se abrindo mais com Rose, a pedido meu e de Stefan. O sábado veio e passou bem rápido, o clima estava melhor, menos pesado entre as duas e isso me fazia relaxar. Quando a manhã de domingo chegou meu coração se acelerou ao abrir meus olhos. Eu sabia que hoje eu poderia vê-la, estava tão ansioso.

...

-Tem certeza de que é uma boa ideia? – Caroline me perguntou descrente.

-Sim. Mamãe está de cama e você tem que ficar com ela, papai não vai e eu não posso recusar o convite do Stefan, ele é muito importante pra mim. Sabe que se eu pudesse não pisava lá. Ainda mais agora com aquela aranha perniciosa da Rose hospedada lá. – Caroline ria da fala da Elena, ela passou toda a semana falando coisas do tipo, desde que Stefan lhe contou sobre sua nova hóspede.

-Mesmo assim Elena, eu não acho uma boa ideia você ir sozinha e...

-Mas eu não vou sozinha – Elena olhou sorrindo com malícia para Caroline que lhe encarou confusa – Vou com o Jeremy. – Caroline arregalou os olhos.

-Elena, pirou?! Como assim vai com o Jeremy?

Elena deu de ombros. – Ah! Caroline, eu falei com ele algumas vezes depois do que houve no hospital, ele parecia bem arrependido. E depois ele é meu amigo e não tem mais ninguém pra ir comigo.

-É isso ou você quer chegar lá com ele pra provocar o Damon, já que provavelmente Rose vai estar lá com ele?

 Elena fez uma negativa com a cabeça. – Não é nada disso. Apenas preciso de companhia e não tem outra disponível, já basta ter o idiota do seu ex lá com aquela irmã nojenta dele. – Caroline assentiu – E como se não bastasse aquela aranha. Eu vou fazer este esforço pelo Stefan, ficarei o mínimo possível, apenas para dizer que fui e só.

Caroline não questionou mais Elena, porém sabia que aquilo não daria muito certo. Elena podia tentar negar, mas Carol sabia que ela tinha mais que aquele motivo bobo de não decepcionar Stefan para estar na festa. Até porque Stefan era consciente de que ela não iria querer estar perto de Damon tão cedo, ele havia a convidado por consideração. É claro que ficaria feliz ao vê-la, mas Elena estava maluca era para ver como Damon andava se comportando com sua amiga e também o que faria quando a visse chegar acompanhada pelo Jeremy. De certa forma Carol agradecia por não estar presente, a mansão dos Salvatore estava para pegar fogo. E talvez isso pudesse ser dito literamente.


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Notas finais do capítulo

Mais tarde revemos o que vai rolar neste aniversário, se segurem, a noite promete! ;)
Beijos!