Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 38
Fantasma do passado


Notas iniciais do capítulo

Como prometido mais um hoje, espero que gostem, obrigada pelos comentários.
Este capítulo serve pra reintroduzir uma personagem muito importante na fic, coisas irão reder vindas dela. kkkkk
Enfim, boa leitura!
p.s.: Leiam as notas finais, coloquei umas coisinhas interessantes. ;)



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 Stefan voltou pro meu quarto meio estranho. Ele estava bastante
estranho na verdade.

-Tudo bem? – eu perguntei cauteloso.

-Sim. Só estou pensando em umas coisas do trabalho. Antes que eu esqueça, chegou este telegrama pra você, faz uns dias na verdade, mas eu acabei esquecendo de te entregar.

Ele estendeu o envelope e eu peguei e o abri:

“GOSTARIA DE PASSAR UM TEMPO COM VOCÊ, SE NÃO FOR INCÔMODO. CHEGO EM BREVE, ESTOU INDO FAZER UM CURSO, PRECISO DE LUGAR PRA FICAR. CHEGAREI NO PRÓXIMO FIM DE SEMANA. BEIJOS, ROSE.”

Damon dobrou o papel nas mãos pressionando seu maxilar, ele engoliu seco. Rose era uma página de sua vida que ele não queria voltar a ler, certamente não agora. Não por ela o fazer mal ou algo do tipo, apenas ela trazia consigo o passado de Damon de volta, sua vida com Katherine, suas culpas, principalmente uma culpa que ele não podia esquecer.

A mais ou menos três anos atrás (Flash Back - Damon)

Estava uma noite tão fria quanto todas as outras que eu passava
ultimamente, sem Katherine. Minha casa era enorme, as paredes eram frias, tudo a minha volta tinha o jeito dela, seu toque e ficava tudo sem sentido sem ela aqui. Eu estava a uma semana do aniversário de sua morte. Um longo ano, longo, solitário e cheio de saudades. Eu não conseguia mais enxergar sentido pra minha vida, desde que ela se foi eu larguei a medicina e me atinha a resolver assuntos de meus investimentos aqui mesmo em minha casa e a contra gosto, afinal, para que construir um patrimônio só para mim? Queria que ela estivesse aqui para poder dividir tudo isto comigo.

Eu estava na sala, bebendo muito como fazia todas as noites.
Neste último ano eu adquiri esta “mania” horrenda, mas me ajudava a dormir, no outro dia eu tinha que lidar com meus sentimentos de novo, mas pelo menos por umas horas, o álcool me faria esquecer.

-Damon, eu vou me retirar, precisa de mais alguma coisa? – era
Rose, como sempre muito prestativa e solidária a minha dor.

-Na verdade não, mas adoraria que me fizesse companhia um pouco. Sente-se e beba comigo. – ela me encarou hesitante.

-Não sou boa para bebidas Damon e acho que está na hora de você
parar com este hábito também.

-Não perguntei sua opinião nisso Rose. Quer beber comigo ou não?
– eu senhor grosso imbecil. Ela respirou fundo. – Sinto muito, por favor, só me faça companhia então. – ela assentiu e sentou-se ao meu lado no sofá.

-Tudo passou tão depressa, já vai fazer um ano. – ela começou
sorrindo sem jeito.

-Verdade, mas para mim este mesmo ano se arrastou ao invés de
andar. Fico pensando se todos os anos que me restam de vida irão ser miseráveis como este. –Falei engolindo de vez o restante da dose em meu copo, Rose rapidamente me serviu mais.

Rose era uma amiga de infância de Katherine, ela era enfermeira,
quando a Katherine engravidou resolvi que ela precisaria de companhia, já que a casa era enorme e só havia nós dois nela e eu sempre estava fora a trabalho, Katherine lembrou-se da amiga e eu aceitei de bom grado, principalmente por ela ser enfermeira, seria muito mais útil e fora que ela era muito apegada a minha esposa, como irmãs. Eu a conheci no mesmo dia que a Katherine, ficamos logo amigos. Ela me apresentou a minha mulher, na época Rose fazia estágio no mesmo hospital que eu. Depois que Kath e eu nos casamos os pais dela morreram e como ela não tinha irmãos e só um tio não muito amigável, ela ficou em uma situação ruim
e Katherine não conseguia pensar em outro nome para o emprego. Tínhamos a Rose como parte de nossa família, por isso a tratávamos como tal.

-Ora Damon, não fale assim, você é jovem, bonito, um médico
brilhante, de posses, vai arrumar uma mulher em breve. – ela me falava e me entregava outro copo com whisky.

-Não há mais ninguém pra mim. Meu coração não irá mais se abrir
para ninguém. – falei tosco e ela não tocou mais no assunto.

Continuamos a beber, ou melhor, eu continuei, Rose apenas me
fazia companhia como pedi, a noite foi se arrastando, eu já estava mais que bêbado, estávamos rindo sobre algum assunto idiota da época que eu paquerava a Katherine e usava a Rose como pombo correio. Em meio a uma dessas risadas ela encostou a cabeça em meu ombro, eu não lembro muito bem como, mas poucos segundos depois eu estava a beijando, ela me olhou assustada no início, mas depois correspondeu os meus beijos e nossas carícias foram ganhando urgência, lembro-me de poucas coisas daquela noite, algumas imagens surgem em minha mente, nós na
cama, na minha cama, cama onde eu dormia com minha esposa, eu e Rose totalmente nus e eu a beijava, beijava todo o seu corpo. Eu transei com ela.

Acordei atordoado no outro dia, minha cabeça me puxava de volta
pros travesseiros, eu estava com os olhos ardendo, olhei em volta, estava me sentindo perdido, ainda estava no meu quarto, mas não tinha ninguém ao meu lado, por um momento respirei fundo, havia sido apenas um sonho, um sonho bastante bizarro. Eu estava de sunga, apenas de sunga, mas tudo bem, na época eu tinha o hábito de dormir assim. Pouco tempo depois de eu acordar, estava sentado na minha cama ainda e foi quando Rose surgiu no meu quarto do nada com uma enorme bandeja com um café da manhã.

-Bom dia meu amor. – ela falou e eu franzi a testa. Meu amor?
Porque ela estava me chamando de meu amor?

Eu demorei um pouco a perceber que meu suposto sonho bizarro não foi um sonho, pois Rose estava diante de mim apenas de camisola, sem nem se importar, com um sorriso de orelha a orelha e ainda por cima ao sentar-se na cama e apoiar a bandeja ela veio e me deu um beijo, um selinho, eu meio que me esquivei depois disso totalmente confuso.

-O que você... O que diabos aconteceu entre a gente? – eu perguntei do nada e ela me encarou confusa.

-Você não lembra? – eu assenti. Ela então chegou mais perto de
mim e deitou-se em meu peito, totalmente sem noção. – Fizemos amor ontem e você falou coisas lindas pra mim. Nunca me senti tão feliz, eu sempre quis ouvir coisas do tipo. Foi lindo! - Ela falava delirando e eu estava totalmente paralisado apenas a ouvia e respirava. Então a tirei de cima de mim e ela me olhou confusa.

-Olha Rose, eu não sei o que aconteceu entre nós ao certo, eu
não sei o que houve ontem, mas seja o que for, não era pra ter acontecido e com certeza será melhor esquecer de tudo isso.

-Como assim esquecer? Damon foi tudo tão maravilhoso, você não
gostou?

-Eu mal me lembro do que fiz. Entenda Rose não quero magoar
você, eu estava bêbado, não sabia o que estava fazendo, eu não me lembro de nada do que eu disse ou fiz direito. Não significou nada para mim.

Ela me olhava com os olhos cheios de lágrimas, porém sua expressão era pesada, me causou certo medo. Rose levantou-se da cama e foi em busca de seu roupão, jogado em qualquer parte do quarto. Ela o vestiu e foi em direção a saída de meu quarto.

-Por favor, Rose, me perdoe, eu não quis te magoar ou brincar
com o que sente, eu... Não deveria ter acontecido, eu sinto muito. – ela ficou parada na porta de costas pra mim e então respondeu:

-É melhor você tomar seu café, tem uma reunião daqui a duas
horas com seus sócios. Eu já confirmei com todos, tem café forte aí. É bom tomar.

Então ela saiu do quarto. Droga Damon, o que você fez? Era isso
o que poderia acontecer, maldita bebida. Rose não merecia isto, mas eu não sentia nada por ela, ela era apenas uma amiga antiga e querida por mim e por Katherine, eu não conseguia me imaginar com ela, nem com mais ninguém. Nós ficamos sem nos falar por um tempo depois disso, ela continuou trabalhando para mim e cuidava da minha casa, ela sempre foi muito caprichosa com tudo, como se fosse sua. Depois de uns dias tivemos uma conversa, onde ela me disse que estava tudo bem, que aquela noite havia sido um erro e que nada daquilo deveria ter acontecido, que ela se deixou levar e entendeu tudo errado. Eu me senti muito mal por isso, desde então não bebi mais. Não como antes. Ela resolveu ainda ficar trabalhando comigo e me perguntou se eu acharia ruim, pois se fosse
assim ela sairia de lá, mas eu me sentia culpado demais e não ia impor nenhum problema quanto a isso, se ela queria ficar, que ficasse, embora me sentisse mais desconfortável do que antes com sua presença, se ela não via nada de errado em ficar eu não a colocaria para fora. Fiquei mais um ano morando lá e logo depois do segundo aniversário de morte de Katherine resolvi voltar para Londres. Então fechei a minha casa em Paris e logo os serviços dela não foram mais necessários. Desde então nunca mais a vi.

...

-Ei! – a voz de Stefan me trouxe de volta, ele acenava com as
mãos em minha frente – O que diz aí nesse telegrama que te fez viajar cara?

-Rose. Ela está vindo a Londres para fazer um curso, me
perguntou se pode ficar hospedada lá em casa, você sabe, ela não tem ninguém por ela aqui. – Stefan me olhou coçando a cabeça.

-Nossa! Rose? Que volta dos mortos-vivos! – ele brincou, claro
que Stefan sabia desse meu “acontecido” com ela e como as coisas ficaram tensas desde então. – Mamãe vai adorar, ela não gosta dela e olhe que ela nem sabe do que... Você sabe. – ele disse meio sem jeito.

-Eu sei, estou tão surpreso quanto você, pensei que nunca mais a
veria. Não posso recusar este pedido Stefan, ela é sozinha no mundo e não conhece muita gente aqui. E também...

-Você se sente em dívida com ela. – ele me completou.

– Exato!

-Bem você que sabe. Quando ela chega?

-Próximo fim de semana. – ele ergueu a sobrancelha.

-No meu aniversário? – eu assenti – Quero só ver! Bem, eu tenho
que ir, nossa mãe já deve estar pra chegar. Boa sorte com ela. – eu o encarei confuso dando de ombros – Pra avisar sobre a nova hóspede. - Eu revirei os olhos.

-Obrigado! Tenha um bom dia!

-Obrigado! Paço aqui pra te levar pra casa mais tarde. – eu assenti.

Então ele saiu todo divertido. Stefan tinha razão, minha mãe nunca gostou da Rose, nem ela mesma sabia explicar porque, dizia que quando chegava perto dela sentia uma energia ruim e se arrepiava. Eu sempre gargalhei com isso. O fato era que eu não poderia recusar este favor, não me sentia confortável com a ideia, mas não havia muito que fazer. Era tudo o que eu precisava agora, terminei com Elena, estou tentando me curar de uma doença, fato que Rose se interaria assim que chegasse, agora teria mais uma no meu pé, como cão de guarda, talvez disso minha mãe gostasse nela. Ela poderia ajudar comigo. Argh! Só de pensar já me irrito. A coisa que mais me incomodava era ter Rose outra vez diante de mim, depois de tanto tempo e do que houve entre nós, não que ela
mexesse comigo, mas não era só minha mãe que não gostava dela. Elena também nutria certa antipatia. Não faria muita diferença agora, mas não dá pra prever o futuro. Eu podia apenas sumir por uns tempos? Seria o melhor. Credo! Deus me ajude!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham sentido a nova pressão kkkkk
Enfim se vocês se estão pensando em: "Por favor, não , Damon com outra não, mas Elena com ciúmes kkkk" Então ótimo, mas existem coisas mais complexas que isto...
Nos capítulos de amanhã vamos ver a conversa de EDlena com seus pais sobre o baby e também teremos niver, beijos roubados, ciúmes, momentos fofis do nosso casal e.... kkkk Vocês verão kkkkk Beijos!