Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 22
Namorados


Notas iniciais do capítulo

Aqui vai o capítulo de hoje... Espero que gostem. Obrigada pelos comentários. Beijos e boa leitura!



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Hoje irá fazer um mês que eu estou oficialmente namorando com Damon. Estávamos cada vez mais apaixonados, eu estava indo ao hospital lhe fazer uma visita e o chamar pra almoçar. Eu não o via muito frequentemente, ele estava trabalhando muito ultimamente e eu estava meio ocupada preparando outro evento beneficente ajudada por Caroline. Eu estava morrendo de saudades, ele havia vindo aqui em casa antes de ontem, mas já sentia sua falta.

Ao chegar ao hospital eu fui em direção à recepção.

-Senhorita Gilbert, para falar com o doutor Salvatore por favor.

-Sinto muito senhorita, ele não se encontra. Saiu para almoçar com a doutora Star não tem nem cinco minutos.

Andie outra vez. Eu sei que parecia infantil ainda sentir ciúmes dela, mesmo depois de Damon provar o quanto me ama. A verdade é que eles dois, juntos, me inquietava.

-Obrigada! Sei onde foram.

Eu fui até o El Mare. Quando cheguei logo avistei os dois, sorrindo alegremente como sempre. Naquela semana Alaric estava fora, num congresso e os dois estavam liderando a equipe juntos. Estavam mais grudados e me inquietando cada vez mais.

-Oi amor! – eu me aproximei dos dois, notei que Andie
tinha a mão direita encostada na de Damon. Eu encarei o toque e ele tirou a mão da dela. Ela se encostou na cadeira e ele se levantou.

-Oi Elena! Que surpresa! O que faz aqui? – Ele me disse dando um beijo em meu rosto.

-Fui até o hospital, ia fazer uma surpresa te chamar pra sair. A recepcionista disse que já tinha saído com ela. Olá Andie! – eu
falei a encarando ela respondeu soltando um riso forçado.

-Olá Elena! Tudo bem?

-Sim! Como eu ia dizendo, julguei que estariam aqui! – falei voltando a encarar meu namorado.

-Sente-se conosco então. – Andie me falou e Damon
soltou um riso aberto e me apontou a outra cadeira ao seu lado.

-É Elena. Senta aqui!

-Sobre o que falavam? Pareciam se divertir. – perguntei
para ele.

-Coisas do trabalho, eu acho que você não possui o mesmo senso de humor que o nosso. – Andie falava com um riso irônico no ar. Parecia provocação.

-Bem não vai saber se não me falar. – eu estava irritada, Damon pareceu sentir a tensão aumentar.

-Andie tem razão Elena, não tem muita graça.

O que? Ele defendeu ela?

-Mas eu quero saber não posso? – eu falei visivelmente irritada.

Andie baixou a cabeça olhando pros lados, Damon respirou fundo e falou:

-Por favor, Elena, pare com isso, não é nada demais. Piada de médico que eu não quero compartilhar.

-Com ela você quer?

-Será que não é pelo simples fato de ela ser uma médica? – sua ironia me fez ceder.

-Ok então. Não fale! O que vamos comer?

-Pedimos massa. Raviolle.- Andie me falou risonha.

-Hum! Delícia! Adoro comida italiana. - Eu falei sorrindo para ela. Um riso meio forçado, mas eu queria um clima menos tenso, não ia perder a tarde com Damon e se ele estava com ela paciência.

-Se vocês me dão licença. - Damon falou e então ao
encará-lo o notei pálido.

-Algum problema amor? –Andie também o encarava ele
estava meio suado.

-Não Elena, só preciso ir ao banheiro. Já volto, por favor, não se matem. – Ele sorriu e nos fez sorrir.

-Damon anda cansado Elena, a nova rotina no hospital exige muito de nós.

-Eu imagino, ele estava tão pálido.

-Verdade, vai melhorar quando ele comer.

Nós esperamos um pouco e minutos depois Damon voltou à
mesa. Logo em seguida o nosso pedido chegou. Começamos a saborear, estava maravilhoso. Raviolle de carne com molhos de queijos e tomate.

-Amor como vão as coisas com o seu evento? – Damon me
perguntou sorrindo.

-Hum... maravilhosamente bem.

-Sabe que se precisar de qualquer coisa...

-Eu sei Damon, está tudo bem amor. Tudo correndo dentro do esperado. Só o que eu quero de você é que esteja lá ao meu lado.

-Estarei. – ele falou me dando um beijo na mão. Um barulho chamou nossa atenção. O celular da Andie.

-Se vocês me dão licença, vou atender. É nosso chefe. – Ela piscou pra Damon que sorriu malicioso. Ela se levantou meio eufórica.

-O que está acontecendo entre Andie e Alaric?

-Ah! Você notou é? – ele virou pra mim rindo cheio de malícia. – E ainda implica com ela?

-Implico porque as vezes ela me irrita. Exclui-me de coisas ao seu respeito e parece saber sobre você mais do que eu. – eu cruzei os braços irritada e ele sorriu com a ação, aproximou a sua cadeira da minha e falou ao pé do meu ouvido.

-Ela é minha amiga e minha colega de trabalho, ela me
conhece como tal – sua voz tão próxima ao meu ouvido me causava arrepios – mas você me conhece de forma diferente e também muito mais interessante. E diferente de você, eu não gosto quando sente ciúmes de quem quer que seja. Duvida do quanto te quero? – Ele beijou minha orelha agora me fazendo fechar os olhos. Como ele me deixava vulnerável.

-Não duvido de você apenas eu não...

Ele não me esperou terminar e me beijou docemente.

-Vamos aproveitar meus últimos minutos de folga.

 Eu acariciei a face dele sorrindo e me rendendo, eu queria aproveitar sim, fui ali pra isto. Ficar ao seu lado. Ao prestar um pouco mais de atenção notei o quanto ele estava quente.

-Nossa Damon, você está fervendo.

-É claro estou perto de você.- Ele deu um riso torto me seduzindo. Eu ignorei, não estava brincando.

-Não amor, é sério você está febril. – Ele afastou
minha mão de sua face.

-Não estou não.

-Damon, eu estou sentindo e a pouco você parecia estar passando mal.

Ele revirou os olhos.

-Elena não é nada, eu estou bem, vem aqui!

Ele me puxou pra outro beijo eu comecei a relutar, mas
não resistia a Damon por muito tempo. Ele me deu vários beijos e começamos a sorrir.

-Amor se cuide, Andie me falou que você tem trabalhado muito.

-Assim como ela – ele me olhou meio bobo e depois
ficou sério. - Ficarei bem, não se preocupe. – Ele sorriu ficamos assim mais um pouco, Andie voltou para a mesa e depois eles tiveram que ir, Damon se despediu de mim e me prometeu ir à minha casa pela parte da noite. Eu me alegrei, estaríamos mais a vontade. Eu não via a hora de estar com ele outra vez.

...

Eu estava ansioso por vê-la de novo, sentia uma necessidade imensa de tê-la ao meu lado. Eu estava me preparando para ir embora para casa, tomar um banho e visitar minha namorada.

Ao avistar a mansão Gilbert senti meu coração disparar. Foi um dia muito cansativo, eu queria estar com Elena, ela me fazia sentir bem, eu relaxava, me distraía, me divertia, ela era espontânea, dinâmica e sempre sabia me por pra cima.

-Boa noite! – cumprimentei a empregada que abriu a porta pra mim.

-Boa noite senhor Salvatore!

-Nossa! Finalmente. Você demorou. – Elena veio em minha direção, me abraçando forte. – Meu Deus! Você está tão ou mais febril que antes. – Eu revirei os olhos. Ela realmente estava procurando coisas.

-Não comece Elena. Estou bem.

-Você está com febre!

-Já falei que estou bem. Agora me diga o que vamos
fazer... Como pretende fazer eu esquecer o dia horrendo de hoje no hospital?

Ela me encarou meio irritada ainda, por eu ignorar sua preocupação, mas depois relaxou a expressão e me respondeu:

-Pensei em irmos à sala de TV e ver algum filme. A noite está fria, vou pedir para prepararem chocolate quente pra nós dois, o que me diz?

-Maravilhoso! – lhe dei um beijo no rosto.

-Ótimo, vou pedir pra fazerem isto. Já volto!

Enquanto Elena ia em direção a cozinha, eu me sentei
no sofá da sala, parecia que não havia ninguém na casa além dela e os
empregados. Eu estava tão cansado que resolvi encostar a cabeça no sofá e fechar os olhos por uns instantes, esperando ela voltar.

-Pronto! – A voz dela me trouxe de volta eu pareci cochilar.

-Você está com uma cara péssima. Está muito cansado? –
Ela me perguntou sentando-se ao meu lado e acariciando meu cabelo.

-Bastante! – eu falei um tanto baixo demais.

-Se quiser esquecemos o filme e ficamos aqui quietinhos. Você pode relaxar mais se quiser ou até dormir no meu colo. – Ela sorriu sincera encostando a cabeça no sofá para me encarar melhor.

-Não. Acho legal a ideia do filme. Não quero dormir, tenho que voltar pra casa ainda. Devo estar no hospital amanhã bem cedo e você sabe que é mais próximo da minha casa, se eu dormir aqui eu apago e nem reza me levanta.

Elena sorriu assentindo e fomos a sala de TV. Ela estava tentando decidir que filme iríamos ver. Claro que ela elegeu romance, mas ainda não sabia qual.

-Já viu “Memórias de uma Gueisha”? – ela me perguntou
de costas pra mim, eu a observava do sofá em frente a ela.

-Sim!

-“Amor sem fronteiras”?

-Sim! – ela me olhou fazendo expressão de impaciência. – Que foi? Eu gosto de filmes.

-Percebi! – ela voltou a encarar os filmes e eu caí na
risada.

-“Como se fosse a primeira vez”?

Eu sorri demais agora.

-Apelando pra comédia romântica? Achei que íamos ver romance. – ela me encarou de novo irritada.

-Bem eu estou tentando por um filme que você ainda não viu.

-E por que isso? Certamente você já viu todos também,
se tem que ser algo inédito que seja pros dois, a não ser que você queira me contar o filme.

-Há Há Há, engraçadinho. – eu estava morrendo de rir e
ela totalmente frustrada. –Sério Damon me diz um que você ainda não viu e eu vejo se tenho aqui. – Ela fez manha e eu cedi.

-Certo senhorita. Deixe-me ver. Eu adoro a leitura de
Jane Austin, não muito recentemente fizeram uma nova versão do filme baseado em meu romance favorito dela e eu ainda não vi. – Elena abriu um sorriso mais que largo e quase gritou pulando de excitação. – Que foi?

-“Orgulho e Preconceito”? – ela me perguntou levantando as sobrancelhas de maneira cômica.

-Isso mesmo!

-Ai!! – ela gritou e pulou em cima de mim. – Eu amo esse
filme, assim como o romance. Como você ainda não viu se gosta do livro? – ela tinha as mãos em volta do meu pescoço.

-Bem, eu não sei se você concorda, mas alguns livros
que viram filmes, simplesmente não conseguem manter a essência da história original. Sempre decepciona. Eu prefiro a leitura.

-Você é bem exigente. – Ela me deu um selinho e depois se levantou e foi colocar o filme. Minutos depois a empregada nos trouxe o
chocolate quente.

Elena estava apoiada no meu ombro e tagarelava o filme todo, eu morria de rir por dentro, ela me falava sobre tudo, o figurino, a
interpretação dos atores. Estava tudo muito bom, uma delícia, só que eu comecei a sentir a tão falada febre que Elena passou o dia me dizendo que eu estava. Eu realmente não estava me sentindo mal, mas agora eu estava estranho, meu corpo inteiro doía e eu estava meio enjoado também. Comecei a sentir calafrios. Elena estava entretida com o filme e não pareceu notar minha mudança. Minha cabeça começou a doer insuportavelmente.

-Au! –Eu soltei sem querer e ela me encarou.

-Que foi?

-Acho que comecei a sentir febre. – Eu falei meio sem jeito e mexendo minha cabeça de um lado para o outro, tentando aliviar a tensão do meu ombro e nuca. Elena me encarou preocupada, levando a mãos até minha testa.

-Você já estava com febre amor. Você que é muito turrão e não admite quando está doente. – Ela estava revezando a mãos entre minha testa e minha bochecha. – O que eu posso fazer?

-Nada linda, eu vou pra casa, tomar um banho frio e algum remédio pra dor de cabeça. Só estou cansado.

-Você está com febre meu amor. Não vou deixar ir a lugar algum assim, Está fervendo e trêmulo.

-Estou com frio.

-É claro que está. Damon você tem que se cuidar, não descuide de você e foque só nos outros, precisa estar bem pra fazer seu trabalho.

Ela me dava bronca atrás da outra, mas eu não ouvia muito bem, o meu estômago estava revirando.

-Preciso ir ao banheiro. – Eu levantei cambaleante e urgente, não iria aguentar muito tempo. Elena me seguiu apavorada até o banheiro próximo à cozinha. Eu entrei me jogando no chão de joelhos para vomitar no vaso. Elena se pôs do meu lado acariciando minhas costas, embora não adiantasse muito a sensação das suas mãos quentes em mim me fez sentir melhor.

-Damon... – ela falou preocupada. – Não quer ir até o hospital?

Quando eu finalmente pude me virar, soltei a descarga e me sentei, apoiando um meu cotovelo no joelho de minha perna direita e a encarando.

-Não mesmo, eu passei o dia inteiro lá, vou voltar não. – eu falei soltando um riso irônico, ela não pereceu achar graça.

-Amor, por favor, você está muito pálido, fraco e tremendo de tanta febre, enjoado... Tem que ir ao hospital se medicar melhor. Ela falava sentando-se ao meu lado e acariciando meu ombro e minhas costas com a mão direita enquanto segurava meu braço esquerdo com sua outra mão.

-Amor está tudo bem. Sério!

-Claro que não está bem Damon. Que teimosia.

-Não é teimosia é experiência. Eu não comi bem hoje, trabalhei demais, quase não tomei líquido algum, estou apenas fraco e desidratado, minha imunidade baixou, eu posso estar apenas com uma virose. – Elena sacudia a cabeça em reluta.

-Nem vem com seu papo médico tentar me enrolar Damon. Não é só isso. Você se queixa de dor de cabeça a tempos já e não é a primeira vez que passa mal. – eu encarei ela e me levantei me livrando de seus braços e indo em direção a pia lavar meu rosto.

-Estou bem Elena. Eu vou pra casa descansar. – terminei o que estava fazendo e ela só me olhava perplexa e irritada. Sequei meu rosto e sai do banheiro, depois de uns segundos ela me seguiu.

-Damon Salvatore não seja um teimoso comigo. Você tem que ir ao médico. –Ela me alcançou no final da frase puxando meu braço, eu aproveitei o movimento e a beijei de leve, envolvi minhas mãos na cintura dela e senti suas pernas perderem a força, afastei nossos lábios e disse:

-Eu sou um médico. A teimosa aqui é você.

-Só me prometa que vai se certificar que está tudo bem mesmo.

-Prometo! – lhe dei outro beijo. E voltei para a sala de estar com ela.

Eu sabia que tinha algo estranho comigo sim, mas eu não queria me preocupar com isto agora, deve ser apenas uma virose mesmo, depois eu tomarei as medidas necessárias e farei alguns exames só pra me certificar. Eu mesmo não aguentava mais as dores de cabeça chatas e inconvenientes que sentia.

-Acabou com nosso clima de romance não foi? – eu falei pra ela que me encarava docemente, eu estava acariciando o rosto dela.

-Tudo bem, não escolhemos a hora pra adoecer e eu estava tagarelando o filme inteiro e tirando a magia mesmo... – ela deu um
sorriso fraco meio entristecido.

-Ei! Minha linda... Não fique assim, estou bem, foi apenas um mal estar. Eu vou me cuidar direitinho pra que você não precise mais ver cenas como a de a pouco. –eu a fazia me encarar segurando seu queixo.

-Tenho medo de perder você. –ela falou e uma lágrima escapou de seu olho.

-Que é isso, não exagere! Pessoas ficam doentes não? Por isso eu tenho um trabalho. Ficará tudo bem, quem melhor pra cuidar de mim que eu mesmo?

Eu sorri tentando fazer ela me seguir e ela soltou outro riso fraco.

-Vem aqui! – a puxei pra um abraço. - Eu nunca vou te deixar Elena, ficaremos juntos e felizes até quando o ar de meus pulmões se extinguir, você me entende? – eu a fiz me encarar segurando seu rosto firmemente com minhas duas mãos e curvando minha cabeça pra ficar cara a cara com ela.

-Eu tenho medo...

-Entende isso? – eu insisti.

-Sim! – ela disse finalmente ainda chorando, eu limpei suas lágrimas e a beijei.

-Tenho que ir, mas te ligo quando eu chegar em casa.

-Tem certeza que está em condições de dirigir? – ela me
perguntou preocupada.

-Tenho sim. Eu te ligo Elena, fique bem, eu estarei igual. – lhe dei outro beijo e lhe soltei e na saída da casa senti seus braços em mim me puxando pra outro beijo um pouco mais urgente.

-Eu te amo! – ela falou com a testa encostada na minha.

-Eu também te amo. Muito!

Eu fui embora e avistei Elena de dentro de meu carro, acenando para ela, minha cabeça ia explodir a qualquer momento, minha visão estava turva. Que droga! Eu corri com o carro e agradeci ao chegar em casa. Liguei pra Elena como prometi, ela ficou mais tranquila ao saber que já estava em casa, no entanto antes, para saber se eu dizia a verdade, me pediu pra falar com minha mãe que confirmou que eu havia chegado inteiro. Eu subi pro meu quarto. Stefan ficou um pouco comigo, a febre estava pior, depois de tomar uns remédios pra dor na cabeça eu fui relaxando.

Acordei algumas vezes durante a noite, sentindo muito frio, minha mãe estava comigo a noite inteira. De manhã eu já me senti melhor. Foi uma guerra pra sair pro trabalho, mamãe não queria deixar eu pisar fora de casa, mas eu realmente sou muito teimoso e fui trabalhar. Eu não estava doente mesmo.

Ao fim do dia eu iria ver de novo Elena, ela estava preocupada e me ligava de minutos em minutos, eu tinha que ir tranquilizá-la. Amanhã eu estaria de folga então iria marcar algo com ela, um cinema talvez. Fazia tempos que eu não ia ao cinema. Não levava Rebekah, ela sempre se irritou muito com isto. Mas com Elena era diferente, o clima do cinema seria muito bom acompanhado por ela. Minha bela namorada.

...

Era incrível a capacidade que o Damon tinha pra teimosia. Ele estava me preocupando cada vez mais. Só trabalhando, sem comer ou dormir direito, ele só ficaria cada vez mais frágil. Pelo menos ele estaria de folga nos próximos dois dias e eu me certificaria que ele não fizesse outra coisa além de descansar. Eu o forçaria a ficar comigo bem quieto, comendo e dormindo como se deve.

Eu ouvi minha mãe receber alguém no térreo e pulei da cama ao reconhecer a voz de Damon.

-Chegou! – eu quase gritei e desci correndo.

– Meu amor! – eu pulei em seu pescoço ignorando minha mãe e meu pai na sala ao nosso lado e lhe dando um beijo, na verdade só colei nossos lábios demoradamente.

-Olá Elena. – ele me falou logo após eu me afastar de seu rosto.

-Como se sente? – eu falei o puxando até o sofá e o fazendo sentar, enquanto passava a mão em sua testa. Ele puxou minha mão de lá e soltou um sorriso divertido.

-Bem, eu estou bem! – eu o encarei meio que duvidando.

-Que bom querido, Elena nos falou sobre o seu mal estar de ontem. – Era minha mãe agora.

-É rapaz, você tem que se cuidar mais. – meu pai falou o encarando com seriedade.

-Claro! Foi apenas um mal estar pelo cansaço. Eu estou bem melhor, obrigado! – Damon respondeu rindo com sinceridade.

Meus pais conversaram um pouco mais com ele, até que eu fuzilei minha mãe com um olhar que pedia privacidade com meu namorado e ela deu um jeito de sair com sutileza levando meu pai junto. Damon percebeu tudo o sorriu divertido.

-O que vamos fazer? Tenho o resto da noite e o dia inteiro de amanhã com você. – ele me disse beijando o meu pescoço. Eu tremi.

- O de depois de amanhã também. – eu lembrei a ele o fazendo rir no meu pescoço, o que me causou arrepio.

-Nossa, tem certeza que me aguenta? Eu sou meio chato de se conviver 24 horas. – ele falava me provocando com beijos e mordidas no meu pescoço e orelha.

-Eu aguento sim, tenho certeza. – eu respondi ofegante e quase gemendo. Damon percebendo o que estava me causando intensificou tudo, começando a percorrer meu corpo com suas mãos ousando em carícias quentes.

Suas mãos estavam em meu seio e cintura, sua boca em meu ombro e depois pro meu maxilar, mordendo ele de leve e enfim chegando em meus lábios. Estava ficando quente demais para o lugar onde estávamos.

-Pára Damon. Aqui não. – ele parou me encarando e sorrindo ao encostar sua testa na minha.

-Eu sei, desculpa! Perdi o controle. Acontece muito quando se trata de você. – ele sorriu e me deu outro beijo soltando meu seio e levando as duas mãos até meu rosto.

-Vamos sair? – eu propus.

-Quer ir onde? –ele falou ainda acariciando minha face, eu fechei meus olhos involuntariamente, esfregando meu rosto na palma de sua mão esquerda.

-Ao jardim? – eu propus em meio a um tremor. Nossa como ele mexe comigo.

-Ótimo!

Levantamos-nos e saímos de mãos dadas até o jardim,
nos beijamos mais a vontade e conversamos sobre muitas coisas também, mas estava ficando tarde e frio e eu não queria deixar Damon no sereno ele teve febre alta uma noite antes. Nós entramos e combinamos algumas coisas para o dia seguinte. Damon iria me ajudar com algumas coisas do evento assim como Caroline. Damon e eu ficamos mais uns minutos na sala, depois meus pais surgiram e se despediram de nós. Damon resolveu os seguir um pouco depois me dando um beijo, ele estava cansado eu não fiz objeção, ele precisava dormir. Eu fiquei na sala lendo umas coisas e resolvendo outras para agilizar meu trabalho de amanhã, tudo para ter mais tempo livre com Damon. Já passava da meia noite quando eu subi.

Meu quarto ficava ao lado do de Damon, eu não resisti e entrei pra olhar como ele estava. Encontrei aquele homem lindo dormindo feito um anjo. Toquei sua testa, ele estava sem febre, menos mal. Dei um beijo sem seus lábios e ele se mexeu resmungando.

-Shh! Tudo bem meu amor, durma. Teremos um dia longo amanhã.

Acariciei seus lindos cabelos cor de piche e então sai.


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Notas finais do capítulo

Até Breve!!!!