Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 20
O príncipe e seu cavalo


Notas iniciais do capítulo

Antes que eu esqueça. Obrigada pela recomendação Malu. Eu adorei!!:D
Postando mais um hoje. Beijos!!



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Eu estava me sentindo bem demais, não fosse essa chata dor na cabeça que insistia em me atormentar. A noite passada foi maravilhosa
pra mim, eu estava com muitas saudades de Elena. Eu tinha que ir ao hospital pela noite, o plantão era meu e de Andie, mas tinha o dia livre, então eu decidi ir para casa e depois voltar à mansão dos Gilbert’s e ficar com ela o resto da manhã e da tarde.

 -Olá meu jovem! – Miranda me cumprimentou ao me ver voltar. – Não o vi pela manhã, não esperou pra tomar café conosco...

-É eu sai bem cedo, vocês ainda dormiam. Onde está Elena?- Ela sorriu, eu não disfarcei nem um pouco o porquê de Eu estar ali, nem quis também.

-Saiu pra montar com a Caroline, não tem nem dez minutos.

-Vou tentar acompanhá-las então. – Eu sorri dando um beijo em sua mão e saindo.

-Cuidado Damon! As estradas devem estar um lixo, olhe aonde vão!

Eu acenei para ela da porta e então fui atrás de Elena.

Ao chegar aos estábulos notei o cavalo que ela costumava montar ainda lá, mas o que eu montava não estava.

-Bom dia senhor Salvatore!

-Bom dia Matt! A senhorita Elena saiu montando o Night?

-Sim, saiu!

Maluca o cavalo mais arredio.

-Faz tempo?

-Não senhor, uns cinco minutos. Ela e a senhorita Caroline foram em direção ao pomar.

Como sempre.

-Pode selar o Candy pra mim por favor? – Ele assentiu. -Obrigado Matt!  - Minutos depois ele já veio com o cavalo, este era o que Elena sempre montava. -Tenha um bom dia!

-Obrigada senhor, igualmente.

Eu comecei a cavalgar em direção ao pomar, a estrada estava realmente ruim, eu procurava os rastros das duas aventureiras até finalmente avistá-las a beira do rio, acariciando os cavalos.

-Bom dia senhoritas! – Eu falei descendo do cavalo e elas pareceram se assustar.

-Damon... Você veio rápido! – Elena me falou sorrindo.

-Era pra demorar mais? – Ela veio pra cima de mim e me abraçou apertado.

-Claro que não! Que bom que já está aqui! –Ela me deu um beijo doce e se afastou de mim.

-Caroline... – Eu disse para a loirinha sem jeito atrás de nós.

-Senhor Salvatore... – Ela me respondeu risonha.

- O que fazem aqui tão cedo? E você mocinha. Eu te autorizei a montar, mas não o Night, ele é muito arredio pra você, tecnicamente você ainda está sob minha observação. – Eu falei um tanto sério.

-Eu queria montar ele hoje, você adora tanto este cavalo. Queria entender o porquê.

-Então isto é ciúme do cavalo? – Caroline gargalhou me fazendo reagir da mesma forma, Elena fez uma carranca.

-Muito engraçado! – Falou irritada.

-Ora aprenda a brincar. Não seja chata. – eu disse ela fechou mais a cara. Ela se virou me dando as costas e indo em direção do cavalo o montar.

-Não mesmo, eu trouxe o Candy, você vai nele! – Falei segurando a rédea do cavalo dela.

-Você trouxe você monta, eu vim no Night, volto nele. – Ela puxou a rédea de minha mão.

-Elena...

-Damon...

Caroline montou no dela seguindo Elena e as duas começaram a cavalgar.

-Vamos lá senhor Salvatore. – Elena disse provocando. – Não vai ficar pra trás vai?

Cavalgamos juntos o resto da manhã. Elena estava muito feliz, assim como eu. Voltamos já próximo ao horário do almoço.

-Por onde andaram? – Miranda nos recepcionou curiosa.

-Cavalgando sem rumo por ai mamãe. Eu vou subir, tomar um banho e descer pra comer. Te vejo mais tarde? – Ela falou me olhando e
rindo.

-Claro que sim! –Ela me deu um riso ainda mais lindo e eu fiquei encarando ela e Caroline subirem as escadas da sala. Elena me deixava
hipnotizado!

-Quando vão acabar com esta bobagem Damon? – A voz de Miranda me trouxe de volta e eu a encarei confuso.

-Não entendi!

-Claro que entendeu. Você, Elena. Já está na hora disto ser oficial.

Eu a encarei confuso demais, ela me apontou a direção do escritório, me olhava ternamente. Eu a segui e fomos conversar lá.

-Sente-se, eu vou te contar uma história.

Eu fiz o que ela falou, me sentando no sofá ao seu lado.

-Quando a Elena era pequena ela adorava contos de fada, como toda a garotinha. Ela sonhava com um príncipe encantado. – Eu a encarava tentando saber o que era aquela conversa. – No dia que Elena nasceu, seu pai falou que seria muito bom que seu irmão, fosse o namorado dela. Foi um comentário, mas que nos pareceu bem cabível, a mim e a Grayson. A sua família era muito respeitável, nossa filha não teria nada melhor. Você já tinha 5 anos de idade e Stefan apenas 2, então achamos melhor o mais novo. O que mais me surpreendeu foi que no dia que você e seu pai vieram apresentar Stefan a ela, Elena ficou fascinada por você. – Eu travei meu olhar surpreso nela e ela sorriu continuando. – Ela ficou chorando o resto do dia e não parava de repetir: “eu queria o outro”, “ele é mais lindo”, “parece um príncipe”. – Eu estava de boca aberta agora.

-Ela fez isso?

-Nossa! Ela chorava tanto, mas tanto. Demorou muito tempo pra nós a convencermos que você não era pra ela, que era mais velho e não daria certo. Ela birrava. Depois com o tempo ela cedeu. Os anos foram se passando, eu notava ela mais ligada a Stefan, encontrando coisas em comum, se divertindo. Eu fiquei feliz por saber que a fase amor de infância proibido havia passado. – Ela riu usando a expressão. – Mas ai você conheceu Katherine, e eu notei que estava errada. Ela mudou com seu irmão, ficou mais fria, desinteressada, Stefan quase enlouqueceu e desistiu de tudo coitado.

-Eu lembro disso, ele se queixava que queria matar ela. – Miranda e eu ríamos.

-Enfim... – Ela continuou. – Elena teve uma crise séria de choro no dia que você anunciou o noivado, eu entrei no quarto e ela estava esbravejando coisas do tipo “burra, burra, é claro que ele não liga”. – Eu começava a entender a conversa. –Aí eu percebi que nada havia mudado, que aquele sentimento que ela tinha por você estava lá escondido e ela tentava ignorar. Você se casou e depois de um tempo as coisas com Stefan se normalizaram. Eu achei que ela estava feliz, que ela havia percebido que você estava com outra e que de fato a amava. Ela começou a se entregar mais ao seu irmão, a curtir o relacionamento, eu realmente achei que ela estava apaixonando-se enfim por ele. Mas depois você voltou, viúvo e tudo voltou com você, cada ciúme, revolta, desejo. Elena é transparente quando se trata de você. Você é a fraqueza dela.

Eu não falava nada, estava paralisado. Eu nunca notei nada disso, mas agora tudo se encaixava. Elena tinha crises de ciúmes sim, as vezes, ela mudava da água pro vinho comigo. Eu só achava que ela tinha um temperamento forte e inconstante, nunca notei isso. Miranda esperava uma reação.

-Porque está me contando isto?

-Eu notei muitas coisas todos estes anos Damon, mas não só em minha filha. Em você também.

Certo isto foi tenso. O que ela notou em mim?

-O que exatamente?

Ela segurou minha mão, eu estava gelado e tremendo.

-Notei o quanto você amava Elena e como a sua mulher se parecia com ela. – Eu a encarei perplexo.- Katherine tinha tanto de Elena, era como se você tivesse encontrado uma versão disponível de minha filha pra você. Eu não nego que você amava sua esposa e estava feliz com ela, mas ela sempre foi a cópia da Elena certo?

Eu tentei responder, mas só saia gaguejos indefinidos. Miranda sorriu e me abraçou.

-Meu querido, Grayson e eu erramos com vocês, assim como os seus pais. Eu mais do que ninguém porque percebia tudo isto. Quero muito que vocês concertem esta bagunça agora e fiquem juntos. Sempre foi pra ser assim. Eu apoiei Elena no fim do noivado sem discutir porque era o melhor e eu sabia disso. Vocês tem minha bênção e meu apoio.

Ela se afastou de mim sorrindo e soltando umas poucas lágrimas.

-Vamos aproveitar esta fase oportuníssima. Você a salvou, Grayson te adora ainda mais, Você e ela estão livres. Namorem.

Eu sorri sem jeito, parecia mais uma ordem que uma ideia. Era uma ordem.

-Eu pretendia fazer isto a um tempo, acho que é mesmo a hora exata. – Disse totalmente sem jeito.

-Que maravilha. Vamos esperar seus pais voltarem então e organizar uma janta em família. Eles não puderam estar ontem como eu imaginei, então vou repetir o convite. Tudo certo?

-É claro! – Ela me puxou pra outro abraço e então seguimos para a sala para esperar por Elena. Minutos depois ela surgiu com um belo sorriso.

-O que estão aprontando ai?

 Ela veio e se sentou ao lado de Miranda, eu estava no outro sofá.

-Apenas fofocando. Homens sabem fofocar também não Damon? – Miranda falou sorrindo.

-Como nenhuma mulher pode imaginar.

-Hum... É ótimo saber disto! –Elena me encarou rindo maliciosamente.

Grayson entrou na casa neste instante. Ele me cumprimentou assim como a Elena e sua mãe. Conversamos um pouco sobre tudo e depois fomos almoçar. Após o almoço eu fui com Elena até o jardim. Ela segurou
minha mão meio sem jeito, eu sorri com o jeito meigo dela.

-Sabe eu sempre fiquei imaginando porque os príncipes só precisam de um dia para descobrirem que estão totalmente apaixonados pelas
princesas, alguns levam minutos para dizerem eu te amo e vamos nos casar. Isto é tão bobo. Mentiroso demais. – Eu estava a provocando, eu sabia demais agora.

-Eles assumem de cara o que sentem Damon, e é tão arrebatador e poderoso que eles têm que gritar quase que imediatamente.

-Você parece uma especialista neste assunto. – Eu abafei um riso.

-E você parece saber algo que me escapa agora. O que falou com minha mãe?

-Ah! Ela estava me contando como você adorava estas histórias e sonhava com príncipes e blá blá. Olha eu acho que o príncipe Damon tem um bom perfil, olhos azuis, cabelos negros em contraste, um pão. – Eu falei encarando o chão e engolindo risos. Ela me deu um tapa forte no ombro e eu sorri alto. – Elena me diga uma coisa... Ele aparecia nos seus sonhos sob um cavalo branco?

Ela me deu outro tapa e pareceu entender a conversa que eu tive com a  mãe.

-Eu vou matar a minha mãe, juro.

-Não faça isto minha linda. – Eu falei abraçando sua cintura. – Eu amei saber o quanto você me amava desde cedo e sonhava com meus
olhos azuis. – Eu sorri maliciosamente e ela tentou se soltar de meu abraço irritada.

-Não tem graça convencido. Me solta!

-Não mesmo? –Perguntei com malícia ela se debatia, parecia um animal teimoso, eu levei uma de minhas mãos até sua nuca e a beijei.
Ela relutou no início, mas depois cedeu, gemendo com o prazer de meus lábios nos dela. Nosso beijo estava quente e então ela como se acordando me parou.

-Alguém pode aparecer aqui.

-E...?

-Não somos nada um do outro ainda Damon. Respeite!

-Certo. Só mais um?

Ela olhou pros lados e me deu um selinho estalado me empurrando bem rápido.

-Assim não! –ela me encarou irritada e então me deu um mais demorado. Quando ia se separar de mim outra vez eu a segurei.

-Um beijo de verdade Elena. – Então eu depositei meus lábios nos dela com fúria entrelaçando nossas línguas assim que ela permitiu. Minhas
mãos ficaram urgentes em seu corpo e ela me afastou outra vez.

-Agora chega! Você é impossível.

Eu sorri pela vitória e ela fez o mesmo sem jeito. Eu segurei de novo a sua mão e andamos mais um tempo juntos falando sobre um monte de coisas. Sobre os projetos dela e sobre meus planos no trabalho. A tarde
passou rápido, eu consegui arrancar mais uns beijos dela, mas eu tinha que ir trabalhar. Eu contaria as horas até poder vê-la outra vez.


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Notas finais do capítulo

Tive uma ideia fofa pro próximo capítulo espero que no final vocês gostem... Beijos!