Força De Um Amor escrita por MayLiam


Capítulo 14
Cresça!


Notas iniciais do capítulo

Recuperando o tempo do hiato e por isso postando mais um ainda hoje. kkkk Curtam a leitura. Está um pouco drama.



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(Damon)

Eu me joguei no sofá de casa. Que noite horrenda! A dor de cabeça estava me deixando ainda pior, eram pontadas fortes, que me tiravam dos eixos, causavam arrepios. Eu ficaria deitado esperando que aquela sensação ruim passasse. Na minha mente só vinham mais e mais cenas dela. Elena. Acompanhada por Klaus.

Eu queria muito assumir tudo pros nossos pais. Ela estava relutando e me irritando, Elena nunca foi de se limitar pela opinião alheia, eu começava a pensar que ela não estava mais tão segura sobre o que sentia. Afinal ela iria se casar com alguém que não amava. Confusão era um sentimento normal pra alguém como ela. Eu não podia criticar demais, passei anos me negando a admitir o que eu realmente sentia. Nossa principal diferença no momento era que eu não tinha mais nenhuma
dúvida, já ela...

-Ai! Droga... - Outra pontada, um pouco mais forte, insuportável. - Ahhh! - Estava começando a ficar tudo escuro, tentei me levantar do sofá.

(Caroline)

Eu estava me sentindo patética, no meio daquelas pessoas, sendo tratada como uma delas. Senhorita Elena passou os últimos dias me fazendo estar naquele meio, eu me sentia peixe fora d'água. Tudo piorava quando o amigo dela o senhor Mikaelson vinha de galanteios pra cima de mim. Era difícil crer em tudo aquilo, afinal ele era um homem rico, inteligente, talentoso, podia ter quem quisesse, óbvio não seria eu. Ele só podia estar de brincadeira.

Durante todo o baile ele me dirigia elogios, eu admito que ele me atrai muito. Como seria diferente? Mas eu tenho meus pés no chão. Acho que ele só está fazendo isto pra se destacar. Não é como se ele estivesse apaixonado. Apenas tentando chamar a atenção.

Klaus se dirigiu para o meio dos músicos pedindo a atenção de todos:

-Boa noite! Eu escolhi esta noite para fazer uma declaração. - Certo, aquilo estava me deixando tensa. - Estamos entre amigos e acho que posso dizer que a todos aqui será interessante o que eu vou falar.

Ele tinha a atenção de toda a festa. Eu vi Elena se aproximar de mim agora com um riso fraco. Algo tinha acontecido.

-Qual o problema? - Eu lhe perguntei.

-Mais tarde falamos, agora escute! - Ela falou dando outro riso forçado.

Klaus ainda tagarelava.

-A um tempo atrás eu me vi completamente perdido. Nada me inspirava, vocês devem entender que isto para um artista é triste. - Todos deram um riso agora, ele sabia entreter a plateia. - Foi então que eu me vi pensando em um a bela jovem. Sem que ela pudesse perceber acabou se tornando minha maior inspiração. Sua voz, seu riso, sua beleza tão genuína. Eu me vi mais que inspirado, me vi completamente apaixonado por esta jovem, que tem sido o motivo de tantos sonhos impossíveis permearem a minha mente. Ela é quase inalcançável, mas eu quero que
ela saiba que ela é uma estrela que eu pretendo alcançar, motivos de me
aventurar nesta empreitada não falavam.

Nossa que palavras, eu estava inebriada, seja lá quem fosse ela tinha muita sorte.

Klaus continuou:

-Senhoras e senhores, conheçam a mulher que invadiu minha mente e meu coração causando um alvoroço em meu ser. Senhorita...

Ele olhava pra nossa direção. Minha e da senhorita Elena. Eu sabia, ele estava apaixonado pela...

-Caroline Forbes.

A voz dele invadiu e interrompeu minha conclusão e eu o encarei incrédula. Eu ouvia as palmas das pessoas ao meu redor e via Elena sorrindo feito boba. Eu ouvi direito?

-Acorda Caroline. Sobe lá. - Elena me empurrava, eu não estava pensando direito.

-Por favor minha cara, venha até aqui.- Disse Klaus, me deixando ainda mais tonta. Ele pegou minha mão e eu logo estava a sua frente. Ele me encarava. - Então minha querida... Agora a pergunta que não ver calar... Aceita ser minha namorada?

Eu estava perdida, constrangida, olhar dele queimava minha face, o olhar de todos ao meu redor.

-Responde Carol! - Ela falou quase como um sussurro, deu pra ouvir porque um silêncio constrangedor pairava no ar esperando minha resposta.

Ele se declarou diante de todos, isso só podia me confirmar como estava errada. Diante dos pais, dos amigos da família. Ele realmente sentia tudo o que dizia sentir. Sem mais demora e com lágrimas nos olhos eu o encarei.

-Sim eu aceito!

Ele deu um riso maravilhado e de novo a sala inteira se converteu em aplausos. Ele me deu um beijo singelo e doce. Aquilo tudo era um sonho.

(Stefan)

-Isso só pode ser brincadeira. - Rebekah se queixava em meio aos aplausos. - Klaus pirou! Você ainda ri Stefan? - Ela estava de fato chateada.

-Por um momento pensei que ele fosse dizer o nome da Elena. Isto foi uma verdadeira surpresa.

-E se dissesse? O que você ia fazer? Cobrar o passe dela? - Eu ri. Adorava estas falas enciumadas. Lhe dei um beijo e ela ficou quieta, resmungava uma coisa ou outra, típico dela.

Eu não conseguia parar de rir e Rebekah me dava tapas no ombro. Eu estava procurando meu irmão, que por algum motivo tinha sumido. Damon estava muito quieto nos últimos tempos, eu sabia o que era, ele estava suspeitando de Klaus com Elena, enciumado. Eu queria muito que ele estivesse ali pra ouvir aquilo. Bem eu o diria quando eu voltasse pra casa.

Meus pais resolveram ir para a casa dos Gilbert passar a noite por lá. Minha mãe adorava a Miranda e meu pai aproveitaria para falar mais sobre negócios. Eu fui para casa após deixar Rebekah na dela. Cheguei em casa, e entrando na sala vi Damon largado no sofá. Ele parecia ter tomado um porre e tanto.

-Ei! Acorda cinderela! - Eu falei rindo um pouco, sua posição estava esquisita. Ele nem se mexeu. -Damon! Acorda! - Eu o chacoalhei e só então ele foi abrindo os olhos com dificuldade e se queixando de uma dor na nuca. - Nossa! Esse porre foi brabo mesmo hein!?

Ele me olhou meio desorientado.

-Stefan?! - Ele me disse sonolento.

-Onde você estava? Sumiu e perdeu o melhor da festa irmão.

-Eu estava cansado, voltei mais cedo. O que eu perdi?

-Klaus se declarando em público.

Damon arregalou os olhos se sobressaltando do sofá. Isso o fez se queixar causando outra dor.

-Como é? Se declarou pra quem? - Ele me perguntou com mão na nuca e fazendo cara feia.

-Calma! Sei o que está pensando, pensei nisso também na hora, mas não. Não foi Elena.

Ele me olhou confuso e eu continuei.

-Ele estava lá tagarelando sobre inspiração e mulher perfeita. Elena e Caroline estavam bem a frente dele. Daí quando ele foi falar o nome da tal mulher se virou pra direção das duas. Eu pensei: "Elena Gilbert", mas então eu paralisei, porque eu ouvi Caroline Forbes.

Damon me olhou incrédulo.

-Como é que é? - Ele me olhava atordoado ainda esfregando a nuca. O que ele tinha afinal?

-Você está bem? - Ele me olhou impaciente.

-Sim! Continua! - Eu estava o achando estranho, mas obedeci.

-Isso que você ouviu irmão. Eu fiquei muito surpreso também. Queria que você estivesse lá, a Rebekah pirou. E eu só lembrava de você porque sei que estava meio chateado com algumas coisas e tudo mais. Enfim. Ele se declarou pra Caroline.

Damon estava de boca aberta. Ele tirou a mão da nuca, se levantou meio desorientado e falou ponto a mão na cintura:

-Agora eu entendo tudo!

-Entende o quê? - Eu quis saber.

-Esquece, eu vou pro quarto dormir, muitas emoções por um dia.

Eu ri.

-Nem me fale.

-Boa noite irmão! - Ele me disse.

-Boa noite! Se cuida. Tua cara está péssima.

Ele não me respondeu, apenas me mostrou seu polegar em sinal de tudo certo e subiu as escadas. Era o Damon, não podia ser diferente. Ele me olhou do topo das escadas e perguntou:

-E nossos pais?

-Na casa dos Gilbert's, voltam amanhã pela tarde.

-Certo. - Ele me respondeu sumindo pelo corredor.

(Elena)

Eu não conseguia parar de pensar no Damon. Eu não via a hora de enfim vê-lo e poder conversar com ele. Talvez ele já soubesse de tudo e estivesse mais compreensivo. Eu liguei para ele algumas vezes,mas caia na caixa de mensagem, ou ele já estava dormindo, ou não queria atender. Esperava que fosse a primeira opção.

Os pais dele vieram dormir em minha casa. Miranda me convidou pra passar o dia com ela amanhã. Ótimo, eu tinha uma boa desculpa para ir na casa dos Salvatore e ver Damon sem parecer oferecida demais.

Na manhã seguinte, estávamos chegando na casa de Damon, meu coração disparou ao ver os muros da mansão Salvatore. Eu queria muito ver ele. Estar com ele. Ao entrar na mansão eu procurei por Damon, mas não o encontrei. Caroline havia saído com o namorado é claro, e Miranda foi receber uma outra visita inesperada. Eu estava na sala sozinha quando Stefan se aproximou.

-Oi Elena! - Ele me cumprimentou com um beijo e logo se sentou ao meu lado. - Não sabia que vinha!

- É. Sua mãe me convidou e eu não pude declinar. - Ele deu um riso torto como se tivesse entendido algo por trás do que eu disse. - A casa está meio vazia hoje... Onde estão todos? Onde estão todos? - Ele deu um riso mais largo, me deixando sem jeito.

-Quer saber onde está o Damon? - Ele me perguntou rindo. Eu desviei de seu olhar, vermelha. - Sabe que meu irmão me conta tudo Elena, assim como eu conto pra ele. Óbvio que eu sei de vocês.

Eu estava mais que vermelha agora. Damon seu danado, o que falou pro seu irmão?

-Ele me falou tudo o que sente por você e me disse que vocês estão meio que... Namorando.

Eu voltei a encarar ele, sem jeito, ele continuava sorrindo.

-Não precisa ficar assim Elena, estou bem contente por vocês dois. Na verdade eu andava sentindo uma certa tensão entra vocês, mas acho que vocês podem resolver tudo isso logo. São adultos. Ele está no quarto dele, não acordou muito bem disposto. Você pode ir até lá ver se ele precisa de algo. Eu ainda não falei pra mamãe, então enquanto ela não termina de atender as visitas você tem todo um tempo a sós com ele.

Eu encarei Stefan preocupada, Damon tinha passado mal ontem e agora estava de cama, eu tremi aflita.

-O que ele tem?

-Bem, ele me disse que é uma virose sem importância, ele se queixa mais de uma dor na cabeça, mas disse que vai ficar tudo bem. Você conhece o Damon, ele é meio durão com essas coisas. Coisa de médico eu acho.

Eu já tinha ouvido o suficiente. Levantei do sofá e Stefan deu um riso.

-Acho que você ainda lembra onde fica o quarto dele... - Ele riu todo malando e eu corei.

-Pára com isso! - Dei um risinho sem jeito. - Stefan... -Falei o olhando com ternura.

-O que foi?

-Obrigada! - Ele sorriu, veio até mim me deu um beijo na testa e disse:

-Sempre que precisar. - Então ele piscou e saiu. Eu encarei as escadas, estava com medo desta conversa. Medo demais.

Bati na porta do quarto, ouvi a voz de Damon me autorizando a entrar. Eu abri a porta e coloquei meus olhos sobre ele. Parecia que ele tinha tido uma noite péssima, pálido, com olheiras, suado, cabelo desalinhado, lábios trêmulos. Senti um nó se formar em minha garganta.

-Oi! - Eu disse sem ter mais o que falar.

-Oi! - A voz dele estava embargada. - Entra! Senta aqui! - Ele me apontou a poltrona.

-Como se sente? - Eu perguntei preocupada e sem jeito. Ele me encarava com as pálpebras vacilantes, parecia muito fraco, aquilo estava me matando, minha vontade era abraçá-lo lhe encher de carinho, mas estava na cara que não era isso que ela queria de mim, não agora.

-Apenas cansado. A noite foi longa. Ficarei bem, só repousar. O que faz aqui?

-Sua mãe me convidou pra passar o dia com ela.

-E onde ela está?

-Atendendo uma visita.

Ele virou o rosto e começou a encarar o teto do quarto. Eu estava mais que aflita, então comecei a falar destranbelhadamente.

-Olha eu sei que você já sabe tudo o que aconteceu ontem, então agora que não é nada do que você estava imaginando você pode parar de...

-Por que você não me contou? - Ele me interrompeu ainda encarando o teto. A pergunta me travou, não tive motivos fortes pra fazer o que fiz. Ao ver que eu não respondi ele me encarou e insistiu:

-Porque me escondeu tudo aquilo Elena? Ou melhor, pra quê?

Eu não sabia por onde começar, quando Klaus pediu minha ajuda ele não me pediu segredo. Eu adquiri esta postura porque eu gostei do fato de Damon estar com ciúmes de mim. Eu estava provocando ele e fazendo isso ignorei seus sentimentos, o machuquei. Fui muito infantil e estúpida.

-Damon, eu sei que parece estranho, mas eu só não quis contar. Sei lá. Não via porque. Ele deu um riso sem graça e fez um aceno negativo com a cabeça voltando a olhar pro teto.

-Você estava jogando comigo não foi? Me provocando... O quanto infantil você ainda pode se mostrar Elena? Me diz logo isso, porque assim eu me decido se caio fora ou não. Tem coisas que simplesmente não dão certo. Manipulação não combina com amor.

-Eu não estava te manipulando. - Eu falei encarando o chão.

-Não estava? Do que você chama isso então?

-Damon por favor... - Eu o encarava agora - Você sabe que não há nada entre mim e Klaus, agora você tem certeza. Então vamos esquecer isto. Eu te disse que logo você saberia.

Ele se moveu com dificuldade se sentando na cama. Me olhou firme e falou:

-Você poderia ter evitado muitas coisas, apenas sendo mais madura e me contando do que se tratava. Você tem ideia de quantas noites eu perdi pensando que você estava insegura, confusa, envolvida com ele e sem saber mais o que queria?

-Mas amor... Eu continuava saindo com você. Estávamos bem, eu sempre demonstrei isso ao seu lado.

Ele balançou a cabeça em negativa visivelmente irritado.

-Elena você estava me deixando supor coisas idiotas, me fazendo perder a cabeça, sofrer e sem nenhum motivo plausível. Apenas porque você estava gostando de me ver sofrer de tanto ciúme.

-Eu não disse isto Damon...

-E precisa? - Ele agora gritou furioso. Esta na sua cara, você nem consegue se justificar, porque não tem justificativa. Fora o fato de você não estar querendo assumir nossa relação, o que me deixava mais confuso, porque você não baseava suas decisões em ninguém e muito menos ligava pra o que fossem pensar. O que me fazia questionar o porquê de tudo isso agora?

Ele parou pra respirar, uma expressão de dor surgiu em seu rosto, eu comecei a chorar descontroladamente.

-Damon... Meu amor... Escuta! - Ele levantou a mão na minha direção me fazendo parar de falar.

-Apenas saia do meu quarto. Preciso ficar sozinho e descansar. - Ele falou usando a mesma mão para apontar a porta.

-Damon... Não, me escuta. - Eu não conseguia parar de chorar, eu fui até a cama sentei ao seu lado, levei minhas mãos ao seu rosto, ele tremeu com meu toque, mas logo se livrou do contato.

-Não Elena. Sai. É sério! Não quero falar com você agora.

Eu me rendi, ainda em lágrimas. Me levantando da cama.

-Quando então? - Perguntei limpando o rosto.

Ele me encarou com um olhar que me causou dor, era frio, seco, duro demais.

-Quando crescer o suficiente pra admitir o que você fez! - Ele soltou convicto. -Leve o tempo que for necessário... Apenas cresça! Cresça e então conversaremos como se deve. Agora sai. Quero ficar sozinho.

Suas palavras me atingiram como bala, direto no meu peito, causando uma dor insuportável, o nó na minha garganta me sufocava. Eu estava respirando pesadamente. Apenas assenti com a cabeça e dei as costas saindo do quarto e logo depois desabando por sua porta do lado de fora. Eu chorava descontroladamente.

(Damon)

Eu ouvia o choro dela, as lágrimas que eu lutava para segurar até então conseguiram me vencer. Eu amava muito Elena, mas eu tinha que dar a ela aquela lição. Ela foi muito egoísta, estava doendo agora, mas isto ia passar. Foi necessário.


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Notas finais do capítulo

capítulo tenso!!! Aff ¬¬