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— Está querendo dizer que você só me usou para fazer com que eu não possa nem chegar perto do Pedro e ainda dizer que você já me pegou? Isso é crueldade demais Robin. Mesmo para um príncipe, isso é frio demais. - falo chorando.

— Star, não é bem assim. - Robin tenta se explicar.

— Não é bem assim? Então como é? - falo exigindo uma explicação.

— É que... Bem, ele... Não é que eu tenha te usado... - Robin não consegue se explicar e eu saio correndo chorando.

Eu não estava acreditando que ele só tinha me beijado, para afetar o Pedro. Ele tinha brincado com meus sentimentos. Eu estou me sentindo a pessoa mais idiota do mundo. Eu havia correspondido ao beijo, porque eu achava que ele gostava de mim, mas vejo que é tudo mentira.

✻

POV Robin

Aqui estou eu, deitado nessa enorme cama olhando para o teto do quarto e com mil pensamentos em mente. Eu jamais imaginei que ia me arrepender tanto de ter feito o que fiz.

Depois de ter beijado a Star, nunca mais consegui ficar sozinho com ela. Já se passaram cerca de um mês e eu ainda não consegui me desculpar. Os pais de Mutano e Ciborg voltaram para o Reino de Primus para resolver alguns problemas. Já seus dois filhos permaneceram aqui no Reino Magnólia.

Nesse período, Mutano e Ravena começaram a namorar as escondidas, minha irmã e Ciborg ficaram mais íntimos e é impossível não perceber o amor que ambos compartilham. Ah, e para completar, Jessy resolveu virar melhor amiga da Star e não para mais de me chamar de idiota por ter machucado sua melhor amiga.

O pior nem é a Star fingi que eu não existo ou a minha irmã fica me chamando de idiota junto com os outros – Ravena, Mutano e Ciborg -, o real problema é que Pedro está se aproveitando da situação e toda vez que tento contar isso para alguém, eles sempre dizem que eu só estou dando crise de ciúmes.

‘Ta, eu confesso que eu fui um babaca com a Star, mas eu tenho razão em dizer que Pedro está aprontando. Ele está cada vez mais próximo de Star e eu não sei por que, mas isso me incomoda. Eu não sei mais o que pensar. Vê-la tão próxima daquele desgraçado me traz uma sensação estranha e completamente nova para mim.

E para melhorar a minha já bela situação, eu não consigo tirar o beijo que dei em Star da cabeça. Eu ainda consigo sentir os doces lábios dela sobre os meus. O que me assusta é que toda vez que eu vejo, eu sinto uma louca vontade de beijá-la novamente.

Sou tirado dos meus pensamentos por batidas na porta. Arrumo-me rapidamente e abro a porta. Minha irmã parecia bem preocupada com alguma coisa. Abro caminho para ela passar e fecho a porta.

— Aconteceu alguma coisa? – pergunto preocupado.

— Eu acho que sim. – fala Jessy nervosa.

— O que houve Jessy? – questiono sentando ao seu lado.

— Eu ouvi uma conversa do nosso pai mais cedo e ele falou algo sobre a Star que me assustou. – responde nervosamente.

— Jessy, explica melhor essa história. O que ele falou sobre a Star? – um medo, que não faço ideia de onde surgiu, de repente toma conta de mim. Minhas mãos começam a suar e a tremer.

— Ele falou que uma guerra contra o planeta da Star vai ser iniciada e eles vão usá-la como forma de fazer o planeta se render. Meu pai parece ter se unido com a irmã mais velha de Star e eles vão fazer o primeiro ataque daqui alguns dias. – explica preocupada.

— Você tem certeza que ouviu isso? – pergunto com medo da resposta.

— Sim, eu tenho certeza que ouvi isso. – fala decidida.

— Nós precisamos impedi-los. – decreto convicto.

— O que você está pensando em fazer, Robin? - pergunta Jessy interessada.

— Vamos nos encontrar a noite com os outros e eu explico as coisas. Ah, Jessy, por favor, não permita que Pedro descubra sobre o nosso encontro de hoje a noite e muito menos sobre o que ouviu na sala de nosso pai. - alerto.

— Por que você está implincando com o Pedro de novo? Eu não entendo o motivo dessa rixa toda entre vocês dois. - diz Jessy com um tom de voz cansado.

— Você quer mesmo sabe o motivo de nossa rivalidade? - pergunto desconfiado.

— Sim, eu quero. - responde Jessy com sinceridade.

— Você sabe, eu e Pedro, já fomos muito amigos. - pauso e ela assente, dando sinal apar que eu continuasse a explicação. - Um dia, quando tinhamos 15 anos, enquanto nós passeavamos pelo o reino, nós encontramos uma garota muito bonita e parecia ter nossa idade. Pedro me lembrou que ela era a garota que ele era apaixonado desde os sete anos de idade.

O nome dela era Angeline. Quando notou nossa presença, a Angie, como gostava de ser chamada, pediu para falar comigo. Eu concordei em conversar com ela e pedi para que Pedro esperasse naquele mesmo lugar onde estavamos para evitar que nos perdessemos um do outro.

Já mais afastados de Pedro, a garota disse que me amava e que queria muito namorar comigo e todo aquele blá, blá, blá que conhecemos. Eu disse para ela que eu não gostava dela daquela maneira, mas ela continuou insistindo para que eu ficasse com ela. Tentei explicar que quem gostava dela era Pedro e eu jamais poderia fazer algo daquele tipo com ele. Foi então que ela me beijou de repente. Quanto mais eu tentava me afastar dela, mais ela se aproximava. Quando nós ouvimos um grito, ela resolveu me soltar. Eu olhei para trás e o pior aconteceu: Pedro tinha visto o beijo, mas entendido tudo errado.

Ele começou a me chamar de traidor e de todos os nomes possíveis. Eu tentei explicar um bilhão de vezes, mas ele não aceitava a minha história. Foi então que ele começou a fazer de tudo para me prejudicar. Inclusive aquela vez em que eu cair no rio e quase morri afogado. Ele me empurrou quando eu estava distraído e como eu não sabia nadar, acabei quase me afogando. Se não fosse pelos os servos que trabalhavam ali perto para me salvar, eu não acho que ainda estaria aqui para contar história.

Eu contei para a Senhora Benson, mas ela implorou para que não dissesse para ninguém sobre essa história e ela daria um jeito no Pedro. Quando ele descobriu que iria morar com o pai e que sua mãe sabia que ele tentou me matar, Pedro enlouqueceu de vez. Começou a aprontar coisas perigosas contra mim. Até mesmo veneno ele tentou usar para me matar, mas a Senhora Benson conseguiu evitar que eu chegasse a comer a comida envenenada. Ele foi embora jurando que quando voltasse ele iria acabar com a minha vida. E foi isso que aconteceu. - termino a explicação e vejo que Jessy está boquiaberta com a nova descoberta.

— Isso é sério? - pergunta incrédula.

— Sim. - respondo com sinceridade.

— Que psicopata! Por que você não me contou antes Robin? - fala Jessy indignada.

— Eu pensei que você não fosse acreditar e também, isso tudo é passado, Pedro nem mesmo aqui estava. Mas agora as coisa são diferentes. Ele está usando a Star contra mim e eu não posso aceitar isso. Eu nunca quis magoar a Estelar, Jessy, eu juro. - digo com raiva. - Pedro armou para cima de mim e eu cair feito um patinho. Ele percebeu que a Star... Que a Star é importante para mim.

De repente a porta é aberta com força. Olhamos para ela e vemos Star assustada. Provalvemente, ela ouviu a conversa. Ela reversa o olha para Jessy e eu, talvez procurando uma confirmação ou alguma prova de que o que eu falei seja mentira.

— Star? - pergunta Jessy assustada.

A reação de Star foi completamente diferente do que eu esperava. Ele correu até mim e me abraçou com força. Depois de me recuperar do susto, correspondo ao abraço.

— Deveria ter me contado a verdade. - sussurra Star em meu ouvido.

— Eu tentei, mas você nunca me deixou explicar. - sussurro de volta.

Jessy vendo que estava sobrando, sai de fininho do quarto e me deseja um "boa sorte" com os lábios. Apenas lanço um sorriso para a mesma e faço com que Star olhasse em meus olhos.

— Perdoe-me, Star. Nunca foi minha intenção magoá-la ou me aproveitar de você, eu só... Eu só fiquei com ciúmes de Pedro com você. - respondo com sinceridade.

Após eu falar isso ela abre um belo sorriso e me abraça mais uma vez.

— Eu acho que estou apaixonada por você. - responde em meu ouvido mais uma vez. Ao ouvir isso, meu coração dispara e eu não sei como reagir ou pensar. De repente, algo veio em minha mente: Eu estou apaixonado por Star.

Olho em seus olhos mais uma vez e lhe digo com um sorriso:

— Eu também estou apaixonado por você.

Eu estava no paraíso. Isso realmente estava acontecendo? Eu estava mesmo beijando a Estelar? Isso só podia ser um sonho. Nosso beijo se tornava mais urgente a cada instante. Seus beijos são tão incríveis. Percebi então que me tornei viciado em Estelar Darkfire. Cada vez mais quero seus beijos, seus toques, eu a quero. Isso é tão insensato e ao mesmo tempo saboroso.

O toque de suas mãos em meus pescoço me puxando para mais perto me fazia ter reações inesperadas. O coração estava disparado, era como se nossos corpos fossem um só. Exagero? Talvez. Mas, ainda sim, mágico. A química que existia entre nós, nesse momento, é inexplicável. Nada poderia ser mais perfeito que isso. Nossas línguas traçavam uma guerra entre si. Arrepios se espalhavam por todo o meu corpo. Esse beijo era ainda melhor que o último que demos.

Minhas mãos tremem de tanta emoção. Inexplicavelmente, esse beijo era tão doce, sensual e mágico ao mesmo tempo. As emoções gritam através de nosso beijo. Era como se o mundo não importasse mais. Minha sanidade estar sendo levada a cada instante em que se passa. Tudo o que eu mais queria está acontecendo.

No momento em que eu estou a beijando, eu, realmente, consigo acreditar nas história de contos de fadas. Borboletas no estômago, sinos em meus ouvidos. Momento perfeito para uma cena de filme. Totalmente clichê. Bobo? Sim, é claro, mas é tão lindo e perfeito que não me importava nem um pouco em que nosso beijo fosse tão clichê.

Eu realmente a amo. Sua boca foi feita , exatamente, para mim. Nossa sintonia é perfeita. Okay, talvez eu deva está sendo egoísta em dizer, que ela foi feito apenas para mim, mas é o que eu sinto quando estou com ela.

Infelizmente, esse maldito oxigênio nunca está ao meu favor. Queria que nosso momento continuasse. Fomos nos afastando lentamente. Olhos fechados, mas podíamos sentir um ao outro. Estávamos completamente ofegantes. Corações descompassados, corpos arrepiados e sorrisos encantadores em nossos rostos. Talvez isso explicasse nossa situação nesse momento.

— Eu te amo Robin. - fala Star com um lindo sorriso nos lábios, ainda com os olhos fechados.

— Eu também te amo Star. - digo e a vejo abrir os belos olhos esmeraldas de minha amada.

Beijamos-nos mais uma vez, mas antes que eu pudesse aprofundá-lo, ouço um voz bastante conhecida por mim. Meu querido pai tinha que atrapalhar tudo.

— Robin o que você pensa que está fazendo? - pergunta com raiva.

— O que você acha? - pergunto ironicamente.

Ele puxar Star com força e começa a arrastá-la para fora do meu quarto.

— Solte-a, pai. O que o senhor acha que está fazendo? - pergunto tentando soltá-la, mas infelizmente meu pai é mais forte que eu.

— O que você acha? - repete a mesma pergunta que eu fiz a ele.

Ele a leva escada a baixo ainda segurando seu braço com força. Vejo lágrimas nos olhos de Star e isso me enfurece. Não sei de onde tirei forças, mas conseguir soltar Star de meu pai, na sala de estar do castelo.

— Você nunca mais enconste em um fio dela! Você não tem direito a isso! - grito com fúria.

— Olha como fala comigo garoto! Essa escravazinha não está a sua altura. - grita meu pai de volta.

— Mas o que está acontecendo aqui? - pergunta minha mãe chocada. Ao lado dela, se encontravam Mutano, Ciborg e Jéssica.

— O que está acontecendo? - grita meu pai ironicamente. - O que está acontecendo é que seu filho estava aos beijos com essa coisa. - fal aapontando para Star.

— Não fale desse jeito dela. Ela tem nome e você não tem nada a ver com o que eu faço ou deixo de fazer. - respondo no mesmo tom que meu pai.

— Como assim, eu não tenho nada a ver com o que você faz ou deixa de fazer? Eu sou seu pai, seu moleque! Tenho direito de saber de tudo sobre a sua vida e ainda mandar em você! - grita meu pai. - Você vai se afastar dessa vadiazinha imediatamente!

— Vadiazinha? Olha aqui, eu não me importo se você é meu pai, eu não adimito que chame a Star dessa maneira! - falo querendo partir para cima do meu pai, mas sou impedido por Ciborg e Mutano.

— Robin, para, por favor. - pede Star aos prantos e é acolhida por Jessy que a abraça com força.

— Eu não vou adimiti que ele fale assim de você Star! - falo com raiva. - Soltem-me, Mutano e Ciborg.

— Robin, Rick, se controlem pelo o amor de Deus. - fala minha mãe assustada.

— Eu não vou permite que você se aproxime dela, Robin. - diz meu pai mais calmo.

— Eu a amo e não vou deixar você a machucar! Nada que você faça vai me separar de Estelar! - falo mais calmo, me controlando para não parti para cima de meu pai.

— O que você disse, Robin? - pergunta minha mãe surpresa.

— Eu a amo, mãe. - respondo com sinceridade.

— Já chega! Não diga bobagens, seu filho ingrato. Você não pode e nem deve se envolver com uma escrava. - diz meu pai autoritário.

— Eu não vou me separar da Estelar. Coloque isso na sua cabeça. - digo convicto.

— É o que nós vamos ver. Espere e verá, Robin. Você e Estelar, não vão ficar juntos. - diz meu pai, saindo da sala.

Olho para Star que se encontra abraçada a Jessy e caminho em sua direção. Ela me olha assustada e me abraça. Novamente, ela começa a chorar.

— Per... Perdoe-me Ro... Robin. - diz soluçando.

— Shiii, 'ta tudo bem. Nada de ruim vai te acontecer.- falo afagando seus cabelos ruivos.

Quando Star fica mais calma, minha mãe se aproxima de nós. Em seus olhos enxergo a preocupação. Vejo o quanto minha mãe está assustada e surpresa com tudo o que está acontecendo.

— Você está bem querida? - pergunta minha mãe para Star.

— Estou sim. Só... Eu só estou assustada. - responde Star envergonhada.

— Venha comigo. Eu irei cuidar do seu braço. Rick a segurou com muita força. - fala minha mãe sorrindo carinhosamente.

— Obrigada. - diz Star sorrindo timidamente.

— Eu vou com vocês. - digo enquanto elas sobem as escadas junto com Jessy.

— Nem pensar. Você fica ai com os meninos e tenta se acalmar. - responde Jessy seriamente.

Suspiro frustrado enquanto observo elas subirem as escadas. Quando Ravena aparece na sala, eu a informo o que aconteceu e a mesma sobe as escadas apressada a procura de sua amiga.

Sento no sofá cansado. Fecho os olhos com força e começo a pensar no que eu vou fazer.

— Você deveria relaxar, cara. - fala Ciborg sentando ao meu lado.

— Meu irmão tem razão. Você quase fez uma bobagem. Você tem que se controlar, Robin. - avisa Mutano, sentando ao lado do irmão.

— Eu sei, eu sei. É só que eu não consigo me controlar, sabendo que meu pai ao menos pensa em fazer algum mal a Star. - confesso suspirando cansado.

— Você realmente a ama, não é? - fala Ciborg sorrindo.

— Sim. - respondo sorrindo. - Eu a amo como nunca amei ninguém em toda a minha vida.

— Nossa, que meloso. - diz Mutano rindo de minha cara. - Mas fico feliz que tenha confessado que a ama. Já estava passando da hora.

— Tem razão. - digo fechando os olhos e começo a relaxar no sofá. Depois de pensar um pouco, relembro de algo muito importante. - Mas algo de ruim está para acontecer e nós temos que impedir, custe o que custar.

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"Não importa se você está perto ou longe, o que importa é que você existe, para que eu possa sentir sua falta."

Autor Desconhecido