In Your Life escrita por MonicaCFCosta


Capítulo 5
Capítulo 5




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Monique escutava atentamente Debbie explicar como conhecera o tal francês, que Debbie desconhecia.

            -Ele ligou para ti! – Disse Monique normalmente. – Foi porque realmente, gostou de ti!

            Debbie revirou os olhos para a amiga. Achava aquilo realmente ridículo!

            -Não revires os olhos para mim! – Avisou a amiga. – Ele pelo menos, teve o trabalho de conseguir o teu número!

            -Está bem, e depois? O que eu tenho a ver com isso?

            -Sabes que mais? Deixa lá isso, agora! Ele disse que liga mais tarde!

            -Como? – Perguntou Debbie, realmente intrigada com toda a situação.

            -Ah qual é Debbie?! Eu aposto que ele te quer dar umas boas trinc…

            -Monique!

            As duas gargalharam e continuaram a conversar sobre banalidades.

            ~*~

            Eram quase onze horas da noite quando Debbie entrou em casa na sexta-feira.

            Monique tinha partido, com Thomas, na quinta-feira de manhã para Itália. Debbie já sentia saudades daquela maluca!

            Tirou os sapatos de salto alto deixando-os perdidos no chão da sala junto com a bolsa dela e dirigiu-se para o quarto onde, na casa de banho, se refrescou num demorado banho.

            Estava prestes a sair quando o seu telemóvel começou a tocar.

            -Hum! Que bom! – Exclamou irónica.

            Vestiu o seu robe demoradamente e de seguida desceu, lentamente, as escadas para a sala para alcançar a sua bolsa. No visor do telemóvel ela leu “número desconhecido”, estranhou.

            -Sim? - Atendeu enquanto se dirigia para a cozinha.

            -Boa noite! Espero agora, estar a falar com a pessoa certa!

            Debbie rapidamente reconheceu aquele sotaque francês e o copo de água que estava na sua mão deslizou até ao chão.

            -Porra! – Exclamou, dirigindo-se para a sala.

            -Bem de “Não te interessa!” para “Porra!” é uma grande mudança! – Disse ele, rindo de seguida.

            -Não era para ti!

            -Ah! Ainda bem então…

            -Eu estou realmente chateada por um estranho ter o meu número de telemóvel sem o meu consentimento…

            -Eu também ficaria na mesma situação se, por acaso alguém estranho tivesse o meu número! – Ele brincou.

            -O que queres? – Ela perguntou.

            -Hum, direta! Se é assim então…eu realmente gostaria de te rever…

            -Impossível! – Ela disse rapidamente.

            -Sério? Porquê? – Ele parecia desapontado, o que fê-la sorrir por segundos.

            -Não vou para Paris tão cedo.

            -Ainda bem! É que eu apanhei um avião para Nova Iorque! E realmente gostaria de te ver novamente!

            -Já te disseram que és muito idiota?

            -Algumas vezes, sim!

            -Que penas! Gostaria de ter sido a primeira!

            -Podes muito bem ser a primeira em outras coisas! Anda lá…apenas um jantar, pelo menos!

            -Eu nem sequer te conheço, e tu não me conheces! Porquê esse interesse todo?

            -Isso é coisa para te dizer no terceiro encontro…

            -Ainda nem o primeiro tivemos…Como assim terceiro? – Perguntou Debbie.

            Ela sentou-se no sofá e cruzou as pernas, completamente atenta na conversa.

            -Todo bem! Fazemos assim, eu pago-te um jantar e se correr bem tu ficas a dever-me o segundo e o terceiro encontro! Que tal?

            -Olha, eu realmente estou intrigada! E eu não te conheço…

            -Mais uma razão!

            -Estou a falar a sério!

            -Tudo bem! Eu sou o Matthieu, e tu? – Ele questionou.

            -Debbie!

            -Realmente é melhor que “Não te interessa!”.

            Os dois gargalharam.

            -E então?

            -Eu vou pensar Matt!

            -Matthieu! Não gosto de apelidos. – Ele disse, parecendo nervoso.

            -Ah desculpa, Matthieu. Eu depois ligo.

            Desligou a chamada e tentando não pensar muito no assunto, Debbie regressou ao quarto, onde se vestiu e deitando-se na cama, rapidamente adormeceu.

            Na manhã seguinte, Debbie acordou com o toque do telemóvel. Chamou uma data de nomes a quem lhe ligava aquela hora da manhã, mas quando reparou que era Monique apenas sorriu.

            -Que queres trenga? – Atendeu.

            -Amiga! Isto aqui é lindo! Vou gastar muito dinheiro! Fala rápido! Novidades?

            -Ele ligou. Nada de especial!

            -Quem?

            -Matthieu!

            -Quem? Menina, tu namoras?

            -Não Monique! O francês! – Respondeu revirando os olhos.

            -Ah! Esse…Espera aí! Ele ligou? Eu não acredito! E o que ele queria?

            -Jantar um dia destes! Eu disse que vou pensar e que depois ligava!

            -Eu nem quero saber de mais, nada! Tu tinhas era que aceitar miúda!

            -Claro! Como é que estão a correr as coisas por aí?

            -Está tudo bem! Estamos agora a sair do hotel! Vamos até á filial da empresa e depois preparar a inauguração da minha loja! Estou tão entusiasmada Loira!

            -Ainda bem, amiga! Espero que tudo corra bem para vocês os dois!

            -Obrigada minha besta! Estou cheia de saudades Tota!

            -Eu também vaca!

            As duas gargalharam e de seguida despediram-se.

            Debbie continuava a sorrir e quando deu por si, estava a pensar nele. Deveria aceitar ou não? Estava com um pouco de receio! Primeiro, porque não o conhecia e segundo, porque não o conhecia! Estava confusa!

            -Que se lixe! Que se já o que Deus quiser!

            Pegou no telemóvel mandou uma mensagem para Matthieu dizendo que aceitava o seu convite para jantar. Suspirou fundo e dirigiu-se para o seu quarto para se vestir e aproveitar o sábado de manha para ir correr.

            Saiu de casa com o seu ipod quase no máximo. Estava um sábado de sol, e aproveitando o bom clima, Debbie decidiu correr pelo Central Park.

            ~*~

            De noite, Debbie tinha combinado sair com a sua amiga Sophie, que tinha regressado de Barbados, depois de uma lua-de-mel com o seu, agora, marido.

            Estavam as duas num pub de um amigo irlandês, a conversar e a beber simplesmente cervejas.

            -Então coisinhas bonitas? Que tanto se fala aqui? – Disse Dick, o amigo delas.

            -Estávamos a falar da lua-de-mel da Sophie. Foram uns dias quentes, pelo que parece!

            -Imagino! O clima de Barbados é muito quente! – Disse Dick, inocentemente.

            As amigas entreolharam-se e gargalharam. Dick olhou para elas e depois percebeu.

            -Credo! Vocês são cá umas mentes perversas! – Disse levantando-se e dirigindo-se para trás do balcão.

            -Estávamos a brincar! – Disse Sophie. – Em certa parte!

            As amigas, doidas, riram novamente.

            -Agora, a falar a sério, queria fazer um brinde á tua felicidade amiga! Um brinde a ti e ao teu querido marido, que ainda quero conhecer, á Monique e ao Thomas!

            -A esses dois doidos também! – Disse Sophie.

            As duas encostaram levemente as cervejas uma na outra gritando “Cheers!” .

            -Amiga, tens de arranjar um namorado! Ès a única solteira no grupo! Eu já casei…

            -Em Vegas!

            -O que acontece em Vegas, fica em Vegas! – Disse Sophie sorrindo, apontando um dedo a Debbie. – Continuando… Eu casei, e a Monique não deve faltar muito para!

            As amigas olharam um na outra, rindo-se ligeiramente.

            -É ela não casa mesmo! – Disseram juntas, rindo-se no final.

            -Mas tens mesmo de arranjar alguém para sair! Sei lá, talvez jantar fora, dançar, ir ao cinema, coisas estupidas desse género!

            -Eu vou sair para jantar segunda á noite!

            Dick, a partir do balcão, mostrou-se demasiado interessado na conversa das amigas.

            -Sério? Com quem?

            -Um francês que conheci acidentalmente em Paris.

            -Ai! Paris! A cidade das luzes, do romance…

            -E dos franceses idiotas que roubam os números ás pessoas! – Disse Debbie com um tom sonhador, puramente falso.

            -Mais uma para as meninas! – Disse Dick, entregando uma bebida a cada amiga.

            -Obrigada Dick! – Disseram em uníssono.


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