In Your Life escrita por MonicaCFCosta


Capítulo 20
Capítulo 20




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~*~

            Monique já era companhia de Debbie em Manhattan há duas semanas, duas semanas em que a mesma não falava com Thomas deixando-o na ignorância acerca do seu paradeiro e do que se sucedeu para que a rapariga de ascendência francesa fugisse sem nenhum aviso.

            Contudo, Thomas não deixaria que ela lhe fugisse pelos dedos, não sem antes perceber o que se passava.

            No início da terceira semana apanhou o primeiro voo para os Estados Unidos, rezando para que Monique estivesse com Debbie, e depois de mais de dez horas em um avião, finalmente havia chegado a Manhattan.

            Estava cansado, porém ainda tinha esperanças de ver Monique assim que alcançasse o apartamento de Debbie.

            A loira estava na sala á espera de Monique quando o interfone tocou, o porteiro avisou que Thomas pretendia subir, Debbie sem saber o que fazer assentiu e receosa pela amiga abriu a porta ao moreno de olhos verdes.

            -Debbie.

            -Thomas entra. – Debbie fechou a porta quando Thomas entrou procurando Monique com o seu olhar. – A Monique está a preparar-se.

            -Vocês vão sair? – Debbie assentiu e sorriu-lhe francamente. – Onde vão?

            -Até ao bar do Dick. – Debbie respondeu. – Podes vir se quiseres…

            Thomas olhou Debbie com uma face imperativa.

            -Eu queria pedir-te um favor…

            Dez minutos depois, Monique desce as escadas concentrada na bainha da sua camisola que teimava em subir.

            -Certo…! – Resmungou para si mesma.

Monique suspirou e levantou o rosto esperando encontrar Debbie na sala á sua espera, mas o que encontrou foram olhos verdes intensos e magoados.

Thomas olhou para ela tão intensamente que ela sentia-se culpada demais e sem coragem de o encarar de forma categórica.

Monique deixou o último degrau das escadas para trás e avançou temerosa para perto do sofá onde se encontrava Thomas.

-Acho que precisamos de falar. – Thomas começou. – Preciso de saber o que se passou.

Monique encolheu os ombros. Não queria falar com ele sobre o assunto e não se sentia preparada para o abordar, mas por aquilo que ela conhecia dele, ela sabia que ele poderia ficar a noite toda ali, á espera de respostas.

-Onde está Debbie?

Thomas revirou os olhos, sabendo que ela queria mudar de assunto.

-Ela está bem. – Garantiu. – O que aconteceu Monique? Porque é que vieste embora sem me avisar? Aconteceu alguma coisa?

Monique encolheu os ombros, tentando reprimir a raiva que sentia dele.

-Não aconteceu nada. – Ela sentou-se no sofá e repousou os braços nas pernas entrelaçando os dedos. O seu olhar sempre no chão, sem coragem de olhar para Thomas.

            -Eu conheço-te. Estás a mentir-me e sabes que eu odeio que o faças.

            Monique soltou uma risada irónica.

            -Acho que não estas na posição de me pedir nada. – Os olhos de Thomas arregalaram. - Sendo que quem mentiu foste tu.

            Incrédulo, Thomas levantou-se e aproximou-se de Monique que se levantou afastando-se dele.

            O mesmo suspirou esfregando os olhos.

            -Conta-me o que se passa. – Pediu. – Com essas atitudes infantis não vamos a lado nenhum. – Disse irritado.

            Monique sentiu-se humilhada. Lágrimas tentaram escorrer dos seus olhos castanhos mas ela não deixou. Encarou o teto evitando chorar na frente dele.        

            -Acho que é melhor tu saíres. – Disse de forma precisa. – Eu tenho planos.

            Thomas levantou-se com um sorriso sarcástico nos lábios.

            -Planos? Quais? Beber a noite toda, num bar cheio de homens prontos para passar a mão na primeira vadia que apareça? – Thomas disse irritado apenas se apercebendo minutos depois das palavras que saíram da sua boca. – Monique…Desculpa.

            Monique não disse nada e agora sim, as lágrimas corriam pela sua face branca. Ela apontou para a porta querendo que ele saísse.

            Thomas estava irredutível e apenas se aproximou dela.

            -Não me toques. – Ela aconselhou, colocando a mão esquerda no peito dele, afastando-o. – Não depois de me chamares vadia…

            -Monique desculpa. – Implorou. – Sabes que não era o que eu queria dizer. – Thomas colocou a sua mão em cima da de Monique que tentou puxá-la de volta, em vão. – Tens de tentar compreender que não é fácil chegar em casa depois de um dia de trabalho e não saber onde está a minha noiva. Sabes o que me passou pela cabeça? O pior! Quando te liguei e tu não me atendeste entrei em paranóia. E eu sabia que não te podia perder sem lutar.

            -Acho que é um pouco tarde…

            Monique afastou-se de Thomas.

            -Não, Monique. Fala comigo, deixa-me esclarecer o erro que eu possa ter cometido e que te afastou de mim da noite para o dia. Por favor.

            A rapariga olhou-o nos olhos.

            -Sabes que o me fez vir embora e não pretender voltar? – Thomas olhou-a nos olhos. – Eu entrei no teu escritório para te pedir para almoçares comigo, mas o que eu vi mexeu bastante comigo e fiquei tão humilhada pela situação que saí de la decidida a voltar para onde eu não deveria ter saído. – Thomas encarava-a confuso, o cenho franzido. – A tua nova secretária, tu e os teus amigos que não paravam de a encarar.

            Thomas então percebeu qual era o problema, Sonya a nova diretora dos Recursos Humanos na empresa que dirigia.

            -Ela não é secretária…

            -Realmente não me interessa se ela é ou não secretária! – Disse irritada. – Tu não percebes? Não é isso que está em causa. – Monique sabia que o tom da sua voz havia aumentado. – O que está em causa é que tu olhaste para ela e eu conheço aquela tua maneira de olhar. – Monique fez uma pausa tentando recuperar o fôlego e acalmar o choro. - Era como tu me olhavas quando nos conhecemos. Tu olhavas para mim de forma tão intensa, como se pudesses ver tudo o que era…Quem eu era!

            -Não Monique! – Thomas negou. – Tu estás certa e ao mesmo tempo absolutamente errada, amor. – Thomas aproximou-se dela e abraçou-a, sentindo-a protestar nos seus braços. – Eu nunca te deixei de olhar de uma forma tão intensa, pelo contrário. Eu admiro-te tanto que não sou capaz de olhar para ti como eu olho para qualquer outra mulher. Elas não me dizem nada. – Monique sentiu um beijo no seu pescoço. – Eu admiro quem tu és, admiro aquilo que eu sou contigo. E se há coisa que eu posso afirmar com toda a minha certeza é que nunca, nunca te magoaria e nunca me desafiaria a perder o que me faz ser um verdadeiro e honrado Homem.

            -Então porque é que…O que ela tem que eu não tenho?

            Thomas sorriu e beijou-a delicadamente nos lábios.

            -Ela não tem o meu coração. Ela não me tem a mim. – Thomas direcionou um beijo na testa de Monique. – Eu amo-te pequena. Sempre amarei.

            -Isso não é tudo. Amar não basta. – Confessou Monique.

            Thomas assentiu.

            -Eu sei que não. – Ele olhou-a nos olhos de forma precisa. – Por isso é que te queria perguntar uma coisa importante.

            Monique olhou-o curiosa e confusa.

            -O que achas de virmos morar para Manhattan de vez?

            A mulher que estava rodeado por braços fortes não podia acreditar que ele seria capaz de abdicar do seu trabalho por ela, pela sua noiva.

            -Não te preocupes. – Thomas voltou a beijar a sua testa delicadamente. – Eu falei com o meu pai, vamos mudar de firma, eu fico na de Nova Iorque e o meu tio vai para Itália.

            - É uma coisa que tu queres fazer?

            -O amor é um jogo onde tu abdicas e recebes. A minha vida é onde tu queres estar, portanto sim. Chega de discussões sobre onde vamos morar. Tu és feliz aqui e consequentemente, eu sou feliz também.

            -Obrigada.

            O casal beijou-se de forma urgente e avassaladora.

            -Tive saudades! – Confessou Thomas.

            -Ótimo…porque vais continuar a ter por me teres chamado vadia.

            -Eu não te chamei vadia, amor!

            Monique pegou a sua bolsa e arrastou Thomas para fora da porta.

            -Seja como for, estás sem sexo de reconciliação por uns tempos. – Garantiu divertida, enquanto fechava a porta da casa da amiga.

            Thomas sorriu divertido e seguiu-a.

           

            Cerca de vinte minutos depois o casal atravessou a entrada do bar do amigo deles e encontraram uma Debbie sorridente ao lado de um homem de cabelos castanhos e olhos azuis.

            Monique fazia uma certa ideia de quem era e aproximou-se rapidamente da mesa deles para se apresentar.

            -Boa noite. – Cumprimentou. – Olá Matthieu é um prazer, finalmente, conhecer-te.

            Debbie revirou os olhos pela ação da amiga.

            -Monique, melhor amiga da tua namorada desnaturada, já agora Debbie obrigada por me apresentares. – Desdenhou Monique. – Este é Thomas, o meu noivo. E sim Debbie fizemos as pazes, mais uma vez obrigada por perguntares. – Sorriu ironicamente. – Então que bebemos?

            Thomas e Matthieu foram encarregados das bebidas dos quatro e quando regressaram á mesa as amigas falavam do facto de irem ser vizinhas num futuro próximo.

            -Vizinhas? – Perguntou Thomas, confuso.

            -O Donald tinha uma suíte para vender e eu comprei-a. Acho que é um bom sítio para recomeçarmos…Certo?

            -Parece-me bem. – Thomas inclinou-se e beijou-a delicadamente.

            Debbie e Matthieu sorriram.

            -Um dia seremos nós… - Segredou-lhe Matthieu.

            -Como assim?         

            -Noivos e prontos para irmos viver juntos… Nós começaremos uma nova etapa. – Matthieu beijou-a na bochecha.

            -Nós praticamente vivemos juntos Matthieu. – Admitiu. – Eu quase não saio do teu quarto no hotel.

            Matthieu riu no seu ouvido arrepiando-a.

            -Verdade. Mas eu não me queixo. – Matthieu levou o seu polegar ao queixo da loira e virou o rosto dela para si, beijou-a apaixonadamente. – Muito pelo contrário. Temo-nos divertido bastante os dois, sozinhos, na minha cama…

            -Matthieu!

            Ele gargalhou.

            Monique chamou a atenção do casal, sorriu.

            -E para quando é o meu afilhado? – Perguntou divertida, fazendo
Debbie engasgar-se com a sua bebida. – Calma loira, estava a brincar!


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