In Your Life escrita por MonicaCFCosta


Capítulo 18
Capítulo 18




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~*~

Na manhã seguinte levantei-me cedo para ir para a revista. Uma reunião marcada com os colaboradores e de seguida com alguns patrocinadores esperava por mim.

A porta do meu quarto estava aberta enquanto eu me vestia, sendo que apenas eu e Monique estávamos no apartamento. Quando estava a calçar os meus scarpins pretos Monique entrou no quarto parecendo um zumbi. Porém o seu aspeto físico, e certamente, a sua grande ressaca não a impediram de me olhar de cima a baixo antes de se deixar cair na minha cama.

-Não gostei dos scarpins. – Comentou. – Não te ficam bem.

-Ótimo! Quando falas assim é porque eles me ficam lindamente, sua invejosa. Com estes não ficas!

-Grande amiga que tu és! É só um par no meio de tantos.

-São meus! – Resmunguei, penteando os meus cabelos loiros. – Aliás, como te sentes?

Olhei o seu reflexo através do espelho á minha frente e via-a levantar-se da cama e olhar mortalmente para mim. Sorri.

-Pareço uma merda de um zumbi, e tu ainda perguntas como é que eu me sinto?! – Tenho de admitir que aquela era a face assustadora de Monique. Quando a mesma retirava as palavras de baixo calão do baú, o assunto era grave. – Sinto-me linda! Perfeita! Não, melhor ainda, sinto-me uma Megan Fox! – Ironizou.

Encolhi os ombros, tentando não me rir.

-Só perguntei…!

Ela revirou os olhos e suspirou fundo, dirigindo-se para a porta.

-Preciso de uma aspirina, ou duas…preciso da porcaria de uma caixa inteira! – Resmungou baixo enquanto saía do meu quarto.

Sorri e pegando a minha bolsa desci atrás dela.

Quando cheguei na cozinha, Monique procurava efusivamente no armário dos medicamentos as bem ditas aspirinas. Mari, a minha empregada, colocava o pequeno-almoço na mesa e olhava assustada para ela.

Ela aproximou-se de mim e sussurrou para que apenas eu ouvisse.

-Quem é, menina? Uma nova versão da menina Monique?

-Mari, eu sei que custa a acreditar mas essa é a Monique no seu estado mais…no seu estado de ressaca!

Mari arregalou os olhos acinzentados para mim e voltou a focar Monique.

-No me estoy volviendo loca. ¡En absoluto! (Não estou a ficar louca. Não mesmo!) – Mari resmungou para si, na sua língua, presumi.

Monique olhou para Mari de relance e voltou a procurar os seus tão esperados comprimidos.

Abri a minha bolsa e entreguei-lhe dois.

Ela agradeceu-me e rapidamente os tomou.

Quando me sentei á mesa ela subiu para se arranjar, afirmando que no enanto ficaria em casa. Assenti e prometi chegar a horas para almoçar com ela.

Quando estava a sair de casa, ela desceu as escadas e cumprimentou Mari, deixando a mulherzinha pior ainda, visto que desta vez ela já se encontrava apresentável.

Duas da tarde! E eu só queria que o dia acabasse.

Estava no meu escritório junto a Adam, Tricha, a minha secretária, Francisca, uma modelo brasileira e alguns representantes de uma marca.

-Já disse que não volto a trabalhar com ele! – Resmungou Francisca. – Não sei quem é que o aguenta!

-Muita gente! – Comentou Adam com um sorriso irónico na cara. – Não é mesmo, chefinha?!

Debbie revirou os olhos.

-Francisca, eu sei que ele consegue ser bastante, e quando digo bastante, é muito mesmo, irritante, mas … - Francisca assentiu. - …Apesar disso tudo, e infelizmente, … - Adam fazia caras e bocas contra o que ouvia de si. - … Ele é o nosso melhor fotógrafo! Porque achas que eu ainda não o despedi?!

-Posso responder a isso…?

-Cala-te! – Brandiu Debbie entre dentes. Adam sorriu irónico e encostou-se no estofo da cadeira.

-Tudo bem! Eu vou tentar! – Decidiu Tricha. – Desde que ele não encoste aquelas mãos de rafeiro pulguento em mim!

Debbie riu com a menção de “rafeiro” e Adam percebeu, lembrando-se de uma das “amigáveis conversas” entre eles. Deu de ombros e voltou a encarar Debbie.

-Eu prefiro algo mais…sustentável! – Confessou olhando as curvas de Debbie de forma provocante.

Debbie olhou mortalmente para ele.

-Sai do meu escritório, agora!

Adam sorriu de forma provocante e levantou-se. Aproximou-se de Francisca e segurou-lhe a cabeça entre as suas mãos e beijou-lhe o topo da cabeça enquanto a mesma resmungava. Debbie atirou-lhe a caneta que tinha na mão á cabeça e ele saiu do escritório dela sorridente.

-Nojento! – Resmungou Francisca.

Debbie sorriu de forma discreta. Adam apesar de tudo era boa pessoa.

~*~

Quando chegou ao seu apartamento naquela noite, Debbie estranhou o silêncio e a escuridão que a cercou. Acendeu as luzes da sala assim que entrou e deixou-se ficar maravilhada com o que via.

Uma pequena mesa, extremamente bem decorada estava no meio da sala, as duas velas foram acesas e ele sorriu-lhe de forma calorosa, deixando-a temerosa com a sua evidente aproximação.

Lentamente, enquanto ainda observava a decoração da mesa, tirou o seu sobretudo e deixou-o juntamente com a sua bolsa no sofá.

Matthieu levantou-se e Debbie pôde aproveitar a fantástica visão que teve dele. Sentiu saudades de o sentir tão próximo.

Ganhando coragem ela caminhou até ele e foi envolvida num abraço extremamente quente. Sorriu contra o peito dele e alisou as costas dele. Matthieu permitiu-se sentir o carinho que recebia da sua pequena e beijou-lhe os cabelos loiros, sentindo o doce e suave perfume de cereja preta e jasmim chegar até si.

 Deixaram-se levar e finalmente, depois de mais de uma semana sem se verem, sem se sentirem, as saudades eram enormes, arrebatadoras.

Matthieu sabia que a qualquer momento poderia perder o controlo de si mesmo, porém, era inevitável não provar os lábios de Debbie naquele momento.

Quando os lábios se tocaram os corpos foram puxados um para o outro e foi uma avalanche de sentimentos que os deixaram assustados mas que não os separou.

Pelo contrário, o jantar foi esquecido e os corpos encontraram-se numa sintonia perfeita entre lençóis e pétalas de rosas vermelhas. Simples assim, como se nada os tivesse separado.


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Notas finais do capítulo

Desculpem os erros ortogrficos e espero que tenham gostado deste pequeno capitulo! :P
Bjs.



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