–Noite de meninas! – Gritou Monique á janela do carro de Debbie.

Debbie e Jade riram alto e com vontade das palhaçadas da amiga. Tinham como destino ao bar de Dick, onde se iriam divertir.

Todos conheciam as diversões de Domingo do bar dele, onde todos contavam com muito karaoke, álcool e muitos homens e mulheres descontrolados.

-Por favor diz-me que não bebeste antes de sairmos de casa? – Pediu Jade.

-Claro que não bebi! – Disse fingindo-se indignada. – Pouco!

Monique começou a rir-se como uma perdida originando assim uma completamente loucura dentro do carro. Elas riam-se como se não houvesse amanhã, e segundo Monique essa era a essência da juventude.

~*~

Quando estacionei o carro perto do bar do Dick, Monique foi a primeira de nós a sair. Ela não estava bem, quero dizer, não estava muito sóbria, e não tínhamos posto os pés no bar, ainda.

Conhecendo-a como conheço, sei que tudo isto é por estar zangada com o Thomas. Agindo de maneira diferente como se ele pudesse ver que ela estava bem, feliz.

Negativei com a cabeça e desliguei o carro saindo em seguida e tranquei-o.

Aproximei-me de Monique, tendo que avançar alguns passos, visto que ela já estava quase na porta do bar. Jade vinha atrás de mim, rindo da atitude de Monique. Realmente tinha piada. Monique sempre que bebia uma pouco mais parecia uma criança novamente.

–Monique espera! – Pedi. – Monique… - Segurei fortemente no seu antebraço ouvindo-a gemer baixo.

–Credo! – Disse sendo dramática e pronunciando de forma irritante a ultima sílaba.

Revirei os olhos e entramos no bar. Sendo que eu tinha de a guiar para que ela não fosse abraçar o chão!

-È um bonito lugar! – Elogiou Jade com o seu sotaque italiano carregado. – Completamente diferente do que eu estou habituada. – Sorriu.

Sorri e aproximei-me dela, arrastando Monique comigo que já se dirigia para o balcão.

-Ainda vem que gostaste! Este é o nosso sitio…Anda vou-te apresentar o Dick, o dono. – Jade assentiu e caminhamos para o balcão.

-Finalmente tão perto! – Alegrou-se Monique tocando o balcão.

-Hei meninas! – Cumprimentou o Dick, vindo do seu escritório. – Nova companhia? – Perguntou reparando em Jade.

-Olá Dick! Esta é a Jade, Jade este é o Dick, não ligues ao nome.

-Muito engraçada Deb! – Assenti e enquanto eles se cumprimentavam afastei uma garrafa de vodka das mãos de Monique que havia subido ao balcão.

-Comporta-te! – Disse-lhe no ouvido.

Ela riu.

-Por favor! – Pediu e fez um biquinho com os lábios. Fofo, mas eu não sou o Thomas! Revirei os olhos e arrastei-a até a uma mesa. Dick e Jade vinham atrás de nós e sentaram-se connosco também. Dei graças por Dick se sentar perto de Monique, pois foi o novo brinquedinho de distração da mesma.

-Monique… - Ouviu-o resmungar novamente.

-Gosto tanto…de ti…Dickzinho! – Monique falava com a voz arrastada e pronunciava as últimas silabas das palavras de forma engraçada e demorada. Qualquer um perdia a paciência rapidamente, menos eu. Talvez fosse hábito dos tempos de Universidade. – Vamos dançar outra vez? Por favor! – E fazia o beicinho novamente.

Sorri quando vi Dick levantar-se e pegar nela carregando-a até á pista de dança. Poucos conseguiam resistir ao beicinho dela.

-Preciso de ir á casa de banho. – Disse Jade. – Importas-te de vir comigo?

-Não. Vamos.

Aproveitei que também queria ir e acompanhei Jade á casa de banho. Tivemos que esperar um pouco na fila, que estava um bocado grande, devido às pessoas que se encontravam no bar.

-Jade… - Chamei quando entramos dentro da casa de banho. – Aconteceu mais alguma coisa com o Thomas e com a Monique na Itália? Digo, algo realmente grave?

Ela olhou-me com o cenho franzido e entrou numa das casas de banho.

-Pensei que ela te tivesse contado tudo. Aliás eu só sei porque estava no momento errado, no lugar errado. – Disse-me. Olhei a minha figura ao espelho pensativa. As minhas olheiras começavam a sobressair, precisava de dormir! – Sei que eles andavam a discutir muito neste últimos dias. Pelo que percebi… - Ela saiu da casa de banho e ajeitou a sua camisola e por fim o seu blazer. -…Thomas queria que ela ficasse definitivamente por lá.

Assenti com a cabeça. Thomas tinha feito asneiras, e das grandes!

-O que foi?

Olhei para ela e saímos da casa de banho.

-Monique sempre teve um certo fascínio pela Itália. – Respondi. – Mas ela nunca iria morar para lá definitivamente. Eu conheço-a bem o suficiente para saber que ela já se encheu de lá estar. Em breve, se bem que já não aconteceu, ela vai bater o pé no chão e voltar para Nova Iorque. Thomas só vai ter duas opções… - Jade olhou-me confusa. - …Ou vem com ela ou acaba tudo o que eles têm e ela vem sozinha. Monique é independente, sempre foi. E de certa forma ela iria dar-se lindamente onde ela quiser. Mas por outro lado, Monique ama com muita intensidade, e com o Thomas…Nunca a via assim, sabes? Preocupa-me o facto de um dia eles se separarem…Ela ficaria arrasada! Iria perder a minha amiga.

-Eles amam-se, foi o que consegui perceber em Itália. Eles fizeram muitos amigos por lá. Monique e Thomas são o casal mais amável e completo da nossa comunidade de amigos. É impensável não os ver juntos!

Assenti concordando. Era realmente verdade.

Uma voz ao fundo decretou o karaoke aberto. E logo em seguida o nome de Monique foi chamado. Eu e Jade aproximamo-nos um pouco e vimos aquela maluca subir ao palco, e quase cair de cara no chão. Por sorte alguém a amparou antes disso.

Ela riu-se e agradeceu. Pegou no microfone e mesmo sem a música ainda a dar começou a dançar o que provocou uma onde de risos. Em mim inclusive. As letras começaram a aparecer no ecrã sendo acompanhadas pela música.

Feet on the driveway

Key in the door

I found my suitcase on the living room floor

With no explanation, and no reason why

And all i keep thinking is, it's some other guy

–It’s some other girl! –

Monique gritou o ultimo verso mudando a frase fazendo toda a gente rir, novamente.

Monique cantava um pouco descontrolada e arrastava as palavras.

Assim que a música acabou ela fez uma reverência ridícula e agradeceu a Olly Murs pela música, que segunda ela descrevia aquilo pelo que ela passava no momento.

Balancei a cabeça negativamente e, juntamente com Jade foi ajudar Monique. Aquela era a hora de irmos embora. Ela precisava de dormir, antes que ficasse mais bêbeda ainda e não se lembrasse das coisas que fizera esta noite. Pois eu cria que ela se lembrasse das ceninhas tristes e ganhasse vergonha de voltar a sair naquele estado, proibindo-me a mim de me divertir.

Deixei primeiro Jade no hotel e com uma Monique completamente adormecida ao meu lado, conduzi para a Trump Tower. Conseguia ouvir a minha cama a chamar por mim.

Quando estacionei o carro na garagem do edifício, o porteiro veio ajudar-me com Monique. De um lado eu segurava-a pelo ombro, enquanto Rick do outro lado tentava fazer o mesmo visto a sua idade já ser avançada.

Quando já estávamos no elevador privativo do meu andar agradeci a Rick e desculpei-me com o mesmo que sorriu e desejou um resto de boa noite. Assenti desejando o mesmo e coloquei o elevador em andamento. Monique estava de pé, apoiada ao meu corpo. Quando o elevador chegou ao meu apartamento consegui arrastar Monique até ao quarto em que ela costumava ficar sempre me vinha visitar, e deixei o seu corpo cair na cama.

E lamento muito Monique, mas como ficares, é como vais acordar!