In Your Life escrita por MonicaCFCosta


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Dedicado a todas as minha leitoras! Especialmente a Dani Pires, espero que gostes! ;)
Bjs, e feliz natal para todos! :P



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Um mês havia passado. Debbie e Sophie juntaram-se no bar que costumavam frequentar. Logo, Dick lhes serviu com as costumeiras cervejas com que elas começavam as noites de sexta-feira.

            -E então meninas, o que me contam? – Perguntou Dick sentando-se na mesa delas.

            Sophie sorriu.

            -Yanid e eu estivemos a pensar em ir até Barbados e passar lá um fim-de-semana, só nós os dois.

            Debbie sorriu á amiga transmitindo-lhe confiança.

            -Para quando é que estão a pensar em ir?

            -Provavelmente no fim deste mês. Daqui a uma semana, portanto.

            -E tu Debbie? – Perguntou Dick, curioso.

            -Eu? O que tenho eu?

            Debbie bebeu um gole da sua cerveja, continuando a não compreender a essência da questão.

            -Também vais viajar…com o Matthieu?

            -Não! Porquê?

            -Sei lá! De repente podiam todos querer ir numa viagem…qualquer coisa do género! – Dick encolheu os ombros e levantou-se da mesa, com a desculpa de ter de arrumar alguns caixotes de bebidas.

            -Tenso! – Disse Sophie brincalhona.

            Debbie revirou os olhos.

            -Nem comeces!

            Sophie gargalhou.

            *~*

            No sábado á noite, Debbie chegou á suíte de Matthieu, mas quem lhe abriu a porta foi Lizzy que lhe sorriu e informou que Matthieu estava ao telefone, na sala de convívio.

            Caminhei até lá devagar e cautelosamente.

            Pelo corredor ouvi a voz melodiosa de Matt.

            Sorri. Ele não gostava do apelido pelo qual, em pensamentos, eu o chamava. Teria de ter cuidado para não o fazer em voz alta.

            Curiosa como sou, fiquei a pensar no porquê de ele não gostar muito do apelido. Será que lhe recordava de algo passado? Talvez uma ex-namorada que o marcou imenso o chamasse assim! Seria por isso?

            Tal pensamento transmitira-me uma desconfiança e angustia que eu preferia não ter encontrado.

            Talvez seja por apenas ele não gostar, e apenas isso. Deveria não matutar no assunto e assim, não causar desconfianças que poderiam ser absurdas, no mínimo.

            Entrei no cômodo, em que a voz de Matt se propagava melhor e encarei-o.

            Ele estava sem camisola e apenas umas calças de malha pretas lhe cobriam o corpo. Os cabelos molhados demonstravam claramente que havia dado banho recentemente e o melhor de todo, era o incrivelmente sexy e sedutor, sotaque francês.

            Sentei-me no sofá branco e pousei o meu telemóvel, que meramente carregava comigo, na inovadora mesa de centro. Encarei Matthieu que observava a grande janela de vidro com vista sobre Manhattan. Ele ainda não tinha reparado na minha chegada.

            Come Fly With Me tocava ao fundo. A voz de Sinatra, irreconhecível.

            - Oui … Je vais vous parler du nouvel album... Non, je n'ai pas l'intention de commencer un nouveau photoshoot… Oui, vous pouvez planifier des entrevues plus tard cette année. Merci Frank. Tudo bem, falamos mais tarde, tenho alguém aqui com que preciso conversar. Boa noite.

            Afinal ele tinha reparado na minha entrada. Mas como?

            -Como é que…?

            -Tu não és muito discreta! – Disse, com tom de desvalorização na voz.

            Ele aproximou-se de mim e sentou-se no sofá, bem perto.

            Os seus dedos acariciaram a minha bochecha e de seguida embrenharam-se no meu cabelo, descendo lentamente.

            Eu acompanhava as suas reações faciais com os meus olhos e ele apenas sorria.

            -Sinatra? Não sabia que gostavas. – Comentei, sentindo os seus lábios repousarem na minha face.

            -Estamos em Nova Iorque. Quem é que não ouve Sinatra em Nova Iorque?! – Sussurrou.

            Gargalhei e ele riu no meu pescoço, provocando calafrios no meu corpo.

            -Dança comigo. – Disse baixinho.

            -Dançar?! Não é uma boa ideia para mim. – Brinquei.

            -Não podes dançar tão mal como eu!

            Ri.

            -Eu sei que não!

            Ele olhou-me divertido mas fingiu-se indignado.

            -Por favor.

            -Queres assim tanto? – Perguntei, esperando ouvir um “não”. Dançar realmente não era para mim.

            -Eu gosto de sentir o meu mundo nos meus braços. – Ele beijou-me os lábios suavemente e eu senti o meu corpo inerte pela sua declaração. Não sabia como reagir.

            -T-Tudo b-bem, eu acho-o.

            Senti a minha voz fraca e tropecei nas palavras.

            Matthieu levantou-se e envergonhou-me com toda a sua elegância. Estendeu-me a sua mão e conduziu-nos para a frente da janela. Witchcraft começou a tocar no ipod dele em cima das colunas.

            Ele conduziu-nos numa dança suave pela sala. Rodopiámos por quase todo o cômodo e sempre num silêncio conservador, confortável.

            Quando a música parou, Matt olhou-me nos olhos e beijou-me novamente, tocando os meus lábios frios com os seus de forma suave, de forma inesquecível.

            -Onde aprendeste a dançar?- Perguntei sussurrando.

            -Com a minha irmã mais velha.

            -Não me tinhas dito que tinhas uma irmã. – Observei.

            -Na verdade, eu tenho duas. – Ele sorriu nostálgico. – Nicole, a mais velha e Lorena, a mais nova.

            Assenti sorrindo.

            -Isso não é justo!

            -O quê?

            -Ocultar informação sobre ti! – Acusei. – Nada justo.

            -Eu também não sei muito de ti…

            -Matthieu se colocares o meu nome no Google, aprece muita coisa sobre mim. É o que dá ser editora-chefe de uma grande revista americana. – Disse encolhendo os ombros.

            Ele sorriu.

            -Convencida.

            -Até parece! – Fingi indignação.

            Ele gargalhou e beijou-me a testa delicadamente.

            -Queres jantar aqui? – Perguntou.

            -Não, na verdade, eu vou jantar á casa do meu pai.

            Matthieu pareceu surpreso. Ele sabia dos problemas que eu e ele tínhamos recentemente, acerca do seu recente noivado.

            -É mesmo?

            -Ele convidou-me. Ligou-me hoje á tarde. Não tive como recusar.

            - Eu acho melhor, enfrentares isso de vez.

            -É, eu sei. Bem…pelo menos vou tentar.

            -Não há-de ser nada.

            -Assim espero! – Ele sorriu-me e beijou-me o ombro, por cima da camisola. – È melhor eu ir.

            Ele assentiu, mas nada disse, apenas continuou com os irresistíveis beijos pelo meu pescoço até alcançar os meus lábios.

            -Assim fica meio que impossível, eu querer ir embora Matthieu.

            -Ok. – Ele fez uma careta fofa. – Podes ir!

            Eu gargalhei e saí do seu apartamento em direção á garagem.


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