Que ótimo, subi para meu quarto coloquei meu moletom e liguei a TV. Estava passando meu programa de entrevistas favorito, deixei a TV ligada e desci, ignorei os raviólis na geladeira e decidi fazer um chá, calmante de preferência o acontecimento na casa de madeira ainda me atormentava.

Sentei na minha cama e comecei a pensar em Ana e Dhovanni, por quê? Se ela estava apaixonada por ele por que o não contava, porque ficava se lamentando?Seria medo da resposta?E porque ela tinha raiva dele ao mesmo tempo? Tomei meu chá pensando nas hipóteses, eu não queria perguntar a Ana ela tinha um pavio curto ultimamente, logo depois do termino de teu namoro com Caius Black, eu só queria minha velha amiga de volta.

Dhovanni de umas semanas para cá parecia que havia montado uma barraca em minha mente e decidiu que por ali ficaria. Eu não queria ficar pensando nele, posso magoar Ana sem menos esperar. Enquanto pensava ouvi um barulho alto de pedra escorregando em meu telhado, parecia mais alguém andando e destruindo tudo pela frente imediatamente estiquei meu braço e peguei meu celular na cabeceira da cama, caso eu precisasse ligar pra policia, coloquei a TV no mudo e fiquei atenta ao barulho, ele havia parado depois de três minutos voltei a TV ao volume normal, depois desliguei a TV e mergulhei em meu edredom, havia quase pegado no sono quando pela luz da lua pela janela vi passar um vulto muito rápido engoli em seco e cobri-me até a cabeça.

Nina... Nina... a mesma voz voltou como uma cantiga em minha cabeça, agora o vulto estava dentro do meu quarto percorrendo as paredes como sombra. Um grito se sufocou dentro de mim não agüentei e o soltei com som agudo o suficiente para quebrar vidros, Não se assuste sou eu ... o quanto fosse aquilo assustador algo me dizia que não iria me fazer mal. Levei isso em consideração mais eu já estava pálida quando a luz de meu quarto se acendeu quase me deixando cega lá da porta vi meu irmão.

– Nina está tendo pesadelos? Ele riu - Acabamos de chegar quando ouvimos o seu grito.

Tentando retomar a respiração dei uma resposta:

– Sim, estava tendo um pesadelo que meu irmão palerma me acordou com a luz na cara e ainda por cima não bateu na porta antes de entrar, acredita?

– Esse é de arrepiar, Agora volte a dormir Stress em pessoa. Ele apagou a luz e saiu

Eu não iria contar a ele sobre o vulto, eu iria parecer o que? A garotinha que ainda tinha medo de escuro? Mas por outro lado eu ia ter de ficar ali dormindo sozinha, observando o quarto para ver se a sombra voltasse apertei os olhos e dormi.

Estava sonhando com Dhovanni em profundo sono, ele sorria, mas estava tão distante na imensidão negra que nos cercava eu queria me aproximar, mas não conseguia queria ver de perto aquele sorriso sarcástico e perfeito foi quando meu pai apareceu do lado dele dizendo - Proteja. Repetidamente foi quando o despertador tocou, com os olhos embaçados vi no meu mini radio 06h30min, o locutor da radio dizia bom dia com animação.

Levantei abri minha janela e vi a chuva cair fina lá fora, o vento gelado entrava pelas arestas da janela do meu quarto e fazia o típico som de assovio, fui para o banheiro escovei os dentes e tomei um banho quente, depois vesti meu casaco verde-musgo meu cachecol Victoria ‘s Secret e minha calça jeans preta e desci as escadas tentando manter minha mochila nas costas.

No estacionamento de Votre Avenir School aonde estudo desde o quinto ano estacionei meu antigo Renault Megane 2004 azul e do lado da minha vaga vi Dhovanni estacionar seu Audi A4 2010 preto, os pais dele são médicos famosos na cidade tem vários consultórios com o nome da família Mathieu espalhados pela França e viajam para o Maine nos Estados Unidos todo verão, já eu passo o verão com minha família e a família de Catherine nos chalés das montanhas perto de Paris, eu e Cath não gostamos da idéia então nós deixamos nossos pais e vamos caminhar nas trilhas das montanhas em busca de flores raras e para tirar fotos da paisagem.