No outro do lado do Finni’s havia dois garotos tomando Mocaccino, um deles lia uma revista em quadrinhos o outro observa o lugar que era repleto de quadros artísticos, tinha as paredes toda em vermelho e revestimento de madeira na altura das mesas retrós que tinham poltronas vermelhas que lembravam aos de fast-food dos anos 50, as luzes eram baixas e cada mesa tinha um lustre meia-lua amarelo um lugar muito aconchegante, exatamente ao meu gosto.

Um dos Garotos era Dhovanni, o garoto da minha sala que Ana tinha uma paixonite outro era Pierre que já havia sido da minha turma da quarta serie. Tinha razão de Ana gostar de Dhovanni aos olhos meus e de minhas amigas ele era o garoto perfeito tinha um jeito romântico, observador e misterioso ao mesmo tempo um ar de bad-boy. O sorriso era um dos mais lindos que eu já tinha visto, vivia com um topete no cabelo, loiro acinzentado que tinham a perfeita harmonia com seus olhos azuis, o outro era baixo e musculoso era campeão de judô da escola ha três anos e já foi interessado por Ana no quinto ano, tinha o mesmo topete de Dhovanni e os cabelos eram negros e a pele pálida. Manddy acostumava a admirar todos os garotos que via pela frente e foi a primeira a notar a presença deles.

- Ora vejam só quem esta aqui. Disse ela olhando por trás dos ombros. Dhovanni olhou para nossa mesa no mesmo estante parecia ter escutado a voz de Manddy e escutou. ele deu uma risada baixinha revelando todo aquele sorriso lindo e abaixou a cabeça em um gesto indignado.

- Não seja indelicada Manddy. Catherine anunciou.

- E daí se é bonito tem que se olhar. Ela sorriu de um jeito que tinha más intenções.

Ana virou o rosto para o lado e começou olhar as pinturas na parede com uma fagulha de raiva percorrendo seus olhos negros.

- Shhhh não ta vendo? Apontei com a cabeça Ana.

Eu não estava esperando por isso mais fiquei com raiva também e não sabia por que.

- Nosso café viva. Falei tentando aliviar o clima.

- dois cappuccino, 1 Café Latte e um expresso com chantilly. A garçonete disse colocando a bandeja de café junto com uma cestinha de torradas de manteiga e depois voltando para o balcão de doces.

- Ana pegue seu café. Falou Catherine. Ana pegou e continuou em silêncio

Dhovanni observava cada rosto da nossa mesa, quando parou no meu olhei juntamente para ele, parecia uma batida de carro o encontro de olhares forte e intenso, um fio de energia elétrica correu pelo meu corpo, olhei para ele com cara de ‘’ perdeu alguma coisa nesta mesa? ‘’ ele desviou os olhares e começou a falar com Pierre que estava alienado lendo a revista em quadrinhos. Prefiri não contar sobre a revista facial que Dhovanni fez para não aumentar o clima tenso na mesa.

- Consegui terminar o trabalho de Biologia finalmente. Falei

- Eu também já estou livre dele. Manddy proseguiu

- Mas você é de outra sala, que eu saiba a professora muda as datas.

- Sim mais é final de bloco e aquela vaca decidiu mandar tudo de uma vez só nas nossas costas.

- Atá.

Dhovanni e Pierre levantaram e viam em nossa direção. Outra corrente elétrica me percorreu e percebi que estava com as bochechas rosadas. Manddy me fitou e fez cara de scárnio, sorrindo pelos cantos. Eles puxaram uma cadeira e se sentaram ao nosso lado. Ana imediatamente levantou se e pediu licença pra mim.

- Preciso ir ao banheiro. Ela saiu como um raio.

- Desculpe por isso. Manddy disse olhando dos pés a cabeça Pierre.

- Manddy Cala boca. Gritei baixo.

- Vocês poderiam nos dizer o que tem que fazer naquele bendito trabalho de Biologia da professora Claire? Pierre disse sorrindo.

- Claro. Catherine disse com um brilho nos olhos.

Catherine foi explicando todo o trabalho enquanto eu trocava olhares furiosos para Manddy. Dhovanni permanecia em silencio tomando teu Mocaccino.

Depois dos dois terem saído do Finni’s Ana voltou e se sentou ao meu lado.

- Catherine já pode parar de babar. Manndy provocou

- Manddy se for para começar, despejo café na tua camisa branca de cetim preferida agora. Gostaria?

- Ah mais que mau humor, não pode falar nada.

- Ei ei, ei parando por aqui Manddy. Falei

- Ana não vai falar nada? Olhei para ela com cara de confusa.

- Dizer alguma coisa? De que adianta vai trazer ele para mim se eu disser alguma coisa? Ela sorriu com ar de tristeza

- Poxa então é sério mesmo, você está apaixonada por ele realmente. Afirmei

  E você também, a voz soou dentro de minha mente, o que isso quer dizer? Estou pensando o que eu não devo é isso.

Cheguei em casa já havia escurecido, a conversa no Finni’s foi longa é um tanto tensa. Meu irmão havia saído com Sophia, minha mãe e Tatiana, minha mãe havia deixado o bilhete na bancada da cozinha: Fomos à loja de departamentos, decidimos ir antes de você chegar, promoções de eletrodomésticos sabe como é né? Tem ravióli e molho ao sugo na geladeira, não atenda a porta nem atenda números estranhos no telefone.  Marina Borghini.