Você sempre Será escrita por HelenaSantos1510


Capítulo 12
Capítulo 12: Queima


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo a Kori estava fora de si, lieteralmente... rsrs
Espero que gostem e boa leitura!



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Estava sentada na cama, mantendo uma perna esticada, enquanto a outra dobrada, ajudava a apoiar o cotovelo. Batia devagar os dedos na taça com um liquido vermelho-sangue. Às vezes, pegava-se olhando para ele, completamente “vazia” por dentro. Pensava no por que de existir tamanha diferença. Na sua frente, um pouco afastado, estava um papel. Chegara a notar tudo que lhe veio à cabeça e a conclusão era sempre a mesma. Defeitos e qualidades preenchiam aquele papel, ridiculamente usado para aquele fim... Talvez estivesse rebaixando demais. Havia derramado algumas lágrimas, que molharam discretamente o lençol. Jogou a cabeça para trás e fechou seus olhos.




A agonia já tomava conta de seu corpo e sentia-se cansada. Queria que Naruto mirasse a garota que tinha em mãos. Era Kori, simplesmente Kori. Mordeu o lábio nervoso, apertando a taça fortemente. Não ao ponto de realmente quebra-la.  Xingava-se por estar sendo tão patética. Naruto não poderia fazer o que quisesse com ela. Viu a parede, com os jades já abertas, batendo os dedos dos pés na cama. Inundada em ódio e ressentimento, jogou a taça contra á parede. Tudo aquilo por culpa daquela maldita! O vidro foi caindo os pedaços, lentamente. Bebera pouco e já sentia o corpo mole. Riu sozinha, vendo o estrago que sua atitude impensada havia provocado. A casa ainda estava em silêncio, nada poderia atrapalhar e ela achou que seria melhor assim.


 


 


Eles dançariam e ririam...


Outra vez...


Sobre as próprias mentiras...


 


 


O grito estava preso na garganta. Flashes Backs passavam a sua frente como um filme. Levantou devagar, andando como se flutuasse nas nuvens, sentindo um peso sair de seus ombros. “È o vinho...”. Parou de frente para o espelho, tomando cuidado para não pisar nos cacos de vidro espalhados pelo chão. A porta do quarda-roupa já aberto, transpareceu um rosto contorcido de dor. Dor e angustia por tentar e repensar em tudo que estava acontecendo. Será que foi certo começar algo com Naruto? E por que tinha vontade de voltar no tempo?. Ela e sua mãe, infelizmente, em aparência eram iguais. Porém, um sentimento parecido com alivio tomou conta e ela levou as mãos ao cabelo. Seus cabelos eram diferentes. O cabelo da menina era de duas cores. Mechas negras faziam sua pele ficar ainda mais alvas. O que Naruto não conseguia enxergar? Sua mãe estava enterrada, debaixo da terra, a sete palmos, para ser “esquecida”.




Desviou o olhar do espelho e decidiu que precisava apagar tudo de sua memória. Não iria dividir seu homem com outra, mesmo que por isso, tivesse que abrir mão de algo. Ela já tinha perdido um pouco de sua paz. Nada mais justo de tentar conservar o que ainda resta. Foi até a porta e a abriu. O corredor completamente coberto pelo crepúsculo, para ela pareceu assustador. Com as mãos nas paredes, foi caminhando, até que reparou a porta de Sasuke entre aberta. Uma falta de carinho paterno rebateu em seu coração. Durante todo esse tempo, aprendeu a dizer que o amavam quase todos os dias. Não sabia o quanto à falta de Sasuke poderia fazer. Entrou sorrateiramente, vendo que havia um lado de cama vazia. Hinata não iria demorar a ocupar aquele espaço desocupado. Aproximou-se de Sasuke, parando ao seu lado. Levou a mão para seu rosto e depois as passou para o cabelo, que estava totalmente desarrumado.  “ Pai, se não fosse sua filha...”. Daquela forma despojada, com a coberta cobrindo pouco do corpo, deixando a mostra o peitoral definido e talhado de seu pai, notou que Sasuke ficava extremamente tentador. “ Hinata é mesmo sortuda... “. Depositou um beijo de leve na testa do pai antes de sair. Estranhou que não tivesse acordado. Seus passos acabaram na cozinha. Foi até um armário, que ficava embaixo da pia. Tirou de lá as coisas que seriam necessárias para cumprir o desejo que a consumia ferozmente.


 


 


Assim que chegou ao quarto novamente, soltou um longo suspiro. Jogou o que tinha nas mãos em cima da cama, sem cuidado algum. Foi até o armário e de lá tirou uma caixinha de cor bonina, decorada com alguns laços de tons neutros. Sabia o que tinha fazer e não queria demorar. Pensava que aquilo iria doer, mas sua mãe passou a ser para ela um estorvo, roubando dela o único homem que realmente gostava a ponto de dar sua vida. Ela havia ido longe demais para que Sakura atrapalhasse as coisas. Sentada em sua cama, abriu a caixa e sabia que iria começar a chorar outra vez, apesar de tentar evitar ao maximo. Tinha de ser forte. Uma voz ressoava em sua cabeça, pedindo que não agisse por puro instinto, mas nada iria fazer com que mudasse de idéia. A culpa poderia atingi-la depois, pagaria o preço que fosse.




Levou os dedos até uma caixa que estava ao seu lado, deixando-a sobre seu colo. As janelas estavam abertas. Pegou todas as fotografias de uma só vez, tacando-as na lixeira que estava um pouco abaixo de sua cama, logo ao lado. A porta estava trancada, com um pano por baixo. Riscou o foforo, e os palitos restantes ficaram distribuídos pela cama. Viu a chama consumir o palito rapidamente. Jogou sem nem ao menos olhar. Fechou os olhos e deixou que as fotografias queimassem, assim como todas as suas memórias. Apertou o cobertor quando sentia que não iria agüentar. Resistiu até o fim, e já ao fim da queima, permitiu olhar aquele espetáculo que fora armado. Decidiu se levantar e olhar de cima, as cinzas de tudo que um dia pareceu bom ou importante. Sakura estava morta e era assim que se sentia morta para o homem que amava. A cabeça parecia cheia demais e o martírio começou, culpando por ter feito aquele ato bárbaro. Agora não tinha como voltar atrás. Dividia-se pelo prazer e pela vozinha que a torturava. Estranho que o prazer fazia maior pressão sobre todo seu ser.


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Notas finais do capítulo

Nós chegamos, ou melhor, passamos de 100 reviews!
Obrigada por todo esse apoio e a companhia Mara de vocês aqui na Fic! =D
E... Reviews?... ^^



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