Além do Crepúsculo - VERSÃO ANTIGA escrita por Maiah Oliveira


Capítulo 6
Capítulo 5 - Uma nova amiga Parte I




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‘Não há prazer comparável ao de encontrar um velho amigo, a não ser o de fazer um novo.’

Kipling

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POV Bella

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Acordei coberta até o pescoço, estranhando o fato. Nós estávamos na primavera ainda, então porque eu sentia tanto frio e aquela moleza no corpo que só os dias frios me despertavam?

Abri os olhos devagar, sem muita vontade, e quando tudo começou a tomar foco eu compreendi que não estava no meu quarto – o que me fez levantar rapidamente da cama. Me senti muito confusa e um pouco assustada. Normalmente eu era muito lenta de manhã e em dias frios como aquele, minha lerdeza tomava grandes proporções, por isso demorei vários minutos até compreender onde realmente estava.

Na minúscula cidade interiorana de Forks, longe da minha casa e de tudo o que me era caro e familiar.

Levantei me sentindo desanimada e triste, olhei o meu criado mudo vendo que horas eram no despertador. Já passava das três horas da tarde, talvez o despertador ainda não estivesse programado ou mais provavelmente eu estava desmaiada na cama para que o barulho do despertador me acordasse. Minha mãe sempre dizia que quando estava muito cansada, eu não dormia e sim desmaiava como se estivesse morta pro mundo. Agora imaginem que imagem linda! Deixei os devaneios inúteis de lado, uma mania irritante que eu tinha de sempre devanear tolices cotidianas, quando estava chateada e levantei de vez.

Depois de fazer a minha higiene pessoal pra voltar a me sentir gente de novo, resolvi voltar pro meu quarto, ver se os meus e-mails já tinham sido respondidos e de quebra tentar falar com as minhas amigas no MSN. Eu já sentia tantas saudades delas!

Sentei em frente ao computador e quase dormi esperando a minha conexão com a internet funcionar. Outra coisa ruim sobre Forks: além de não ficar no Brasil, ser uma cidadezinha de interior (onde fazia um frio desgraçado e um mal tempo horroroso) tinha a pior conexão de internet que eu já tinha visto! Até pensei em descer pra arranjar algo pra comer, mas me sentia tão desanimada que até meu apetite parecia prejudicado.

– Até que enfim! – disse depois de minutos que pareceram intermináveis.

Fui logo pro meu e-mail, enquanto logava o MSN, provavelmente ainda iria demorar alguns séculos pra ele entrar, mas felizmente eu tinha recebido as respostas dos e-mails que eu tinha mandado ontem. O primeiro e-mail que eu abri foi o da vovó, que eu rapidamente descobri que tinha sido o próprio Miguel que tinha escrito, aliás, ele aproveitou o espaço e respondeu o e-mail que eu tinha mandado pra ele, por isso estava cheio das brincadeiras dele e dos conselhos da vovó. Tinha sido bem engraçado de ler, aliás, só a imagem deles dois em frente de um computador, resolvendo o que iriam me escrever já me dava vontade de rir, mas uma vontade ainda maior de estar lá.

Suspirei, tentando deixar esses pensamentos de lado e abrindo o e-mail das meninas. Eu nem tinha estranhado delas terem respondido juntas, elas tinham esse hábito de responderem meu e-mail, juntas, afinal tudo o que eu falava pra uma, falava pra outra. Eu acho até que o e-mail do Miguel e da vovó tinha sido inspirado nos e-mails delas. Lígia tinha reclamado que eu tinha feito praticamente um diário de viagem, mas Tina tinha adorado e disse que eu tinha que documentar os meus dias aqui, desse jeito mesmo, como um diário, assim nos sentaríamos mais perto. A ideia era mesmo ótima, tanto que a Tina tinha feito no final do e-mail um diário do dia dela e da Lígia. O que a irmã obviamente tinha achado uma “bobagem”. Eu fiquei sabendo quem tinha ficado com quem, quem tinha terminado com quem e quem tinha voltado na escola. Lígia comentou que tudo aquilo estava mais parecendo um quadro desses de celebridades que se via na TV, e eu já podia imaginar em que tom e com que cara ela tinha falado isso e podia igualmente imaginar a reação da Tina, sobre o que a irmã disse.

Dei um sorriso triste, com a imagem mental de tudo isso. Aquele pequeno “diário” que a Tina, fez do dia delas, só fez aumentar a minha saudade. Só me fez desejar mais ter passado aquele dia tão aborrecido, como a Lígia tinha feito questão de grifar, com elas. Na minha casa, na minha terra, falando a língua que eu sempre amei. No final do e-mail elas disseram exatamente o mesmo que eu sentia agora: que queriam ter passado esse dia comigo e que já estavam morrendo de saudades.

Respondi mais uma vez o e-mail da minha avó e do Miguel dizendo que quando tivesse novidades mandaria mais notícias. Depois respondi o das meninas enfatizando – só pra implicar um pouquinho coma Lígia - o quanto eu tinha gostado da ideia dos e-mails diários e dizendo também que eu estava sentindo muito a falta delas.

Fui dar uma olhada no meu MSN, que já estava aberto, mas infelizmente elas não estavam on-line. Aliás, nenhum dos meus contatos estava on-line. Foi aí que eu me lembrei da droga do fuso. Fiz as contas e vi que ainda devia ser por volta do meio-dia no Rio e que elas provavelmente estavam almoçando.

Já que não tinha ninguém com quem conversar on-line, fui tomar um banho e troquei o conjunto de moletom por uma regata, uma calça jeans e um casaquinho. Logo depois fui procurar pela minha família, era melhor ter com quem conversar antes que minha mente me levasse a pensamentos com os quais eu não queria lidar, porque sabia que eu acabaria me deprimindo mesmo com isso. No entanto não tive muito sorte, depois de procurar pela casa inteira só encontrei meu irmão enfiado no quarto provavelmente lendo um livro novo, que novidade! Além de um bilhete da minha mãe grudado na porta da geladeira.

Bella, já fizemos algumas compras, prepare algo pra comer e faça o jantar do seu irmão, seu pai e eu fomos resolver coisas do trabalho só voltamos à noite.

Bjs Mamãe.

Ps.: Seus livros novos da escola estão na mesinha da sala”

Preparar algo pra comer e fazer o jantar? Fiz uma careta, não estava com nenhuma vontade de me enfiar na cozinha hoje, só esperava que eles tivessem comprado macarrão instantâneo. Abri a geladeira vendo o que tinha e em seguida os armários e como eu esperava o “algumas” da minha mãe queria dizer que estava tudo praticamente cheio, mas ao invés de toda aquela comida me dar mais fome só conseguiu acabar com o pouco apetite que me restara.

Ter que ver todos aquelas embalagens escritas em inglês – sendo que a maioria eu sequer conhecia – só me fez mais consciente do quão longe de casa eu estava e aquilo sim só me deixou mais desanimada. Resolvi deixar de comer por hora e fui pra sala levar os benditos livros pro meu quarto, mas antes resolvi passar no quarto do Liam. Com um pouco de sorte e uma encheção de saco básica ele me ajudaria a carregar os livros até o meu quarto.

Antes de ir aumentei a temperatura do termostato. É agora nós tínhamos até um termostato, melhor pra mim, já que eu detestava o frio. Rapidamente comecei a sentir a temperatura ambiente subir e tirei o casaquinho que eu tinha colocado.

Bati com o pé na porta semi-aberta do quarto, já que tinha de segurar os livros com as duas mãos, ele como o esperado me ignorou e eu fui entrando assim mesmo, derrubando a pilha de livros na escrivaninha dele e sentando na cama.

– E aí lendo o que? – falei já pegando o livro que tinha certeza que devia ser da escola como os que meu pai tinha deixado pra mim, mas me enganei – Ué?! Vinte mil léguas submarinas, mas você já não leu esse?

– Já – ele respondeu mal-humorado, tirando o livro das minhas mãos. Liam sempre ficava mal-humorado quando interrompiam a leitura dele.

– Estranho, achei que estaria se deliciando com os livros novos que papai pegou da escola, aliás, que escola entrega livros em pleno sábado?

– Papai pegou no começo da semana só que ele esqueceu no escritório, hoje mais cedo ele se lembrou. Se você estivesse acordada saberia – ele disse irônico – E elucidando a sua dúvida, eu não estou lendo os livros da escola porque eu não recebi os meus.

– Ah, devia ter imaginado – respondi com o mesmo tom irônico – Mas então qual é a dos livros, eles não tinham os seus?

– É , basicamente – disse aborrecido, provavelmente com a minha presença atrapalhando sua edificante leitura. Note a ironia. – A escola da reserva ainda não tinha livros pra mim, vou pegar os meus só segunda-feira – ele completou sabendo que eu não sairia dali sem uma resposta minimamente decente, mas espera aí...

– Reserva, que reserva?

Ele deu um longo suspiro antes de responder.

– A reserva indígena de La Push – era por isso que eu gostava do meu irmão ele sempre explicava tudo tão bem que eu não precisava perguntar mais nada. De novo a ironia, esse era o efeito Liam-mal-humorado, sobre a minha amável pessoa.

– Reserva indígena, é?! Eu tenho até medo de imaginar em que mato isso fique, sem falar a tecnologia que deve ser inexistente, né?! – ri com sarcasmo ainda sem acreditar na nossa sorte – Mas eu achei que a gente ia estudar em Forks e não em La Push.

Eu vou estudar em La Push e você em Forks.

Demorei ainda uns segundos pra processar a informação antes de falar.

– O quê? Você tá brincando , né?! – disse ainda incrédula, rindo nervosamente, esperando muito que tivesse ouvido errado.

– Não , eu não estou, papai me disse hoje antes de sair.

– E porque ele não me disse?! – falei já muito nervosa.

– Talvez porque ele quisesse evitar outro ataque seu – respondeu calmamente.

– Eu não estou tendo um ataque! – eu praticamente gritei – Droga!

Saí do quarto batendo a porta indo em direção ao meu, sem dizer mais nada e me sentindo muito pior do que quando tinha acordado. Porque agora em menos de 48 horas eu estaria tendo meu primeiro dia de aula totalmente sozinha! Uma verdadeira estranha no ninho.

Que ótimo! Realmente perfeito, era tudo o que você precisava, Bella!

Eu sabia que segunda iria ser bem ruim na escola, sendo a garota nova e de outro país ainda por cima, numa escola onde provavelmente todos se conheciam desde as fraldas, mas ao menos teria Liam ao meu lado nos intervalos, não que ele fosse um grande apoio moral, mas quando não estávamos irritando um ao outro ou quando ele não estava completamente de mau-humor, ele sabia ser legal. E eu sabia que inevitavelmente nós iríamos dividir os holofotes juntos, aliás, muito provavelmente ele acabaria chamando mais atenção que eu, afinal ele era o gênio da família já que apesar dos seus 12 anos de idade já cursava o primeiro ano do ensino médio e independente dele ser um perfeito nerd, esse tipo de coisa sempre chamava a atenção. Mas agora nem esse consolo eu teria!

Sabia que estava provavelmente sendo dramática em relação a isso e a todo o resto, mas eu era uma adolescente e estava no meu direito! Assim que entrei no meu quarto fui direto pro computador que ainda estava ligado e esperei desesperadamente encontrar minhas amigas. Mas novamente não tive sorte!

Queria tanto falar com elas, precisava tanto falar com elas, não sobre coisas cotidianas, mas sobre coisas realmente importantes. Sobre como eu estava me sentindo, sobre os sentimentos que ontem eu tinha ignorado e que mais uma vez ignorei mais cedo. Eu não era muito boa em ignorar meus sentimentos, era do tipo de pessoa passional, que se guiava muito mais emocional do que racionalmente. Apesar de conseguir fingir bem e saber separar meus sentimentos, deixando alguns de lado quando a situação exigia, mas isso não queria dizer que eu fosse boa em controlar minhas emoções ou deixá-las de lado por muito tempo. Normalmente ignorar e negar o que eu sentia, só piorava as coisas, porque depois tudo o que eu ignorava, tudo o que eu negava, tudo o que eu continha, voltava pra mim com mais força. E agora eu sentia que a minhas emoções estavam sendo arrastadas dentro de mim com a violência de uma enchente. Tornando tudo, mais sensível, mais duro.

Sentei na minha linda cama de dossel e nesse momento ela parecia menos do que especial, na verdade todo aquele lindo quarto, tão diferente do meu antigo quarto parecia bem menos especial olhando agora. Naquele momento, eu só conseguia ver o quão diferente ele era do meu antigo quarto. Que nesse momento devia estar tristemente vazio. Pronto pra ser ocupado por outra pessoa. Aquele pensamento, só me encheu de uma grande melancolia. A ideia de saber que eu não iria voltar por um longo tempo, que eu sentia mais do que sabia, que seria muito mais longo do que eu gostaria, simplesmente me sufocou. Ver aquele quarto sabendo que seria ali que eu viveria me sufocava.

Peguei meu tênis e sai do quarto. Eu precisava de ar, precisava me sentir menos oprimida por aquelas paredes. Só me dei o tempo de colocar os tênis e logo abri a porta da frente sem me importar se só estava usando uma regata fina e sem mangas, num dia totalmente enregelante. Meu nariz ardia com o ar puro e frio, minha pele estava arrepiada, mas não me importava, porque aquele desconforto físico aliviou um pouco a sensação de opressão.

Ficar parada em frente a minha casa não era uma opção naquele momento, Liam poderia sair do quarto e ver pra onde eu tinha ido ou pior meus pais poderiam chegar. E eu sinceramente não estava pronta pra encarar nenhum deles com serenidade. Estava muito no limite, muito sensível, muito exposta.

Talvez o frio me anuviasse a mente. Me ajudasse a clarear as ideias e me tornasse mais conformada com a minha situação. Mais racional em relação a tudo. Decidi seguir sem rumo até me sentir novamente no controle das minhas emoções para voltar pra casa. Nesse momento, no entanto, eu sabia que tudo o que eu precisava era colocar tudo pra fora.

O ar gelado me fez consciente das grossas e quentes lágrimas que escorriam do meu rosto. Droga, tudo parecia tão fora de lugar! Errado de uma certa forma... Céus agora devia ser primavera, não outono!

De um momento pro outro eu estava em outro país, longe das amigas que por tanto tempo eu desejei ter ao meu lado... Num lugar onde até as estações do ano eram o oposto das do meu país natal, onde aparentemente até mesmo quando eram pouco mais de 3 horas da tarde, já parecia noite de tão nublado, onde mais uma vez eu teria que fazer aquelas amizades superficiais e vazias, onde eu estaria sozinha novamente...

Eu sei que eu devia parecer uma garotinha carente e patética, mas não era só uma simples questão de carência, era algo mais profundo... A minha vida inteira, mesmo vivendo em uma família grande, sempre me senti meio deslocada, meio fora do lugar, fora de contexto, como... como se não pertencesse totalmente ao mundo ao qual vivia. Um verdadeiro peixe fora d’água... Dei um riso amargo com o pensamento.

Sempre foi engraçado, de um jeito bem torto, me sentir assim, quer dizer eu não era diferente da maioria das pessoas, não tinha uma inteligência privilegiada como a do meu irmão– na verdade nenhum traço de genialidade. Me lembro de que quando era menor, muitas vezes chegava a sentir um pouco de pena do meu irmão por causa disso, ele sempre estudava em séries mais adiantadas e sempre zombavam dele por ser o menor da turma, foi por isso que tentei me aproximar dele pra que ele não se sentisse tão sozinho, até finalmente perceber que ele se sentia muito confortável com a sua solidão, Liam era um lobo solitário. Tão diferente de mim, eu gostava de estar com outras pessoas, me sentir ligada, me sentir parte de algo, talvez porque eu sempre me senti um pouco a margem de tudo e de todos.

Eu estranhamente na minha total normalidade, sempre a pessoa comum que era, sem nenhuma habilidade destacável ou sequer notável, me sentia diferente. Me sentia à parte de tudo, como se houvesse só eu e o mundo inteiro.

Era tão estranho, porque minha lógica sempre me fez ver o quão normal e comum eu era, mas o que eu sentia lá no fundo, tão fundo e marcante quanto alguém pode sentir, era que eu era diferente. Era como se houvesse dos lados de mim, um que era tão diferente que nem mesma eu sabia precisar o quantoou como e o outro que só queria se sentir normal e parte do resto do mundo.

E durante quase toda a minha vida eu me senti assim, até conhecer Tina e Lígia. Elas não me fizeram sentir totalmente encaixada como eu sempre quis, mas me fizeram sentir parte de algo, parte da amizade delas. Tinha mais a ver com a sinceridade da amizade delas e a lealdade da relação que as duas tinham uma com a outra, que me fez sentir essa segurança na nossa amizade, que me fez sentir parte desse laço. Elas contavam comigo e eu com elas. Ainda que eu não contasse todos os meus pequenos segredos, sempre foi tão especial e ainda mais quando Miguel passou a fazer tão parte disso quanto eu. Éramos os quatro mosqueteiros, um por todos e todos por um.

E agora...

Agora eu não teria nada disso, nada tão especial quanto isso. Era impossível e mesmo que fosse possível eu teria que começar tudo de novo e só essa ideia me deixava tão abatida! Por isso eu sabia que no fim seria eu... de novo.

Andei por um tempo que nem mesmo eu soube precisar o quanto, até me encostar numa arvore e sentar no chão frio, as lágrimas ainda rolavam grossas pelo meu rosto e eu me sentia grata por estar sozinha. Não queria que ninguém visse a minha fraqueza, o meu descontrole. E foi somente por isso que eu deixei meus sentimentos tomarem o controle completamente. Em poucos minutos o som dos meus soluços era o único som que eu ouvia.

Não sei bem quanto tempo chorei ali, sentada e sozinha. Mas em algum momento uma chuva forte passou a fazer companhia as minhas lágrimas caídas no chão. Não me importei no quão molhada eu fiquei ou na queda da temperatura. A única coisa que fiz foi abraçar meu corpo com força e encostar minha testa nos meus joelhos.

Eu chorei pelo que pareceu uma eternidade e ainda sentia que minhas lágrimas tão cedo não acabariam. Chorei pelo último mês em que fingi que estava tudo bem, chorei pela despedida no aeroporto, chorei por chegar aqui, chorei por não saber quando iria voltar, chorei pela saudade e tristeza que sufocavam meu peito e oprimiam meu coração. Desejando apenas me sentir leve como antes, antes de toda minha vida virar de cabeça pra baixo, pra simplesmente me sentir livre daquele peso.

Estava tão perdida em mim mesma que nem sequer percebi a presença de mais alguém ali, até a pessoa se pronunciar.

– Se continuar nessa chuva vai acabar ficando doente. – disse num tom preocupada uma voz feminina e musical, que eu nunca tinha ouvido.

E apesar de não querer que me vissem chorando, minha curiosidade falou mais alto e eu só esperava que ela confundisse minhas lágrimas com chuva. Mas no momento em que vi seu rosto todo pensamento a respeito do quão patética eu estaria parecendo sumiu da minha mente.

– Não pode ser... Anne?

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Notas finais do capítulo

N/A: Queria agradecer as reviews que recebi, vocês não tem ideia do quão importantes elas são para mim! Fico ansiosa toda vez que posto um capítulo para saber a opinião de vocês, o que acharam de bom ou de ruim, vocês são meu termômetro então dependendo da opinião de vocês posso mudar algumas coisas na trama ou adicionar outras. Desculpem terminar com esse mistério, mas dependendo de vocês eu atualizo ainda domingo, senão vai demorar um pouco mais porque semana que vem vai ser cheia.
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Ih, gente desculpa! Parece que eu postei dois caps. iguais, sem querer, como eu fiz isso está além de mim XP