Capitulo 14

Depois do aniversário do Harry eu ainda não falei com ele. E porr* como eu sentia falta dele.  E como eu fazia aniversário depois de um mês dele, hoje era meu aniversário, eu estava fazendo 15 anos e fazia 2 meses que eu estava namorando com o Tom, é eu ainda estava com ele e o Harry nesse mês namorou com uma menina da nossa escola, mas um ano mais nova, na verdade tinha a minha idade, só que estava numa sala a menos que a nossa, porque eu pulei um ano quando vim para cá não é, mas não durou muito o namoro dele com ela, o nome dela era Félicity.  Eu não aguentava mais namorar o Tom, e mais dia menos dia eu iria terminar com ele, mas estava com medo, de uns tempos para cá ele se mostrou meio violento em relação ao nosso namoro, qualquer briga nossa era motivo para ele ficar bravo demais e quando o Harry passava perto ele simplesmente me grudava no seu corpo e não me soltava por nada. Era estranho, porque no começo ele não era assim. Estava parecendo até obsessão por mim e eu estava com medo de terminar com ele e acontecer alguma coisa e eu  só estava fazendo isso para provocar o Harry, mas não sei se deu muito certo. Hoje nós saímos e fomos ao cinema, minha mãe não estava em casa como sempre e disse que era para eu me divertir com meus amigos que quando ela voltasse ela recompensaria com um bom presente. Tudo bem não é?
No cinema, foi a Marie com o Taylor, eu e Tom. Quando estávamos indo, tive a impressão de ver Harry em frente a sua casa, mas quando olhei de novo ele não estava mais lá, deve ser loucura da minha cabeça.  Quando chegamos eu senti um aperto, porque a ultima vez que tinha ido ao cinema foi com Harry e ele não estava ali hoje. Meu melhor amigo, passou a ser agora um estranho. E eu o amava ainda. Eu já disse pra ele, quando eu mando você sumir, ir embora, ou nunca mais falar comigo, não era pra levar a sério. Eu falo da boca pra fora, mas parece que daquela vez ele entendeu ao pé da letra.  Todos já havia me dado parabéns hoje, menos Harry, acho que eu estou perdendo as esperanças, melhor eu seguir minha vida, porque pelo jeito ele seguiu a dele.

...

O filme parecia ser engraçado, mas como eu não prestei atenção não sei explicar. Deixamos a Marie o Taylor em suas casas e seguimos a pé até a minha, o Tom dormiria lá hoje, eu não queria, mas ele pediu então eu não consegui dizer não. Acho que a única pessoa que eu queria estar junto essa noite era Harry. Entramos em casa e o Tom ficava me encarando.

- Você está muito quieta, o que aconteceu?

- Nada Tom, não é nada. – falei.

- Se você está assim por causa daquele... – eu o interrompi.

- Ele tem nome, e é Harry. – falei brava.

- Então é por causa dele? – ele me olhou bravo.

- Sim, não vou mentir pra você.

- Não acredito que você ainda pensa nele. – ele debochou. – E eu ainda tenho que ouvir isso que sou seu namorado.

- Olha ele foi meu melhor amigo desde sempre. – falei. – E eu esperava receber pelo menos um parabéns, não estou pensando nele como você está imaginando. – menti.  Era o  mínimo que ele podia fazer, o dia estava acabando e ele não me ligava, não mandava mensagem nem nada, eu liguei pra ele no aniversário dele, será que eu não importo pra ele? Ele falou que sentia minha falta, porque ele não falou comigo hoje ainda?

- Pra você ver como ele gostava de você, nem no seu aniversário te dá parabéns. – ele falou e eu já estava querendo chorar com tudo isso.

- Está bem Tom, chega! – falei meio alto. – Vamos subir que eu quero trocar de roupa. – falei e deixei ele lá e fui subindo mais logo percebi que ele estava vindo atrás.

Cheguei ao quarto e fui deixando minha jaqueta em cima da cama seguida da bolsa. Sentei e fiquei olhando o nada enquanto o Tom estava parado na porta sem dizer nada, olhei para janela e vi uma claridade vindo da ponte da minha casa, fiquei curiosa e levantei.

- O que foi? – O tom perguntou.

- Não sei, o que tem ali na ponte?

- Nossa de onde vem essa claridade? – estávamos sem entender nada. Ficamos olhando tentando enxergar e quando conseguimos, eu não acreditei. – Ah não acredito. – ele exclamou.

- Harry? – eu falei. Ele tinha colocado velas por toda a ponte de ponta a ponta.

- O que esse menino quer? – ele estava ficando bravo.

- Eu vou lá. – comecei a ir em direção a porta.

- Não, você não vai lá. – ele me segurou pelo braço.

- Lógico que vou, e você não vai me impedir. – falei.

- Olha aqui! – ele apertou mais meu braço o que machucou. – Você namora comigo e não com ele, e você vai ficar aqui.

- ME SOLTA TOM ESTÁ ME MACHUCANDO!!! – eu gritei, mas ele não me soltou e me jogou na cama depois e fez eu bater meu braço. – VOCÊ ESTÁ LOUCO? – eu falei indignada e ele pegou meu celular e ia saindo. – Onde você vai?

- Eu, vou lá em baixo na sala e você vai ficar aqui. – Ele pegou a chave e simplesmente me trancou no quarto.

- TOM, ABRE ESSA PORTA, PARA DE SER INFANTIL! – comecei a socar a porta, mas ele não me respondia. ÓTIMO! Meu namorado louco me trancou no quarto e agora eu não tinha como falar com o Harry. Estava em desespero e fui em direção a Janela e comecei a gritar o nome de Harry, mas ele não me escutava, estava muito longe.

...

Havia se passado uns 20 minutos e o Harry ainda estava ali, eu podia perceber que ele estava ligando, mas meu celular não estava comigo. Eu estava entrando em desespero quando tive uma ideia maluca. Eu iria pular a janela. Acho que tinha uns 3 metros do chão, não seria tão difícil assim, ainda mais tinha uma  arvore. Eu nem troquei de roupa, fui de vestido mesmo e a única coisa que eu peguei  foi minha bolsa, consegui me pendurar na arvore mas não tinha como descer depois daquilo, não tinha onde me apoiar.  Eu  olhei em direção ao Harry e ele não estava mais ali, merda. Pensei 3 vezes antes de pular, mas pulei. Cai que nem uma bosta no chão, mas não me machuquei, só doeu o braço que eu tinha batido quando o Tom me jogou na cama.  Sai correndo em direção a ponte e quando eu cheguei as velas ainda estavam acesas e eu olhei pro chão estava escrito: “Parabéns, eu te amo!”. Eu comecei a sentir um nó na garganta, uma vontade de chorar por não ter chegado a tempo de ver ele. Sentei no chão e comecei a chorar e pensar no quão idiota eu sou, no quão idiota eu fui aquele dia, era pra estar tudo bem entre nós, mas porque tudo tinha que dar errado? Por que ele não veio me explicar o que realmente aconteceu? A Marie falou que ele não queria, que foi culpa da Valentina, mas porque ele não me falou isso, porque ele não me procurou? Eu só precisava ouvir isso dele, só dele... e tudo estaria bem. Tudo hoje em dia poderia estar perfeito, eu não estaria com o Tom, e ele não estaria dentro de casa a esse momento podendo surtar a qualquer hora ao ver que eu não estava mais lá. Chorei  quieta sem solução alto por um bom tempo que eu acho que o estoque de lágrimas se esgotaram. Quando finalmente parei de chorar, eu olhei para o lado e vi algo se mexer atrás de uma arvore. Me levantei e fui andando devagar e quando cheguei mais perto, era ele. ELE AINDA ESTAVA ALI. Um sorriso se abriu imediatamente no meu rosto, eu corri mais um pouquinho chegando mais perto da árvore e  me virei pulando nele o que fez ele se assustar.

- Eu também te amo! Te amo muito, Harry. – falei abraçando ele.

- Você veio! – ele me afastou e me olhou.

- Vim, desculpa pela demora. Mas depois eu te explico. – falei me levantando. – Agora vem, temos que sair daqui.

- ir aonde, e porque? – ele falou confuso.

- Vamos onde nós sempre fomos quando você vem aqui em casa, ninguém conhecesse esse lugar e depois te explico porque, agora vem logo. – disse rindo e nós começamos a correr no meio do mato até chegar um lugar que só eu e Harry conhecíamos.