Capitulo 13

Alice POV.

 Se passou algumas semanas desde que eu briguei com o Harry de novo, e ele não me procurou, e eu também não ia procurar por ele.  Ele que tinha feito a burrada.
Desde aquele dia e eu o Tom ficamos mais próximos, não sei como, mas eu e ele estávamos conversando muito e era bom porque assim eu esquecia o Harry, não que ele me fizesse esquecer, mas eu não lembrava tanto assim. Tom havia ido em casa uma vez para um trabalho e minha mãe já estava estranhando o fato de o Harry não ter ido mais lá, consegui enrolar ela, mas logo teria que explicar caso a gente não se voltasse nunca mais a se falar. Nossa, só de dizer isso já me dá uma angustia e um aperto. Ah por que eu fui me apaixonar por Harry Styles? Porque?
Neste dia Marie não tinha vindo para a escola, ela ficou com febre na noite passada e sua mãe achou melhor ela faltar, e só foi eu e o Tom, e no final da aula eu tive uma surpresa, ele ME BEIJOU, sim... Do nada. Eu não estava esperando, e eu fiquei sem reação, parecia que tinha até alguém nos olhando, mas quando eu abri o olho não vi ninguém, mas senti um vulto que me arrepiou da cabeça aos pés, foi estranho, parecia que eu tinha feito algo de errado. Bom, eu acho que tinha feito mesmo. E vou falar a verdade, eu não gostei do beijo dele, juro! Não sei se eu ainda tinha na cabeça que o Hazza odiava ele e eu não devia beija-lo, mas não sei porque eu pensei isso, sendo que ele beijou a pessoa que eu mais odeio na vida, e eu nem quero citar o nome daquela vagabun**. Só de pensar eu já fiquei com raiva.
Bom eu estava indo embora sozinha para casa e eu vi o Harry na minha frente, criei coragem e fui falar com ele.

- Harry! – chamei e ele me olhou, mas simplesmente me ignorou. Ok, vou tentar de novo. – Harry. – novamente fui ignorada, corri um pouco conseguindo alcança-lo. – Harry, não me ignora, eu estou te chamando.

- O que você quer? – ele parou e foi extremamente seco.

- Eu que que-ue-ro conversar. – merda gaguejei.

- Não tenho nada pra falar com você Alice. – ele falou e voltou a andar.

- Temos sim. – eu meio que gritei e ele parou de costas.

- Por que  você não vai lá conversar com o Tom? – falou ainda de costas.

- Porque eu não quero falar com ele. – Meu olho se encheu de lagrimas de repente.

- Acho que você devia ir lá, ele não vai gostar que a ficantezinha dele falando com outro. – ele simplesmente me fitou com os olhos, parecia que ia soltar um laser e me acertar.

- Do que você está falando? – perguntei confusa, ele não poderia ter visto? Poderia?

- Não adianta fingir que não sabe, porque eu vi Alice. – ele virou o rosto. – Acho que você devia ir pra casa. – falou e saiu andando e eu fiquei parada. MERDA, NÃO ACREDITO QUE ELE VIU, POSSO CHORAR AGORA?

...

Se passou 3 meses e eu nunca mais falei com o Harry, hoje era aniversário dele e eu queria pelo menos poder dar parabéns.  Tenho uma notícia para vocês, é... eu e o Tom estamos namorando, sim isso mesmo! Ele me pediu à um mês e eu não vi saídas e aceitei namorar com ele, mas quer saber.. eu não estou feliz. Não sei até quando eu vou aguentar isso. Eu olhava pra ele e sabe quando você não sente aquele friozinho na barriga, borboletas no estômago, suas mãos não suam e você não pira? Pois é... e era só o Harry passar do meu lado na escola, nem que seja a 1000 metros de distancia, só de ver ele. Todos esses sintomas apareciam e eu não conseguia disfarçar até a Marie me dar um tapa e eu voltar a realidade. E ah, Marie também está namorando, ele se chama Taylor, mas não é da nossa escola.
Hoje eu estava andando sozinha pelas ruas de Londres, vim com a minha mãe, pois não queria ficar sozinha em casa, dei sorte por ser sábado e não ter aula. Quando eu olho e vejo Gemma, e agora? Me escondi atrás de um banco e ela não me viu, mas quando eu me virei, me esbarrei com a Tia Anne. Era só o que me faltava o Harry estar aqui também.

- Olá querida, quando tempo que eu não há vejo. Você se mudou para Londres e não me avisou? – ela falou toda animada, será que ela sabia do que aconteceu?

- Oi tia. – eu sorri. – Não, eu só vim com a minha mãe, questão de trabalho.  Ainda continuo morando em Chesire.

- Ah você sumiu. – ela diminuiu o sorriso. – Olha, eu sei o que aconteceu, e eu sei que vocês vão superar tudo isso. – ela passou a mão em meu rosto com um gesto de carinho e eu sorri pra ela.

- Eu espero. – abaixei a cabeça. – Bom, eu tenho que ir, daqui a pouco eu vou almoçar com a minha mãe. – Olhei para o lado e a Gemma chegou mais perto. – Oi Gemma. – disse e ela só me sorriu de volta, acho que ela também estava meio brava comigo, ou foi só impressão minha.

- Tudo bem querida, aproveite Londres. – ela foi se afastando e eu à chamei.

- Anne! – ela voltou a me olhar. – É.. Fala que eu desejei Feliz aniversário pra ele?

- É claro que eu falo. – Sorri pra ela e acenei um tchau e segui em direção ao trabalho da minha mãe.

...

O dia foi longo e cansativo, depois que nós almoçamos eu voltei a andar por Londres e comprei várias coisas, cheguei em casa e já estava escurecendo, olhei a tela do meu celular e lá estava a data “01.02.2010”, parecia que ela estava me chamando como “manda mensagem pra ele logo idiota” e eu não sabia o que fazer, enrolei, enrolei e fui tomar um banho, era bom pois eu podia pensar, mas não resolveu nada. Minha mãe chamou para jantar, mas não estava com fome, só que ela me obrigou. Durante o jantar estava um silêncio e eu estava precisando de ajuda e acho que a minha mãe seria a única que poderia me ajudar.

- Mãe. – me olhou. – Você acha que eu deveria mandar mensagem para ele?

- Olha filha. – ela suspirou. – Eu acho que se você tiver um pouco de consideração ainda, você não deveria mandar mensagem. – eu olhei  confusa pra ela. – E sim... ligar.

- Não! – falei. – Não tenho coragem.

- Liga, por mais que ele vá ser seco na ligação, eu tenho certeza que ele vai gostar.

- Tem certeza? – perguntei e ela me assentiu.

Minha mãe era a única que eu podia confiar, então resolvi aceitar o conselho dela e ligar, terminei de comer e fui para o quarto, amanhã acordaríamos cedo para voltar para casa e então não queria dormir muito tarde. Depois de me trocar, peguei o celular e fiquei olhando deitada na cama o teto, contei até 100 e disquei o seu número, chamou, chamou e ninguém atendeu, respirei fundo e tentei mais uma vez, se não atendesse eu não iria mais tentar, foi ai que eu escutei a voz dele.

Ligação Mode on.

- Alô. – falou.

- Ha-ha-rry? – seria bom se eu não gaguejasse né.

- Oi Alice. – meu coração devia estar saindo pela boca.

- Tudo bom? – perguntei com dificuldade, um nó estava na minha garganta.

- Tudo e você? – perguntou.

- Estou bem. – falei, e demorei um pouco pra raciocinar tudo isso. – Hm... eu sei que está tarde, mas... eu ... só queria dizer... Feliz aniversário.

- Ah! Obrigado. – e ele ficou mudo, eu já estava chorando por trás do celular.

- Então... tchau. – falei não querendo desligar o celular.

- Tchau. – eu respirei fundo e uma lágrima escorreu pelo meu rosto e quando eu ia deligar escuto ele me chamar. – Alice...

- Sim. – respondi meio desesperada e acho que ele percebeu, pois escutei um riso abafado o que me fez sorrir também.

- Obrigada por ligar. – eu sorri e fiquei quieta. – Sinto sua falta.

- Eu também sinto. – falei

- Bom, tenho que ir, minha mãe está me chamando.

- Tudo bem, eu vou dormir. Beijos.

- Beijos.  – ele desligou o telefone, e eu fiquei sorrindo que nem uma boba até que eu dormi.

Ligação Mode Off