Capitulo 12

Acreditam que minha mãe descobriu que o Harry dormiu em casa? É, agora que estou de castigo e só posso vê-lo mesmo na escola. Tudo culpa da mãe dele que resolveu ligar na casa do amigo que o Harry disse que iria dormir, e como já era de se esperar, ele não estava lá. Logo ela entendeu que ele estava em casa. No outro dia, ela apareceu furiosa lá e disse que queria falar com a minha mãe, eu e o Harry nos entre olhamos sem saber o que dizer e pronto, não precisou de mais nada pra ela entender que só estava EU e ELE lá.
E vocês já devem ter imaginado no que deu. A tia Anne ligou para minha mãe que quando chegou em casa, falou, tanta, mas tanta coisa pra mim, que eu estava quase chorando. Ela já estava pensando que nós tínhamos feito besteira lá, mas não. Nós não fizemos nada. Foi só filmes em baixo da coberta e dormimos. Afinal, eu tinha consciência né. Eu já sei de tudo isso e eu não iria fazer assim sem mais nem menos. Eu tenho 14 anos, e não é muito comum isso. Quer dizer, hoje em dia é bem comum, pois muitas meninas da minha idade já estão tendo filhos, mas eu não era assim, acho que eu era das antigas.

- Bom dia! – disse quando ele passou me pegar essa manhã.

- Bom dia! – respondeu, estávamos meio quietos por causa de tudo que aconteceu ontem.  Levamos a maior bronca.

O caminho e seguiu em silêncio até a escola, a Tia Anne que quis levar a gente agora não olhava para gente e nem falava nada, tudo bem... Eu sei que a gente devia ter falado, mas poxa, eles não iam deixar mesmo. Chegamos na escola e descemos, nem um “Boa aula” nós recebemos, mas tudo bem não é, o que podemos fazer? Já foi...
 
...

Já era final do período e eu só estava esperando o Harry sair para irmos embora, mas aquele menino estava demorando demais. Então encontrei Marie vindo correndo mais uma vez que nem aquela vez que ... vocês sabem. Não gosto de tocar nesse assunto.

- Ali, eu vi o Harry conversando com a Valentina de novo. – ela disse e eu já comecei a ficar puta.

Harry POV.

- Valentina, por favor. Me esquece. – eu dizia sem chances dela me deixar sair dali.

- Harry, você me usou aquele dia. E acha que vai sair barato assim?- ela falava.

- Olha, me desculpa. Eu nunca devia ter feito aquilo. – Eu fui tentar sair e ela e sua clones me fecharam, já ia pensar em usar a força pra sair dali, mas não queria machucar ninguém.

- Desculpas não vão curar o que você fez. Você sempre soube que eu gostei de você e usou isso.

- O que você quer? – perguntei por fim.

- Quero que você fique comigo e não com a Alice.

- Não, você já está me pedindo demais. – ela estava louca né? Trocar a Alice, por ela? Nunca.

- Então me beija agora. – ela meio que deu uma ordem.

- Valentina, pede outra coisa menos isso. – eu mereço? 

- Cadê o Harry que todos nós conhecemos? – ela perguntou.

- Ele mudou. – quando eu disse isso, eu não estava prestando atenção nela e sim se a Alice não apareceria por ali, seria o fim pra mim. E foi ali que ela me beijou inesperadamente, eu tentava afasta-la, mas ela insistia, e quando eu finalmente consegui tirar ela dali já era tarde demais a Alice estava nos olhando com lagrimas escorrendo em seu rosto. – Alice, não é o que você está pensando.

- Chega Harry, eu achei que depois desse tempo juntos você mudaria, mas não você fez isso comigo de novo.

- Eu mudei Alice, acredite em mim. – falei.

- Não, não mudou. – ela continuava chorando. – O que aconteceu ontem não significou nada para você não é mesmo? Como eu sou idiota.

- Não você não é idiota. Por favor, acredite em mim. Eu não queria fazer isso.

- Mas você fez. – ela me olhou e secou algumas lágrimas. – Por favor, nem fale mais comigo.  – ela se virou e saiu andando e eu puxei seu braço. – Nunca mais Harry, e me solta. – Ela se mexeu tentando se soltar e eu deixei ela ir.

Não acredito que nós brigamos de novo. Eu não queria que isso acontecesse, mas a Valentina iria pagar por isso, ah se ia. Olhei para trás e só estava a Marie, Valentina já tinha ido.

- Marie, eu... – não consegui terminar.

- Harry, você sabe que o que você fez foi errado. A Alice talvez possa nunca te perdoar, mas tenha esperanças. – quando ela disse NUNCA, parecia que o meu coração se desmanchou em 1000 pedaços.

- Mas eu juro, que eu não ia fazer isso. Ela me agarrou enquanto eu estava distraído e a Alice chegou bem nessa hora. – agora quem ia chorar era eu.

- Olha Hazza. – ela se aproximou de mim. – Tenta conversar com a Ali, se você quiser eu falo com ela. 

- Não precisa, acho que eu nunca mais terei a Alice de volta. – Abracei a Marie e uma lagrima se escorreu dos meus olhos.

- Não fale assim, afinal... vocês sempre brigaram, mas o amor de vocês vai falar mais alto sempre.

- E não sei... Eu amo ela. – sequei meu rosto e olhei pra ela. – Mas ela nunca disse em nenhuma de nossas brigas para eu nunca mais falar com ela.

- Calma, ela só falou na hora da raiva. Não é verdade isso.

- Eu espero, espero mesmo. – respirei fundo.

- Então, vamos. Eu vou te acompanhar até a sua casa. – ela sorriu pra mim.

- Obrigada Marie. – sorri fraco.

...

Mal consegui dormir a noite, estava pensando na Alice e em tudo. Contei para a Gemma o que tinha acontecido, e ela me ajudou falando que a Ali iria entender o que tinha acontecido. Nesse momento minha irmã era a única que podia me confortar. 
Acordei e tomei meu café como todos os dias, mas dessa vez sem animo algum. Me troquei e sai em direção a escola, estava pensando em encontrar a Alice na esquina me esperando como todos os dias, mas não estava. Nesse momento nem quis ir mais pra escola, mas se eu voltasse teria que explicar para minha mãe tudo o que tinha acontecido, então resolvi continuar meu caminho.
Entrei na sala e vi que o lugar que ela sempre sentava estava vazio. “talvez ela não viesse na escola” pensei comigo, mas assim que levantei a cabeça para olhar a sala inteira, ela estava lá... sentada em um canto conversando com o Tom. Me deu uma vontade de ir lá e tirar ela perto daquele filho da pu**, mas eu fiquei na minha.

...

Os outros dias se seguiram assim, Alice não sentava do meu lado, não falava comigo só com o Tom e com a Marie, e não me esperava mais para ir pra escola. Ou seja, eu estava sozinho, com os meus outros amigos, mas não era a mesma coisa do que estar com ela. Eu sentia sua falta, e não estava aguentando mais. Já se fazia algumas semanas que estava assim, e hoje eu tomei coragem para ir falar com ela, e foi aí que veio a BOMBA. Quando eu cheguei perto dela, eu há vi beijando o Tom. Nossa, ela me amava tanto que não durou nem UM mês para estar no braço de outro.