Capítulo 11.

Desde aquele dia louco de brigas e tudo mais eu tinha “voltado” com o Harry, já se passou um ano, não era bem um namoro, não sei se podia chamar assim, porque não houve pedidos e tudo mais, mas nós não beijamos ninguém nesse período. E o Tom? Bom ele me entendeu, e disse que ele ia esperar eu me cansar do Harry. Acho que ele vai ter que esperar um pouquinho então. E ah a  Valentina está me odiando mais do que ela sempre odiou, afinal o Harry largou ela e foi atrás de mim e no outro dia nem olhou na cara dela. Achei errado da parte dele, ele só a usou. Mas vai tocar nesse assunto com ele, capaz dele não olhar mais na sua cara, então resolvi deixar quieto.

Era um dia comum como todos e então fui embora com Harry como todos os dias, mas hoje a Marie foi conosco até um certo pedaço do caminho, incrível como morávamos todos pertos. Só minha casa queria ser no meio do mato, apesar de não ser longe também. Mas os quarteirões dali eram grandes, não eram como no Brasil. E por falar em Brasil, agora eu já não me lembrava de mais nada, nem como eram meus parentes. Parecia que todos haviam sumido do mapa e ligações eram muito caras, então acabamos sumindo e só era eu, minha mãe e desde que mudamos o Harry também que mais fica em casa do que eu mesma. Cheguei em casa e avistei um bilhete na geladeira quando larguei minha coisas na mesa da cozinha.

“Filha, hoje eu vou ter que ir para Londres e provavelmente dormirei lá. Você ficará bem? Tente ver com a Marie se você pode dormir lá e nada de Harry está em ouvindo? Me liga assim que ler esse bilhete”

Comecei a rir quando li o que ela falou sobre o Harry, mas logo peguei o telefone e disquei o numero que estava pendurado ao lado dele. Minha mãe atendeu rápido e me avisou que teria que dormi lá mesmo. Pediu para eu ficar na casa da Marie como ela havia dito no bilhete e eu menti falando que já tinha conversado com ela e estava tudo certo de eu ficar lá. Eu sei que não é certo, mas quando eu vou ver ter outra oportunidade dessas com 14 anos? Nunca.
Encerramos a ligação depois da minha mãe ter me dado um monte de orientação e ter falado que não era pra eu ficar na casa do Harry umas 300 vezes. Logo depois liguei para o Harry.

Ligação Mode On

- Alô. – Era a Gemma.

- Gemma, o Harry está?

- Como sabe que sou eu? – perguntou e riu. – Sim ele está.

- Já reconheço sua voz né. – eu ri. – Pode chamar ele pra mim?

- Sim, ele está do meu lado lutando para pegar o telefone. – ela riu e passou para ele.

- Oi Ali. – senti sua respiração ofegante.

- OI Hazza. – sorri automaticamente.

- Espera um minuto. – ouvi passos e porta se abrindo. – pronto.

- O que você foi fazer? – perguntei.

- Nada só sai aqui fora para ninguém escutar a conversa. – ele riu. – Quando eu digo ninguém, eu digo a Gemma.

- Entendi. – ri também.

- Então, o que você quer falar? – ele perguntou me lembrando do porque eu liguei.

- Ah. – exclamei. – Então, eu cheguei em casa e minha mãe deixou um bilhete dizendo que foi para Londres e vai ter que ficar por lá, então você não quer vir ficar aqui comigo? – perguntei.

- Ficar ai? Tipo dormir?

- É. – falei envergonhada, ainda bem que estava por trás do telefone. – Se você quiser, porque se não eu dou...-  Ele me interrompeu.

- Eu vou sim. – eu sorri novamente. – Vou arrumar minhas coisas e daqui a pouco eu estou ai.

- Tudo bem, estou te esperando. – eu ia desligar o telefone mas antes o chamei. – Harry.

- Sim. – respondeu.

- Minha mãe não pode saber, então não conte nada a sua mãe de que ela não está aqui. – ele riu.

- Não vou falar. – falou. – Eu já não ia falar mesmo, senão ela não deixaria eu ir.

- Verdade. – ri junto. – Então até daqui a pouco.

- Até.

Ligação Mode Off.

Encerrei a ligação e fui ao meu quarto tirar a roupa da escola. Desci na sala e fiquei esperando o Harry. Liguei o rádio e estava tocando uma musica nova que eu amava “Into your Arms – The Maine” Fiquei ali cantando e quando ela finalmente acabou alguém bateu na minha porta. ME levantei e fui até lá.

- Quem é? – perguntei para me certificar antes.

- Quem você acha. – era a voz dele, imediatamente eu abri e ele estava parado com sua mochila nas costas, com um sorriso lindo no rosto me encarando.

- Tinha que me certificar né, vai que seja um ladrão. – Fui até ele e dei um selinho rápido e logo o puxei para dentro.

- Então quer dizer que a Tia te deixa sozinha assim. – ele riu e se jogou no sofá e eu me sentei ao seu lado.

- Acho que deve ter acontecido alguma coisa no trabalho e ela teve que ir. – falei e ele se aproximou de meu rosto e me deu um beijo intenso, parecia que estávamos a dias sem nos ver. – hmm. – interrompi.

- Oi. – ele sussurrou ainda me dando vários selinhos seguidos me fazendo sorrir.

- O que vamos fazer? – perguntei me afastando.

- Não sei. – ele me olhou maliciosamente. – Com esse tempinho frio que está fazendo hoje que tal ficarmos agarradinhos embaixo da coberta vendo filmes até enjoar. – ele me puxou para o colo dele me fazendo cócegas.

- Tudo bem, então vamos para a cozinha dai já levamos tudo lá para cima, porque eu não quero ficar descendo. – me levantei e estiquei a mão para ele.

- E do jeito que essa minha gorda come. – ele riu e eu sorri ao ver que ele me chamou de “minha” e nem liguei para o gorda. Ele nunca tinha me chamado assim em todo esse tempo. É, eu amava esse idiota do Harry Styles que me fez sofrer durante três anos até realmente ficarmos juntos de novo.

- Sua gorda come mesmo. – falei dando ênfase em “sua”. Ele pegou em minha mão e fomos em direção a cozinha.