O Arco De Apolo escrita por Ju Stylinson


Capítulo 2
Ogros fedorentos de seis braços me atacam


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!
Tudo bem com vocês?
Gostaram da capa? É assim que eu imagino a Holly. Depois falem o que acharam (ou não) ai embaixo.
Esse capítulo é dedicado a nandabatata e Neverland que me mandaram reviews. Amei o review de vocês duas! Se não fosse por vocês acho que o próximo capítulo só sairia mês que vem mais ou menos. Amo vocês lindas!
Espero que gostem desse capítulo :3



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Mil perguntas ainda rodeavam minha cabeça quando saímos correndo da sala do ex-diretor ciclope em direção ao lado de fora da escola seguidos pelo Sr. Portner.

Depois de literalmente atravessar a escola inteira, chegamos à entrada.

- Bom, é aqui que me despeço. – disse o Sr. Portner entregando a Marcelo uma chave. – Tome sátiro. Essa é a chave do meu carro. Boa viagem até o acampamento meio-sangue.

- Você vai ficar bem? – perguntei a ele.

- Ele vai sim. – disse Marcelo com uma cara séria. – A única pessoa que corre perigo aqui é você.

- E meus pais? Como eles vão ficar? – Na minha vida miserável, Melissa e Robert Streker eram coisas boas nela. Eles sempre fizeram de tudo por mim. Toda vez que nos mudávamos eles tentavam de tudo para que eu me adaptasse ao lugar. Mesmo nunca dando certo, eles nunca desistiram de tentar. Eles eram pais perfeitos.

- Eu aviso a eles que você foi ao acampamento. – disse o Sr. Portner. – Melhor vocês irem. O meu carro está na ala oeste do estacionamento.

- Obrigada. – disse e abri um sorriso para ele. – Por tudo.

- Só fiz o que eu devia fazer. Melhor irem logo.

Dei um abraço nele e sai correndo junto com o menino bode para a ala oeste do estacionamento da escola. Mal eu sabia que aquela seria a última vez que veria o Sr. Portner.

A ala oeste do estacionamento da escola estava literalmente deserta, exceto por um carro que estava ali.

Ele só pode estar de brincadeira. – pensei.

O carro estava caindo aos pedaços, literalmente. Um dos retrovisores estava quebrado, o carro tinha amassados por toda parte e estava muito sujo que mal se conseguia enxergar o que tinha dentro do carro escrito no vidro de trás “lava-me”.

Fomos em direção ao carro.

- Bem, entre Srta. Streker. – disse Marcelo abrindo a porta para mim tentando disfarçar o pânico que eu conseguia ver em seus olhos.

- Pode me chamar de Srta. Valentine. – Eu nunca tinha dito meu sobrenome de verdade para ninguém, mas eu sentia que podia confiar em Marcelo. Sim, meu sobrenome de verdade é Valentine. Brega, não é? Vocês devem estar pensando “e como ela sabe disso?”. Bem, no dia em que eu fui deixada na frente da casa de Melissa e Robert junto do cordão vinha um cartão escrito “O nome dela é Holly. Cuidem bem da minha princesinha. Ass.: Katrine Valentine”. Essa é a única informação que sei sobre minha mãe biológica: seu nome. Em todos os lugares que morei sempre procurei por ela, mas nunca a encontrei. Esse bilhete só me faz querer saber mais sobre ela.

- Então, entre Srta. Valentine. – disse Marcelo ainda em pânico. Sei que ele não queria me apressar, mas era muito óbvio que era nisso que ele estava pensando.

Entrei no carro. Ele cheirava a peixe podre com leite estragado e tinha um sanduíche mofado lá dentro. Quase tive vontade de vomitar.

- Tudo bem. – disse Marcelo se sentando ao volante. – Vamos ao acampamento.

Ω Ω Ω

Depois de aproximadamente uns cinco quilômetros de silêncio total, liguei o rádio. Tocava uma música que nunca ouvira antes, mas era tão boa que não resisti e comecei a cantar.

- Nossa! – disse Marcelo “surpreso” – Você canta muito bem Holly!

- Hãn... Obrigada. – disse nervosa. Era a primeira, primeira, vez que cantava na frente de, bem, alguém. Nem pros meus pais adotivos eu havia cantado ainda. Às vezes gravava alguns covers, mas nada de mais.

- Gostei do seu cordão. – disse ele apontando para o cordão. Não sei por que, mas eu tinha a impressão de que Marcelo sabia que não era apenas um cordão. Por precaução eu não contei. Não iria chegar pra ele e dizer “também gosto, e se eu pressioná-lo quando estou correndo perigo de morte ele magicamente se transforma em um arco que solta flechas de luz”.

- Eu ganhei de presente dos meus pais adotivos. – disse segurando o pingente de sol dando um sorrisinho.

- Ah! – Marcelo disse e depois suspirou. – Legal.

Aposto que ele sabia que meu cordão era mais do que isso, mas quando disse “adotivos” ele perdeu as esperanças.

Ficamos completamente em silêncio até chegarmos à base de uma colina.

- Bom, chegamos. Só precisamos subir a colina para entrar em zona protegida. – disse Marcelo dando um sorriso torto para mim. Era um sorriso de alívio. – Só acho estranho nenhum monstro ter nos atacado ain...

Ele mal terminou a frase e o azar começou. Em volta do carro, da terra, surgiram aproximadamente oito ogros de pelo menos dois metros de altura com seis braços cada um.

- O que... são.... essas... coisas? – perguntei espantada e logo depois tapei meu nariz. Imagine agora o cheiro do maior lixão do mundo junto com o maior esgoto do mundo. Era exatamente esse cheiro que eu sentia.

- Só digo uma coisa: Corr...

De novo o menino bode não conseguiu terminar a frase. Logo os ogros que saíram da terra, (Lembrei o nome! Nascidos da terra era o nome deles) jogaram o carro pra longe, pelo menos a uns dez metros de distância deles fazendo-o capotar.

- Ai. – gemi. Estava sentindo dor, mas não uma dor insuportável. Digamos razoável. Eu devia ter quebrado uma das pernas, mas não é nada que não tenha acontecido comigo antes tirando o fato que foram ogros fedorentos surgidos da terra que tacaram o carro e no motorista estava um menino metade bode. – Agora que esses monstrengos vão se ver comigo.

- Hãn... – disse Marcelo confuso. – Ah! Deixa eu te dar uma mãozinha.

Na verdade ele me deu mais um casco de bode do que uma mão. Ele deu um coice no vidro da frente que se partiu.

- Valeu menino bode. – disse e dei um sorriso fraco. Pelo menos consegui dar um sorriso, porque com um carro te esmagando fica difícil. – Os distraia. Eu cuido do resto.

- Beleza. – disse Marcelo saindo do carro.

De dentro do carro capotado que agora estava perfeitamente acabado, não se dava para ver muito, mas podia ouvir a batalha.

- Ei seus idiotas! Nem sei o porquê de Gaia ter trago vocês à vida, não servem pra nada além de feder!

Ok, essa é minha deixa.

Sai do carro o mais rápido que pude. Uma vez ou outra esbarrei a minha perna machucada. Contive-me para não gritar. Você consegue Holly, você não é fraca, sabe se cuidar – disse a mim mesma na minha mente.

Consegui sair do carro. Marcelo estava a, pelo menos, um metro de distância até ser alcançado pelos Nascidos da Terra.

Por favor, cordão mágico vire um arco agora. Estou precisando da sua ajuda. Olhe eu aqui falando com um cordão. Sim eu sou louca e me orgulho disso.

Como eu esperava o cordão se transformou em arco e rapidamente lancei uma flecha em um Nascido da Terra que se desfez.

Marcelo aproveitou e saiu correndo colina acima, provavelmente para pedir ajuda.

Fiz isso com outro e mais outro. Dois, quatro, seis... Faltavam apenas dois. Apenas dois ogros imundos para eu matar com minhas flechas de luz. Credo! Eu pareço louca falando isso.

Quando estava prestes a lançar mais uma flecha, crente que tudo estava prestes a terminar, um Nascido da Terra surgiu bem ao meu lado me lançando para longe.

Minha cabeça bateu em uma árvore e eu cai no chão, dessa vez não apenas com uma perna dolorida, mas um corpo inteiramente dolorido. Meus olhos ameaçavam a fechar, mas tentava permanecê-los abertos e recuperar minhas forças para levantar.

 A última coisa da qual me lembro de eram algumas pessoas com uma camisa laranja e um dragão atacando os Nascidos da Terra enquanto alguns chegavam perto de mim me dizendo que ia ficar tudo bem.

Logo depois desmaiei.


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Notas finais do capítulo

Então gente?
Gostaram? Não?
Me ajudem ai, essa é minha primeira fic de PJO e tô meio que sem inspiração. Toda ideia é bem-vinda!
Então... A gente conversa ai embaixo.
Beijos e até o próximo chaper!



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