Capítulo 7

POV MICHELE

Bem, como eu disse teríamos o dia inteirinho para conversar. Talvez eu revele o perigo que ela corre e coisas mais. Mas para isso preciso do consentimento da minha tia.

Vocês sabem pouco da minha tia, ou talvez nada né. Então irei começar a descrever. Minha tia se chama Georgia, ela já é uma senhora para falar a verdade. Mas é uma pessoa que sabe magia como ninguém e também foi a minha mãe. Como eu já contei, minha mãe morreu quando eu nasci e então vim a morar com a minha tia Georgia e meu pai Nathanael.

Georgia nunca foi má comigo, pelo contrário, eu a adorava e ainda adoro! Senti-me mal por ter que deixa-la sozinha em casa; os tempos estão difíceis e a qualquer hora podem invadir a casa e raptar minha tia. Não vejo motivo né, mas pelo que ela me contou, tinha bastantes inimigos na adolescência. Mas se qualquer coisa acontecer a ela eu não irei me desculpar.

Meu pai sempre foi uma pessoa calma, mas após a morte da mamãe ele se revoltou e não é calmo como minha tia dizia que ele era. Tia Georgia me disse que a minha mãe morreu por complicações no parto, mas assim como eu, meu pai duvidava muito que fosse apenas um acidente e jurou que encontraria o culpado ou a culpada.

Eu, sempre fui uma pessoa estudiosa que sempre me saía e ainda saio bem nos exames. Desde os quatro anos estudo na “Academia para bruxos”. Porém esse é meu primeiro ano estudando em um colégio normal. Tive que me preparar bastante para poder ser a nerd de sempre, mas essas matérias são bem difíceis! Prefiro matérias como: Poções, Feitiços e História da Magia. Coitada da Laila,estudou todos esses anos em escolas normais para que? NADA! Ela vai estar bem atrasada nas matérias da Academia e eu terei que ajuda-la.

Toda nossa família vem lutado por anos, as vezes eu me pergunto: Essas lutas nunca acabam? Tia Georgia disse que talvez acabe um dia, mas sempre o melhor bruxo do mal deixa um herdeiro. E o herdeiro chega a ser mais forte. No caso de Violet, ainda não se sabe se ela deixou um herdeiro por isso se ela for capturada antes de ter um filho estaremos livres de lutas.

– Não temos nada para fazer toda essa semana! –disse Laila

– Você que pensa! Margarete disse que você pode ir para a minha casa essa semana e quando voltarmos você retoma às aulas. Isso não é ótimo?

– Hm... Não sei...

– Como assim não sabe? Minha tia é bem legal e você vai gostar de lá. É um ótimo lugar para esquecer um pouco os acontecimentos ruins.

– Vai ser um pouco difícil para eu esquecer isso em uma semana, Mi.

– Eu não falei que você vai esquecer em uma semana! Eu falei que isso vai ajudar um pouco.

– Tudo bem, tudo bem. Eu irei, quando partiremos?

–Quanto mais cedo melhor, não acha? Mas não será hoje, mas sim amanhã de manhã.

– Ok. Depois irei arrumar minha mala.

– Preciso ligar para minha tia, ela mandará um carro para nos buscar amanhã.

– Você acha que ela vai concordar em deixar eu ficar na casa?

– Mais é claro! Bem, você não conhece minha tia mesmo! –disse rindo-

– Mas é claro que não, eu nem sequer a vi.

– Bem Mi, como a gente só irá partir amanhã, o que iremos fazer hoje?

– Bem, eu não sei. Mas vamos descer para comer alguma coisa. Minha barriga está roncando!

–Tudo bem, vamos!

Laila não é mais como antes e eu sei que é por causa dos pais, mas acho que ela não pode ficar choramingando todas as noites (sim ela chora todas as noites), por isso que irei leva-la para minha casa. Tomara que ela fique bem lá e esqueça isso.

Descendo as escadas para ir ao refeitório Laila parece meio tonta e vou ajudá-la

– Laila, o que está acontecendo com você?

– Mi, não se preocupa, eu estou... –disse meio pálida e logo desaba no chão.

– Laila! Laila!

Vejo uma menina alta e ruiva passando e peço para ela me ajudar a levantar Laila. Assim que conseguimos a levamos para a enfermaria.

– Ela vai ficar bem, só precisa de um descanso – disse a amigável enfermeira.

– Que bom! Mas quanto tempo? E o que levou ela a desmaiar?

– Calma! –ela disse rindo– Bem, amanhã de manhã ela já pode sair daqui. E respondendo a ultima pergunta, eu realmente não sei, foi estranho. Mas eu fiquei sabendo que os pais dela morreram e ela deve está muito abalada.

Concordo e saio da enfermaria. Fico quase o dia todo na biblioteca sozinha, já que também não tenho amigas aqui. Assim que termino de fazer algumas pesquisas vou direto para a enfermaria ver Laila.

Chegando lá a vejo sentada na cama conversando com a enfermeira (que ainda não sei o nome). Aproximo-me e a enfermeira sai.

– Oi Mi, que bom vê-la! – disse ela sem aquele rosto pálido que eu vira há algumas horas. E até parecia mais alegre.

– Nossa! você parece bem melhor! É incrível – digo dando um largo sorriso

– Sim, é verdade! Eu estou impressionada comigo mesma. Até me sinto mais forte.

– A enfermeira disse que você poderá sair daqui amanhã de manhã. E nós iremos partir para a minha casa.

– Nossa, é mesmo! Preciso arrumar minhas malas!

– Eu arrumo para você! Você só poderá sair de manhã, então pode deixar comigo.

– Obrigada. Não sei o que seria de mim sem você – disse me dando um abraço

– Bem Laila, tenho que subir. Irei editar algumas pesquisas minhas e arrumar nossas malas! Tchauzinho.

– Ah, tudo bem. Até amanhã.

Subo as escadas, pego minhas chaves e entro no quarto. Senti um clima pesado naquele quarto, uma força estranha...maligna. Mesmo assim não hesitei, iria até o fim aconteça o que acontecer.

Continuo fazendo minhas coisas, esperando que algo de estranho aconteça.

– Olá senhorita Drummond – disse uma voz fria e masculina.

Gelei na hora, não sabia se me virava ou não, mas me virei e vi um belo homem de cabelos castanhos e olhos escuros. Vestia-se formalmente.

– Ér... oi. Quem é você? –digo

– Não precisa ter medo. Não farei nada com você hoje.

Ele disse HOJE não foi? Com certeza é algum enviado da Violet.

– O que você quer? Você é algum enviado da Violet!

– Ah sim! Sou sim enviado da Senhora Violet, no caso mensageiro. E estou desarmado, como pode ver, não há varinha alguma aqui.

– Se é mensageiro, diga a mensagem.

– Senhora Violet quer um acordo com a senhorita... é hum... – Ele pega um papel e diz – Ah, Laila Drummer.

– Fique sabendo que qual for esse acordo, Laila não irá aceitar.

– A resposta cabe a ela, não á você minha querida mas, eis aqui uma carta da Senhora Violet. – E entrega-me a carta.

Pego a carta,mas não abro e olho para o tal mensageiro.

– Tenho outras cartas para enviar, até logo!

E... PUF! Desaparece.

Nossa! como os mensageiros estão evoluídos! Minha tia disse que antigamente os mensageiros vinham de vassoura.

Mas, o que será que está escrito nessa carta? Deixarei para ler depois, estou muito cansada. Pego a carta e ponho na mala.

Arrumo minha mala e depois a mala de Laila, logo depois desabo na cama.