Meetings in Our Holiday escrita por Machene
Cap. 7
Com Quem Comemorar o Natal?
Já nas vésperas do Natal, Hilary e as amigas estão prestes a voltar para as suas casas nos primeiros aviões disponíveis do dia após este. Enquanto muitas das ruas de Londres estão lindas enfeitadas e com ainda muito tumulto pelas compras dos presentes de última hora, Kai resolve fazer uma festa.
...
– Mas uma festa? Você quase nunca fala nada, por que decidiu comemorar o Natal Kai?
– Eu não posso? – cruza os braços, um pouco vermelho.
– Ah Tyson, deixa! É bom ver o Kai se socializando para variar, e o Natal é uma época festiva. – Max sorri.
– Ok. Só achei estranho quando ele nos ligou convidando.
– Mas as meninas estão demorando um pouco, não é? – Ray comenta, observando o relógio da praça.
– Quando elas disseram que vinham Daichi?
– No horário que você me mandou marcar... – responde a Kenny – cinco horas. Chegamos aqui uma meia hora depois...
– Elas devem estar ocupadas com a bagagem.
– Você parece meio mal por causa disto Max.
– Ah Ray, é que eu, sinceramente, gostei muito mesmo da Melissa e não queria que ela fosse embora.
– Olha só, Max, logo você arranjando uma namorada? – Tyson põe o seu braço ao redor do pescoço do amigo – E era porque dizia antes que não conseguia arranjar a garota certa!
– Já contou para ela o que você sente? – Daichi também se intromete, sorrindo maliciosamente como Tyson.
– Não... – envergonha-se – Mas mesmo que eu diga, não posso impedir ela de ir embora!
– Isso é verdade. – Chief concorda – Nós só encontramos com elas porque, por acaso, estão de férias.
– Eu não acho que foi por acaso. – interrompe Ray, se virando aos que o encaram – Não é que eu acredite em coisas pré-destinadas ou algo assim, mas pensem bem... Todas elas se conheceram por acaso conversando on-line e estavam com problemas iguais com garotas que nós também conhecemos.
– Realmente, se for para observar desse jeito é um pouco estranho. – Tyson coça o nariz.
– Elas estão chegando. – anuncia Kai quando as seis vêm em suas direções correndo.
– Nossa, desculpem... – Melissa começa, tomando fôlego como as outras – Nós estávamos marcando reservas.
– No aeroporto? – Daichi resolve confirmar.
– Sim. Do contrário não íamos pegar um bom horário.
– Olha quem diz... Você que se esqueceu de nos agendar.
– Mas qualquer uma de vocês poderia ter feito isso, não?
– Certo, Diva, pelo menos você ligou! – Salima a segura enquanto Hilary fica entre ela e Keilhany.
– Então, vamos para onde? – o corado Kai olha Kailane.
– Vocês podem escolher, eu não gosto muito dessas festas.
– Ah é? – Hilary ignora o curioso clima entre eles – E que tal então irmos andar para procurar?
– Como foi gastar em todas as lojas de Londres nas férias inteiras e não se lembrou de comprar os presentes de Natal?
– Ora, eu nunca mais comprei para ninguém por que não comemoro festas de ano faz tempo!
– Tudo bem Hilary. – Melissa segura o braço da garota – É que são presentes de última hora; podem nos acompanhar?
– Por mim tudo bem. – Ray, Daichi e Max falam juntos. Mesmo sem dizer nada, Kai concorda.
– E você Tyson? – Kenny encara sorrindo o rabugento.
– Certo, vamos logo para terminar cedo.
...
Hilary e Salima param com Tyson e Ray na última loja aberta de uma rua frente ao parque onde se encontra a árvore cheia de luz londrina, carregada de bons presentes de oferta às crianças carentes. Logo ao verem as lembranças do lugar as garotas chamam os outros distraídos com a vista.
– Olha só Hilary, não era bem o que você queria? – lhe estende um par de luvas azuis de um cesto.
– É sim Melissa. Tem um par para você também.
– Ótimo, e estas luvas são a cara dele, não é?
– A cara de quem? – Max chega do nada perto delas.
– De ninguém! – elas respondem em uníssono e rindo.
– Ei Max, vem aqui ver isso! – chama Tyson.
– Já vou. – afasta-se e abre espaço para que elas suspirem.
– Ah Talia, o bonequinho daquela prateleira é bem o seu tipo de presente, você não acha?
– Tem razão Salima! Ele é perfeito! – tira-o da estante.
– Esse agasalho é bom. Será que eu compro?
– Compra Diva, aproveita a promoção! – indaga Salima.
– Eu vou levar o cachecol. – Kailane segura o acessório no ar e coloca sobre o balcão da vendedora – Então, é para hoje?
– Certo sua resmungona, já vamos! – Melissa suspira e as outras levam seus presentes para o balcão.
– Os meninos parecem um pouco entediados. – Hilary os olha de longe e ri junto das amigas. Kailane sai de perto e vai até uma prateleira num canto, com caixas de presente.
– Salima? – ela se vira, segurando sinos em uma mão – É de se imaginar que não conseguiu achar nada que te agrade, não é? – olha para a fita vermelha com ela.
– Deu para perceber, foi? – se afasta dos objetos.
– Qual o problema? Andou dando conselhos a todas, mas quando se trata do seu presente não consegue decidir por si mesma? – solta um leve sorriso enquanto sussurra.
– E o que eu posso comprar? – ambas viram aos rapazes, conversando e rindo sobre algo do outro lado – Vocês já estão mais acostumadas com esse tipo de coisa!
– Se continuar assim não vai escolher nada até amanhã!
– Desculpe... Será que este colar serve? – segura os dois pingentes – Olha, ele se divide em dois!
– O símbolo chinês de equilíbrio, é? Interessante...
– O que você acha? É algo muito bobo?
– É diferente. Não posso opinar mais do que isso, já que quem tem que resolver é você mesma.
– Tudo bem, então eu vou comprar ele mesmo.
...
Durante a comemoração por parte das garotas, quando estão todos ajudando no preparo do almoço na véspera de Natal, Max e Melissa saem para comprar algumas coisas que faltam no mercado ali perto. Rindo, conversam até saírem da padaria, quando ela passa a frente e um grupo chega perto.
– Olá linda, você está sozinha? – um deles sorri para ela.
– Não, então saiam de perto de mim!
– Que nervosinha... Mulheres assim me agradam! – outro responde – Quer dar um passeio com a gente?
– Já disse que estou acompanhada. Vão embora!
– Mas vai ser tão rápido. – tenta segurar seu braço.
– Ei! – Max aparece detrás dela, segurando uma sacola de compras – Saiam de perto dela!
– Droga... Vamos embora! – um sussurra e o grupo sai.
– Tudo bem com você? – toca seu ombro – Melissa?
Antes que escute resposta, larga sua sacola no chão para segurá-la nos braços bem na hora em que a garota desmaia. Sem perder tempo, Max volta para o apartamento.
...
– Ah... Que dor de cabeça... – toca a testa e abre os olhos.
– Você acordou! – Max senta ao seu lado na cadeira perto da cama – Que bom; todos estavam preocupados!
– Max? – senta com a ajuda dele – Como vim parar aqui?
– Você desmaiou na frente da padaria, não lembra?
– Desmaiei? – volta a encará-lo – Ah, os remédios...
– Remédios? – estranha – Que remédios?
– Os que eu tomo. Desculpe, me esqueci de falar, mas eu sou portadora de Miastenia Grave. – sorri diante da cara espantada dele.
– E por que não me contou quando nos conhecemos?
– Não queria te assustar. É que todo mundo me trata só como uma doente fraca, então eu não gosto de comentar.
– Mas você podia ter tido um problema sério!
– Acho que sim... Mas não é a primeira vez que acontece, e isto é só por causa dos remédios, então eu vou ficar bem.
– Tem certeza? – ela assente com a cabeça e ele sorri – Ufa, que bom. Eu fiquei mesmo assustado! – toca o peito. Ela acaba levando um susto e chama sua atenção – O que foi?
– Disse que se assustou por minha causa?
– Claro! Por quê? Não era para me assustar? – Melissa não responde, ao contrário. Rindo, força-o a rir sem perceber.
Continua...
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