Addicts - Repostada escrita por whatsername, whatsernamebeta


Capítulo 7
Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Mais um, obrigada pelos comentários,continuem deixando-os!
Boa leitura



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POV Bella


Mais uma noite sem dormir plenamente, o que roubava meus pensamentos era a raiva com a qual Edward tinha me olhado, procurava em minha mente um motivo, mas não o encontrava.



Mal me arrumei para o colégio, estava tão triste e confusa que me faltava animo para escolher alguma roupa, apesar de que eu nunca liguei para isso.



Como hoje é segunda, eu e Edward teremos aula de biologia juntos, cogitei a ideia de que ele quisesse me ver depois de um fim de semana, mas não, eu estava enganada, Edward queria distancia de mim. Essa conclusão me despedaçou.



Passei pela cozinha, e vi minha mãe e meus irmãos comendo tranquilamente, daria

tudo para que meu pai estivesse fazendo parte daquela cena. Não queria ficar mais triste, me sentei e tomei meu café enquanto ouvia minha mãe dizer o quanto estava otimista com o novo tratamento. Quando vi que estava na hora de ir para a escola, peguei minha mochila e a chave de minha camionete, despedi de minha família e fui para o eminente clima estranho entre mim e Edward.



Como de costume quando cheguei na aula de biologia Edward já estava em seu lugar, com a cabeça baixa. Sentei-me ao seu lado, e lhe lancei um simples "bom dia”, não obtive resposta, ainda mais confusa peguei meus materiais, assim que o Sr. Banner entrou na sala, Edward levantou seu rosto, e pronunciou algo que não pode entender, meus olhos estavam focados no quadro negro em minha frente, não ousei olhar para o lado.



Fiz o exercício sozinha, mesmo sendo para ser feito em dupla, preferi eu mesma fazer e colocar o nome de Edward, era fácil, assim que terminei, entreguei a atividade.



Sei que não deveria fazer, mas Edward estava até agora na mesma posição, ele estava muito estranho, mas decidi por fazê-lo: mandar um bilhete por debaixo da mesa.



Está com algum problema? Preocupada.

Bella


Escrevi com minha caligrafia ridícula. Cutuquei ele nas costelas, senti ele contorcer, e joguei o papel debaixo da mesa, vi ele o lendo, não consegui ler seu rosto, sem animo ele pegou uma caneta e começou a escrever, minutos depois vi o papel em minha mesa.


Nada com que você precise se preocupar.

Edward


Ele escreveu com uma letra impecável, mas sua resposta era tão evasiva, eu sabia que ele estava daquele jeito por minha causa. Não ia desistir:


Te fiz alguma coisa ontem? Te deixei com raiva?

Bella


Mandei para sua mesa novamente o papel, ninguém tinha percebido nossa troca de bilhetes. Edward parecia ter escrito muito pelo tempo que ele levou para me devolver, mas não, ele tinha escrito pouco demais, descrição demais:


Intervalo.

:X

Edward


Enquanto esperava pelo intervalo, eu tentava imaginar as possíveis explicações que Edward poderia me dar, não cheguei a nenhuma.



Quando o sinal tocou, tanto eu como Edward voamos para fora de sala, fui à frente, me apressei e me sentei e logo senti sua presença ao meu lado.



Silêncio. Um silêncio desconfortável. Podia ouvir as vozes vindas do pátio da escola.Como nos outros dias, Edward tinha um cheiro desagradável, se não me engano; maconha.



“Não sabia que você tinha namorado.” Ouvi Edward falando, mas ele estava falando comigo? Eu não namorava.



Levantei meu rosto e olhei em sua direção, ele estava olhando para mim, então; aquela pergunta era para mim, seus olhos estavam tristes, vermelhos, conseqüência de um choro, acredito. Todo seu rosto demonstrava decepção, esta decepção não podia ser em relação a mim, podia?



“Eu não namoro, Edward.” Disse com a voz trêmula. Edward estava decepcionado comigo. Isso me matou.



“Não é o que parecia quando te vi ontem.” Ele continuou. Ele estava achando que Emm era meu namorado, eu não podia acreditar.



“Oh Deus; aquele é Emmet, meu irmão mais velho, não meu namorado.” Expliquei. Vi no rosto de Edward um traço de alivio, mas aquela tristeza permaneceu.



“Me desculpe então, vocês pareciam tão íntimos.” Edward me pediu.



“É, lá em casa é assim mesmo, somos bem unidos” Enquanto falava, o rosto de Edward se contorceu em dor.



“Falei algo que não devia?” Perguntei assustada.



“Não, claro que não!” Ele fingiu um sorriso.



Sabia que ele estava mentindo para mim, tinha alguma coisa errada, precisa saber, me arrisquei num caminho que eu não sabia onde iria chegar:



“Edward!” Tentei receosa. “Assim, eu sei que não mereço sua confiança, mas se quiser você pode conversar comigo, ok?”



Esperei por sua reação, Edward estava paralisado.



“Oh Bella, você não sabe o que esta dizendo, é claro que confio em você, é eu que não mereço sua confiança.” Edward falou de uma só vez, agora era a minha vez de ficar em choque, ele confiava em mim?



Meio sem jeitos pela recente "revelação" nos ficamos em silêncio, mas dessa vez era um silêncio para assimilarmos aquilo.



“Hum, porque você ficou daquele jeito quando eu falei da minha família?” Perguntei querendo saber um pouco mais da realidade dele.



Edward deu um sorriso fraco. “Sua família é tudo o que a minha não é!” Seus olhos eram tristes. Meu coração se despedaçou ao o ouvir falando aquilo, minha família era tudo pra mim, eles me apoiavam em tudo, e Edward não tinha isso, agora eu podia entender o motivo para tanta amargura, mas não podia ser só isso.



“Porque vocês não se dão bem?” Perguntei, não querendo pressioná-lo.

Edward parecia querer não me responder. “Não precisa responder se quiser, eu vou entender.” Assegurei-o



“Bella, se eu te perguntar uma coisa você me responde?” Edward me questionou.



“Claro, pode perguntar.” Falei com um sorriso.



“Por que você fica em pânico quando eu estou cheirando à maconha e bebidas?”



Meu Deus, como ele tinha percebido? Eu tinha sido tão discreta.



“Não precisa responder se quiser, eu vou entender.” Ele usou as minhas palavras.



Eu confiava em Edward, sabia que ele não contaria para ninguém, mas só de lembrar de tudo que passei meu estômago dava voltas.



“Você está bem, Bella?” Edward perguntou enquanto suas mãos já estavam em meu rosto, a eletricidade e o calor que estabeleceram em minha pele eram absurdas, percebendo o que tinha feito Edward tirou mão de meu rosto, a falta daquele calor me entristeceu.



“Estou bem Edward, se eu contar a minha parte você conta a sua?” Perguntei para ter uma garantia de que ele não fugiria da minha pergunta.



“Prometo que conto!” Ele disse com um sorriso um pouco melhor.



Me restou tomar fôlego, e contar à Edward tudo o que vivi e que me atormenta ate hoje, lhe descrevi meus pesadelos, pois eles eram o retrato fiel do que minha família passou, preferi editar a parte das cicatrizes nas costas, ele não precisa saber que meu corpo é mais feio do que já aparenta. Seus olhos estavam focados em mim, a cada palavra minha contanto o que Phill fazia comigo e com meus irmãos os olhos de Edward se enchiam de raiva, enquanto falava da morte do meu pai não me agüentei, as lágrimas rolaram sem qualquer interrupção, Edward levou sua mão para secá-las, mas antes que ele o fizesse as segurei, precisava de tê-lo aproximo a mim, segurar suas mãos era uma ótima opção.



Quando terminei de contar tudo, Edward já estava segurando minhas mãos em seu colo, e eu chorando em seu ombro, aquilo era tão estranho, esta aproximação repentina; podia ser estranho mas não me incomodava de maneira nenhuma.

“Eu não quero ser igual ao Phill, eu não quero fazer isso com meus filhos.” Ouvi Edward falar baixinho, ele estava dizendo mais para ele do que para qualquer outra pessoa.



“Você não vai ser, Edward; Phill nunca foi uma pessoa boa, e eu sei que você é bom.” Falei olhando em seus olhos, queria ele que visse toda a minha sinceridade.



“Minha hora de contar, Bella!” Edward chamou minha atenção ao mesmo tempo em que se endireitava ao meu lado, não o queria longe de mim, então o fiz deitar sua cabeça em meu colo, Edward abriu um sorriso esplendido, e se acomodou em meu colo provocando cócegas em minha coxas, vendo que tinha feito, ele remexeu mais uma vez sua cabeça com seus cabelos dourados, não me agüentei, estava com tanta cócegas que ri que nem uma boba.



“Pára, Edward!” Pedi em meio minhas risadas.



“Eu gosto quanto você sorri, suas bochechas coram, e eu gosto delas assim.” Ele falou com um sorriso de derrubar qualquer mulher.



Foco. Eu tinha que descobrir o que tanto o agoniava.



“Nem adianta, Edward, esqueceu que você tem que me contar uma coisa ?”



“Merda, pensei que você tinha esquecido!” Ele falou com uma falsa irritação na voz tive que rir.



“Bobinho, pode ir contanto!” Falei ainda brincando. “Pode confiar em mim, se for do meu alcance vou te ajudar, eu quero de ver bem!” agora minha voz era seria, para transmitir a segurança que ele precisava.



Pude sentir Edward tenso, levei minhas mãos ao seu cabelo, e comecei e pentear aquela bagunça, seu cabelo era macio e cheirava bem, não sei por quanto tempo fiquei passando meus dedos por aquele emaranhado dourado, na verdade nem sabia que horas eram, o intervalo já tinha acabada ha muito tempo, não me importava.



De repente Edward começou a falar, seus olhos estavam fechados, e meus dedos não largavam seus cabelos.



“Até os meus 14 anos eu era um aluno, filho perfeito: meus pais se orgulhavam de mim, na escola sempre fui o melhor aluno, sem nenhuma advertência, um currículo exemplar. Em casa, eu era um Edward que ajudava meus pais e minha irmã, carinhoso... Amava minha casa como nunca amei nenhum outro lugar” Ouvia Edward falar, sem fazer nenhuma interrupção. “Tudo parecia perfeito, até que num sábado, no inverno, meus pais me disseram que eu era adotado, que meus pais biológicos; Elizabeth e Edward Masen haviam morrido num acedente de carro quando eu tinha um ano e cinco meses, Esme era a plantonista naquela noite, já sabendo que eu estava sozinho no mundo, resolveu entrar com processo de adoção.”- Edward falava enquanto as lágrimas caiam dos meus e de seus olhos. “E foi assim que virei um Cullen, depois veio minha irmã Alice, a pessoa mais encantadora desse mundo. Mas quando fiquei sabendo que não pertencia à aquele mundo, minha vida se desmanchou, não via mais sentido para viver, e foi então que encontrei as drogas e as bebidas, virei um problema para minha família, minha mãe se pergunta todos os dias onde errou, odeio vê-la assim, ela não errou hora nenhuma, eu quem era um mau agradecido por eles terem me acolhido, ter me dado amor, e só sei devolver com desgosto”. Edward já soluçava de tanto chorar, me doía ver-lo assim. “E hoje, Bella, eu percebi que destruí a minha vida e a minha família, só queria largar essas merdas, e agradecer meus pais pelo o que fizeram por mim, mas eu não consigo, é praticamente impossível ficar sem maconha um dia, eu nunca vou conseguir.”- Eu não podia deixar-lo tão pessimista assim, Edward iria vencer todas essas barreiras, e eu iria estar com ele. “Edward, você vai conseguir, eu não vou deixar você desanimar, você vai reconquistar sua vida, confie em mim.” Falei perfurando seu par de esmeraldas com meus olhos.



“Eu confio, Bella; só não confio em mim mesmo.” Edward falou com a voz triste.



“Edward, olhe para mim.” Pedi com a voz dura.



“Você vai conseguir, coloque isto em sua cabeça, eu vou te ajudar, conte comigo.”



“Promete que não vai desistir de mim, Bella?” Edward pediu, seus olhos mesclavam esperança e medo do desconhecido.



“Prometo, eu sempre vou estar aqui!” Falei o que era verdade, já me sentia presa à ele.



Edward me puxou para um abraço, fui pega de surpresa, quando vi suas mãos enlaçavam minha cintura, e as minhas ganharam vida e estavam em suas costas, o seu aperto era tão apertado (N/A desculpe a redundância) que Edward parecia dizer que eu nunca me soltaria dele.



“Você acredita em anjos, Bella?” Edward me perguntou perto demais do meu ouvido, o que me causou arrepios.



“Acredito. Por quê?” Respondi.


“Porque com certeza você é o meu!” Ele falou ainda mais perto, ainda bem que estávamos abraçados, porque senão teria caído.



Edward e eu já tínhamos percebido que o abraço estava durando demais, aos poucos fomos nos soltando, minhas mãos caiam pelos seus braços, mas as suas resistiam e ficavam em minha cintura, devagar Edward tirou sua cabeça que estava enfiada em meus cabelos, e desafundei a minha de seu pescoço. Agora eu tinha a visão perfeita de seu rosto, mesmo o choro recente não tinha estragado tamanha beleza, seu maxilar forte, seus olhos, seu discreto sorriso, tudo era perfeito.



Nem percebi que Edward estava se inclinando na minha direção, ele estava tão perto, seus lábios estavam a centímetros do meu, mas isso não estava certo, eu não podia beijá-lo, eu não ia beijá-lo.



“Hum ... É melhor eu ir embora, já passou do horário de eu chegar em casa” Falei o empurrando levemente pelos braços.



“Claro, quer que eu te acompanhe ate seu carro?” Edward perguntou meio sem graça.



“Não tem necessidade. Tchau. Qualquer coisa liga.” Me despedi e passei meu numero, eu o ajudaria, certo?



“Pegue o meu também, tchau. Muito obrigado, Anjo.” Edward falou sorrindo.



“Por nada!” Disse já saindo do colégio.



Anjo. Isso soou perfeitamente bem na voz do meu anjo




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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem reviews *-*
Atualizei minha outra estória, deem uma olhada
https://www.fanfiction.com.br/historia/198564/Passado_Distorcido
beijos