Addicts - Repostada escrita por whatsername, whatsernamebeta


Capítulo 6
Capítulo VI


Notas iniciais do capítulo

Ei : )
Mais um capítulo, aproveito para agradecer os comentários, é ótimo lê-los! Assim que eu tiver um tempinho, respondo-os.
Boa leitrura



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POV Edward


Dois dias sem ver Bella, isso era o que iria acontecer em meu fim de semana. Sem nenhuma festa pra eu ir, nada pra fazer. Eu ficaria dois dias dentro de casa, sozinho; meus pais estavam de plantão no hospital, e Alice estaria enfiada em seu quarto.



Se eu estivesse pelo menos na escola, teria Bella para conversar, mesmo sendo poucas palavras eu gostava da sua presença, queria saber tudo sobre ela, cada detalhe, cada mistério, mas Bella não me confidenciaria sua vida, não posso reclamar, ela também não sabe nada de mim, ela não precisa saber do meu passado/presente podre.



Sempre fui sozinho, mas nunca gostei desta sensação, era estranho ser só mesmo tendo uma família que me amava, amigos nunca foi o meu forte, eu sou muito bom em foder com tudo, garotas? Só as vadias de Forks. Alice era a única garota com quem eu tinha uma relação sem conotação sexual, e agora Bella, não éramos amigos, não verdade não sei o que éramos, parceiros de intervalo? Mas Bella despertava outro lado em mim; um lado desconhecido, certo medo de perder sua companhia quanto ela soubesse de meus vícios, da minha vida de merda. Queria ser merecedor de sua amizade, merecedor dela.


Bella era uma garota bonita, embora se escondesse dentro daqueles moletons largos e jeans desbotados, seu rosto transmitia a paz que eu precisava, eu precisava dela para tentar voltar para a vida. 


Era absurdo o quanto eu era idiota, eu, Edward Cullen, pensando em Isabella Swan, em pleno sábado enquanto ela deve estar se divertindo por aí. Odiava-me por isso. 


Nesta ultima semana fumei e bebi bem menos o que o normal, mas necessitava de maconha, precisava fumar e esquecer o pesadelo que a minha vida é. 

Enrolei cinco cigarros e os fumei desesperadamente, buscando alivio por algumas horas. Aproveitei e bebi meia garrafa de vodka, não queria um coma alcoólico em minha própria cama, mas dormi ou desmaiei por umas boas quatro horas. 


"Deixe eu te salvar, Edward, por favor."


"Não preciso de sua ajuda, me deixe ir embora"




Eu queria correr, mas eu estava preso à dona daquela voz suave.


"Edward, olhe pra mim, eu vou te ajudar" 


Acordei suado e confuso, que porra de sonho tinha sido aquilo? Só me lembrava do último pedido; "olhe pra mim", lembrava muito bem daquele olhar: um mar de chocolate. 


Levantei num salto, sem saber que horas eram, desci as escadas e vi Alice saindo.



“Aonde você vai?” Perguntei com uma voz rouca. 

“Estou indo ao hospital, na ala de oncologia, prometi à Marie que ia ir hoje.” Minha irmã respondeu pegando sua bolsa.


“Quem é Marie, Alice?”



“É uma garotinha de seis anos com câncer de pâncreas, ela disse que me queria me ver mais vezes.” Alice disse com os olhinhos brilhando, ela era assim, encantava qualquer um. 


Ver Alice assim, se importando com alguém, sendo importante, especial, para uma menininha me fez ficar ainda pior; eu não tinha ninguém para cuidar, ninguém me queria por perto. 


“Hum, vai lá então, Lice.” Disse querendo ficar mesmo sozinho.



Sozinho então resolvi comer, não queria comer comida esquentada, decidi comer o resto dos cookies que tinha feito para Bella ontem. Enquanto comia, minha mente viajava para as lembranças dessa última semana; eu e Bella brigando, flertando, comendo, nossas poucas conversas.



Confiava em Bella, mesmo sem conhecê-la, ela era tão meiga, delicada, que tenho coragem de contar a ela tudo o que eu vivo, tenho certeza que ela me compreenderia. Queria que ela me ajudasse sair desses malditos vícios, a voltar a ser quem eu era com a minha família, a esquecer tudo o que eu passei.



Isso só seria possível se Bella fosse minha amiga, mas isso parecia muito distante, Bella não iria me querer tão próximo. Esse pensamento me fez querer fumar uns quinhentos cigarros, eu nunca teria Bella como uma amiga.

Minha casa parecia grande demais só comigo ali, por um instante quis Alice, Carlisle e Esme comigo, mesmo eu não merecendo, eles eram a melhor família que alguém poderia ter, não sabia como agradecer o que eles fizeram por mim, fui ate a cozinha, já era quase a hora do jantar e não tinha nada preparado, Esme nunca gostou que alguém tomasse seu posto de cozinheira, mas não resisti a tentação de cozinhar para meus pais e Alice, sei que não ficaria gostoso, mas pelo menos eles perceberiam que eu me importo com eles. 


Cozinhei o trivial; arroz, uma torta de frango e uma boa salada, arrumei a mesa, sem saber onde fica cada talher, prato e copo. No final ate que gostei do resultado, nada comparado ao jantar de Esme, mas estava de bom tamanho. 


Subi para tomar um banho, enquanto esperava minha família chegar, vesti uma roupa qualquer e me joguei em minha cama para descansar um pouco, quando ouvi o baralho do carro do meu pai estacionando, corri para a sala de jantar para ver se tudo estava ok. 


“Edward, onde você está?” Minha mãe perguntou assim que entrou em casa. 




“Na mesa, Esme.” Respondi aflito para que eles descobrissem o que eu tinha feito.



“Oh meu Deus, o que você fez Edward?” Esme perguntou quando olharam para a mesa, seus olhos transmitiam certo espanto e também um traço de emoção.



“Como vi que não tinha nada preparado resolvi cozinhar para vocês” Respondi um pouco envergonhado.

“Oh meu filho, não precisa ficar sem jeito, nós amamos a surpresa.” Minha mãe me falava enquanto se sentava a mesa sendo seguida por Alice e meu pai. 


O jantar foi meio estranho, Alice estava com um sorriso bobo nos lábios, enquanto meu pai e Esme falavam sobre a nova paciente do hospital, e eu completamente perdido, comia. 




“Edward?” Meu pai chamou. “Será que você não poderia nos ajudar na quermesse do hospital?”


Se eu estivesse numa outra circunstância, não ajudaria, mas não via empecilho para ajudar meus pais. “Claro pai, em que parte eu devo ajudar?” Perguntei mostrando interesse. 

“Se não for te incomodar, você pode ficar na barraca dos jogos, caso queira.”


“Tudo bem pai, podem contar comigo!” Juro que vi os olhos de Alice e Esme piscarem para ver se o que estava prometendo era realmente verdade. 


Novamente o silencio pairou sobre a mesa de jantar, resolvi perguntar o que eles tinham feito durante o jantar. Famílias normais têm esse hábito certo? 




“Hum, muitos pacientes no hospital hoje?” Perguntei tanto para minha mãe quanto para Carlisle.


“Só acompanhamento e consultas mesmo, Edward.”Minha mãe respondeu. 


“E para mim chegou uma nova paciente, ela esta com câncer de pele, num estagio bem avançado.” Carlisle disse com pesar. 


“Sinto muito, espero que ela se recupere.” Eu disse com um tom sincero. 


“Claro que vai, ela tem uma família linda e com certeza seus filhos vão apoiá-la.” Meu pai disse enquanto servia mais da salada. Eles tinham gostado da comida? 


“Alice até conversou com filha da minha paciente, não é Alice?” Meu pai continuou. 


“É sim, eles parecem ser bem unidos, pena que nem perguntei o nome deles, nem mesmo da menina.” Minha irmã disse, agora entendia seu sorriso bobo, Alice tinha gostado dessa garota, talvez uma possível amiga. 


“E você filho, o que fez durante o dia?” Minha mãe perguntou.



Eu podia falar que tinha me drogado e bebido a tarde inteira, mas preferi editar meu dia.


“Estava pensando no que preparar para o jantar.” Lhe respondi com um sorriso.

.

Me revirava na cama, não querendo levantar, ainda era domingo, será que ia demorar muito para amanhã chegar?


Ainda de pijama, desci para o café da manha, encontrei uma mesa completa: frutas, pães, sucos.



“Tudo isso é a recompensa pelo jantar de ontem?” Perguntei quando minha mãe saia da cozinha.



“Bom dia, Edward.” Minha mãe me cumprimentou com um beijo em minha têmpora. “Você merece este café, filho” Ela completou. 


O resto do dia passou tranquilamente, um almoço agradável e um filme pela tarde com Alice e Esme chorando por causa do final, e eu e Carlisle rindo daquela situação.


Depois do meu rotineiro sono da tarde resolvi sair um pouco, dar pelo menos uma volta por Forks, à cidade é tão pequena que faço isso em meia hora a pé. 


Caminhava lentamente pelas ruas, o tempo estava agradável, despreocupadamente voltava para minha casa, só não esperava ver Bella andando em minha direção acompanhada de um filho da puta, porque eles pareciam tão íntimos?


Passei por eles, me restringi a um aceno com a cabeça para Bella, nem olhei para o desgraçado que estava com ela, corri para minha casa, necessitava de um alivio, Bella tinha um namorado, ela tinha alguém para cuidar, é, eu nunca seria um alguém para ela. 


Entrei em casa e fui direto para meu quarto, em meio a um choro sofrido, a uma agonia me droguei ate esquecer de minha existência.


POV Bella


“Bella, acorda, já estamos atrasados” Ouvi Emmet dizer.



“Não Emm, hoje é sábado, me deixe dormi!” Pedi com muito sono.



“Acorde Bella, a primeira consulta da mamãe é hoje, ela precisa da gente lá.”



Céus, é verdade, a consulta é hoje, me levantei correndo.



“Emm, pode desce que já estou indo, só vou trocar de roupa!” Falei expulsando meu irmão do quarto.


Apesar do meu sono, consegui comer e me arrumar num tempo recorde. Minha mãe, Jasper já estavam no jeep com Emmet. Não demorou muito para chegarmos ao hospital, minha mãe estava receosa quanto à qualidade do hospital e dos médicos, mas ao chegar percebemos que se tratava de um hospital muito qualificado.


Fomos direto para a ala de oncologia, ficamos um bom tempo aguardando, eu e Jazz ficamos com Renée, enquanto Emm meio que flertava com uma enfermeira, isso era tão Emm! Meu irmão nunca ligou para ter uma namorada, vivia focado em trabalhar com carros, aqui em Forks, Emm estava trabalhando em uma oficina mecânica, mas isso nunca o impediu de ter "rolos" com mulheres por ai, a enfermeira provavelmente seria só mais uma. 


Estava tão distraída, que nem percebi quando o Dr. chegou para avaliar minha mãe.


“Bom dia, quem é Renée Swan?” Ele perguntou.



“Prazer, Dr., sou eu mesma!” Minha mãe falou estendo a mão para o médico.



“O prazer é meu, senhora; a propósito sou Carlisle.” Ele disse.



O médico pareceu ser muito agradável, minha mãe estaria em boas mãos.



“São seus filhos?” O Dr. perguntou olhando para nós.



“Perdão, deixe eu os apresentar: são Bella e Jasper, e aquele ali atrás é o mais velho, Emmet.” Minha mãe disse com orgulho.



“Linda família, Renée, mas vamos começar as avaliações?”



“Claro Dr. Carlisle.” E com isso minha mãe e o médico sumiram pelos corredores. 


Sabia que esta primeira consulta poderia demorar, mas não sabia que seria tanto. Jazz já estava impaciente, eu, com muito sono, e Emm feliz, afinal, ele tinha conseguido o telefone da tal enfermeira.

Já se passava das quatro da tarde, quando me senti realmente entediada, resolvi dar uma volta pelo hospital, Jazz veio comigo.



Andamos pelos corredores, entramos na pediatria oncologia, era triste ver tantas crianças naquela situação. Todas pareciam tão carentes, que eu e Jazz resolvemos ficar por ali, talvez brincar com alguma, meio sem saber como se aproximar, ficamos sentados esperando alguma criança vir até nós.



No fundo do imenso quarto, avistei uma garota, muito bem vestida, muito bonita na verdade brincando com uma menininha, elas pareciam se conhecer a anos. De repente ela veio ate nós com um sorriso gigante.



“Vocês são voluntários novos aqui nos hospital?” Ela perguntou olhando para Jazz.



“Hum, estamos esperando minha mãe, resolvemos visitar as crianças, tem algum problema?” Jazz lhe respondeu perguntando. Me impressionei, Jasper nunca foi de falar.

“Claro que não, as crianças adoram visitas, não é Marie? Ela perguntou a uma garotinha que estava agarrada em suas pernas.


“Aham, porque vocês não vêem brincar comigo?” Aquela criatura fofa nos perguntou, não tinha negar seu pedido. 


A tarde passou rápida, eu e Jazz brincando com Marie e outras crianças, também conversei bastante com a garota, mesmo ela rendo os olhos focados em Jasper, seria bom ter uma amiga aqui, não ficaria triste se essa amiga fosse ela. 

De repente, vi minha mãe vindo o Dr., me levantei e fui ao seu encontro, ela parecia cansada.


“Bom, aqui está sua mãe, Bella. Ela está um pouco cansada por causa dos vários exames.” Carlisle disse.  “Só basta um repouso, e ela ficará bem. E aguardo vocês semana que vem.”


Fomos embora contentes por saber que minha mãe teria um ótimo tratamento. O percurso de volta foi tranqüilo, fora minhas brincadeiras com Emmet por causa da enfermeira loira. 




Acordei com um barulho na cozinha. Emmet ou Jazz tentando cozinhar. Mais uma noite mal dormida, esta não por causa de meus pesadelos, mas por ter passado tempo demais acordada pensando em Edward. Me odiava por isso. 


Nem quando estava com James, pensei tanto em um homem, queria descobrir cada problema o que faz ter aquele olhar aflito, queria poder ajudá-lo, queria que ele quisesse minha ajuda.



Me conformaria tendo ele como meu amigo, pois ele nunca iria me ver alem disso. Edward tem qualquer garota em suas mãos, eu sabia que ele era um galinha, sua cara denunciava isso, é só olhar para seu rosto para perceber que garotas não duram mais que uma noite com ele, e é claro que, Bella [a virgem] Swan nunca teria uma chance.



Não entendo como posso me sentir atraída por ele, sempre sonhei com um cara romântico, carinhoso, mas Edward parecia ser muito mais do que ele mostra.


Ficar pensando nele não adiantaria nada, desci para encontrar minha família já tomando café. 


Como era domingo, não tinha nada para fazer, nada alem de ouvir meus irmãos falarem sobre a rodada de basquete.



Chamei meus irmãos para saírem comigo, andar a toa por ai, aproveitar que nossa mãe estava melhor, só Emm quis ir comigo.



“Você não vai me contar me contar sobre a enfermeira, Emm?” Perguntei tentando me equilibrar no meio fio.





“Ah, Bella, pra que você quer saber?” Ele me perguntou, meio irritado.





“Emm, você é meu irmão, eu tenho o direito de saber, eu sempre te conto tudo.” Chantageei.



“Nada de mais, ela tem a minha idade, se chama Rosalie, mora aqui deste que nasceu, é enfermeira há dois anos e só.”


Não estava acreditando, meu irmão ficou horas conversando com ela, e eles conversaram sobre suas origens. Cadê o Emm que chamavam as mulheres para um lugar reservado.

“Porque ta rindo Bella?”


“Emm, o que aconteceu com você?”



“Nada Bella, mas a Rose não é como as outras mulheres, entende? Ela merece respeito e isso que vou ter com ela, quando eu perceber que ela quer alguma coisa, mostro minhas intenções.”


“Quer dizer então que o coração de Emm já tem dona?” Perguntei brincando. 


“Talvez, Bella, talvez.”



“E o seu Bella já tem um novo dono?” Emm perguntou e eu não sabia como responder.



“Meu coração nunca foi de James.” Respondi secamente.



“Bella, pára com isso, irmãos são confidentes, certo?”



“Claro Emm, mas pode ficar tranqüilo não tem ninguém no meu coração.” Não sabia se aquilo era verdade ou não. 


Nossa caminhada estava tranqüila, eu e Emm conversando banalidades, mas quando vi Edward também caminhando, meu coração parou, ele parecia estar tão sereno, mas esta observação caia por terra a cada passo que ele dava a minha direção, seu rosto se contorcia de raiva, acredito. E ao passar por mim, ele simplesmente acenou com sua cabeça, devolvi o aceno sem saber o que tinha acontecido.

Amanhã eu teria um longo intervalo.


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Notas finais do capítulo

Comentem, comentem e comentem!
beijos, até quinta