Addicts - Repostada escrita por whatsername, whatsernamebeta


Capítulo 27
Capítulo XXVII


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, como vão?
Espero que gostem : )



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          POV Bella

Eu estava atordoada. Edward estava em pé na minha frente nós dois não falávamos nada.

Seus olhos estavam presos nos meus, eu via neles de tudo: ele estava nervoso, aflito, um pouco perdido, e vivo. Eu via vida em seus olhos.

“Oi.” Eu disse com a voz baixa.

Seus olhos vacilaram, a umidade começou a se concentrar neles.

“Hãn... Oi.” Sua voz estava cheia de aflição. “Não saia daqui, eu só vou terminar a aula.”

Edward voltou para as crianças, ele falou alguma com elas e vi todos os rostinhos me encarando. Ele estava procurando alguma coisa no chão, eu sabia que ele estava praguejando, a chave estava em seu pé, eu queria pega-la para ele.

Ele voltou para mim com a chave na mão. Ele parecia um pouco mais calmo.

Eu estava completamente sem ação, meu namorado estava na minha frente com uma cara assustada. Eu não sabia como começar isso.

O que eu poderia esperar desse nosso encontro? Ficaríamos bem? Estaria tudo realmente acabado entre nós? Poderíamos ser pelo menos bons amigos?

Procurei essas respostas em seus olhos, a única coisa eles me transmitia era vida.

“Eu não queria atrapalhar seu trabalho.” Eu comecei, meus olhos correram para o chão de mármore.

“Sem problemas, a aula já tinha acabado.” Ele disse igualmente constrangido.

Seria assim então? Por seis longos meses nós ficamos sem nos ver, e quando isso acontece nós apenas trocamos amenidades?

Edward parecia ter esse mesmo tipo de frustração. “É bom te ver.” Ele disse levantando os olhos um pouquinho.

Meu coração que já estava batendo descompassado pulou em meu peito. “Eu também fico feliz em te ver.”

“Onde você está hospedada?” Edward perguntou saindo da sala.

Por que eu conseguia ser tão tola? Eu não tinha onde ficar. Eu não tinha avisado Ângela que estava em Nova Iorque e James não era uma boa opção.

Ele percebeu minha hesitação. “Hum... Você pode ir pra minha casa se quiser.” Sua voz estava um pouco mais enérgica

Ele estava mesmo me convidando para ir para sua casa?

“Se isso não for te incomodar.” Eu disse, eu sabia que estava corada.

Eu juro que vi um sorriso brotando em seus lábios. “Você nunca me incomoda.”

Nós passamos pelo corredor em silêncio, a mala dificultava meus passos.

“Ei, me de sua mala.” Ele disse pegando a alça das minhas mãos. O contato me deixou em êxtase, tinha tanto tempo que eu não sentia sua pele na minha, e não pude deixar de soltar um sorriso. Edward também tinha um sorriso bobo em seus lábios.

Quando nos passamos pelo velhinho Edward deixou um aceno. “Até amanha George.”

“Estou te dando uma folga, fique em casa e faça essamenina engordar.” O tal do George disse.

Ótimo! Eu estava sendo motivo de piadas.

“Pode deixar! Obrigado.” Edward respondeu rindo. Eu gostava de seu sorriso, seus dentes incrivelmente brancos deixavam seu rosto ainda mais divino.

Seu volvo estava no estacionamento, eu soltei um sorriso involuntário quando me lembrei do que nós fazíamos em seu carro.

“Não quis trocar de carro?” Eu perguntei depois que ele abriu a porta do carona para mim.

“Não. Meu volvo me trás boas recordações.” Dessa vez ele me olhou, seus olhos estavam quentes, e seu sorriso foi verdadeiro.

.

.

“Posso passar no supermercado primeiro?” Ele perguntou tirando os olhos da avenida. “Eu preciso comprar algumas coisas.” Ele me lançou um sorriso tímido.

“Claro, como quiser.” Eu disse me ajeitando no banco acolchoado.

Mal me dei conta que estava passando em frente a minha antiga casa, ela tinha sido pintada, mas as características continuavam as mesmas. Não sei se isso era importante para Edward, mas tive que mostrar.

“Edward?” Eu chamei virando meu rosto. “Essa aqui era a minha antiga casa.” Eu apontei para a casa do outro lado da rua.

“Sério Bella?” Ele estava estacionando o carro. “Você quer descer e dar uma olhada?” Ele já estava tirando o cinto.

Eu não queria voltar para o meu passado.

“Não.” Eu comecei timidamente. “Eu não tenho boas lembranças.” Eu foquei no vazio.

“Er... desculpe por isso, eu não queria te deixar triste.” Sua voz estava sofrida e seus olhos agoniados.

Anjinho, você não me deixa triste!

“Não foi nada, eu prefiro conhecer a sua casa.” Eu disse querendo tirar a dor de seus olhos. Eu quase me arrependi pelas palavras.

.

.

Edward estava colocando tudono carrinho de supermercado. Tudo mesmo.

Tinha biscoitos, doces, massas e tinha muito sorvete. Edward não gostava de sorvete. Eu gostava de sorvete.

“Bella, pode escolher o que quiser ok?” Ele disse colocando mais um pote no carrinho.

“Qualquer coisa está bom pra mim.” Eu disse caminhando ao seu lado. Ele não ficou satisfeito com minha resposta, tinha uma pequena carranca em seu rosto.

A moça do caixa olhava para Edward com um sorriso, passava as mãos no cabelo... E sua voz irritante tentava chamar a atenção de Edward.

“Em que mais posso ser útil para o senhor?” Ela disse entregando o troco, sua mão ficou mais tempo que o normal em contato com a mão de Edward

Oi, eu também estou aqui, e esse é o meu namorado. Eu acho!

“Muito obrigado, bom dia.” Edward disse pegando as sacolas.

Ele não me deixou carregar nenhuma sacola, ele deu umas cinco viagens do carro para o supermercado. O porta-malas estava lotado.

O transito estava caótico. Estávamos no coração de Nova Iorque, as avenidas estavam lotadas.

“Caralho!” Edward batia com os punhos no volante. “Trânsito do inferno.” Eu estava com vontade de rir, isso era tão Edward, sempre mal humorado.

“Aconteceu alguma coisa?” Ele perguntou confuso, seus lábios estavam cerrados.

“Não.” Eu disse empurrando a vontade de ri para o lado. “Estamos quase chegando?” Eu queria conhecer sua casa.

“Próxima rua à direita.” Ele disse acelerando.

Sim! Eu sabia que Edward era podre de rico, mas não ao ponto de morar no endereço mais caro de toda Nova Iorque.

Subimos pelo elevador, as sacolas de compra ocupavam todo espaço. “Oito.” Edward disse quando fiz menção de chamar seu andar.

A cena foi bonita: Eu e Edward na porta de seu apartamento, ele cheio de sacolas, e eu com a chave na mão.

Minhas mãos estavam tremendo quando girei a chave, tinha alguma coisamolhando minha perna.

“Edward?” Eu olhei para trás. “O que é isso?”

A risada de Edward fez meu coração saltar mil vezes, não liguei que ele estava rindo de mim, o som de sua gargalhada era nostálgico. “É o meu cachorro, Jules.”

Quem coloca um nome horroroso desses em um cachorro?

O cachorro estava lambendo minhas pernas, eu não gostava muito de animais, eu sempre me machucava quando tentava brincar com um.

Edward tinha entrado, e estava conversando com o bicho. “Amigão... Pára de me lamber caralho... Essa é Bella.” Ele trouxe o cachorro até mim, Edward estava fazendo ele me cheirar.

“Jules... Seja bonzinho com ela, ok?” Edward tinha soltado o cachorro no chão.

“Desculpe por ele, é que ele não costuma ver pessoas, e você é novidade pra ele.” Edward estava corado. Suas bochechas estavam rosinhas, eu queria colocar minhas mãos nelas.

“Eu posso entrar?” Eu ainda estava do lado de fora.

“Bella.” Edward estava me censurando. “Claro que pode.”

Eu gostava do que via, o apartamento era amplo e bem decorado, a sala era ocupada por um sofá de couro preto, a cozinha estava limpa. Um típico apartamento de um homem solteiro.

“Quer comer alguma coisa?” Ouvi Edward perguntando atrás de mim. “Ou quer tomar um banho primeiro?” Ele queria me deixar confortável.

“Comer primeiro.” Eu disse me sentando em frente ao balcão.

“Pode pegar o que quiser, eu só vou trocar de roupa e já volto.” Edward disse entrando no corredor.

Eu estava sozinha e podia pensar. Edward tinha ficado feliz em me ver, ele me tratou bem, e agora eu estava em seu apartamento.

Como isso iria terminar?

Eu estava bebericando um pouco de leite quando senti alguma coisa áspera e molhada em meu tênis. Era a língua do cachorro.

“Ei Jules...” Eu disse dando minha mão para ele lamber. “Seu nome é feio, mas você é uma graça...” Ele estava querendo subir em meu colo. “Você é um bom cachorro.”

“Que bom que vocês se entenderam.” Edward disse encostado numa parede, ele tinha trocado seu jeans por uma calça de moletom e colocado uma blusa de frio.

Eu estava corada, mas contente pelo sorriso que Edward tinha no rosto. “Eu gosto de animais, são eles que não gostam de mim.” Eu disse comendo um pedaço de torrada.

“É impossível alguém não gostar de você.” Ele disse pegando um pouco suco.

O que ele queria dizer com isso? Ele ainda me amava ainda me queria?

Comenos sem trocar nenhuma palavra, eu tentava não olhar para ele, mas meus olhos eram atraídos para os seus, quando eles se encontravam o calor preenchia meu rosto e de Edward também.

“Posso guardar?” Eu perguntei segurando a jarra de leite. Eu queria sua permissão para abrir sua geladeira.

“Uhum.” Ele respondeu com a boca cheia.

A porta da geladeira tinha alguns post-it com lembretes, mas um chamou minha atenção:

Kate

555-2689

Eu tremi, era o número de uma mulher, Edward tinha outra pessoa em sua vida, uma lágrima desceu em minha bochecha. Mesmo assim eu abri e guardei o leite, não tinha nenhuma bebida, e eu fiquei feliz por isso.

“Você quer descansar um pouco?” Ele perguntou bebendo o resto do suco que tinha no copo. “Depois nós conversamos.”

Conversar. Isso parecia bom.

“Eu preciso mesmo de dormir.” Eu disse olhando para ele. “Posso trocar de roupa primeiro?” Pedi envergonhada.

Edward abriu um sorriso tímido. “Tem problema em ser em meu quarto? Eu transformei o quarto de hóspedes em sala de piano.” Ele explicou.

“Não.” Eu tentei acabar com o constrangimento dele. “Onde é?”

Ele me guiou para o corredor, eu estava com medo de entrar em seu quarto. “Fique a vontade.” Ele abriu para eu passar, ela foi fechada sem eu perceber.

Eu olhei cada pedacinho procurando evidências de outra mulher, não as encontrei. O quarto tinha cores claras, uma cama no centro, ao lado da cabeceira tinha uma foto de Alice, Esme e Carlisle.

As paredes também eram sóbrias, não tinha nenhum artigo pendurado nelas. O banheiro era do tamanho do meu quarto, e tinha uma banheira! Decidi que tinha que tomar um banho, sabia que era muito atrevimento, mas enchi a banheira.

Eu saí da banheira toda enrugada, vesti um par de moletons. Eu estava igual a Edward.

Voltei para a sala, Edward estava sentado no sofá com Jules em seu colo, eles assistiam a televisão despreocupadamente.

“Você gosta mesmo dele.” Eu disse um pouco alto, era para Edward notar minha presença.

Ele tirou os olhos da TV, quando seu rosto ficou no meu campo de visão eu quase desfaleci, Edward tinha um sorriso tão bonito, e seus olhos brilhavam.

“Ele é um bom amigo.” Edward disse afagando as orelhas de Jules. “Foi um presente de Alice.”

“Alice e Jasper estão muito felizes.” Eu disse me lembrando do dia que Alice tinha me contado que eles tinham transado.

“Seu irmão é perfeito para Alice.” Ele disse com um sorriso no rosto. “E como foi o casamento de Emm?”

“Bonito, Rose e ele são pra vida toda.” Eu disse encarando seus olhos.

Diga Edward, eu e você somos pra vida toda também?

“Carlisle disse que sua mãe está recuperada, eu estou muito feliz por isso.” Sua voz estava sincera.

“Ela está ótima, seu pai fez um ótimo trabalho.” Eu nunca iria conseguir agradecer Carlisle.

“Bella?” Edward me chamou colocando Jules no chão. “A gente pode conversar sobre nós?” Ele não estava nervoso, eu podia ver medo em seus olhos.

“Eu estava esperando por isso.” Eu disse me sentando no sofá em sua frente.

“Eu estou realmente feliz por te ver.” Ele começou. “Mas como você me descobriu?”

Eu poderia falar sobre James?

“É complicado.” Eu soltei um pouco aflita.

“Eu não sabia onde você estava, Alice não me contaria nem sob tortura. Um dia ela disse que você estava próximo a mim, então eu comecei a pensar sobre o que aquilo significava, e depois eu tive um sonho, nós dois estávamos no Central.” Os olhos de Edward não saíram dos meus. “Eu sabia que seria impossível te encontrar nessa cidade, então eu pedi ajuda para uma pessoa.”

“Uma pessoa?” Ele colocou calmamente.

“Eu pedi para James te procurar.” Eu disse completamente envergonhada.

“Seu ex-namorado?” Edward estava um pouco aturdido.

“Acho que você o conhece.” Eu não sabia o que poderia vir pela frente.

As expressões de Edward oscilavam entre a surpresa e a confusão.

“O cara de cabelos platinados?” Edward perguntou amassando seus cabelos.

“Ele mesmo.” Eu confessei. “Ele disse que conversou com você.”

“Ele não é tão desagradável quanto você disse.” Ele sorriu fracamente. “Ele é legal, a gente joga basquete às vezes.”

“Você está jogando ainda?” Eu lancei curiosa.

“Eu estou treinando com os reservas do knicks.” Edward falou com admiração.

“Edward.” Eu quase gritei. “Isso é excelente! Era seu sonho!” Eu estava contente de verdade, eu queria encher seu rosto de beijos.

“Eles são muito bons, eu tenho que dar meu sangue.” Ele disse se ajeitando no sofá.

Silêncio.

Não era um silêncio desagradável.

“Eu senti muito sua falta.” Eu disse procurando seus olhos.

“Eu também, você não faz ideia.” Suas palavras estavam doloridas.

“Eu tenho que te pedir desculpas pelo o que eu disse naquele dia, foi não culpa sua.” Eu estava controlando minhas lágrimas.

“Não precisa se desculpar, não foi um dia feliz.” Ele disse vagamente.

“Eu li seu bilhete.” Nossa conversa não era continua, eram frases jogadas.

“Tudo que escrevi é verdade.” Seu rosto estava escondido entre suas pernas.

“Você não precisava ir embora.” Eu falei baixo. “Nós poderíamos conversar.”

“Bella.” Ele disse levantando seu rosto. “Você não entende? Eu não queria ser o motivo de sua infelicidade. Eu fiz o que você pediu, eu sumi de sua vida.”

Minhas lágrimas caíram mais fortes.

“Ficar sem você só me deixou mais infeliz.” Eu disse mordendo meus lábios. “Você é a minha felicidade.”

Edward olhou cuidadosamente em meus olhos, eu segurei seu olhar.

“Edward” Eu chamei com medo de perguntar. “Antes de qualquer coisa, nós somos amigos, não somos?”

Ele assentiu.

“Então, como amigos, você um dia pode me falar sobre Kate?” Eu joguei rapidamente as palavras.

“É complicado.” Ele disse usando minhas palavras.

Eu não tinha mais espaço em sua vida.

“Ela é a minha psicóloga.” Edward disse rápido. “Eu tive alguns problemas.” Pedi com os olhos para ele continuar. “Eu estava tendo alucinações, alucinações com você.” Ele estava escolhendo as palavras. “Eu via você em todos os lugares.”

No mesmo instante me senti mal, Edward estava sofrendo numa cidade gigante e sem ninguém para ampará-lo. E tudo era culpa minha.

“Você está melhor agora?” Eu perguntei com cuidado.

“Bem melhor, a Dr. Kate tem me ajudado bastante.” Sua voz tinha traços de alívio.

Eu comecei a ficar mal, aquela conversa estava em círculos, eu não chegava a lugar nenhum.

Eu olhava para Edward e ele tinha uma expressão confusa em seu rosto, ele também não estava satisfeito.

“Bella.” Ele chamou minha atenção. “Quando eu escrevi que você era a mulher de minha vida eu não estava mentindo.” Sua voz estava em expectativa.

Meu coração esqueceu-se de como bater.

“Edward, o que você quer dizer com isso?” Eu precisava ter certeza.

“Bella, isso só quer dizer uma coisa.” Seus olhos fixaram nos meus, ele tinha o sorriso estúpido em seus lábios. “Eu amo muito você.”

Era como uma melodia.

“Eu também me sinto da mesma forma. Eu amo você.” Eu disse fuzilando seus olhos.

“Mas isso não é o suficiente, precisamos de mais.” Ele continuava seu discurso.

A melodia estava se esvaindo.

“Bella, eu não tenho dúvidas do que eu sinto por você, meu medo é que a gente entre naquela mesma merda que estávamos em Forks, eu não quero te ver triste nem quero sofrer por isso de novo.” Ele continuava me encarando. “Eu quero mais que amor, eu quero diálogo, autonomia, confiança.” Eu me assustei com essa maturidade de Edward, ele estava tão certo! Eu gostava disso.

Eu tinha entendido seu ponto. Eu não sabia se podia oferecer isso a ele.

“Eu não quero te pressionar, eu vou estar aqui te esperando, pode pensar o tempo que quiser.” Sua voz estava cheia de amor.

“Edward?” Eu disse indo me sentar ao seu lado. “Eu quero tudo isso também, eu quero um relacionamento de verdade com você, eu quero te fazer feliz, e quero que você me faça feliz também.”

“Eu fico feliz em ouvir isso.” Edward afagou minha mão. “Eu não tenho pressa, eu vou estar aqui quando você me quiser.”

Eu quero você agora anjinho!

“Eu confio em você.” Eu falei devolvendo o carinho. Edward sorriu com a resposta.

“Eu quero conversar sobre tudo com você, não vou te esconder nada.” Eu dizia fixando em seus olhos.

“Eu vou ter que trabalhar com a autonomia, pois eu não me saí muito bem longe de você.” Eu ganhei um sorriso alegre.

“Eu também não tive muito sucesso.” Edward disse fazendo círculos em meus pulsos.

Então nós estávamos ali: sentados num sofá prometendo a nós mesmos que tudo daria certo de novo. Eu sabia que tinha que pensar, não seria tão fácil assim. Edward estaria me esperando. Nós nos amávamos, mas isso não seria o suficiente. Nós teríamos que reconstruir nossos sentimentos um pelo outro. Seria difícil, mas eu tinha Edward e ele me tinha, isso não era dependência, eu enxergava como cumplicidade.

Nós estávamos juntos neste barco.

“Estamos bem então?” Eu perguntei me levantando do sofá, Edward me acompanhou.

“Nós vamos ficar bem.” Ele me respondeu com um sorriso acolhedor.

“Eu posso te abraçar?” Eu perguntei um pouco emocionada, eu estava feliz por tudo estar entrando nos eixos.

“Claro! Vem.” Edward disse abrindo seus braços. Eu fui de boa vontade, seus braços fecharam em minhas costas. Era um abraço puro, cheio de amor. “Eu senti falta disso.” Ele disse massageando minhas costas. “Eu também senti.” As lágrimas rolaram sem minha permissão, eram lágrimas de felicidade. “Eu não gosto de você chorando.” Edward disse secando a umidade em minhas bochechas. “Eu estou feliz, é isso!” Minha voz saiu um pouco cortada. “Eu também estou muito feliz, obrigado por não ter desistido de mim.” Edward disse desenlaçando seus braços.

“Eu nunca vou desistir de você anjinho, eu te fiz uma promessa lá trás, lembra?” Eu perguntei secando o resto de umidade. Eu não sei como anjinho escapuliu de minha boca, eu tinha corado consideravelmente. Edward riu em resposta.

“Nunca me esqueci.” Ele disse sorrindo abertamente para mim. “Você vai ser pra sempre meu anjo.”

Eu fiquei um pouco zonza. Edward me chamou de anjo, eu pensei que isso nunca mais aconteceria.

“Acho melhor você ir dormir, você está cansada, amanhã conversamos mais.” Ele disse me levando para seu quarto.

“Você está diferente.” Eu soltei no caminho.

“Hãn?” Edward lançou para mim.

Ele estava diferente mesmo, mais centrado talvez, mais maduro! Ele tinha crescido, não era aquele Edward que eu conheci, o Edward de agora me agradava ainda mais.

“Você está mais maduro, e mais bonito.” Eu disse me sentando na cama.

“Er... Isso é bom?” Ele ficou tímido de repente, seu rosto estava num vermelho vivo.

“É ótimo!” Falei me jogando nos travesseiros. Edward me ignorou, ele estava pegando um cobertor e um travesseiro.

“Vou dormir no sofá.” Ele disse passando para sentar na beira da cama. “Durma bem.” Ele colocou um beijo em minha testa.

“Obrigada. Obrigada por tudo.” Eu disse indo para debaixo do edredom.

“Sou eu quem agradece. Você também está diferente, está ainda mais forte.” Edward disse atravessando a porta.

Naquela noite eu dormi tranqüila, sem sonhos. Eu queria acordar para minha nova vida, a vida que eu teria que construir com Edward.

Eu tinha aceitado esse desafio


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Comentem!
Indo atualizar Passado Distorcido, beijos



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